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Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Herpes simples é uma doença causada pelos vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2). A infecção se caracteriza pelo aparecimento de feridas, além de bolhas pequenas e dolorosas na boca (herpes labial) ou nos órgãos genitais (herpes genital).

O herpes simplex tipo 1 afeta frequentemente a boca e os lábios, causando herpes labial.

Já o herpes simplex tipo 2 quase sempre causa herpes genital, afetando a pele ou as mucosas dos órgãos genitais. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível. Pode ser transmitido através do contato com a pele ou através de secreções orais ou genitais.

No entanto, ambos podem causar herpes labial ou genital através do contato com feridas ativas.

Como ocorre a transmissão do herpes simples?

A pessoa pode adquirir herpes simples se a sua pele, boca ou órgãos genitais entrar em contato com alguém que tenha lesões ativas (surto). A transmissão também pode ocorrer através do contato com objetos infectados pelo vírus, como barbeadores, toalhas, pratos e outros objetos compartilhados.

No caso do herpes simplex tipo 2, o vírus pode ser transmitido mesmo quando não há lesões ou outros sinais e sintomas presentes. Isso dificulta perceber a presença da doença.

A maioria das pessoas é infectada pelo herpes simplex tipo 1 antes de completar 20 anos. Após a primeira infecção, o vírus fica inativo nos nervos do organismo. Quando se torna ativo, causa as lesões que caracterizam o herpes simples.

Quais os sintomas do herpes simples?
Sintomas de herpes labial

Geralmente, os sintomas típicos do herpes labial aparecem depois de uma a três semanas do contato com o vírus e após sintomas de "aviso".

Os “sintomas de aviso” incluem:

  • Coceira nos lábios ou na pele ao redor da boca;
  • Queimação perto dos lábios ou na região da boca;
  • Formigamento próximo dos lábios ou da boca;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Gânglios inchados (nódulos);
  • Dor para engolir.

Depois, surgem as lesões características, que são:

  • Inicialmente pequenas bolhas vermelhas que estouram e liberam secreção,
  • A seguir, surgem pequenas bolhas cheias de líquido amarelado e claro,
  • Na fase final, as bolhas ficam amareladas cobertas por uma crosta,
  • Por fim, quando as lesões desaparecem, a pele no local fica rosada e mais sensível durante alguns dias.

O tempo de duração dos sintomas pode ser de até 3 semanas.

Sintomas de herpes genital

Muitas pessoas com herpes genital nunca apresentam lesões ou manifestam sintomas muito leves. Eles podem passar despercebidos ou ser confundidos com picadas de insetos ou outras condições que afetam a pele.

Contudo, nos casos em que ocorrem sinais e sintomas durante o primeiro surto, as manifestações podem ser graves. O primeiro surto geralmente ocorre após dois dias a duas semanas que ocorreu a infecção.

Os sintomas gerais do herpes genital incluem:

  • Diminuição do apetite;
  • Febre;
  • Mal-estar geral;
  • Dores musculares na região da coluna lombar, nádegas, coxas ou joelhos;
  • Presença de nódulos (“ínguas”) dolorosos na virilha.

Na região genital aparecem pequenas bolhas dolorosas, preenchidas com um líquido claro ou amarelado. Quando as bolhas se rompem, deixam feridas superficiais muito dolorosas no local, que depois formam crostas e curam-se lentamente durante 7 a 14 dias ou mais.

Antes que as bolhas apareçam, pode haver formigamento, queimação, coceira ou dor no local onde elas irão surgir.

As lesões podem ocorrer na vagina, no colo do útero, ao redor do ânus, nas coxas, nas nádegas, no pênis e no saco escrotal. O vírus herpes simplex tipo 2 também pode infectar outras partes do corpo, como boca, olhos, gengivas, lábios, dedos, entre outras.

Outros sintomas do herpes genital podem incluir:

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dificuldade para esvaziar a bexiga, podendo ser necessário utilizar um cateter.

Um segundo surto pode ocorrer após semanas ou meses. Geralmente, é menos intenso e desaparece mais rápido que o primeiro surto. Com o tempo, o número de surtos pode diminuir.

Qual é o tratamento para herpes simples?Tratamento do herpes labial

Os sintomas do herpes labial podem desaparecer espontaneamente após uma ou duas semanas, mesmo sem tratamento. Porém, podem ser indicados medicamentos antivirais orais ou em pomada, para ajudar a reduzir a dor e fazer com que os sintomas desapareçam mais rapidamente.

