Perguntar
Fechar
Água no joelho: Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de água no joelho são o inchaço e a dor, podendo haver ainda vermelhidão local e dificuldade de movimentos. O início dos sintomas pode ser lento e evoluir aos poucos com o tempo, ou ser agudo e de evolução rápida.

O acúmulo de água no joelho é chamado de derrame articular. Ocorre devido a um aumento da produção de líquido sinovial, um fluido que está presente no interior da articulação e que serve para nutrir, proteger e lubrificar a cartilagem.

Dentre as causas mais comuns de água no joelho estão as lesões de estruturas internas, artrite, artrose, gota e sinovite. Algumas doenças infecciosas como salmonelose, parasitoses intestinais e gonorreia também podem levar a um quadro de artrite com derrame articular. Lembrando que o aumento da produção de líquido sinovial é decorrente de processos inflamatórios dentro da articulação.

O tratamento para água no joelho depende da sua causa e pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos, drenagem do líquido acumulado através de uma agulha, cirurgia, repouso e perda de peso. Quando o problema é causado por alguma doença, esta também precisa ser tratada.

Veja também: Derrame articular, o que é?

Em caso de joelho inchado e doendo, procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário o seguimento por reumatologista ou ortopedista, a depender da causa.

Saiba mais em:

Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?

O que pode causar dor no joelho?

Joelho inchado: o que pode ser?

Para que serve e como tomar cloridrato de ciclobenzaprina (miosan)? Provoca sono?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Cloridrato de ciclobenzaprina, ou miosan®, um dos representantes mais conhecidos da classe, é um relaxante muscular indicado para dores musculares agudas como torcicolo, lombalgias, fibromialgia, periartrite escapuloumeral, cervicobraquialgias.

Como tomar cloridrato de ciclobenzaprina (miosan®)?

Cloridrato de ciclobenzaprina é um medicamento de uso oral e se apresenta em comprimidos revestidos de 5 mg e 10 mg.

Uso adulto

A dose prescrita para adultos pode variar de 5 mg a 40 mg, de uma a 3 vezes ao dia. A dose diária não deve ultrapassar 60 mg de medicamento.

O tratamento com as doses diárias de medicação deve durar no máximo de 2 a 3 semanas com acompanhamento médico. Os comprimidos não devem ser abertos, partidos ou mastigados.

É importante lembrar que a ciclobenzaprina deve ser utilizada apenas sob orientação e supervisão médica.

Cloridrato de ciclobenzaprina (miosan®) provoca sono?

Sim, devido a sua ação sobre o sistema nervoso central, pode provocar sonolência. É necessário evitar dirigir veículos ou operar máquinas, uma vez que seu reflexos podem ficar mais lentos. Algumas atividades da vida diária também podem ser afetadas por causa do sono provocado pelo medicamento.

Contraindicações do cloridrato de ciclobenzaprina (miosan®)
  • Pessoas alérgicas a ciclobenzaprina ou a qualquer outro componente da fórmula;
  • Pessoas portadoras de doenças neurológicas como a miastenia gravis ou miopatias;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Menores de 15 anos;
  • Pessoas que têm glaucoma ou retenção urinária;
  • Pacientes em fase de recuperação de infarto de miocárdio;
  • Portadores de arritmia cardíaca, bloqueio, alteração de conduta, insuficiência cardíaca congestiva ou hipotireoidismo.
Efeitos colaterais do cloridrato de ciclobenzaprina (miosan®)

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso oral do cloridrato de ciclobenzaprina são:

  • Sonolência
  • Boca seca
  • Vertigem

Este efeitos devem cessar rapidamente. Qualquer outra reação deve ser reportada ao/a. médico/a.

Utilize cloridrato de ciclobenzaprina (miosan®) respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento indicado por seu/sua médico/a. Não consuma medicamentos sem prescrição.

O que é doença de Paget? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A doença de Paget, conhecida também por osteíte deformante, é uma doença crônica osteometabólica, em que ocorre uma reabsorção exagerada do material ósseo e remodelação inadequada, com consequente formação de um osso anormal, de tamanho aumentado, matriz mais esponjosa, portanto mais frágil.

Pessoas com doença de Paget apresentam uma decomposição acelerada do tecido ósseo em áreas específicas, que levam a destruição e regeneração óssea anormal, causando deformidade nos ossos afetados.

Pode acometer apenas um osso ou muitos ossos localizados em várias partes do esqueleto. Os locais mais acometidos são as clavículas, ossos dos braços, das pernas, da pelve, da coluna vertebral e do crânio.

