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Anticoncepcional faz desaparecer cistos nos ovários?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, o anticoncepcional não faz desaparecer os cistos nos ovários. Os cistos ovarianos causados por alterações hormonais, chamados cistos funcionais ou fisiológicos, geralmente não necessitam de tratamento e desaparecem sozinhos após 8 a 12 semanas.

O anticoncepcional é indicado quando os cistos provocam forte dor abdominal ou quando aparecem mais de uma vez. Nestes casos, os anticoncepcionais atuam para evitar a formação de novos cistos em mulheres que possuem esta tendência.

Em mulheres com síndrome do ovário policístico, os anticoncepcionais ajudam a reduzir o tamanho cistos e a amenizam os sintomas.

O ginecologista é o responsável por indicar a medicação e avaliar a resposta ao tratamento.

Diferença entre cisto no ovário e síndrome do ovário policístico

A diferença entre o cisto no ovário e a síndrome do ovário policístico está no tamanho e quantidade de cistos presentes no ovário.

1. Cisto no ovário

O cisto é uma pequena bolsa que contém líquido ou material semi-sólido em seu interior. Eles podem se desenvolver no ovário direito ou esquerdo devido a influências hormonais associadas ao período menstrual (cistos funcionais).

Na maior parte dos casos, os cistos funcionais não causam sintomas e desaparecem espontaneamente.

2. Síndrome do ovário policístico

A síndrome do ovário policístico é uma doença crônica, que não tem cura, também provocada por alteração hormonal e se caracteriza pela presença de vários microcistos de diferentes tamanhos no ovário direito ou esquerdo.

Além disso, a mulher pode apresentar alguns sintomas como: menstruação irregular, pelos no rosto, seios e abdome, acne, queda de cabelos, ou outros sinais mais graves como a dificuldade em engravidar (infertilidade), obesidade e depressão.

O tratamento consiste em amenizar os sintomas, evitar o surgimento de novos cistos e controlar o seu tamanho através do uso de anticoncepcionais. Nos casos de infertilidade, o tratamento inclui ainda o uso de medicamentos para a indução da ovulação.

Sintomas de cisto no ovário

Os cistos no ovário podem surgir e desaparecer sem provocar sintomas. Entretanto, quando os cistos aumentam de tamanho, se rompem ou ocorre uma torção do ovário, os sintomas aparecem e podem incluir:

  • Dor abdominal intensa, muitas vezes descrita pelas mulheres como dor no ovário direito ou esquerdo (a dor ocorre no ovário que contém o cisto)
  • Atraso menstrual
  • Fluxo menstrual irregular
  • Sensação constante de inchaço na barriga
  • Dor durante a ovulação
  • Desconforto ou dor durante o ato sexual
  • Náuseas e vômitos
  • Dificuldade para engravidar
Tratamento do cisto no ovário

O uso de anticoncepcionais está indicado nos casos de sintomas, que interfiram na qualidade de vida da mulher. A duração do tratamento varia entre 4 a 6 semanas. O uso prolongado de anticoncepcionais reduz o surgimento de novos cistos, mas não promove a diminuição do cisto já existente. Este cisto tende a desaparecer sozinho.

Em alguns casos, mais raros, pode ser necessário procedimento cirúrgico para retirar o cisto, como, por exemplo:

  • Cisto de conteúdo sólido ou líquido que não desparece;
  • Sintomas que não desparecem;
  • Cisto maior que 5 cm;
  • Mulheres na pré-menopausa ou menopausa.

Uma avaliação dos sintomas junto com a realização de exames de sangue para verificar a dosagem de hormônios ajudam no diagnóstico. O exame de imagem (ultrassonografia) é importante para determinar o tamanho e número de cistos.

Cisto no ovário é perigoso? Quando devo procurar o médico?

De forma geral, a presença de cisto no ovário não oferece riscos à vida e à saúde e raramente estão associados ao câncer. Entretanto, é preciso que você faça os seus exames ginecológicos preventivos de acordo com a orientação do ginecologista.

Busque o médico na presença dos seguintes sintomas:

  • Dor abdominal intensa na região do ovário
  • Febre
  • Vômitos
  • Sangramento vaginal abundante
  • Desmaios
  • Dificuldade respiratória

A presença destes sintomas pode indicar aumento do tamanho, rompimento ou torção do ovário e pode trazer riscos de vida, especialmente se houver sangramento vaginal intenso e dificuldade respiratória. Neste caso, busque atendimento médico o mais rápido possível.

Na ausência de sintomas, siga as orientações do ginecologista. Este mesmo profissional deve acompanhar o cisto para identificar alterações como crescimento e aumento do número de cisto.

Saiba sobre a relação de cistos com a infertilidade no artigo: Cisto no ovário causa infertilidade?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que faz os níveis de glicose subir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diabetes, dieta rica em açúcar ou a falta de exercícios são as causas mais frequentes de aumento dos níveis de glicose no sangue.

A glicose é absorvida dos alimentos que ingerimos. No sangue ela é transportada pela insulina, para dentro das células, onde é utilizada como fonte de energia para exercer as suas funções.

Portanto, uma alimentação com quantidades altas de açúcar, menor produção de insulina ou baixo gasto energético, como no sedentarismo, determinam o aumento dos níveis de açúcar no sangue.

1. Diabetes

A diabetes é a principal representante dessa situação. Trata-se de uma doença caracterizada pela produção insuficiente de insulina, levando ao quadro de glicose alta no sangue.

A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transportar a glicose do sangue para dentro das células. Quando existe pouca ou nenhuma insulina, sobra glicose dentro do sangue, resultando na hiperglicemia.

Pode ter origem genética, quando os sintomas se iniciam ainda na infância ou adolescência, chamada de Diabetes tipo I. Pode ser causada também por doenças crônicas, como a obesidade, a Diabetes tipo II.

O tratamento deve ser feito com mudança de hábitos de vida, alimentação controlada por um nutricionista e exercício físico regular. Nos casos de diabetes tipo I ou a glicose não melhorar apenas com as mudanças de estilo de vida, é preciso iniciar medicamentos ou a própria insulina injetável.

2. Dieta rica em açúcar

O consumo exagerado de carboidratos e açúcares pode causar o aumento da glicose no sangue, porque o organismo não consome toda essa energia e nem consegue produzir insulina suficiente para retirar todo esse açúcar do sangue.

Um plano alimentar ideal não deve restringir nenhum alimento, deve incluir todos os tipos de alimentos: carboidratos, legumes, verduras, frutas, proteínas, leite, derivados, óleos e até a gordura, fundamental para formação de hormônios e outras células do corpo, no entanto, em quantidades adequadas às necessidade e preferências de cada pessoa.

Alimentos embutidos e bebidas alcoólicas devem ser evitados. Farinha branca pode ser substituída pela versão integral e reduzir, na medida do possível, o consumo de açúcar branco nas preparações de sobremesas e doces em geral, prefira o açúcar amarelo ou açúcar mascavo.

O nutricionista é o profissional responsável por avaliar as necessidades nutricionais de cada pessoa e planejar essas orientações de maneira individualizada.

3. Falta de atividade física

A atividade física traz inúmeros benefícios para o organismo e evita o aumento do açúcar no sangue, devido ao maior gasto de energia e consumo da musculatura. Por isso a falta de exercícios pode ocasionar ou permitir, o aumento do açúcar no sangue.

Entretanto, para que a atividade consiga controlar e evitar esse aumento, é preciso que seja feita de forma regular, de 3 a 5 vezes por semana, durante 30 minutos, pelo menos.

O exercício regular promove controle glicêmico, diminuição de peso, menor acúmulo de gordura, ou mesmo quando não perde peso, reduz a "resistência à insulina", quer dizer que, a insulina funciona melhor no corpo de quem pratica atividades.

Outros benefícios comprovados são a redução do risco de pressão alta, do risco de infarto do coração ou colesterol aumentado, promover melhor qualidade de vida, menos queixas de dor e melhora do humor em geral.

Glicose alta: o que fazer?

Para controlar a glicose o sangue (glicemia), é preciso seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e evitar situações de estresse.

