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5 dúvidas sobre o hímen complacente
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hímen complacente se caracteriza por ser bastante elástico. Por este motivo, ele pode não se romper na primeira relação com a penetração vaginal e retornar à sua forma normal.

Uma característica comum entre as mulheres com hímen complacente é a dor ou desconforto durante a penetração. Apesar disso, é importante que você saiba que ter o hímen complacente não é uma doença e nem indica problemas de saúde.

Esclarecemos aqui as 5 dúvidas mais comuns de quem tem hímen complacente.

1. Como posso saber se tenho o hímen complacente?

Não existe uma forma de se ter a certeza de que o seu hímen é complacente. Durante o exame ginecológico, o ginecologista pode verificar a presença do hímen na entrada da vagina e identificar o seu formato, mas não tem como avaliar a sua elasticidade.

Entretanto, o seu hímen pode ser complacente se você:

  • Já teve relações sexuais com penetração vaginal e ainda tem hímen: por ser muito elástico é normal que o hímen complacente não se rompa na primeira penetração, e
  • Sente dor durante a penetração: a dor ocorre pela não ruptura do hímen.
2. É possível romper um hímen complacente?

O hímen complacente sempre se rompe em algum momento. Devido à sua elasticidade, a sua ruptura é apenas um pouco mais difícil. O indicado é que você mantenha as relações sexuais para que o rompimento ocorra de forma natural.

É importante que você converse com o seu parceiro para que vocês continuem tentando o rompimento do hímen por meio do ato sexual. Investir nas preliminares aumenta a excitação da mulher e torna a penetração mais confortável.

Se mesmo após várias penetrações o hímen não se romper, esta ruptura ocorrerá se a mulher tiver um parto normal. Nos casos em que ocorre dor muito intensa durante o ato sexual, converse com o ginecologista sobre a possibilidade de cirurgia para o rompimento hímen complacente.

3. Quais os sintomas de rompimento do hímen complacente?

Um pequeno sangramento vermelho vivo é o sintoma mais frequente quando o hímen se rompe, no entanto, nem todas as mulheres sangram.

Para as mulheres com hímen complacente, é comum que o sangramento não ocorra porque o hímen não se rompe ou não sofre ruptura total. Pode também acontecer um pequeno sangramento a cada relação sexual, o que significa que o hímen está se rompendo gradualmente a cada penetração.

Devido à dificuldade de ruptura deste tipo de hímen, a dor também é um sintoma habitual. Pode ser amenizada com preliminares mais efetivas antes da penetração.

4. O hímen complacente se rompe com o uso de absorventes internos?

Embora seja bastante raro, é possível que o hímen complacente se rompa com o uso de absorventes internos sim, ou mesmo pela utilização dos copos menstruais. Contudo, o mais comum é que a ruptura ocorra gradativamente a cada uso.

5. É indicado cirurgia para as mulheres com hímen complacente?

Existe a indicação mas não é frequente. A cirurgia consiste em um procedimento chamado himenotomia simples, no qual o hímen é cortado ou retirado.

Muitas vezes a dor pela presença do hímen complacente é confundida com vaginismo, uma disfunção sexual que causa espasmos nos músculos da vagina e provoca dor intensa durante a relação sexual.

Este diagnóstico diferencial pode ser feito em uma consulta com o ginecologista na qual ele fará uma entrevista para compreender as suas queixas e fará um exame ginecológico. Este é também o momento ideal para que você possa retirar suas dúvidas sobre a presença do hímen, o seu tipo sobre a ruptura do himenal.

Para saber mais sobre este assunto você pode ler:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Prednisona serve para dor de dente?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisona não deve ser usada para aliviar a dor de dente. Ela é um corticoide, que só deve ser usado com orientação de um médico e que, normalmente, só é utilizado para tratar:

  • Doenças endócrinas (relacionadas a alterações hormonais);
  • Doenças osteomusculares, como a artrite;
  • Doenças do colágeno, como o lúpus eritematoso sistêmico;
  • Doenças dermatológicas, como a psoríase ou a dermatite seborreica grave;
  • Alergias;
  • Processos inflamatórios e alérgicos dos olhos e anexos;
  • Doenças respiratórias, como sarcoidose e beriliose.

Os medicamentos mais indicados para o tratamento da dor de dente podem variar, dependendo da causa e da intensidade da dor. Geralmente são usados anti-inflamatórios, como ibuprofeno ou paracetamol.

Em casos de dor mais intensa, pode ser indicado um analgésico opioide. Quando há infecção, é necessário o tratamento com antibióticos. Por isso, é importante procurar um dentista quando estiver com dor de dente.

Se quiser saber mais sobre dor de dente, leia também:

Referências:

Prednisona. Bula do medicamento

Hennessy BJ. Dor e infecção dentárias. Manual MSD.

Furúnculo é perigoso?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O furúnculo geralmente não é perigoso. Entretanto, em alguns casos, existe risco de endocardite, que é uma infecção no coração. Ela pode surgir quando o furúnculo não é tratado e a pessoa tem alguns fatores de risco, como:

  • Tem a imunidade baixa (como diabéticos);
  • Nasceu com algum problema no coração;
  • Tem problemas nas válvulas do coração.

O risco de complicações é maior quando o furúnculo é muito grande ou existem vários furúnculos que se comunicam por baixo da pele (chamado carbúnculo ou antraz). Nesses casos e sempre que houver febre, é importante procurar um médico de família ou dermatologista para iniciar o tratamento.

O tratamento do furúnculo é feito drenando o pus sanguinolento do seu interior. Ele deve romper naturalmente, sem espremer. Colocar compressas quentes ou pomada de beladona pode facilitar o rompimento e a drenagem.

Quando o furúnculo não tem ponta, o médico pode optar por fazer um pequeno corte para que o conteúdo saia. Em alguns casos, pode ser necessário tomar antibióticos para combater a infecção.

Leia mais sobre furúnculos em:

Referência:

Rehmus WE. Furúnculos e antraz. Manual MSD

Endocardite infecciosa - Fatos Rápidos. Manual MSD

13 informações importantes sobre o exame de Papanicolau
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de Papanicolau, cientificamente chamado de colpocitologia oncológica, é um exame ginecológico utilizado para detectar precocemente o câncer de colo de útero. Para que a prevenção aconteça é preciso que você conheça os benefícios do exame Papanicolau e esclareça as suas dúvidas.

1. Para que serve o exame Papanicolau?

O exame Papanicolau, mais conhecido por exame preventivo, é utilizado como exame de rotina em todas as melhores, com objetivo de diagnosticar o câncer de colo de útero, mesmo nos estágios inciiais. É capaz também de identificar a presença de células pré-cancerosas no colo do útero, ou seja, células que podem se tornar câncer. Por isso dizemos que pode "prevenir" a doença.

2. O exame Papanicolau é também usado para o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis?

Não. O Papanicolau não é o exame adequado para detectar infecções sexualmente transmissíveis, nem mesmo provocadas pelo HPV. No caso do HPV, o Papanicolau identifica células pré-cancerosas provocadas pelo vírus.

Durante a consulta o ginecologista pode suspeitar da presença de doença sexualmente transmissível e realizar outros exames, para essa investigação, como o exame a fresco que consiste em coletar o material (secreção ou corrimento), colocar em uma lâmina e analisar com a ajuda de um microscópio. Este é um procedimento simples, feito no próprio consultório, que identifica infecções e não causa dor.

Os sintomas que sugerem uma IST são principalmente, a presença de corrimentos, coceira, ardor, sangramento fora do ciclo menstrual e dor durante a relação sexual.

3. Quem deve fazer o exame Papanicolau?

Todas as mulheres com idade entre 25 e 64 anos de idade que têm ou já tiveram vida sexual ativa, devem realizar o exame Papanicolau.

4. Quando devo fazer o exame Papanicolau?

Para o Ministério da Saúde, se você tem entre 25 anos e 64 anos e possui ou possuía vida sexual ativa, é importante fazer o exame Papanicolau obedecendo os seguintes intervalos:

  • Depois da realização do primeiro exame, o segundo deve ser efetuado após um ano;
  • Se os resultados destes dois exames forem normais, o exame seguinte somente precisará ser feito após 3 anos;
  • Se os resultados indicarem lesões provocadas por HPV ou lesão de baixo grau, é preciso repetir o exame após 3 meses;
  • Se o resultado do exame Papanicolau indicar lesão de alto grau, o seu ginecologista definirá a melhor conduta a ser tomada.
5. Preciso fazer algum preparo para fazer o exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum preparo especial para efetuar o exame de Papanicolau, embora seja importante ter atenção a alguns detalhes:

  • Não faça o exame Papanicolau enquanto estiver menstruada;
  • Evite a realização de duchas vaginais no dia e no dia anterior;
  • Não utilize medicamentos intravaginais como cremes e óvulos vaginais 72 horas antes do exame;
  • Evite relações sexuais nas 72 horas anteriores ao Papanicolau;
  • Para as mulheres que tiveram bebê, o ideal é aguardar entre seis e oito semanas para efetuar o Papanicolau.
6. Como é feito o exame Papanicolau?

O Papanicolau é um exame simples, indolor, realizado no consultório do ginecologista.

A posição que você adotará para a realização do exame, é a posição ginecológica (deitada, com as pernas afastadas e os pés ficarão apoiados em um suporte).

Para efetuar o exame o médico introduzirá na vagina um instrumento chamado de espéculo vaginal. Este instrumento serve para afastar as paredes da vagina e possibilitar a visualização do colo do útero.

As células do colo do útero são colhidas, primeiramente com uma espátula e depois com uma escova endocervical, ambos descartáveis. O material é colocado em uma lâmina de vidro e enviado ao laboratório para análise.

7. O exame Papanicolau causa dor?

Normalmente, o Papanicolau não provoca dor. Entretanto, é comum que você sinta desconforto por causa da necessidade de inserir e ajustar o espéculo dentro do canal vaginal.

Mulheres que já passaram pela menopausa podem apresentar atrofia vaginal, ou seja, a vagina se torna mais estreita e seca, o que pode aumentar o desconforto.

Para reduzir o incômodo provocado pela introdução e ajuste do espéculo no canal vaginal, o médico pode utilizar vaselina ou lubrificantes à base de água, pois não alteram o resultado do exame.

8. Preciso efetuar algum cuidado especial após a realização do exame Papanicolau?

Não é necessário nenhum cuidado específico. Um sangramento vaginal bem pequeno pode ocorrer e é considerado normal. Portanto, após o exame você pode ir para casa. Se sentir necessidade, faça um repouso leve.

9. Como entender os resultados do exame Papanicolau?

Os resultados do exame Papanicolau mostram as características das células visualizadas no microscópio:

Classe I

Indica resultado normal. As células do colo do útero não apresentam alterações e se encontram saudáveis.

Classe II

Aponta alterações benignas nas células, que na maior parte dos casos são provocadas por inflamação vaginal.

Classe III

Inclui também resultados descritos como NIC 1, 2 ou 3 ou LSIL (lesão intraepitelial de baixo grau).

Estes resultados indicam a presença de alterações nas células do colo do útero. Em algumas situações estas lesões podem ser provocadas por HPV.

Classe IV

Também inclui resultados descritos como NIC 3 e HSIL (lesão intraepitelial de alto grau). Estes resultados indicam início de câncer de colo de útero.

Classe V

O resultado de Papanicolau Classe V confirma a presença de câncer de colo de útero.

Amostra insatisfatória

Quando o resultado indica ‘amostra insatisfatória’, significa que o material coletado não adequado e, por este motivo, não foi possível realizar a análise para o Papanicolau.

Com base no resultado do exame Papanicolau, o ginecologista avaliará a necessidade de outros exames e também definirá o tratamento mais adequado.

Quando há infecção por HPV ou alterações nas células, o exame deve ser refeito após 6 meses.

Nos casos em que a suspeita de câncer existe pode ser indicada a colposcopia. Neste exame, o ginecologista avaliará detalhadamente a vulva, vagina e colo do útero.

10. Posso fazer o Papanicolau menstruada?

Não. Você não deve estar menstruada no momento do exame, pois a presença de hemácias (células do sangue) e/ou células do endométrio podem comprometer a visualização de células pré-cancerosas ou cancerosas no Papanicolau e alterar o resultado do exame.

O Papanicolau deve ser feito antes ou 10 dias após a menstruação.

11. Posso fazer o exame Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia?

É possível sim fazer o Papanicolau e outros exames ginecológicos no mesmo dia. Fique atenta somente se você tiver, por exemplo, o exame Papanicolau e uma ultrassonografia transvaginal no mesmo dia. Neste caso, faça primeiro o Papanicolau e depois o ultrassom transvaginal, pois o gel utilizado para fazer a ultrassonografia pode interferir no resultado de outros exames.

12. Mulheres grávidas precisam fazer o Papanicolau?

Sim. As mulheres grávidas devem seguir a mesma rotina para a realização do exame preventivo, pois têm a mesma chance de desenvolver câncer de colo de útero que as mulheres não grávidas.

13. Mulheres virgens devem fazer o Papanicolau?

De acordo com o Ministério da Saúde, não. Mulheres que nunca tiveram relação sexual não correm o risco de desenvolver câncer de colo de útero, por não terem sido expostas aos fatores de risco como, por exemplo, a infecção por HPV.

Se você tem entre 25 e 64 anos de idade e tem ou já teve vida sexual ativa, faça o exame de Papanicolau. Ele é muito importante na prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino.

Em caso de dúvidas, converse com o seu ginecologista.

O que pode deixar o corpo quente, mas sem febre?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Alguns fatores que podem dar a sensação de que o corpo está quente sem que se tenha febre são:

  • Alterações hormonais, como as que acontecem na menopausa;
  • Prática de exercício físico intenso;
  • Calor externo extremo;
  • Uso de drogas, como cocaína;
  • Uso de roupas muito quentes / que conservam o calor.

Nosso corpo tem mecanismos para manter a temperatura adequada ao seu funcionamento, independente da temperatura ambiente. Quando existem fatores que alteram essa regulação, o corpo fica muito quente e vem a sensação de exaustão, causando grande desconforto.

Se a sensação de corpo quente persistir, trouxer desconforto ou não for possível identificar a causa, procure um médico de família ou clínico geral.

Leia mais sobre assuntos relacionados a esse em:

Referências:

Kronenberg F. Menopausal hot flashes: Randomness or rhythmicity. Chaos. 1991; 1(3): 271-8.

Cheung SS. Interconnections between thermal perception and exercise capacity in the heat. Scand J Med Sci Sports. . 2010; ;20 (Suppl 3): 53-9.

Gallagher Jr M, Robertson RJ, Goss FL, Nagle-Stilley EF, Schafer MA, Suyama J, Hostler D. Development of a perceptual hyperthermia index to evaluate heat strain during treadmill exercise. Eur J Appl Physiol. 2012; 112(6): 2025-34.

Crandall CG, Vongpatanasin W, Victor RG. Mechanism of cocaine-induced hyperthermia in humans. Ann Intern Med. 2002; 136(11): 785-91.

Existe injeção para tratar dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Usar alguma injeção para dor de garganta normalmente só é necessário quando não se consegue engolir.

A escolha do melhor medicamento injetável para tratar a dor de garganta vai depender da causa da dor. Pode incluir antibióticos, no caso de infecção; anti-inflamatórios; ou uma combinação dos dois. O médico é quem avalia o caso e decide o que é necessário.

Mas há alguns recursos que podem ser usados para aliviar os sintomas antes de ser necessário recorrer à injeção. Alguns exemplos são:

  • Fazer gargarejo com água morna e sal;
  • Usar sprays e/ou pastilhas com benzocaína;

Também é possível tomar medicamentos por via oral, quando é possível engolir. O ideal é que sejam indicados pelo médico. Eles podem ser um anti-inflamatório ou um antibiótico, dependendo da causa da dor de garganta.

Leia mais sobre tratamentos para dor de garganta em:

Referência:

Fried MP. Dor de garganta. Tratamento da dor de garganta. Manual MSD.

Apareceu um calombo entre meu pulso e a minha mão...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esse calombo pode ser um cisto artrosinovial e geralmente não é detectado no Raio-X.

O cisto sinovial é um nódulo semelhante a uma bolsa cheia de líquido proveniente da articulação (artro) ou de algum tendão (líquido sinovial). O cisto sinovial pode surgir em qualquer articulação, mas é mais comum no punho e na mão.

Apesar de ser um cisto benigno que não vira câncer, ele pode crescer consideravelmente e provocar dor, deformidade articular e interferir nos movimentos do punho. O tratamento é feito através de punção ou remoção cirúrgica do cisto.

O cisto no punho surge quando o líquido sinovial extravasa da articulação ou dos tendões. Para tentar conter esse extravasamento, o corpo cria uma cápsula, dando origem ao cisto.

Ainda não se sabe ao certo por que os cistos sinoviais no punho se formam. Acredita-se que eles podem ser causados por traumas que geram rupturas na cápsula que envolve a articulação, movimentos repetitivos ou ainda um defeito de vedação da cápsula articular.

O tratamento para o cisto no punho geralmente é feito através de cirurgia ou punção do cisto. A punção consiste na introdução de uma agulha no interior do cisto, seguida da aspiração do conteúdo do cisto por meio de uma seringa. O procedimento é pouco doloroso e elimina definitivamente o cisto em praticamente metade dos casos.

Se o cisto provocar dor, interferir nos movimentos do punho ou caso o cisto volte a crescer após a punção, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia remove completamente o cisto e resolve de vez o problema em cerca de 90% dos casos.

O diagnóstico do cisto sinovial pode ser feito pelo médico/a ortopedista, reumatologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Leia também:

Tenho um cisto no punho o que pode ser e o que devo fazer?

O que é cisto sinovial e quais os sintomas?

Qual o tratamento para cisto sinovial?

Cisto sinovial pode desaparecer sem tratamento?

Cúrcuma ajuda a emagrecer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A cúrcuma (Cúrcuma longa) tem uma potente ação anti-inflamatória e por este motivo pode ajudar nos processos de emagrecimento. A curcumina, que atribui à cúrcuma a cor amarelo-alaranjado, é um dos flavonoides componentes da planta e o principal responsável pelo seu efeito anti-inflamatório.

Pertencente à família do gengibre, é também conhecida como açafrão-da-terra, açafrão-da-índia e gengibre amarelo. É bastante utilizada na Medicina Ayurvedica (Medicina Indiana) e na Medicina Tradicional Chinesa.

Cúrcuma longa Cúrcuma e emagrecimento

Alguns estudos indicam a propriedade anti-inflamatória da curcumina como um dos mecanismos envolvidos na perda de peso, uma vez que esta substância age sobre os sintomas inflamatórios da obesidade. Estas pesquisas sugerem que a curcumina interfere no metabolismo com capacidade para reverter o colesterol elevado (hiperlipidemia), os altos índices de açúcar no sangue (hiperlipidemia) e a resistência à insulina.

Além destes efeitos, uma pesquisa publicada pelo Journal of Nutrition demonstrou que a cúrcuma inibe a produção de gordura pelo corpo (lipogênese). Neste estudo, o grupo de pessoas que utilizou 5 gr (uma colher de chá rasa) reduziu o percentual de gordura corporal. Entretanto, o mecanismo que produziu esta ação do condimento precisa ser melhor esclarecido.

Cúrcuma e atividade anti-inflamatória Cúrcuma em pó

Estudos feitos em humanos comprovaram a atividade anti-inflamatória da curcumina. Este fitoterápico exerce sua capacidade anti-inflamatória por meio da inibição de diferentes moléculas envolvidas nos processos inflamatórios. É indicada para tratar distúrbios digestivos.

A ação anti-inflamatória pode ser comparada a medicamentos anti-inflamatórios como o diclofenaco, a hidrocortisona e a fenilbutazona. Além de a ação ser semelhante, a cúrcuma não produz efeitos colaterais.

Contraindicações e efeitos colaterais da cúrcuma

A cúrcuma não oferece nenhum efeito colateral, mas é contraindicada em casos de:

  • Gravidez e lactação;
  • Obstrução de dutos biliares;
  • Portadores de úlcera duodenal.

Crianças não devem utilizar cúrcuma e pessoas portadoras de cálculos biliares não devem utilizá-la sem indicação médica.

Pessoas que utilizam medicamentos de uso contínuo (remédios para pressão e diabetes, por exemplo) não devem suspender o uso e nem utilizar a curcumina sem orientação médica.

Além da curcumina, a cúrcuma possui outros fitoterápicos benéficos à saúde e é fonte de vitamina A, C, E e B6 e é rica em aminoácidos, fibras, e minerais como cálcio, ferro, sódio e potássio. Frequentemente utilizada na culinária indiana, pode ser usada como tempero, na forma de chá e pode ser encontra em pó, rizomas (raiz semelhante ao gengibre) e em cápsulas.

Para fins de emagrecimento, a cúrcuma deve ser associada a adoção de um estilo de vida saudável que inclua uma alimentação saudável e a prática de atividade física.

Leia também

Plantas medicinais são seguras para a saúde?