A causa da doença de Paget não está bem estabelecida. Acredita-se haver influência de fatores genéticos, mas a doença também pode ser provocada ou deflagrada por uma infecção viral.

A doença é mais prevalente em homens com mais de 40 anos de idade.

Quais são os sintomas da doença de Paget?

O principal sintoma da doença de Paget é a dor óssea. Além da dor no osso, podem estar presentes outros sinais e sintomas como:

  • Fraturas patológicas;
  • Deformidades ósseas;
  • Osteoartrites;
  • Compressão de nervos;
  • Degeneração da coluna vertebral (estenose de canal);
  • Dor ou rigidez nas articulações e dor no pescoço;
  • Curvatura das pernas e outras deformidades visíveis;
  • Deformidades no crânio;
  • Dor de cabeça;
  • Perda auditiva;
  • Baixa estatura;
  • Aumento da temperatura da pele sobre as áreas afetadas.

No entanto, a doença de Paget não manifesta sintomas na maioria dos casos. O diagnóstico é feito acidentalmente, através de um exame de raio-x ou exames de sangue de rotina, que apresentam altos níveis de cálcio na circulação, ou quando ocorre a primeira fratura óssea.

Quais as possíveis complicações da doença de Paget?

As possíveis complicações da doença de Paget podem incluir: fraturas ósseas, surdez, deformidades, insuficiência cardíaca, hipercalcemia (níveis altos de cálcio no sangue), paraplegia e estenose espinhal. Em casos raros, a pessoa pode desenvolver osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo.

Qual é o tratamento para doença de Paget?

O tratamento da doença de Paget inclui o uso de medicamentos inibidores de reabsorção óssea. Em alguns casos, pode ser indicada cirurgia, como nas compressões nervosas e osteoartrite grave, embora nenhum desses tratamentos seja totalmente eficaz contra a doença.

Não são todos os casos que necessitam do tratamento. Apenas em situações de doença ativa, ou situações específicas, deve ser iniciado o tratamento específico, como nos casos citados abaixo:

  • Acometimento de certos ossos, como os que sustentam o peso do corpo, estão comprometidos e o risco de fratura é maior;
  • Piora e evolução rápida das alterações ósseas;
  • Presença de deformidades ósseas;
  • Presença de dor refratária ou outros sintomas;
  • O crânio é afetado, o que pode levar à perda de audição;
  • Níveis de cálcio no sangue elevados e presença de sintomas decorrentes da hipercalcemia.

O tratamento com medicamentos ajuda a prevenir a degeneração e a formação óssea anormal. Os medicamentos mais indicados são:

  • Bisfosfonatos: Tratamento de primeira linha para a doença de Paget, ajudam a diminuir a remodelação óssea. Geralmente são administrados por via oral, mas também podem ser administrados por via intravenosa;
  • Calcitonina: Hormônio envolvido no metabolismo ósseo, diminuindo a concentração de cálcio no sangue e aumentando sua fixação nos ossos. Pode ser administrado sob a forma de spray nasal ou através de injeção subcutânea;
  • Paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides: Medicamentos que podem ser administrados por via oral, para alívio da dor.

Na maioria das vezes, a doença de Paget pode ser controlada com medicação. A cirurgia ortopédica pode ser necessária para corrigir deformidades em casos graves. Alguns pacientes precisam realizar uma artroplastia.

Os principais objetivos do tratamento da doença de Paget são: diminuir as dores, restabelecer o metabolismo normal dos ossos e prevenir deformidades, complicações ósseas (artrites, fraturas) e compressão dos nervos.

A doença de Paget óssea deve ser diagnosticada pelo médico reumatologista ou ortopedista.

O que é a doença de Paget da mama?

A doença de Paget da mama é uma outra doença, com o mesmo nome. Trata-se de um tipo raro de câncer de mama que acomete a camada mais superficial da pele da região da aréola e do mamilo. A doença de Paget mamária ocorre principalmente em mulheres dos 60 aos 70 anos de idade.

Vale lembrar que a doença de Paget óssea não tem nenhuma relação com câncer.

Quais os sintomas da doença de Paget da mama?
  • Coceira e vermelhidão na aréola ou mamilo;
  • Pele espessa e áspera;
  • Ardência;
  • Bolhas com líquido;
  • Sangramento nos mamilos;
  • Presença de nódulos.

No início, a doença pode ser confundida com uma alergia, pois começa com uma vermelhidão e descamação que geralmente provocam ardência e coceira. A seguir surgem feridas, que podem eliminar secreção e provocar dor intensa. Pode haver sangramento dos mamilos e em cerca de metade dos casos existe um nódulo palpável na mama.

Qual é o tratamento da doença de Paget da mama?

O tratamento da doença de Paget mamária depende sobretudo do diagnóstico precoce e da extensão do tumor, sendo a cirurgia a forma de tratamento mais utilizada e resolutiva.

Nesses casos, a doença deve ser diagnosticada e acompanhada por um médico mastologista.

Sinto dor no tendão de Aquiles. O que pode ser e o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor no tendão de Aquiles é um sintoma de tendinite (inflamação no tendão). A tendinite de Aquiles causar dor na parte de trás da perna, na região próxima ao calcanhar. 

O tendão de Aquiles, também conhecido como tendão calcâneo, liga os músculos da panturrilha ao osso do calcanhar. É através dele que os músculos puxam o pé para baixo para nos impulsionar quando andamos, corremos ou pulamos.

Apesar de ser um tendão bastante forte e aguentar grandes tensões, o tendão de Aquiles também pode ficar inflamado quando é sobrecarregado pelo uso excessivo ou repetitivo.

Os principais sinais e sintomas da tendinite são dor e rigidez no tendão de Aquiles ao acordar, dor no tendão ou atrás do calcanhar que piora ao caminhar, correr ou subir escadas, dor intensa no dia seguinte aos exercícios, inchaço e aumento de volume do tendão.

No tendão de Aquiles, as principais causas de tendinite estão relacionadas com o esforço repetitivo, como andar, correr, saltar e subir escadas. Todos esses movimentos podem gerar tendinite e causar dor no tendão de Aquiles.

A tendinite também pode ser causada por um crescimento ósseo no local de inserção do tendão no osso (esporão calcâneo), traumas (pancadas), uso de calçados que apertam o tendão de Aquiles, infecções, além de outras doenças menos comuns.

Veja também: O que é a tendinite?

A tendinite de Aquiles pode ocorrer no meio do tendão ou na parte inferior do calcanhar, onde ele se insere no osso. No primeiro caso, mais comum em pessoas jovens e ativas, ocorrem pequenas rupturas no tendão, que fica inchado e mais grosso. No segundo, as partes danificadas do tendão podem calcificar e gerar esporões calcâneos.

Para aliviar a dor no tendão de Aquiles, a primeira coisa a fazer é diminuir ou interromper as atividades de impacto que pioram a dor, como correr ou saltar, por exemplo. A aplicação de gelo também ajuda a controlar a inflamação e aliviar a dor. A aplicação pode ser feita ao longo do dia, a cada 2 horas, durante 20 minutos.

O tratamento da tendinite também pode incluir medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia (eletroterapia, termoterapia, exercícios de alongamento e fortalecimento). A cirurgia pode ser indicada se a dor no tendão de Aquiles não melhorar após 6 meses de tratamento.

Se a dor persistir, consulte um médico clínico geral, médico de família ou ortopedista para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

Saiba mais em: 

Quais são os sintomas da tendinite?

É possível curar uma tendinite? Qual é o tratamento?

Tenho um cisto no punho. O que pode ser e o que devo fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É provável que um cisto no punho seja um cisto sinovial. Trata-se de um nódulo semelhante a uma bolsa, cheio de líquido proveniente da articulação ou de algum tendão (líquido sinovial). O cisto sinovial pode surgir em qualquer articulação, mas é mais comum no punho e na mão.

Apesar de ser um tumor benigno (não é e nem pode virar câncer) o cisto sinovial pode crescer consideravelmente e provocar dor, deformidade articular e interferir nos movimentos do punho. O tratamento é feito através de punção ou remoção cirúrgica do cisto.

O cisto no punho surge quando o líquido sinovial extravasa da articulação ou dos tendões. Para tentar conter esse extravasamento, o corpo cria uma cápsula, dando origem ao cisto.

Ainda não se sabe ao certo por que os cistos sinoviais no punho se formam. Acredita-se que eles podem ser causados por traumas que geram rupturas na cápsula que envolve a articulação, movimentos repetitivos ou ainda um defeito de vedação da cápsula articular.

O tratamento para o cisto no punho geralmente é feito através de cirurgia ou punção do cisto. A punção consiste na introdução de uma agulha no interior do cisto, seguida da aspiração do conteúdo do cisto por meio de uma seringa. O procedimento é pouco doloroso e elimina definitivamente o cisto em praticamente metade dos casos.

Se o cisto provocar dor, interferir nos movimentos do punho ou caso o cisto volte a crescer após a punção, o tratamento cirúrgico é indicado. A cirurgia remove completamente o cisto e resolve de vez o problema em cerca de 90% dos casos.