Podemos enumerar algumas dicas para ajudar a normalizar a glicemia:

  • Se hidratar bem, beber pelo menos 1 litro e meio a 2l de água por dia;
  • Fazer mais refeições ao dia, em pequenas quantidades;
  • Evitar sobremesas, dê preferência às frutas, principalmente melancia, laranja e abacaxi;
  • Evitar bebidas alcoólicas, se beber que seja moderadamente e de preferência junto com as refeições;
  • Praticar atividades físicas com regularidade. Procure um esporte ou lazer que te traga prazer e bem-estar para ajudar na manutenção dessa prática;
  • Procurar dormir bem e descansar sempre que sentir necessidade e
  • Evitar situações de estresse ou ansiedade. Se for preciso procure ajuda de um profissional.
O que é a glicose? Qual o valor normal de glicose no sangue?

Glicose é um monossacarídeo, uma espécie de açúcar simples, encontrado no sangue, a partir dos alimentos ingeridos, que tem como função, a produção de energia para todo o corpo.

O valor considerado normal de glicose no sangue, chamado de glicemia, varia de 70 a 99 mg/dl em jejum. Após uma refeição esse valor pode chegar a 130 mg/dl.

Qual é o melhor horário para medir a glicose?

Não existe uma melhor hora para todas as pessoas, depende de cada caso, por isso deve ser determinada pelo médico que o acompanha.

Um paciente que acabou de receber um diagnóstico de diabetes, deve avaliar com maior frequência o açúcar no sangue, pelo menos 2x ao dia, em jejum e após as refeições, até o completo ajuste do seu tratamento.

Pessoas com mais tempo de tratamento e em controle adequado, não precisa medir diariamente, pode variar os horários, conforme os seus hábitos de vida, pratica de exercícios ou se sentir mal-estar.

Gestantes nunca devem passar muito tempo em jejum, por isso podem controlar a sua glicose com medidas após as refeições. E assim por diante. Cabe ao médico endocrinologista definir a melhor opção para cada caso.

Quais os sintomas de glicose alta?

Os sintomas de um alto nível de glicose no sangue podem incluir:

  • Sede excessiva;
  • Boca seca;
  • Visão turva;
  • Pele seca;
  • Fraqueza;
  • Cansaço;
  • Aumento do número de micções;
  • Levantar-se com frequência à noite para urinar.

Os sintomas podem ser mais graves, se a glicemia permanecer alta por muito tempo ou aumentar muito. Com o tempo, A glicose alta enfraquece o sistema imunológico e aumenta a probabilidade de desenvolver infecções.

Às vezes, o nível de glicose pode subir devido a cirurgia, infecção, trauma ou medicamentos. Porém, quando a causa é tratada ou afastada, as taxas de açúcar no sangue voltam ao normal.

O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento e acompanhamento.

Veja como saber se tem ou não diabetes no artigo: Como é feito o diagnóstico do diabetes?

Referência:

Sociedade Brasileira de Diabetes.

Hixizine® (dicloridrato de hidroxizina): para que serve e como tomar? Provoca sono?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hixizine® (dicloridrato de hidroxizina) é um potente antialérgico com ação contra coceira (anti-pruriginosa). É indicado para o alívio da coceira (prurido) provocado por condições alérgicas da pele como dermatite atópica, dermatite de contato, urticária e prurido que ocorrem por outras doenças.

Como tomar Hixizine® ?Hixizine® Xarope para crianças

Uso pediátrico

Hixizine® Xarope deve ser administrado de acordo com o peso corporal.

Peso Corporal Dose antialérgica
6 a 8 Kg 2,0 a 3,0 ml de xarope por tomada
8 a 10 Kg 3,0 a 3,5 ml de xarope por tomada
10 a 12 kg 3,5 a 4,0 ml de xarope por tomada
12 a 24 kg 4,0 a 8,5 ml de xarope por tomada
24 a 40 kg 8,5 a 14,0 ml de xarope por tomada
Hixizine® Comprimido

Uso pediátrico

Em crianças recomenda-se 0,7 mg/Kg de peso, 3 vezes ao dia, a cada 8 horas.

Uso adulto

A dosagem recomendada de hixizine® comprimido é 25 mg, 3 a 4 vezes ao dia, a cada 6-8 horas.

O tratamento deve ter duração máxima de 10 dias para adultos e crianças com idade superior a 6 anos ou de acordo com a orientação médica. Hixizine® Xarope e Comprimido são administrados exclusivamente por via oral.

Hixizine® provoca sono?

Sim. O hixizine® (dicloridrato de hidroxizina) pode provocar sonolência. É recomendado evitar dirigir veículos ou operar máquinas, uma vez que seus reflexos podem ficar mais lentos. Algumas atividades da vida diária também podem ser afetadas por causa do sono.

Contraindicações de hixizine®
  • Pessoas alérgicas a hixizine® (dicloridrato de hidroxizina) ou a qualquer outro componente da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 6 anos.
Precauções quanto ao uso de hixizine®
  • O xarope possui sacarose, o que demanda cuidados quando usado por pessoas diabéticas;
  • Cautela quanto ao uso concomitante com ansiolíticos, antidepressivos e outros medicamentos de uso psiquiátrico;
  • Evitar o consumo de bebida alcoólica enquanto estiver em tratamento com hixizine® (dicloridrato de hidroxizina).
Efeitos colaterais de hixizine®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso oral de Hixizine® (dicloridrato de hidroxizina) são:

  • Sonolência
  • Sedação
  • Boca seca

Estes efeitos são transitórios e devem passar rapidamente ao final do tratamento. Se ocorrer demora na cessação dos efeitos ou qualquer outra reação o/a médico/a deve ser contactado/a.

Utilize hixizine® de acordo com as orientações, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento indicado por seu/sua médico/a. Não faça uso de medicamentos sem prescrição.

Veja também

O que pode provocar alergia na pele?

O que fazer em caso de alergia na pele?

6 dicas para desinchar a barriga rapidamente
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Algumas medidas simples como adotar uma alimentação saudável e equilibrada, evitar o consumo de alimentos muito salgados e aumentar a ingestão de água podem ajudar a desinchar a barriga rapidamente.

Além destas medidas a ingestão de alguns chás como o chá de hortelã, erva-cidreira e erva-doce também auxiliam na redução da sensação de inchaço na barriga.

1. Aumente a ingestão de água

Quando bebemos pouca água o corpo tende a armazená-la para não ficar desidratado, o que leva à retenção de líquidos e pode aumentar a sensação de inchaço na barriga. O consumo de, pelo menos, 1,5 a 2 litros de água por dia favorece a circulação do sangue, acelera o metabolismo e ajuda não só a reduzir a retenção de líquidos, como também diminui o inchaço abdominal.

2. Adote uma alimentação saudável

Procure fazer uma alimentação saudável rica em fibras, legumes, verduras, frutas e carnes magras e proteínas vegetais presentes, por exemplo, na lentilha, no grão de bico, e em ervilhas. Priorize alimentos frescos e naturais evitando os processados como salsichas e linguiça.

Dê preferência a frutas como melão, morango e laranja, pois elas têm menos açúcar a mais água. Observe se você produz mais gases ao comer vegetais como brócolis e couve-flor uma vez que ao elevar a produção de gases, tendem a agravar o inchaço na barriga. A abobrinha e pepino são vegetais com alto teor de água e reduzem a sensação de inchaço.

3. Reduza o consumo de sal

Alimentos muito salgados, ricos em sódio, favorecem a retenção de líquidos e aumentam a sensação de inchaço na barriga. Por este motivo, procure consumir menos de 2.400 miligramas de sódio ao dia e mantenha o aumento do consumo de água para diminuir o inchaço e eliminar o excesso de sódio na corrente sanguínea.

4. Consuma probióticos

Os probióticos presentes em iogurtes naturais, por exemplo, auxiliam a equilibrar a flora intestinal e reduzem a sensação de inchaço na barriga e a formação de gases.