O remédio antiviral mais usado para tratar o herpes simples que afeta a boca é o aciclovir®. A medicação é mais eficaz se for utilizada assim que surgirem os sintomas de alerta, antes do aparecimento das lesões.

Tratamento do herpes genital

O tratamento do herpes genital também é feito com medicamentos antivirais, como aciclovir® ou valaciclovir®. Os remédios ajudam a aliviar a dor e o desconforto durante um surto, curando as lesões mais rapidamente. As medicações costumam ser mais eficazes durante a primeira manifestação do herpes simples do que nos surtos subsequentes.

Em caso de surtos repetidos, o medicamento deve ser tomado assim que o formigamento, queimação ou coceira começarem a surgir.

Pessoas com manifestações frequentes de herpes genital podem precisar tomar a medicação diariamente por um tempo. O objetivo é prevenir surtos ou diminuir a duração deles, além de reduzir a chance de transmitir o herpes para outra pessoa.

Recomenda-se que mulheres grávidas com herpes simples genital recebam tratamento durante o último mês de gravidez, para reduzir a probabilidade de surtos no momento do parto. Se houver um surto de herpes próximo ao momento do parto, é indicado o parto por cesariana para diminuir o risco de infectar o bebê.

Quais as possíveis complicações do herpes simples?

O herpes simples pode ser grave e perigoso se ocorrer dentro ou perto dos olhos. Também oferece riscos à saúde se a pessoa tiver imunidade baixa devido a doenças ou medicamentos. As possíveis complicações do herpes simples podem incluir:

  • Cegueira (quando afeta os olhos);
  • Propagação do vírus para outras partes do corpo, incluindo cérebro, olhos, esôfago, fígado, medula espinhal e pulmões. Essas complicações ocorrem com frequência em pessoas com baixa imunidade;
  • Infecção bacteriana da pele;
  • Infecção generalizada, que pode ser fatal em pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Mulheres grávidas que têm uma infecção ativa de herpes genital ao dar à luz podem transmitir a infecção ao bebê. O vírus pode causar uma infecção no cérebro do recém-nascido.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou um médico de família.

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O que é febre maculosa e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Febre maculosa é uma doença infecciosa grave, transmitida pela picada de carrapatos infectados por bactérias do gênero Rickettisia. A bactéria ataca a parede interna dos vasos sanguíneos, o que pode trazer sérias complicações e causar a morte se a doença não for tratada a tempo.

No Brasil, a febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pelo carrapato Amblyomma cajennense, mais conhecido como carrapato-estrela.

Os sintomas da febre maculosa começam de forma súbita, com febre alta, dor de cabeça e calafrios, podendo ocorrer também fortes dores musculares, prostração, hemorragias, náuseas e vômitos.

Entre o 3º e o 5º dia surgem as manchas vermelhas na pele (máculas). Daí a doença ser chamada de febre "maculosa".

As máculas aparecem primeiro nas extremidades, como punhos e tornozelos, irradiando depois para tronco, rosto, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés.

É importante lembrar que as manchas nem sempre estão presentes ou podem não ser identificadas facilmente, sobretudo em pessoas idosas ou de pele negra.

Outros sinais comuns da febre maculosa incluem:

  • Agitação psicomotora;
  • Inchaço na face, principalmente nos olhos;
  • Inchaço nas pernas, que ficam brilhantes;
  • Tosse;
  • Hipotensão arterial (pressão baixa).

A febre maculosa também pode cursar de forma assintomática ou manifestar sintomas mais brandos.

Quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente, a morte é pouco comum. Porém, sem um tratamento adequado, a febre maculosa pode ser fatal em mais de 80% dos casos, causando danos no sistema nervoso central e em diversos órgãos internos .

Como ocorre a transmissão da febre maculosa?

A transmissão da febre maculosa ocorre pela picada do carrapato infectado, sem chances de ser transmitida de pessoa para pessoa.

Para transmitir a doença, o carrapato tem ficar agarrado à pele durante cerca de 4 horas. Se o animal for esmagado e a pessoa tiver lesões na pele, o contágio pode ocorrer nesse momento.

Como é o tratamento da febre maculosa?

O tratamento da febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por bactérias. Porém, é fundamental que o tratamento seja iniciado logo nos primeiros diasda doença.

A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa nas paredes dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis.

Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada precocemente, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.

Leia também: Qual o tratamento para febre maculosa?

Procure atendimento médico com urgência em caso de suspeita de febre maculosa e relate ao médico se esteve em locais onde há cavalos e animais silvestres ou em regiões com casos registrados de febre maculosa.

O que é balantidiose, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Balantidiose é uma doença intestinal causada pelo protozoário Balantidium coli. O parasita é encontrado principalmente no intestino de porcos, sendo transmitido pelas fezes dos animais.

A transmissão da balantidiose para os seres humanos ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados ou pela contaminação das mãos com fezes infectadas.

Ao infectar o hospedeiro, o Balantidium coli instala-se no intestino grosso, nutrindo-se dos alimentos ali dissolvidos e se reproduzindo. O protozoário também pode invadir a mucosa intestinal, se esta estiver com alguma lesão.

Os sinais e sintomas da balantidiose podem incluir febre, diarreia, náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza, presença de muco e sangue nas fezes, cólicas e nos casos graves pode levar a desidratação.

O diagnóstico é obtido pela avaliação dos sintomas e exame de fezes. O tratamento da balantidiose é feito nos casos graves geralmente com o uso de antibióticos ou com ação antiprotozoária.

Para prevenir a balantidiose deve-se ter cuidados de higiene pessoal, principalmente pessoas que têm contato frequente com suínos, cuidados de saneamento básico, cozer bem os alimentos antes de comer, beber água fervida ou tratada, bem como tratar as pessoas doentes para que não transmitam a doença.

Os médicos gastroenterologista ou infectologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a balantidiose.

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Entenda como a Herpes-zóster pode estar relacionada com esclerose múltipla
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Herpes-zóster, também conhecido como "cobreiro" ou "zona", parece estar relacionado com o desenvolvimento da esclerose múltipla, embora os mecanismos ainda não estejam claros. Uma teoria é a de que o herpes-zóster está associado a alterações no sistema imunológico que podem provocar esclerose múltipla.

Estudos mostraram que pessoas com herpes-zóster podem ter até 3 vezes mais chances de ter esclerose múltipla. Também já foi encontrada uma alta replicação viral em lesões das células nervosas de pacientes com esclerose múltipla.

Apesar de ainda não existir uma confirmação de que a esclerose múltipla pode ser causada pelo vírus do Herpes-zóster, existe uma teoria de que alguns tipos de vírus, entre eles o do Herpes-zóster, são determinantes para desenvolver a doença. Sobretudo se esses vírus foram adquiridos na infância ou adolescência.

O Herpes zoster afeta sobretudo pessoas com imunidade baixa, como por exemplo idosos. É o mesmo vírus que causa a catapora, quando a pessoa tem catapora na infância ela permanece com o vírus latente nos nervos, que pode ser reativado em situações de queda da imunidade, levando ao aparecimento das lesões de Herpes-Zoster.

Quais são os sintomas do Herpes-zóster?

O Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus Varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora (varicela). Seus principais sintomas são a dor e o desenvolvimento de pequenas bolhas avermelhadas cheias de líquido, que se agrupam em linha numa área específica da pele.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Herpes-zóster Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença que provoca lesões nas células nervosas, comprometendo o sistema nervoso central e causando incapacitações motoras, visuais e cognitivas.

A origem da esclerose múltipla está na degeneração da camada de gordura que envolve os nervos, prejudicando a transmissão dos sinais do cérebro pelas fibras nervosas.

Por isso, a pessoa apresenta fadiga, perda de equilíbrio, alterações na coordenação motora e na memória, bem como dificuldade de ter pensamentos lógicos.

Os primeiros sinais e sintomas da esclerose múltipla começam em pessoas com idade entre 15 e 50 anos. O herpes-zóster ocorre sobretudo em idosos e indivíduos com imunidade baixa.

Contudo, apesar da possível relação entre ambas as doenças, são necessários mais estudos científicos para comprovar que o herpes-zóster pode mesmo causar esclerose múltipla.

Estou grávida de 9 meses e há 20 dias fui picada por uma aranha marrom, pode prejudicar meu bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Porque já se passaram mais de 20 dias e não houve repercussão maior de ferida, ou sinal de necrose na área em que foi picada. Entretanto, por se tratar de um animal peçonhento e venenoso, é importante que seu médico/a ginecologista / obstetra seja informado e mantenha acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

De acordo com os principais órgãos responsáveis pelo controle, pesquisa e desenvolvimento de orientações em saúde pública no Brasil: ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária), FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) e Instituto Butantan, recomendam como medidas para evitar o acidente com animais peçonhentos, as seguintes:

  • Manter quintais e terremos baldios limpos e livres de entulho e lixo,

  • Manter a grama bem aparada,

  • Fazer sempre uso de sapatos fechados, de cano alto ou botas em áreas de matagal ou áreas com acúmulo de lixo,

  • Usar luvas de raspa de couro ao mexer com folhas, lixo, palha ou lenha, ou quando trabalhar com material de construção,

  • Proteger frestas de janelas principalmente ao entardecer, em regiões com maior incidência de escorpiões e aranhas, pois é a hora mais comum de entrada desses animais nas residências,

  • Vedar ralos de pia, tanque e ralos de chão,

  • Colocar lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, alimentação predileta de aranhas e escorpiões,

  • Solicitar auxílio aos órgãos responsáveis em sua cidade, sempre que encontrar um desses animais em sua residência, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Recomendações para primeiros socorros quando ocorrer acidentes com animais peçonhentos:

  • Lavar a região picada com água e sabão,
  • Não amarrar ou fazer torniquete na região afetada,

  • Não colocar nenhuma substância no local da picada nem fazer curativos para não aumentar o risco de infecções,

  • Não esfregar, cortar, sugar "o veneno", colocar açúcar, pomadas ou qualquer substância no local,

  • Não ingerir bebidas alcoólicas ou qualquer outro líquido com o intuito de cortar o efeito do veneno. Além de não produzirem nenhum efeito, podem causar intoxicações e piorar o quadro,

  • Procurar atendimento de urgência imediatamente, e se possível levando o animal, para ajudar na sua identificação pelo profissional da saúde e definir tratamento adequado.

O soro antiaracnídico é utilizado para neutralizar as ações dos venenos das aranhas marrom e armadeira, nas primeiras horas da ferida, e diante de sinais de maior gravidade, que felizmente são casos raros.

Deve ser administrado somente com indicação médica.

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Referências

ABAI. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

FIOCRUZ - Ministério da Saúde do Brasil.

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Tuberculose miliar tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tuberculose miliar tem cura, mas é muito importante iniciar o tratamento o mais rápido possível, caso contrário a doença pode ser fatal. O tratamento da tuberculose miliar pode inclusive ser iniciado antes de haver um diagnóstico definitivo, uma vez que a taxa de mortalidade é alta sem um tratamento precoce.

O tratamento da tuberculose miliar segue o mesmo esquema da tuberculose pulmonar, com o uso de 4 medicamentos antibióticos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

A primeira fase do tratamento tem uma duração de 2 meses e inclui a rifampicina, a isoniazida, a pirazinamida e o etambutol. A segunda fase do tratamento dura 4 meses e inclui apenas a rifampicina e isoniazida. Todas as medicações são tomadas por via oral. O tratamento pode durar mais tempo caso haja acometimento do sistema nervoso central.

Pacientes que nunca receberam qualquer tratamento para tuberculose ou que abandonaram o tratamento em menos de 30 dias, são tratados com o seguinte esquema:

⇒ 1ª fase (2 meses): Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol

⇒ 2ª fase (4 meses): Rifampicina + Isoniazida.

Dependendo da gravidade do caso ou se houver ausência de resposta a esse esquema terapêutico, o tratamento da tuberculose miliar pode ser prolongado com outras combinações de medicamentos.

Lembrando que o tratamento da tuberculose é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais em:

Tuberculose miliar é contagiosa? Como se transmite?

O que é tuberculose miliar? Quais os sintomas?

Tuberculose tem cura? Qual o tratamento?

O que é erisipela e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Erisipela é uma infecção da pele causada por bactérias que habitam naturalmente a superfície da pele e que penetram através de picadas de inseto, micoses ou qualquer ferida que utilizam como porta de entrada.

A erisipela geralmente aparece na perna, mas pode surgir também nos membros superiores e na face. É causada principalmente por bactérias estreptococos e estafilococos, que estão naturalmente presentes na superfície da pele.

Quando surge uma porta de entrada, que pode ser uma simples picada de inseto ou um arranhão, essas bactérias invadem a pele e se proliferam, causando a infecção conhecida como erisipela.

Os sintomas da erisipela são:

  • Mancha avermelhada na pele com bordas bem definidas, que aumenta de tamanho progressivamente;
  • Tremores;
  • Mal-estar geral;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre alta.

Algumas condições que aumentam os riscos do paciente desenvolver erisipela:

  • Insuficiência venosa crônica;
  • Pessoas que fizeram mastectomia;
  • Linfedema;
  • Diabetes;
  • Obesidade;
  • Doenças cardíacas e renais.
Erisipela Bolhosa

A erisipela bolhosa é uma forma mais grave de erisipela, pois a infecção cresce em profundidade e atinge músculo e gordura, podendo inclusive deixar o músculo exposto ou ainda provocar a sua destruição.

Geralmente a erisipela bolhosa ocorre em pacientes diabéticos descompensados ou que estejam com o sistema imunológico debilitado devido ao vírus HIV ou doenças como o câncer.

A erisipela deve ser tratada pelo/a médico/a de família, clínico/a geral ou infectologista.

Dor no seio: as 10 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nos seios, chamada cientificamente de mastalgia, é comum nos períodos de puberdade, período pré-menstrual, durante a gravidez, amamentação e na pré-menopausa.

Porém pode ocorrer ainda em situações de mastite, presença de nódulos, cistos ou uso de medicamentos.

Embora na maior parte dos casos a dor nos seios não indique a presença de doenças graves, é preciso buscar um médico de família ou ginecologista para avaliação, nos casos de dor persistente.

1. Puberdade

Quando os seios começam a crescer, as meninas podem queixar-se de dor leve ou desconforto nas mamas em desenvolvimento.

A variação de idade normal para o crescimento dos seios vai dos 8 aos 14 anos, com média em torno dos 11 anos de idade.

O crescimento dos seios é o primeiro sinal da puberdade e quando começa em meninas com idade inferior a 8 anos, é preciso procurar um ginecologista para investigar puberdade precoce.

O que posso fazer?

Não há um tratamento específico para dor nos seios durante a puberdade, entretanto o uso de sutiã adequado ao tamanho do seio é importante para promover conforto.

2. Tensão Pré-Menstrual e Menstruação

Quando a dor no seio ocorre durante o período pré-menstrual e a menstruação, chama-se mastodinia. Se caracteriza por dores em pontadas, de intensidade leve a moderada. A mama se torna mais sensível especialmente na região dos mamilos.

Normalmente a dor nos seios dura de 1 a 4 dias e, de acordo com a sua intensidade, pode interferir nas atividades sociais, sexuais e na rotina diária da mulher, como a prática de exercícios físicos.

O que posso fazer?

Utilize sutiãs esportivos para uma melhor sustentação dos seios. Normalmente não é necessário o uso de medicações, pois a dor cessa logo nos primeiros dias de menstruação.

Entretanto, se dor interferir de maneira importante na sua rotina, converse com o ginecologista para avaliar o uso de analgésicos para o alívio dos sintomas da menstruação.

3. Gravidez

O crescimento dos seios durante a gravidez e aumento das taxas de hormônios, com estímulo dos ductos mamários, provoca uma maior sensibilidade no bico dos seios, especialmente no início e no final da gestação.

O que posso fazer?

Para aliviar a dor e o desconforto, você pode tomar um banho morno, massagear as mamas e/ou fazer compressas mornas. É importante também hidratar a pele dos seios.

4. Amamentação

Um dos motivos de dor nas mamas durante a amamentação é o enchimento excessivo dos seios pelo leite materno. Neste caso, os principais sintomas são seios endurecidos e doloridos.

A constante sucção do bebê também pode causar fissuras no bico do seio, levando a dor e ardência na região, até a adaptação do bebê e da mãe, a este novo período.

O que posso fazer?

Para aliviar estas sensações de enchimento excessivo dos seios se recomenda dar de mamar mais vezes ou esvaziar os seios retirando o leite com uma bombinha, por exemplo.

5. Mastite

A mastite é a inflamação das glândulas mamárias que acontece em mulheres com maior frequência, durante a fase de amamentação, mas pode ocorrer em outros períodos, embora seja mais raro.

Os sintomas de mastite puerperal incluem endurecimento em um ponto da mama (leite empedrado), febre alta, vermelhidão e calor local.

A mastite da amamentação costuma acometer somente um dos seios (mama direita ou esquerda). A infecção nas duas mamas ao mesmo tempo, é bastante rara.

Nos casos mais graves podem ocorrer fissuras nos mamilos e abscessos (bolsas de pus) na mama.

O que posso fazer?

Hidrate-se bem, beber bastante líquido ajuda o corpo a eliminar o agente causador da infecção. Faça aplicação de compressas mornas e massagens no seio afetado, para ajudar na remoção do leite empedrado e aliviar a dor. E procure fazer uso de sutiãs que sustentem de forma eficaz os seios, para promover maior conforto.

Mantenha a amamentação, pois efetuar o esvaziamento do seio neste momento evita a piora da inflamação. A amamentação, além de ajudar no tratamento da inflamação reduz o risco de ter um abscesso de mama. Se não conseguir amamentar esvazie o seio utilizando bombinha de amamentação.

Busque um ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade do uso antibióticos.

6. Nódulos ou cistos nas mamas

De forma geral, as mulheres têm nódulos e/ou cistos na mama, benignos, que se localizam na parte superior externa do seio, próximo à axila.

Durante o ciclo menstrual os níveis dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, que estimulam os ductos mamários, com objetivo de aumento das glândulas mamárias e produção de leite. Com isso, provoca a retenção de líquidos nos seios, o que os deixa mais sensíveis e inchados. Os seios voltam ao normal quando os níveis de hormônios diminuem.

O que posso fazer?

Não há um tratamento específico para estes nódulos ou cistos. Para aliviar a dor e o desconforto, você pode usar um sutiã macio que dê uma boa sustentação aos seios. Se necessário, é também possível usar analgésicos como paracetamol para amenizar a dor.

A avaliação de um ginecologista ou mastologista pode ser importante, caso a dor seja persistente para avaliar a possibilidade de retirada do nódulo.

7. Alergia

Os produtos de higiene e de beleza, como sabonetes e cremes para o corpo, podem causar uma reação alérgica na pele, dependendo da sua composição, levando a pequenas feridas, dor e incômodo no seio. Neste caso, os sintomas são de ardência, vermelhidão, coceira e pequenas bolinhas na região.

O que posso fazer?

O tratamento deve ser feito com a suspensão desses produtos, pomadas à base de corticoides e medicamentos antialérgicos quando preciso.

8. Uso de medicamentos

Os medicamentos que contém hormônios, certos antidepressivos, metronidazol, espironolactona, metronidazol, entre outros, são remédios que podem causar dor nos seios, como efeito colateral.

O que posso fazer?

Converse com o médico que orientou o uso do medicamento, para avaliar o ajuste da dosagem ou mesmo a troca da medicação.

9. Traumas nos seios

Lesões ou traumas na mama podem provocar dor no seio afetado. Os seios são áreas muito sensíveis do corpo da mulher. Procure sempre protegê-los de traumas e pancadas.

O que posso fazer?

Em caso de dor intensa provocadas por traumas nos seios é preciso consultar um ginecologista ou mastologista para identificar uma possível lesão mamária e tratá-la adequadamente.

10. Seios muito grandes

O tamanho dos seios pode provocar dor nas mamas e nas costas pelo peso excessivo. Mamas muito grandes são normalmente pesadas, o que causa estiramento do ligamento de Cooper. É este ligamento que sustenta os seios e, quando o peso é excessivo, pode causar dor.

O que posso fazer?

O uso de sutiãs esportivos de alta sustentação podem promover maior conforto. Porém, pode ser importante conversar com o ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade de redução cirúrgica das mamas.

Dor nos seios pode ser um sinal de câncer de mama?

Na maior parte dos casos, não. A dor nos seios está normalmente relacionada a alterações benignas na mama.

Menos de 3% das mulheres que apresentam dor nos seios como sintoma único constatam por meio de exames que a dor estava relacionada ao câncer de mama (tumor maligno de mama).

Quando devo me preocupar?

Você deve permanecer alerta e procurar um médico se:

  • A dor nos seios for muito forte ou tiver mais de 10 dias de duração,
  • Na presença de secreção clara ou sanguinolenta pelo mamilo,
  • Apresentar vermelhidão, calor e/ou pus no seio,
  • Modificações na pele, seja na coloração ou espessura da pele e
  • Na presença de nódulo palpável na mama.

Nestes casos você deve buscar um médico de família, ginecologista ou mastologista. Pode ser necessária a realização de exames como ultrassom de mama, mamografia (especialmente se houver casos de câncer de mama na família).

Não utilize medicamentos sem prescrição médica, especialmente se você estiver grávida ou amamentando.

Faça sempre o auto exame das mamas e busque um ginecologista pelo menos uma vez ao ano para exame periódico que ajuda a prevenir doenças de mama e aparelho reprodutor.

Leia também:

Quais os sintomas de câncer de mama?

Dor nos seios pode estar relacionado com a menopausa?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.