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O que é lábio leporino e quais são as causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Lábio leporino ou fenda palatina é uma abertura existente no lábio ou no palato (céu da boca) presente desde o nascimento. A fenda ou fissura também pode estar presente no lábio e no céu da boca simultaneamente. Trata-se de uma má formação decorrente da não-junção entre as partes esquerda e direita do lábio e do palato durante o desenvolvimento intrauterino.

O lábio leporino é a má formação congênita (presente desde o nascimento) mais comum observado dentre as malformações do rosto, com 1 caso em cada 650 nascimentos. O nome "fenda palatina" significa literalmente "fissura no céu da boca". Em casos mais raros, pode haver duas fissuras: uma no lado direito e outra no lado esquerdo do céu da boca.

A fenda palatina pode ser identificada a partir da 14ª semana de gravidez através de exames de imagem. Contudo, o diagnóstico definitivo é dado após o nascimento da criança com a avaliação clínica efetuada pelo/a médico/a pediatra.

Quais as causas do lábio leporino?

A causa do lábio leporino é uma má formação que ocorre no embrião logo nos primeiros meses de desenvolvimento dentro do útero, mais especificamente entre a e a 8ª semana de gravidez.

As partes direita e esquerda do lábio e do céu da boca são formadas separadamente durante o estágio embrionário, juntando-se no final do processo de formação do embrião. Quando há uma falha na junção dessas duas estruturas embrionárias que formam os lábios e o céu da boca, surge a fissura palatina.

Acredita-se que o lábio leporino ocorra devido à predisposição genética do feto associada a fatores ambientais durante a gravidez, como

  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Fumo;
  • Obesidade;
  • Falta de vitaminas;
  • Uso de medicamentos, como corticoides e anticonvulsivantes;
  • Estresse;
  • Exposição a substâncias tóxicas e infecciosas ou à radiação.

O risco do bebê nascer com fenda palatina é maior quando o consumo de álcool, cigarro e medicação ocorre no 1º trimestre de gestação.

Pessoas com com lábio leporino têm atraso mental?

A fissura palatina é uma má formação exclusivamente física e não tem qualquer interferência com o desenvolvimento mental da criança. Como a fenda prejudica a capacidade de comunicação, o lábio leporino é muitas vezes associado a algum tipo de atraso mental.

Todavia, é importante ressaltar que pessoas com lábio leporino têm o desenvolvimento mental absolutamente normal, exceto nos casos em que a fissura está associada a outras síndromes e anomalias genéticas.

Lábio leporino prejudica a alimentação, a fala e os dentes?

O lábio leporino pode trazer dificuldades na alimentação. Em bebês, o problema pode ser resolvido com o uso de bicos e mamadeiras especiais, além de posições específicas para alimentar o bebê.

Quando a fenda surge apenas no lábio, os dentes normalmente não apresentam problemas no crescimento. Contudo, se a fissura chegar à gengiva, a arcada dentária e a mordida sofrem alterações, sendo necessário acompanhamento com profissionais especialistas.

O desenvolvimento da fala também pode ser influenciado pela presença do lábio leporino. Quando a fissura afeta apenas o lábio, provavelmente a criança não terá problemas na fala. Por outro lado, se a fenda ocorrer no céu da boca, a linguagem é prejudicada e é necessário realizar fonoaudiologia.

O lábio leporino também pode prejudicar o crescimento facial e o desenvolvimento da audição.

Qual é o tratamento para lábio leporino e quando deve ser feito?

O tratamento do lábio leporino deve começar o mais cedo possível. Logo no 1º mês de vida o recém-nascido já é avaliado e começa a ser preparado para a cirurgia, que normalmente é feita aos 3 meses.

A fenda no lábio pode ser reparada logo nos primeiros meses de vida do bebê. Já a fissura no palato é feita um pouco mais tarde. O momento para a realização dessas cirurgias depende do desenvolvimento da criança e é determinado pela equipe médica, sempre com avaliação do/a médico/a pediatra.

A cirurgia para reparação do lábio geralmente é feita aos 3 meses de vida, enquanto que a operação de reparação do céu da boca normalmente é realizada quando o bebê completa 1 ano de idade.

As cirurgias de correções nasais, funcionais ou estéticas são feitas após a fase de crescimento, entre os 16 e os 18 anos de idade.

O ideal para a criança é iniciar o processo da fala com a cirurgia do palato já realizada. O tratamento com fonoaudiologia pode ser indicado se houver atraso no desenvolvimento da fala ou para corrigir eventuais erros fonéticos. A fonoaudiologia também facilita a alimentação e a reabilitação da audição.

O tratamento do lábio leporino é um processo longo, que requer a intervenção de uma equipe multidisciplinar, principalmente das áreas de cirurgia plástica, odontologia (todas as especialidades) e fonoaudiologia. O apoio de profissionais de outras áreas também é fundamental, como pediatria, otorrinolaringologia, nutrição, psicologia, fisioterapia, enfermagem, entre outras.

Quais são os sintomas da sinusite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da sinusite são dor e sensação de peso ou pressão no rosto.

Dependendo da causa, pode haver também outros sintomas associados, como: espirros, tosse, obstrução nasal, coriza (nariz escorrendo), dor de cabeça, mau hálito, cansaço, diminuição do paladar e do olfato, febre e sensação de muco na garganta.

Os sintomas da sinusite são muito semelhantes com os sintomas de gripes e resfriados. Porém, nas sinusites, o tempo de duração é superior a 10 dias e o quadro não melhora. Além disso, a dor na face é localizada sobretudo ao redor do nariz e atrás dos olhos e piora ao andar ou inclinar a cabeça para baixo.

Os sintomas da sinusite aguda desaparecem em até 4 semanas, enquanto na sinusite crônica os sintomas permanecem por mais tempo.

Quais são os sintomas da sinusite bacteriana?

Na sinusite bacteriana, pode haver tosse, febre, mau hálito, cansaço, secreção nasal purulenta e falta de apetite. Durante a noite, a tosse pode piorar bastante, sobretudo nas crianças.

Outro sinal característico da sinusite bacteriana é a presença de mais secreção em uma das narinas, que pode ainda sair misturada com pus. O inchaço e a vermelhidão nas pálpebras também podem estar presentes, bem como vômitos e alterações na visão.

Os sintomas desse tipo de sinusite podem ser graves desde o início ou serem leves e piorar progressivamente em dias.

Quais são os sintomas da sinusite crônica?

Os sintomas da sinusite crônica são os mesmos da sinusite aguda. A diferença está na duração e na gravidade dos mesmos. Na sinusite crônica, os sintomas persistem por mais de 12 semanas consecutivas, mesmo que a pessoa esteja fazendo algum tipo de tratamento. Por outro lado, a sinusite aguda pode curar-se espontaneamente em poucos dias.

O seu sintoma mais característico, assim como a aguda, é a dor na face (atrás dos olhos e ao redor do nariz). A dor facial surge principalmente quando a pessoa anda ou abaixa a cabeça.

Geralmente, a sinusite crônica está associada a desvio de septo ou à presença de pólipos nasais. Tanto um como o outro obstrui a comunicação entre os seios paranasais, o que torna a cura da sinusite mais difícil, contribuindo assim para que a doença fique crônica.

O que é sinusite?

A sinusite é a inflamação dos seios paranasais, que são cavidades aeradas localizadas no rosto. Essa inflamação pode ser de causa infecciosa (num quadro gripal, por exemplo), alérgica (nas rinites ou rinossinusites) ou traumática (em caso de diferenças de pressão, como em viagens de avião ou mergulhos).

Os seios da face normalmente produzem uma quantidade de muco, que é constantemente drenada através de canais que desembocam na cavidade nasal. Esse muco serve para proteger as vias respiratórias.

Durante o quadro de sinusite, essa quantidade de muco aumenta muito, o que pode obstruir a drenagem, deixando os seios bloqueados e cheios de muco. Isso pode provocar infecção, dor e sensação de peso no rosto.

Com o passar do tempo, o muco pode se infectar, levando à sinusite bacteriana, que exige tratamento específico com antibióticos.

A sinusite também pode ser uma complicação da rinite alérgica, uma vez que a alergia deixa a mucosa nasal inflamada, o que obstrui os seios paranasais, dificultam a drenagem, oferecendo uma condição propícia para a proliferação de bactérias.

Quais as causas da sinusite?

Em geral, qualquer condição que dificulte a drenagem da secreção nasal, favorecendo o seu acúmulo, pode causar infecção e obstrução dos seios paranasais, levando à sinusite.

As alergias de origem respiratória são uma causa frequente de sinusite. Muitas vezes, as reações alérgicas são causadas por pó, polens e pelos de animais.

Outras causas desencadeantes de sinusite podem incluir clima frio, umidade, traumatismos do nariz, mudanças bruscas de pressão, poluição, fumaça de cigarro, higiene inadequada do nariz, desvio do septo nasal, uso de descongestionantes nasais em excesso e natação.

Qual é o tratamento para sinusite?

O tratamento da sinusite depende da sua causa, podendo incluir o uso de medicamentos orais, como os antibióticos, anti-inflamatórios ou analgésicos, ou tópicos como os descongestionantes nasais, além de sprays nasais com solução salina.

A cirurgia pode ser indicada quando o tratamento medicamentoso não é eficaz ou quando não é possível tratar a obstrução dos seios paranasais de outra maneira.

O tratamento da sinusite crônica é importante para prevenir lesões nos seios nasais. Isso pode incluir: cessação do tabagismo, uso de spray nasal contendo corticoide, lavagem nasal com solução salina ou uso de corticoide oral.

A definição da melhor proposta terapêutica deve ser feita e acompanhada pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, pediatra ou otorrinolaringologista.

Saiba mais em:

Sinusite tem cura?

Com quantas semanas a genitália do bebê está totalmente formada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A genitália de um bebê estará totalmente formada por volta da 10ª ou 12ª semana de gestação, que significa o final do terceiro mês de gravidez.

No entanto, parte desses órgãos ainda estarão dentro do abdômen do bebê, mantendo a aparência externa muito parecida entre os meninos e as meninas.

Por isso, para identificar o sexo do bebê através do exame de ultrassonografia, é preciso aguardar pelo menos o quarto mês de gestação, quando as estruturas externas poderão ser vistas com maior clareza pelo médico radiologista.

Como é formada a genitália do bebê

A formação dos órgãos genitais femininos e masculinos, os ovários e testículos, se iniciam já na 8ª semana (2 meses de gestação), no entanto, se mantendo na cavidade abdominal.

Os caracteres sexuais externos, como a formação da vagina na menina, e do pênis no menino, só começam no final do 3º mês de gravidez (10 a 12 semanas).

Ao final de 13 semanas, início do quarto mês de gravidez, já é possível analisar a genitália do bebê, embora alguns fatores possam interferir nessa avaliação, como a experiência do médico, posição do bebê e aparelho utilizado.

A partir do quinto mês, ou 16 semanas, fica mais segura a avaliação pela ultra e confirmação do sexo do bebê.

Com quantas semanas consigo ver o sexo do bebê?

Pelo exame de sexagem fetal, é possível saber o sexo do bebê a partir da 8ª semana.

O exame é feito através da coletada de uma pequena amostra de sangue da mãe, onde se pesquisa a presença de um marcador genético, específico do sexo masculino (cromossomo Y). A sua presença indica o desenvolvimento de um feto do sexo masculino. A sua ausência, o desenvolvimento de um bebê do sexo feminino.

Existe também um exame de urina, vendido em farmácias, para identificação do sexo do bebê, porém, esse apresenta menor confiabilidade e pode ser realizado a partir da 10ª semana.

E o exame de ultrassonografia, como melhor detalhado no início desse texto, é recomendado para esse objetivo, apenas depois da 13ª semana.

O que é genitália ambígua?

A genitália ambígua é uma anormalidade genética rara, na qual a aparência externa dos genitais não é bem definida.

Em geral, os bebês apresentam a genitália semelhante até a 12ª semana de gestação, com apenas uma pequena protuberância, chamada tubérculo genital. Após 12 ou 13 semanas, essa protuberância começa a se diferenciar em lábios vaginais ou corpo peniano.

Na genitália ambígua, seja por problemas hormonais ou genéticos, isso não ocorre.

Geralmente não indica um problema de saúde grave ao bebê, porém é importante que o médico obstetra seja informado, para avaliar caso a caso, aqueles que precisarão realizar novos exames e investigação mais criteriosa ainda durante a gestação.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.

Bebê de 1 ano que faz coco 4 vezes ao dia, é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se o bebê não tem outros sintomas, as fezes não mudaram e esse já é um padrão que ele vem apresentando no decorrer do tempo é normal sim.

É esperado que bebês e crianças tenham alguma variação no hábito intestinal, algumas crianças podem ter um maior número de evacuações do que outras, além disso, mudanças na alimentação e no estilo de vida, como a prática de atividade física também podem interferir no funcionamento do intestino.

No entanto, quando o número de evacuações muda e aparecem alguns sintomas os pais devem ficar mais atentos. Entre esses sintomas podemos destacar:

  • Dor abdominal
  • Vômitos
  • Sangramentos ou muco nas fezes
  • Distensão abdominal
  • Falta de apetite
  • Agitação, choro ou sonolência excessivos
  • Fezes líquidas
  • Fezes endurecidas 

Caso esses sintomas venham acompanhados da mudança de hábito intestinal vale consultar o médico de família ou o pediatra da criança para uma avaliação.

Leia também:

Fezes com muco em e bebês e crianças é grave? O que pode ser?

Sapinho na boca de bebê: O que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sapinho é uma infecção causada por fungos, muito comum em bebês pequenos. Podendo afetar a boca (candidíase oral) ou a região ao redor do ânus, com tendência para se manifestar em períodos em que o organismo do bebê está com a imunidade mais baixa.

O sapinho na boca ocorre sobretudo em bebês que usam mamadeira e chupeta, já que o fungo causador da candidíase oral pode se proliferar facilmente nesses objetos.

Sintomas

Os sinais e sintomas que caracterizam a presença de sapinho na boca do bebê são pequenos pontos brancos semelhantes a restos de leite, que podem surgir nos lábios, nas gengivas, na parte interna das bochechas e na língua.

As manchinhas são difíceis de sair da boca e podem ser dolorosas. Por isso não se deve tentar tirá-las ou raspá-las, pois pode piorar o quadro e causar ainda mais dor ao bebê.

Os casos mais graves de sapinho podem provocar ainda febre, tosse, inapetência e problemas estomacais

Vale lembrar que a mãe pode ser infectada pelo bebê através da amamentação. Nesses casos, o sapinho se manifesta no bico do seio, causando coceira, descamação e ardência no local.

Tratamento

O tratamento do sapinho em bebês é feito com medicamentos antifúngicos que são aplicados diretamente na boca da criança. Não se trata de uma doença grave, mas é necessário tratá-la adequadamente para que a infecção não se agrave.

O tratamento também deve ser feito pelas mães que estão amamentando para evitar que sejam infectadas ou perpetuem essa infecção.

Prevenção

Para prevenir o aparecimento de sapinho na boca do bebê, recomenda-se higienizar adequadamente as chupetas, as mamadeiras, mordedores, e todos os objetos que fizerem parte do dia a dia do bebê, sobretudo se o bebê ainda não tiver completado 6 meses de vida.

Também deve ser evitado que a criança coloque coisas na boca, ou receba beijos de adultos na boca, já que esse hábito pode favorecer o desenvolvimento do fungo.

O tratamento do sapinho na boca do bebê pode demorar meses e deve ser acompanhado pelo/a médico/a pediatra.

Saiba mais em:

Sapinho na boca: Quais os sintomas e como tratar?

Quais são os sintomas da candidíase?

Uma otite pode virar meningite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, embora seja um evento raro, uma otite pode causar meningite devido à proximidade entre o ouvido médio e a meninge, uma membrana que recobre o cérebro, a medula espinhal e todo o sistema nervoso central.

A meningite é uma inflamação das meninges. As meningites podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, Infecções, otites, câncer e uso de medicamentos.

Os sintomas da meningite podem incluir febre alta, vômitos, dor de cabeça, dor no pescoço, mal-estar, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito) e manchas roxas na pele.

O que é otite?

A otite média é uma infecção no ouvido médio (atrás do tímpano) causada por uma bactéria e que ocorre na maioria das vezes após episódios de resfriados ou outras infecções virais, embora também seja frequente após o contato com outras crianças e durante as doenças infecciosas da infância, como o sarampo.

Otite Quais são os sintomas da otite?

Os principais sintomas da otite média incluem: dor severa, diminuição da audição, febre, agitação, irritabilidade e choro fácil (crianças), perda de apetite, tontura, vertigem, secreção no ouvido (quando ocorre perfuração do tímpano), vômitos e diarreia (crianças pequenas).

Como prevenir a otite em crianças?
  • Amamentar, pois o leite materno confere proteção contra a otite e outras infecções;
  • Na hora da amamentação, evitar manter o bebê deitado. Se possível, deixá-lo inclinado;
  • Manter o calendário vacinal atualizado;
  • Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de otite devido aos danos que causa na tuba auditiva e às alterações que provoca na mucosa de proteção do nariz e da garganta.

O tratamento da otite é feito com medicamentos antibióticos e analgésicos.

Em caso de suspeita de otite, deve-se consultar um médico clínico geral, médico de família ou pediatra, no caso das crianças.

Como tratar assadura em bebê?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A assadura é uma inflamação cutânea causada pelo contato da pele com as fezes e a urina, que deixa a pele vermelha, inchada e pode evoluir para bolhas e feridas, causando desconforto no bebê.

Para prevenir as assaduras, a primeira medida é trocar frequentemente a fralda do bebê. O ideal é usar água e sabonete neutro para lavar a criança. Pode-se passar também algodão com água morna na região, várias vezes, para limpar. Deve-se trocar a fralda sempre que notar a presença de urina ou fezes (ela fica mais pesada).

Pode ser necessário aplicar pomada que forme uma barreira entre a pele do bebê e a fralda, prevenindo a ocorrência de assaduras. Existem várias opções disponíveis. Também é aconselhável deixar as nádegas do bebê arejando por um período, mesmo que curto, para a pele ficar seca e preparada para receber a nova fralda.

Se já houver assadura, limpe bem a região e faça compressas de água morna por 15 minutos, três vezes ao dia. Aplique a pomada que promove a barreira entre as fezes e a urina e a pele do bebê. Se a assadura não melhorar em 24 horas, mesmo aplicando a pomada em cada mudança de fralda, é melhor falar com o pediatra.

Cuidado: se a irritação estiver em “carne viva” ou com bolhas, pus e feridas, deve-se procurar o pediatra rapidamente. Casos em que as lesões foram provocadas por fungos e bactérias, pode ser necessário usar um antimicótico ou até mesmo antibiótico. Só o médico pediatra poderá fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento.

Pêlo de gato faz mal para bebês?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Não exatamente o pêlo, mas o gato como um todo pode fazer mal para bebês. O contato com gatos pode iniciar quadros alérgicos em crianças pré-dispostas. O problema é uma substância que está presente na saliva desses animais. E sabemos que eles frequentemente lambem seus pêlos e patas, o que faz espalhar essa substância em todo lugar por onde eles passam.

Outro possível problema é a bartonelose, também conhecida como doença da arranhadura do gato. Ela é causada por uma bactéria presente nas unhas desses animais. Quando uma criança sofre um arranhão, essa bactéria pode infectar a pele, levando a vermelhão e bolhas no local, além do aparecimento de gânglios e febre.

Por esse motivo, é indicado que bebês, principalmente os que já tiverem alguma alergia de pele, rinite alérgica ou história de parentes com asma, evitem o contato com esses animais.