5. Pratique atividade física

A prática de atividade física auxilia a estimular o funcionamento intestinal e, além disso, promove a redução do acúmulo de líquidos no organismo, porque aceleram o metabolismo. Estes dois benefícios juntos ajudam a reduzir a sensação de inchaço na barriga.

6. Consuma chás de cavalinha, erva-doce, erva cidreira e hortelã

Os chás de erva-doce, erva cidreira e hortelã podem tomados durante o dia para reduzir a produção de gases intestinais e auxiliar na sua eliminação. Já o chá de cavalinha tem ação diurética e promove a redução da retenção de líquidos.

O que causa o inchaço na barriga?

As causas mais comuns de inchaço na barriga são o acúmulo de gases, prisão de ventre, menstruação e retenção de líquidos. Estas causas tendem a cessar rapidamente com as medidas simples que indicamos aqui.

Entretanto, quando associada à indigestão, gastrite, síndrome do intestino irritável e quando o inchaço na barriga vem acompanhada de dor persistente e frequente, é importante que você busque avaliação de um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista para avaliação e tratamento adequados.

Para saber mais sobre inchaço na barriga, você pode ler:

Barriga inchada: o que pode ser e o que fazer?

Dor no estômago e barriga inchada, o que pode ser?

Barriga inchada e dura: 6 causas mais comuns e o que fazer

Estou com a barriga inchada, dor e pontadas. O que pode ser e o que fazer?

Referências:

Ministério da Saúde

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia

Para que serve a Benzetacil e porque a injeção dói tanto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Benzetacil® é um antibiótico do grupo das penicilinas, indicado para o tratamento de infecções respiratórias, dor de garganta (amigdalite), infecções de pele e sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a sífilis.

A injeção de Benzetacil® é aplicada no músculo e costuma ser bastante dolorosa devido ao seu conteúdo que é viscoso e absorvido lentamente pelo organismo. Geralmente a dor permanece até 7 dias após a aplicação.

Indicações de Benzetacil® 1. Amigdalites e faringites bacterianas

Amigdalites e faringites bacterianas se caracterizam por inflamação das amígdalas ou da faringe. Os sintomas mais comuns incluem dor de garganta acompanhada pela presença de placas de pus e febre.

2. Impetigo

O impetigo infecção de pele que se inicia com a presença de pequenas pápulas vermelhas, parecidas com picadas de mosquito. Na medida em que a doença avança, as lesões na pele passam a conter pus e, posteriormente, estouram formando feridas com crostas de cor dourada ou mel.

3. Sífilis

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem como principal sintoma a presença de uma ferida indolor, ou seja, que não provoca dor na região genital. A sífilis é transmitida por via sexual através da penetração da bactéria Treponema pallidum em feridas microscópicas ou abrasões presentes na mucosa da vagina e do pênis. Pode também ser transmitida de mãe para filho durante a gravidez. Nestes casos, é chamada de sífilis congênita.

4. Febre reumática

A febre reumática é uma doença inflamatória que pode afetar as articulações, o coração, o cérebro e a pele de crianças de 5 a 15 anos. Ocorre como uma complicação de infecções de garganta como a faringite e amigdalite ou de pele, como o impetigo.

Os sintomas principais são dores nas articulações que provocam dificuldade de caminhar, inchaço e calor, principalmente nos joelhos e tornozelos, aumento dos batimentos cardíacos, cansaço e fraqueza de braços e pernas.

A aplicação de Benzetacil® para cada uma destas doenças deve ser efetuada de acordo com a orientação médica. O efeito deste medicamento começa de 15 a 30 minutos após a sua administração e se prolonga por um período de 1 a 4 semanas.

Benzetacil® dói, por qual motivo?

A injeção de Benzetacil® é feita de um líquido bastante espesso que, ao ser injetado no músculo, provoca o afastamento das fibras musculares e causa dor no momento da aplicação. Além disso, o fato de ser absorvida pelo corpo de forma mais lenta, faz com que a dor persista por até uma semana.

Para amenizar a dor, procure relaxar a musculatura no momento da aplicação da injeção. Quando estamos tensos, nossas fibras musculares se contraem e se tornam mais próximas e rígidas, o que dificulta a passagem do medicamento e aumenta a sensação de dor.

Para eliminar a dor durante e nos dias após a injeção, é possível ainda diluir a Benzetacil® com anestésicos chamados xilocaína ou lidocaína. Para isto, é preciso prescrição de um médico indicando a forma de diluição.

Quais os efeitos colaterais da Benzetacil®?

Os efeitos adversos mais comuns da Benzetacil® incluem:

  • Náuseas,
  • Dor de estômago,
  • Diarreia,
  • Tonturas e
  • Candidíase vaginal.

Se você sentir algum destes efeitos colaterais, procure o médico de família ou o médico que indicou o medicamento para que ele avalie a necessidade de algum tratamento.

Contraindicações da Benzetacil®

O uso de Benzetacil® é contraindicado para pessoas alérgicas à penicilina. As mulheres grávidas ou que estão amamentando devem evitar o uso do medicamento e só devem utilizá-lo sob orientação médica.

Para saber mais sobre Benzetacil®, você pode ler:

Tudo sobre Benzetacil

Benzetacil leva quantos dias para fazer efeito?

Referências

  • Lima, L.M., Silva, B.N.M., Barbosa, G. β-lactam antibiotics: an overview from a medicinal chemistry perspective. European Journal of Medicinal Chemistry, v.208, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O exame beta-hCG também serve para detectar gravidez molar e acompanhar sua evolução durante o tratamento.

A gravidez molar é um dos tipos de doença trofoblástica gestacional caracterizada pelo crescimento anormal de algumas células. Ela pode ser diagnosticada por meio de ultrassonografia ou com o exame de sangue beta-hCG.

O resultado do exame beta-hCG em casos de gravidez molar é, em geral, muito mais elevado comparado com o da gravidez uterina (gravidez habitual). Na gravidez molar, os níveis de hCG podem ser superiores a 100.000 mUI/mL.

Após o tratamento da gravidez molar, é feito o acompanhamento do nível de beta-hCG que, ao longo do passar do tempo, deve ir reduzindo, demonstrando a eficácia do tratamento.

Todo exame deve ser mostrado ao/à médico/a para que o acompanhamento clínico seja efetivo e integral.

Para saber mais você poder ler:

Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...

Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?

Como entender os resultados do exame de gravidez Beta-hCG?

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Antibiótico ajuda a eliminar o catarro?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Os antibióticos não são indicados para eliminar o catarro. No entanto, se a causa do catarro for uma infecção respiratória, o médico poderá prescrever um antibiótico para tratá-la. Neste caso, o antibiótico não é usado para eliminar o catarro, mas sim para tratar a infecção.

Para ajudar a eliminar o catarro, é importante beber bastante água. Dependendo do caso, o médico também pode indicar inalação com soro para deixar o catarro menos grosso, facilitando a sua eliminação.

Além dessas medidas, existem medicamentos e xaropes próprios para ajudar a eliminar o catarro, tais como:

  • Acetilcisteína;
  • Carbocisteína;
  • Xaropes à base de bromelina.

Alguns dos problemas de saúde que podem causar a formação de catarro são bronquite aguda ou crônica, enfisema pulmonar, pneumonia ou fibrose cística.

Leia também:

Referências:

Fluimucil. Bula do medicamento.

Mucolitic. Bula do medicamento.

Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.

Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.

Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer? 1. Diverticulite

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.

A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.

O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.

O que fazer?

Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.

2. Problemas no baço

O baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).

Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.

O que fazer?

Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.

3. Gases em excesso

O acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.

Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.

O que fazer?

A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.

Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).

4. Pedras nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.

A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).

O que fazer?

O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

5. Cólicas menstruais

As cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.

Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.

O que fazer?

Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.

6. Cisto no ovário

Existem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).

Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.

O que fazer?

O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.

7. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.

Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.

O que fazer?

O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.

8. Pancreatite aguda

A pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".

A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.

O que fazer?

O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.

Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.

Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.

Quando procurar o médico?

Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Náuseas e vômitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Pele amarelada (icterícia)

Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.

Referência:

  • Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
  • Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
  • UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia