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Toragesic: para que serve e como usar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O toragesic® (trometamol cetorolaco) é um anti-inflamatório que também tem ação analgésica e é utilizado para tratamento de dor aguda moderada a grave.

Como usar toragesic®?

O toragesic® é um comprimido sublingual e deve, portanto, ser colocado embaixo da língua, local em que permanece até que se dissolva por completo e assim seja absorvido. O comprimido não deve ser engolido.

A dose deve ser estipulada pelo médico, de acordo com a idade e características de cada pessoa, além da intensidade da dor e gravidade da doença.

O tratamento não deve durar mais do que 5 dias, a não ser sob orientação médica.

Os comprimidos de toragesic® possuem lactose em sua composição. Por este motivo, pessoas alérgicas à lactose não podem fazer uso desta medicação.

Precauções quanto ao uso de toragesic®?

A indicação da medicação deve ser avaliada com cautela nas seguintes situações:

  • Gravidez;
  • Doenças cardíacas;
  • Pressão alta;
  • Problemas no fígado ou nos rins;
  • Distúrbios de coagulação sanguínea;
  • Úlceras ou problemas no estômago;
  • Alergias a algum componente da fórmula;
  • Alergia a ácido acetil salicílico.
Mulheres grávidas podem usar toragesic®?

A medicação, como os demais anti-inflamatórios não é recomendada para gestantes, a não ser sob orientação médica estrita, nos 6 primeiros meses de gestação. Nos últimos 3 meses da gravidez toragesic® é contraindicado. Neste período, o uso do medicamento pode trazer danos ao feto e interferir no trabalho de parto normal.

Mulheres que amamentam podem tomar toragesic®?

Não. O toragesic® é excretado pelo leite materno e por este motivo não é recomendado nesse período. Contudo, quando seu uso for indispensável, o mais indicado é que a amamentação seja suspensa.

Quais os efeitos colaterais do toragesic®?

Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Dor abdominal com cólicas;
  • Diarreia;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Sonolência;
  • Dor de cabeça;
  • Inchaço.

Informe sempre ao seu médico os medicamentos em uso. Se estiver em preparo para alguma cirurgia, e estiver em uso de toragesic®, não deixe de avisar ao seu médico.

Não utilize medicamentos sem prescrição. Busque sempre orientação médica.

Moringa (moringa oleífera) faz mal à saúde?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A moringa (Moringa oleífera), também chamada de acácia-branca e árvore da vida, tem sido bastante utilizada como alimento para tratar algumas doenças, entretanto, não há evidências científicas consistentes sobre sua ação no organismo humano e isto pode sim oferecer riscos à saúde.

Proibição do uso de Moringa pela Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu temporariamente a fabricação, importação, propaganda, distribuição e venda de suplementos alimentares e alimentos que contenham Moringa (Moringa oleífera).

A proibição se deu pelo fato de que não existe avaliação e comprovação de segurança do uso da planta em alimentos. Além disso, a Anvisa constatou que há diversos produtos chamados e/ou constituídos de Moringa oleífera que trazem indicações terapêuticas não permitidas para alimentos como a cura do câncer, tratamento de doenças cardiovasculares, diabetes, aumento de colesterolentre outras.

O posicionamento da Anvisa de proibir o consumo da moringa se deve a violação da legislação sanitária. Este mesmo posicionamento também pode ser aplicado à saúde pública pelos riscos do uso da planta sem comprovação científica para fins de cura e tratamento de doenças, o que pode oferecer riscos à saúde.

Embora a moringa seja comercializada em cápsulas por lojas de produtos naturais, farmácias e pela internet, estudos que comprovem os seus benefícios para a saúde humana ainda são preliminares e foram realizados apenas em animais. As pesquisas com moringa efetuadas em seres humanos são poucas e pequenas, o que não permite resultados conclusivos.

Por estes motivos a comercialização e o consumo de moringa na forma de farinha, chá, cápsula, pó e sementes foi proibido pela Anvisa por meio da Resolução – RE no 1478, de 6 de junho de 2019.

Propriedades em estudo da Moringa

A moringa possui grandes concentrações de vitaminas, minerais, carotenoides, quercetina e vitamina C. Por causa de suas propriedades nutricionais, estudos estão sendo efetuados para comprovar, em seres humanos, os seguintes efeitos:

  • Antioxidante
  • Analgésico
  • Anti-inflamatório
  • Antidiabético
  • Vasodilatador
  • Anticolinérgico
  • Antirreumático
  • Cicatrizantes

As plantas medicinais e os fitoterápicos são muito utilizados como coadjuvantes no tratamento de diversas doenças e possuem efeitos semelhantes aos medicamentos. Deste modo, podem produzir efeitos positivos como redução da glicose no sangue, diminuição do colesterol e melhorar o humor. Porém, também possuem efeitos colaterais e podem trazer riscos à saúde.

Não utilize fitoterápicos sem indicação de um/a fitoterapeuta ou outro/a profissional de saúde, e use plantas medicinais com atenção e cautela.

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Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Nó e bolo na garganta: saiba se é ansiedade e o que fazer
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nó na garganta pode ter outras causas, mas está normalmente associado à ansiedade. Não é à toa que o termo aparece em muitas músicas e poemas, associado a outras manifestações, como o aperto no peito.

Além do nó na garganta e do aperto no peito, outros sintomas comuns de ansiedade são:

  • O coração bate muito rápido;
  • Tremores;
  • Medo intenso;
  • Suor intenso.

Ela também pode causar falta de ar, enjoo, frio na barriga e dor de estômago.

Algumas manifestações da ansiedade são mais leves, outras mais graves.

Sentir ansiedade em alguns momentos é normal. Se está iniciando uma nova atividade, um novo emprego, um novo relacionamento, vai senti-la como uma excitação, associada à alegria.

Também é normal sentir alguma ansiedade em situações que causam desconforto, como foi o caso da pandemia.

Ela passa a ser um problema quando for frequente, por um período prolongado e / ou se for muito intensa. Isto pode fazer com que apareçam sintomas como o nó ou bolo na garganta, falta de ar, dor de estômago e insônia, entre outros.

O que você pode fazer quando o nó na garganta aparece?

Muitas pessoas conseguem resolver o problema e viver sem grandes prejuízos sociais e profissionais apenas usando essas dicas para controlar a ansiedade:

Respire profundamente

Respirar calmamente é uma técnica infalível para controlar uma crise de ansiedade que está começando. Você só respira calma e profundamente quando está calmo e quando faz isso o seu cérebro acredita que esteja tudo bem. A respiração pode ser feita da seguinte maneira: inspire lentamente contando até 3; conte até 3 e retenha o ar; expire lentamente, contando até 6. Você deve manter essa respiração por pelo menos 2 minutos. Feche os olhos durante a prática, se puder.

Morda a língua

Há outra forma de controlar uma crise de ansiedade: morda levemente a ponta da língua. É uma técnica baseada nos conhecimentos da acupuntura e do do-in. Funciona!

Mude o foco

A ansiedade vem como um mecanismo natural do ser humano de tentar evitar a dor. Tente mudar o foco. Busque o que pode lhe dar prazer. Inclua em sua rotina caminhar, entrar em contato com a natureza, ler um bom livro, ouvir boa música, escrever, desenhar, pintar, fazer exercícios físicos ou artesanato, estar com pessoas queridas ou com seus animais de estimação.

Meditação e ioga

As práticas de meditação e de ioga requerem disciplina, pois leva algum tempo para sentir seus resultados.

A meditação ajuda no controle dos sintomas da ansiedade tanto quanto um tratamento com medicamentos. Há vídeos e aplicativos que ajudam a começar.

A prática de ioga traz benefícios para além do exercício físico. Técnicas de respiração, relaxamento, meditação e foco no agora são os pontos que ajudam a controlar a ansiedade e são trabalhados nas aulas.

O que pode causar a ansiedade?

É muito difícil especificar quando o transtorno de ansiedade tem início. Por isso, você pode ter dificuldade para perceber como ele começou e se há uma ou mais causas para isso.

A ocorrência de vários eventos negativos na vida aumenta muito a chance da ansiedade se tornar um problema. Doenças graves como câncer e problemas cardíacos também podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade.

O problema muitas vezes começa na infância e persiste na vida adulta. A ansiedade é um problema de saúde mental comum para crianças e adolescentes.

Manifestações mais graves da ansiedade

Algumas manifestações de ansiedade podem ser disfuncionais, ou seja, atrapalhar seu rendimento nas atividades e sua vida. Neste caso, são problemas de saúde mental que podem causar doenças como a depressão, hipertensão e problemas cardíacos quando persistem por muito tempo. Se você se identificou com o problema, precisa descobrir o que fazer para aliviar os sintomas psicológicos e físicos que ele causa.

São manifestações graves da ansiedade:

Transtornos de ansiedade generalizada

Você pode identificar que está sofrendo um transtorno de ansiedade generalizada se sentir com frequência e por um período prolongado:

  • Apreensão: preocupação excessiva com o futuro; medo do desconhecido; sentir-se “no limite”;
  • Tensão muscular: inquietação, tremores ou dificuldade para relaxar. Pode sentir dores no corpo como consequência;
  • Tontura; sensação de nó ou bolo na garganta; dor ou frio no estômago;
  • Taquicardia, suor excessivo ou respiração ofegante (sem ter feito exercício físico).
Crise de pânico

Uma crise de pânico se caracteriza por uma ansiedade muito intensa em um dado momento. Ela manifesta-se como medo intenso, palpitação, sudorese, dor no peito, tremedeira, enjoo, frio na barriga e medo de morrer. O mal-estar é tão intenso que a pessoa sente necessidade de procurar um médico.

Fobia

É o medo persistente que não tem sentido e que “trava” você em certas situações. São fobias comuns o medo de multidões ou de estar só fora de casa; de sangue; lugares altos, abertos ou fechados; viagens de trem, carro ou avião. Quem tem uma fobia faz de tudo para evitar a situação que causa o medo.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

A pessoa com transtorno de obsessão tem pensamentos indesejáveis. Podem ser dúvidas, pensamentos negativos, sobre contaminação, sexo ou religião, entre outros. Eles causam sofrimento e perda de tempo, atrapalhando a vida da pessoa.

A pessoa com transtorno compulsivo tem comportamentos que não consegue controlar. São as manias de contar, verificar, repetir, tocar em objetos e fazer movimentos. Comer, comprar e beber em excesso também são compulsões. Isto acontece devido à ansiedade. A falta de controle gera ainda mais ansiedade e sentimento de culpa.

No transtorno obsessivo-compulsivo, a pessoa age para aliviar os pensamentos obsessivos. Um exemplo de TOC é lavar as mãos o tempo todo, sem necessidade.

Estresse pós-traumático

Algo muito grave acontece (física ou psicologicamente) como “gatilho” para essa manifestação da ansiedade. A pessoa tem recordações perturbadoras do que aconteceu, pesadelos e até alucinações. Isso causa grande estresse físico e psicológico. As consequências são reações assustadas e irritabilidade, dificuldades de concentração e para se relacionar, falta de motivação e problemas para dormir.

O que fazer quando a ansiedade vai além do nó na garganta?

Se você percebe que a ansiedade atrapalha muito no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, é necessário recorrer à avaliação de um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para ter certeza do diagnóstico e estabelecer o tratamento mais adequado. As alternativas para tratar os transtornos de ansiedade são:

Psicoterapia

A psicoterapia é usada como tratamento não farmacológico (sem medicamentos). Normalmente é por onde se começa. Ela é considerada fundamental mesmo para quem precisa usar medicamentos.

Há muitas opções. Entre elas, a terapia cognitivo-comportamental se destaca. É muito efetiva, principalmente para os pacientes com ansiedade crônica. São necessárias pelo menos de 8 a 10 sessões. O trabalho consiste em modificar pensamentos e crenças negativas que a pessoa tem e desencadeiam os sintomas físicos.

Farmacoterapia

Alguns dos medicamentos que podem ser indicados são antidepressivos e ansiolíticos. Os antiarrítmicos podem ser indicados para o tratamento de alguns sintomas.

Os ansiolíticos e antidepressivos devem ser receitados por um psiquiatra. Em muitos casos, o tratamento com antidepressivos dura de 6 a 12 meses, mas pode ser mais longo.

O tratamento farmacológico deve estar aliado a tratamento psicológico e psicossocial.

Intervenção psicossocial

As intervenções psicossociais consistem na tentativa de agir sobre fatores sociais e psicológicos externos que podem causar ou acentuar a ansiedade. Problemas familiares, econômicos, de saúde e escolares são os alvos das intervenções.

Envolver as pessoas que convivem com o paciente para que auxiliem na melhora é fundamental para trabalhar estas questões e diminuir a ansiedade que causam.

Você pode querer ver também:

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Sinto a garganta fechando e a sensação de que não consigo respirar. O que pode ser?

Referências:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Narmandakh A, Roest AM, de Jonge P, Oldehinkel AJ. Psychosocial and biological risk factors of anxiety disorders in adolescents: a TRAILS report. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021; 30(12): 1969–1982.

Aktar E, Bögels SM. Exposure to Parents’ Negative Emotions as a Developmental Pathway to the Family Aggregation of Depression and Anxiety in the First Year of

Life. Clin Child Fam Psychol Rev. 2017; 20(4): 369–390.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

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Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): para que serve, como usar e quais as suas contraindicações?

O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

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Torsilax serve para dor de cabeça?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Torsilax pode ser usado em alguns casos de dor de cabeça. Isso porque ele tem em sua composição um relaxante muscular, o carisoprodol, que pode ajudar nos casos de dor de cabeça causada por tensão muscular. Além disso, o Torsilax contém componentes com efeito analgésico, que podem aliviar a dor de cabeça.

Entretanto, a dor de cabeça não é uma indicação prevista na bula do Torsilax. Ele está indicado em casos de:

  • Reumatismo;

  • Estados inflamatórios devido a traumas e pós-cirúrgicos.

Também pode ser indicado para ajudar a diminuir sintomas em processos inflamatórios associados a infecções.

Por conter uma combinação de medicamentos, o uso do Torsilax está associado a um conjunto maior de reações adversas.

Quando a dor de cabeça for frequente e intensa, procure um médico de família ou neurologista para investigar a causa. Assim, você poderá usar o medicamento mais indicado para o seu caso.

Para saber mais sobre dor de cabeça, leia também:

Referência:

Torsilax. Bula do medicamento.

Mucocele: por que aparece e como tratar a bolha na boca?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Se apareceu uma bolha no interior na sua boca e ela é rosada ou arroxeada, com conteúdo transparente (saliva), provavelmente é mucocele. Ela pode aparecer por dentro do lábio inferior ou das bochechas, debaixo da língua ou no céu da boca. É a lesão da mucosa da boca mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens.

Crédito: Dozenist

Pode ser consequência de mordidas repetidas ou outros traumas que causam o rompimento ou entupimento da glândula salivar. Crescem lentamente e podem variar em tamanho. Podem esvaziar e depois encher novamente durante as refeições.

O que fazer em caso de mucocele?

Elas não são graves e são assintomáticas (não causam dor), mas podem incomodar um pouco, dependendo do tamanho e localização. Algumas regridem ou rompem espontaneamente em pouco tempo, não sendo necessário nenhum tratamento. Por isso, você não precisa usar ou aplicar nenhum medicamento quando tem mucocele.

Quando você deve procurar um médico?

Quando a bolha persiste por muito tempo ou aparece repetidas vezes, é necessário fazer uma cirurgia. Ela consiste na retirada da bolha ou da glândula salivar entupida. A técnica escolhida para a cirurgia pode ser:

  • Excisão (cortar e suturar)
  • Congelamento (criocirurgia)
  • Vaporização com o laser de CO2 / laser de diodo
  • Marsupialização ou micromarsupialização (criação de uma “bolsa”)

Quem faz a cirurgia pode ser um médico ou um cirurgião dentista. O profissional irá examinar, operar e avaliar o material retirado para confirmar se a lesão era mesmo mucocele. A recuperação é rápida.

Ele também irá investigar a causa da mucocele, para evitar que ela volte. Irá verificar se pode estar associada a:

  • Traumas (mordidas ou uso de aparelhos, por exemplo)
  • Lesões congênitas
  • Síndrome de SjÖgren (doença autoimune que deixa os olhos e a boca secas)
  • Fibrose cística (é uma doença hereditária)

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Herpes simples: o que é, quais os sintomas, o que causa e tratamento

Referências

UpToDate

Biblioteca Virtual em Saúde — Atenção Primária em Saúde. Segunda Opinião Formativa. O que é mucocele?

Santos FM, Corrêa FNP, Corrêa MSNP. Mucocele em lábio inferior de adolescente: relato de caso. Rev Assoc Paul Cir Dent 2013; 67(3): 230-3

Para que serve Tramal® cápsulas? É o mesmo que morfina?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tramal® (cloridrato de tramadol) é um potente analgésico da classe dos opioides, indicado para dor de intensidade moderada a grave. Sua ação se dá nas células nervosas específicas da medula espinhal e cérebro (sistema nervoso central) levando ao alívio da dor.

Tramal® é o mesmo que morfina?

Não. Tramal® (cloridrato de tramadol) e morfina, apesar de serem analgésicos potentes do grupo dos opioides, são substâncias diferentes e possuem efeitos também distintos.

A morfina, além de analgésico, tem ação sedativa e ansiolítica. É bastante utilizada por pacientes com câncer, queimaduras extensas e dores cirúrgicas, pois é capaz de reduzir consideravelmente as dores intensas. Entretanto, pode provocar depressão respiratória, desencadear queda de pressão arterial (hipotensão), redução da frequência cardíaca (bradicardia), suprimir o reflexo da tosse e causar broncoespasmo.

Náuseas, vômitos e redução do tamanho das pupilas (miose) são efeitos colaterais comuns no uso de morfina, podendo causar tolerância e dependência. Seu uso é feito, preferencialmente, em ambiente hospitalar. O uso em domicílio é bastante arriscado e deve ser rigorosamente acompanhado pelo/o médico/a.

O tramal® (cloridrato de tramadol) apresenta risco muito menor de depressão respiratória e cardiovascular quando comparado à morfina. É eficaz para amenizar dores intensas e tem o uso em domicílio mais seguro.

Como tomar Tramal®?

Tramal® deve ser prescrito por médico/a de forma individualizada. Isto significa que a dose a ser prescrita dependerá da avaliação que este profissional fará do seu quadro clínico.

Para adultos e adolescentes a partir de 12 anos de idade recomenda-se ingerir uma a duas cápsulas de tramal® (equivalente a 50 ou 100 mg de cloridrato de tramadol) por dia. Dependendo da dor, o efeito dura cerca de 4 a 8 horas.

A dose máxima diária não deve ultrapassar 400 mg por dia (8 cápsulas por dia de tramal® 50 mg).

Se você achar que o efeito do medicamento está muito forte ou muito fraco, informe ao seu médico. Não altere a dosagem por conta própria.

Efeitos colaterais de tramal®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso de tramal® são:

  • Náusea
  • Tonturas
  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Vômito
  • Prisão de ventre (constipação)
  • Transpiração
  • Boca seca
  • Fadiga
Contraindicações de tramal®
  • Pessoas alérgicas ao cloridrato de tramadol ou qualquer outro componente da fórmula;
  • Idade inferior a 12 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas em uso nos últimos 14 dias de antidepressivos inibidores da monoaminooxidase (medicamentos que inibem a enzima que destrói a serotonina produzida pelo corpo:);
  • Pessoas em abstinência de drogas entorpecentes;
  • Pessoas que estão se tratando de intoxicação por álcool, hipnóticos, opioides e outros psicotrópicos.
Precauções quanto ao uso de tramal®

Tramal® (cloridrato de tramadol) deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Pacientes idosos, pelo risco de queda da pressão, tonturas maior propensão a queda da própria altura;
  • Pessoas que tendem a usar medicamentos de forma abusiva ou são dependentes de medicamentos devem usar tramal® por períodos curtos e sobre estrita e rigorosa supervisão médica;
  • O uso prolongado de tramal® pode provocar dependência química e física, assim como o desenvolvimento de tolerância (fenômeno em que uma determinada dose da medicação já não é capaz de atingir o efeito desejado);
  • Portadores de epilepsia;
  • O uso de tramal® com anticoagulantes pode aumentar o risco de sangramento;
  • Evite ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com tramal®.

Para que o uso de tramal® seja seguro e eficaz, sua administração deve ser somente por via oral. Respeite sempre os horários, as doses e a duração do tratamento de acordo com as orientações médicas.

Quantos meses de gestação são 36 semanas?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

36 semanas de gestação correspondem ao início do 9º mês de gravidez. O mais normal é que o parto aconteça depois desta semana, entre as semanas 37 e 40.

O parto pode ser programado para a 36.ª semana quando há alguma complicação com a gravidez, especialmente no caso de eclâmpsia. A decisão de antecipar o nascimento vai depender da avaliação feita pelo médico em cada caso.

Mesmo nascendo com 36 semanas, o bebê tem grandes chances de sobrevivência. Entretanto, pode precisar de alguns cuidados especiais. Os problemas respiratórios são as complicações mais frequentes e pode ser necessário o uso de medicamentos e ventilação até que os pulmões estejam maduros para respirarem sozinhos.

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Referências:

Valencia CM, Mol BW, Jacobsson B. FIGO good practice recommendations on modifiable causes of iatrogenic preterm birth. Int J Gynecol Obstet. 2021; 155: 8–12.