O diagnóstico do cisto sinovial pode ser feito pelo médico/a ortopedista, reumatologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Também podem lhe interessar:

O que é cisto sinovial e quais os sintomas?

Qual o tratamento para cisto sinovial?

Cisto sinovial pode desaparecer sem tratamento?

Estou com o pé direito inchado e o outro não, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O inchaço em apenas um dos pés, pode significar um problema grave de circulação no sangue, como a presença de um coágulo interrompendo o fluxo sanguíneo em uma das pernas.

Pode ser também uma infecção de pele, um trauma, falta de atividades físicas, uso crônico de certos medicamentos ou mesmo o uso de roupas muito apertadas.

1. Trombose venosa profunda (TVP)

A TVP é a causa mais comum de inchaço em apenas um dos pés ou uma perna.

O seu aparecimento é súbito, ou seja, acontece de repente. Exemplos típicos dessa doença são: sentir subitamente uma dor forte na panturrilha de um lado apenas enquanto caminha ou dormir bem e acordar com edema em um dos pés. Associado ao edema sempre tem a dor, endurecimento da panturrilha ("batata da perna"), calor e vermelhidão.

A questão é que a TVP é uma situação de urgência, porque esse coágulo pode se soltar da parede do vaso que obstruiu a qualquer momento, seguir para os pulmões, e causar um quadro grave de tromboembolismo pulmonar (obstrução de uma artéria do pulmão), com consequente parada respiratória e risco de morte.

Por isso, na suspeita de uma TVP procure um serviço de urgência médica imediatamente.

Saiba mais sobre o assunto no link: Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?

2. Infecção de pele (Erisipela)

A erisipela é uma causa frequente de edema no pé apenas de um lado, causada por um machucado mau cuidado, picada de inseto ou manipulação inadequada das unhas, que permitiu a entrada de uma bactéria e infectou a camada mais superficial da pele.

A infecção é caracterizada por inchaço, vermelhidão, dor e calor local, em apenas um membro. Atinge um pé, ou toda a perna de um lado só.

Pessoas obesas, diabéticas, idosas ou com comprometimento do sistema linfático, têm mais riscos de desenvolver a doença.

A celulite é uma forma mais grave e profunda de infecção de pele, atingindo até o subcutâneo. O quadro é semelhante à erisipela, com edema, dor, calor e vermelhidão local, porém associado a outros sintomas sistêmicos, como febre alta, mal-estar e indisposição.

O tratamento é feito com antibióticos, oral ou venoso, dependendo da gravidade e extensão da ferida, e quando preciso, pode ser indicada drenagem cirúrgica.

Portadores de diabetes devem procurar feridas ou machucados nos pés constantemente, já que a sua sensibilidade nas extremidades, é menor, dificultando identificar uma ferida pequena nos estágios iniciais.

3. Trauma

O trauma local também é uma causa bastante comum.

Algumas vezes damos "topadas" com os pés, porque estão constantemente expostos a traumas, mesmo com o uso de sapatos, e podemos não perceber inicialmente que foi um trauma importante.

Nesse caso, o inchaço pode ter marcas avermelhadas do pequeno trauma, dor local, principalmente quando toca na região ou movimenta o pé. Não é comum o calor local ou dor na panturrilha do mesmo lado.

Se houver edema com manchas roxas, calor local e muita dificuldade em realizar os movimentos simples do pé, como levantar os dedos ou fazer o movimento de ponta do pé, pode sinalizar uma fratura ou fissura nessa região. Devendo procurar uma emergência para avaliação do ortopedista.

4. Falta de atividade física

A falta de atividade física regular, permanecer sentado por muito tempo ou sentar por cima de apenas uma perna, pode comprometer a drenagem linfática e circulação do sangue nesse membro, causando o acumulo de líquido e o inchaço. Nesses casos não é habitual a presença de calor ou vermelhidão local, apenas o edema.

Entretanto, o mais comum é que o edema seja igual em ambos os membros. Mesmo assim, essa causa deve ser pesquisada e se for o caso, procurar se movimentar a cada 1 ou 2 horas, auxiliando na circulação sanguínea e linfática das pernas e pés.

5. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, assim como a alimentação rica em sal, podem levar ao quadro de edemas, mas como a medicação atinge circula por todo o organismo, o inchaço costuma ser também dos dois lados, e de maneira simétrica.

Existe uma grande lista de medicamentos que com o tempo de uso podem causar edema nos pés, como alguns antihipertensivos, antidepressivos, medicamentos para doença de parkinson e anticoncepcionais orais combinados.

Informe sempre ao seu médico sobre as alterações e modificações que encontra no corpo, para que as medicações sejam avaliadas.

6. Uso de roupas apertadas

O uso de roupas apertadas, podem dificultar a circulação do sangue nas pernas, especialmente quando o uso é por tempo prolongado.

Pessoas com maior predisposição para a trombose, deve ter atenção em todos esses fatores. Manter uma atividade física regular, evitar roupas apertadas, evitar o uso de medicamentos como os anticoncepcionais orais combinados e se preciso, fazer uso de meias elásticas de média compressão regularmente.

7. Doenças crônicas

As doenças crônicas como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, artroses e doenças reumáticas também podem causar edema em apenas um dos pés ou uma perna, mas não é comum. O mais frequente é acometer os dois lados.

Sendo assim, na suspeita de trombose venosa profunda, procure uma emergência médica.

No edema em apenas uma das pernas, que dura dias, não causa dor, endurecimento da perna, calor ou vermelhidão local, procure o seu médico de família, para avaliação e tratamento direcionado.

Inchaço em ambos os pés

Quando o inchaço ocorre em ambos os pés ou pernas, as causas mais frequentes são as doenças sistêmicas, como a insuficiência cardíaca, problemas renais, reumáticos ou hepáticos.

Leia também: inchaço nos pés: o que pode ser e o que fazer?

Osteofitose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A osteofitose não tem cura, porque o disco intervertebral desgastado não volta a se regenerar, portanto, os osteófitos, chamados popularmente de bicos de papagaio, permanecem. Mas essas alterações degenerativas do disco podem não causar mais sintomas após um tratamento eficaz, que ajuda a controlar a dor e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Fazem parte do tratamento da osteofitose medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, atividade física e fisioterapia, com terapias que trabalhem a musculatura da coluna. A cirurgia só é indicada nos casos mais graves.

A atividade física, desde de que seja adequada às condições e limitações do paciente, são importantes para prevenir a perda de massa muscular, que causa o aumento da dor.

O RPG (Reeducação Postural Global) e o Pilates são técnicas que podem trazer resultados muito satisfatórios, uma vez que trabalham postura, flexibilidade e tonificação da musculatura da coluna.

A fisioterapia também é essencial no tratamento da osteofitose porque além de utilizar técnicas analgésicas para alivio da dor também ajuda no fortalecimento e alongamento muscular.

Veja também: O que é RPG e para que serve?

A cirurgia somente é indicada nos casos mais graves de osteofitose, quando são observadas alterações significativas no alinhamento da coluna ou lesões nos nervos provocados pelos osteófitos.

Caso apresente osteofitose procure um médico de família ou clínico geral geral para uma avaliação inicial.

É normal ter câibra durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é normal ter câibra durante a gravidez, principalmente na panturrilha ("batata da perna"), parte posterior da coxa e planta dos pés. Eventualmente a cãibra também pode ocorrer na barriga devido ao espasmo da musculatura abdominal.

As cãibras nas grávidas são mais frequentes a partir do 4º mês de gestação, quando a musculatura da perna é mais exigida devido ao aumento de peso e inevitável reajuste do seu eixo de equilíbrio.

Esse aumento do esforço dos músculos, principalmente os da panturrilha, provocam uma fadiga muscular que favorece o aparecimento das cãibras.

Além disso, no último trimestre de gravidez, o feto necessita de grandes quantidades de cálcio para a formação dos seus ossos, utilizando mais cálcio da reserva da gestante para suprir essa necessidade do bebê, resultando na ocorrência das cãibras.

Cãibra na barriga durante a gravidez é normal?

As cãibras também podem acometer os músculos abdominais e, neste caso, também são normais e podem acontecer, embora não sejam tão comuns.

No entanto, vale referir que, muitas vezes, as grávidas referem uma "cãibra na barriga" que na realidade não é uma cãibra propriamente dita, mas sim contrações uterinas (contrações de Braxton-Hicks) que começam a ser sentidas entre a 16ª e a 20ª semana de gravidez.

Nesse caso, a mulher geralmente não sente dor, apenas algum desconforto. Essas contrações deixam a barriga dura por alguns instantes e têm uma duração de 30 a 60 segundos, podendo ocorrer várias vezes ao dia.

Porém, se as contrações uterinas durarem mais de 30 segundos e ocorrerem com uma frequência de 2 a 3 contrações a cada 10 minutos, significa que a mulher já pode ter entrado em trabalho de parto e deve se dirigir para a maternidade.

Fale com o seu médico obstetra e peça maiores orientações sobre como prevenir as cãibras durante a gravidez. Muitas vezes os suplementos minerais são indicados e podem resolver boa parte do problema, mas só devem ser usados com prescrição médica.

Veja também: