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Costocondrite causa dor no esterno?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a costocondrite é uma causa comum de dor no esterno, que é o osso do peito, localizado no meio do tórax. Todas as costelas, exceto as duas últimas, estão ligadas ao osso esterno por uma cartilagem. Essa cartilagem pode ficar inflamada e causar dor no osso externo. A inflamação da cartilagem da costela é chamada costocondrite.

Se a área em que as costelas se unem ao esterno apresentar sensibilidade e dor durante a palpação, é provável que a costocondrite seja a causa da dor no esterno. A dor da costocondrite pode ser semelhante à dor de um ataque cardíaco.

A síndrome de Tietze também causa inflamação nas cartilagens que unem as costelas ao esterno. Além de causar dor no osso esterno, a síndrome deixa o tórax inchado. Contudo, embora seja muito semelhante à costocondrite, a síndrome de Tietze é bem mais rara.

Quais são os sintomas da costocondrite?

Os sintomas mais comuns da costocondrite são a dor no esterno e o aumento da sensibilidade no peito, principalmente na junção entre as costelas e o osso do tórax (esterno). Muitas vezes a pessoa diz que está com “dor nas costelas” ou “dor no osso do peito ”.

A dor no osso esterno é aguda, aumenta ao respirar fundo ou tossir e localiza-se no meio do tórax, podendo irradiar para as costas ou para o estômago. A dor tende a diminuir quando a pessoa fica em repouso ou respira rapidamente.

Quais as causas da costocondrite?

Muitas vezes, a costocondrite não tem uma causa conhecida. Em outros casos, a inflamação pode ser causada por:

  • Lesão no tórax;
  • Exercício vigoroso;
  • Trabalho pesado;
  • Infecções virais, como infecções respiratórias;
  • Esforço para tossir;
  • Infecções após cirurgia ou devido ao uso de medicamentos intravenosos;
  • Alguns tipos de artrite.
Qual é o tratamento para costocondrite?

A costocondrite quase sempre desaparece espontaneamente em alguns dias ou algumas semanas. Em alguns casos, pode demorar meses. O tratamento da costocondrite concentra-se no alívio da dor e inclui:

  • Aplicação de compressas quentes e frias;
  • Evitar atividades que pioram a dor;
  • Uso de analgésicos, como ibuprofeno e paracetamol: podem ajudar a aliviar a dor e o inchaço no tórax.

Se a dor no esterno for intensa, pode ser prescrito um analgésico mais forte. Em alguns casos de costocondrite, a fisioterapia pode ser indicada.

O reumatologista é o especialista indicado diagnosticar e tratar casos complexos de costocondrite.

Tomar refrigerante faz mal aos ossos?

Sim, tomar refrigerante faz mal aos ossos porque prejudica a absorção de cálcio pelo organismo e favorece a perda de massa óssea, aumentando o risco de fraturas e osteoporose.

Os refrigerantes são ricos em fósforo, presente no ácido fosfórico. No corpo humano, o cálcio está sempre ligado ao fósforo. São chamados de gêmeos metabólicos, pois onde um está, lá está o outro também.

Ao tomar refrigerantes, seja ele normal, diet, light ou zero, o corpo precisa ir buscar o cálcio dos ossos para processar a grande quantidade de fósforo ingerida.

Esse desequilíbrio contribui para a perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose.

Além disso, o fósforo e o cálcio competem entre si para serem absorvidos pelo organismo. Isso significa que tomar refrigerante dificulta a absorção do cálcio presente nos alimentos.

Outra substância que prejudica os ossos é a cafeína, presente em grandes quantidades nos refrigerantes à base de cola, como Coca-Cola e Pepsi.

Em excesso, a cafeína aumenta a concentração de cálcio nos músculos, bloqueando assim a sua recaptação para o sangue.

A cafeína também aumenta a produção das células responsáveis pela reabsorção óssea, ou seja, que retiram cálcio dos ossos.

O resultado é uma redução da massa óssea, com consequente aumento do risco de fraturas, principalmente nas mulheres.

Leia também: Tomar refrigerante durante a gravidez faz mal?

Esporão de calcâneo: o que é e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esporão de calcâneo é uma protuberância óssea que se forma embaixo do calcanhar, no osso calcâneo. O esporão surge devido a pressões intensas e prolongadas na planta do pé, que podem causar lesões e inflamação nos tecidos. Essas lesões repetidas levam o organismo a produzir tecido ósseo ao redor da inflamação para proteger o local, dando origem ao esporão de calcâneo.

Quando caminhamos, os calcanhares suportam o peso do corpo alternadamente e a pressão exercida é amortecida pelas camadas de tecidos localizados no calcanhar.

Porém, em algumas situações, o ligamento (fáscia) entre o calcanhar e os ossos dos dedos dos pés sofre uma inflamação crônica (fascite plantar), podendo causar dor.

Se os músculos da panturrilha são sobrecarregados, essa sobrecarga também é transmitida para o tendão de Aquiles, que se insere na região posterior do calcanhar. Como consequência, essa tensão também chega à planta do pé, provocando inflamação ou pequenos rompimentos nos tecidos.

Para compensar essas lesões repetidas, o corpo produz osso em torno da área inflamada como mecanismo de proteção. O resultado é uma protuberância óssea que surge embaixo do calcanhar, conhecida como esporão de calcâneo.

Essa dor no calcanhar causada pela fascite plantar é a principal causa de dor nos pés em adultos. Ela afeta principalmente as pessoas que correm, pulam ou ficam em pé por longos períodos.

Quais são os sintomas do esporão de calcâneo?

O principal sintoma do esporão de calcâneo é a dor intensa embaixo do calcanhar e na planta dos pés. A dor melhora com o repouso e piora quando a pessoa se levanta depois de passar muito tempo sentada ou pela manhã, ao colocar os pés para fora da cama. Saltar ou caminhar sobre superfícies duras ou carregando pesos também aumenta a dor.

Ao descarregar o peso do corpo sobre o calcanhar afetado, a dor pode ser forte o bastante para fazer com que a pessoa pare imediatamente de andar.

A dor no calcanhar é mais intensa quando a pessoa começa a andar. Depois, ao longo da caminhada, os nervos e os vasos sanguíneos vão se adaptando, e a dor tende a diminuir.

Vale lembrar que o esporão de calcâneo por si só não causa dor. As dores são causadas pela inflamação.

Quais as causas do esporão de calcâneo?

Existem diversos fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do esporão de calcâneo. Os principais deles são: correr (sobretudo na areia ou em superfícies muito inclinadas), pular ou ficar em pé por longos períodos de tempo.

Outros fatores que aumentam os riscos de desenvolver esporão de calcâneo incluem:

  • Ter mais de 40 anos de idade;
  • Excesso de peso;
  • Artrose;
  • Artrite reumatoide;
  • Insuficiência circulatória;
  • Predisposição genética;
  • Ter “pé chato” ou o pé muito "arqueado".
Esporão de calcâneo tem cura? Qual é o tratamento?

A única forma de curar o esporão de calcâneo é através de cirurgia. Porém, esse é o último recurso, pois existem outras formas de tratamento que podem controlar a dor e a inflamação. Ainda assim, mesmo com o tratamento cirúrgico e a retirada da saliência óssea, o esporão pode voltar a surgir se as causas não forem devidamente identificadas e tratadas ou afastadas.

O tratamento para esporão de calcâneo é feito através de repouso, uso de medicamentos anti-inflamatórios, aplicação de gelo (o calor também pode ajudar a aliviar a dor em alguns casos), fisioterapia e uso de palmilha especial para o calcanhar. Também pode ser indicada a aplicação de injeção com corticoides no local.

Quando esses tratamentos não produzem uma resposta satisfatória, a cirurgia é então indicada.

O médico ortopedista ou reumatologista é o especialista indicado para diagnosticar e orientar o tratamento do esporão de calcâneo.

O que é fascite plantar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fascite, fasceíte ou fasciíte plantar é a inflamação ou o desgaste (degeneração) de uma estrutura que recobre a musculatura da planta do pé, a fáscia plantar. A fáscia é uma estrutura fibrosa e firme, que se estende do calcanhar aos dedos do pé e sustenta a base curvada do pé (arco plantar).

A fascite plantar é causa frequente de dor na sola do pé ou no calcanhar, principalmente sentida pela manhã, ao começar caminhar, ou após permanecer longo tempo sentado. Geralmente, esses sintomas melhoram após alguns passos.

Quais as causas da fascite plantar?

As causas para o surgimento da fascite plantar podem ser o excesso de peso, pés planos, esporão de calcâneo, encurtamento do tendão de Aquiles, atividades esportivas como corrida de longas distâncias, balé, atividades profissionais que necessitem permanecer em pé durante muito tempo e pelo uso de sapatos com suporte inadequado para a planta do pé.

Quais os sintomas da fascite plantar?

O principal sintoma da fascite plantar é a dor aguda em pontadas, sentida no calcanhar. Geralmente, a dor vai se agravando gradualmente e atinge apenas um pé. Contudo, há casos em que a fascite plantar pode afetar ambos os pés.

A fascite plantar é uma das principais causas de dor no calcanhar. A dor é aguda e sentida ao andar após acordar, piorando se a pessoa permanecer muito tempo em pé ou passar da posição sentada para de pé.

Se não for devidamente tratada, a fascite plantar pode evoluir para uma dor crônica que pode prejudicar as atividades de vida diária da pessoa, além de causar alterações na marcha que podem trazer problemas para as articulações dos joelhos, quadris e coluna.

Como é feito o diagnóstico da fascite plantar?

O diagnóstico é feito por meio do exame clínico realizado pelo/a médico/a. Pode ser necessário a realização de exames como radiografia e ressonância magnética para assegurar que a dor na sola do pé não tem outra causa, como fratura ou um esporão.

Qual é o tratamento para fascite plantar?

O tratamento da fascite plantar é realizado com anti-inflamatórios, analgésicos, exercícios de fisioterapia e modificação de atividades físicas que piorem os sintomas. Nos casos de sintomas muito intensos pode ser feita infiltração com corticosteroides e anestésicos. Somente quando não houver sucesso no tratamento, que costuma ser prolongado, é indicado o tratamento cirúrgico.

O/a ortopedista ou o/a reumatologista são os/as especialistas indicados para diagnosticar e tratar a fascite plantar.

Fibromialgia tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fibromialgia não tem cura. Contudo, é possível controlar os sintomas através de um tratamento que pode incluir medicamentos, atividade física, fisioterapia, acupuntura, psicoterapia entre outras formas de terapias não medicamentosas.

O objetivo do tratamento da fibromialgia não é curar a doença, mas mantê-la sob controle, aliviando a dor e melhorando assim a qualidade de vida da pessoa. Os tratamentos devem ser associados um ao outro, já que nenhuma forma de terapia é eficaz isoladamente.

Medicamentos

Os medicamentos usados para tratar a fibromialgia atualmente são a pregabalina e a duloxetina, ambas atuam na redução da dor, sintomas que mais atrapalha o dia a dia da pessoa. Outras medicações como analgésicos comuns, relaxantes musculares e antidepressivos podem fazer parte do tratamento conjunto. Porém, é essencial que os remédios sejam usados associados a outras formas de tratamento não medicamentosos para uma melhor resposta.

Atividade física

É muito importante que as pessoas com fibromialgia pratiquem algum tipo de atividade física, tanto pelo bem-estar mental que ela proporciona, como pelos benefícios físicos, inclusive no alívio da dor.

Os exercícios aeróbicos são o principal tratamento hoje para fibromialgia. Estão recomendados pedalar, caminhadas, natação e hidroginástica ou atividades na água. Porém, musculação e alongamentos também podem ser indicados.

A atividade física deve ser ajustada às preferências do paciente, a não ser que haja uma contraindicação médica.

A pessoa deve saber respeitar os seus próprios limites, já que um excesso de exercícios pode piorar a dor e aumentar o cansaço. Também é importante ressaltar que todas as atividades físicas devem ser orientadas por um profissional.

Ginástica na água (Aquabike) Fisioterapia

A atuação da fisioterapia no tratamento da fibromialgia está centrada principalmente nas massagens, nos exercícios de alongamento e fortalecimento muscular e ainda nas correções posturais. Após o período de dor, podem ser incluídas outras modalidades menos convencionais, como pilates, hidroterapia e outros.

Acupuntura

O uso da acupuntura tem mostrado bons resultados para aliviar a dor de pacientes com fibromialgia, sobretudo quando a dor é mais localizada. Para ser mais eficiente as sessões devem ser regulares, já que a sua ação analgésica tem efeito passageiro.

No entanto, assim como os medicamentos e as demais medidas não farmacológicas, a acupuntura não deve ser usada de forma isolada, mas deve estar incluída no tratamento.

Psicoterapia

O tratamento conjunto com a psicoterapia permite ao paciente entender a sua condição, entender a importância do tratamento não medicamentoso e com isso se ajudar, seguindo adequadamente as orientações.

O/A especialista indicado/a para diagnosticar e tratar a fibromialgia é o/a médico/a reumatologista.

Saiba mais em:

O que é fibromialgia e quais os sintomas?

Sinto dor no corpo todo. Será que tenho fibromialgia?

O que é lesão por esforço repetitivo (LER)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As lesões por esforço repetitivo, mais conhecidas pela sigla LER, representam um grupo de doenças musculoesqueléticas causadas por atividades contínuas e repetitivas, geralmente relacionadas ao trabalho. Dentre as doenças que são enquadradas como LER estão as tendinites, tenossinovites, bursites e mialgias (dores musculares).

A lesão por esforço repetitivo normalmente é um processo inflamatório que se instala lentamente, sendo muitas vezes percebido quando já está avançado.

Os sintomas da LER podem incluir dor, formigamento, dormência, sensação de agulhadas ou pontadas, diminuição da força muscular, inchaço, dificuldade de realizar movimentos, entre outros.

Além da atividade repetitiva, há ainda outros tipos de sobrecarga no trabalho que podem ser nocivos para o trabalhador, como a necessidade de manter os músculos contraídos por muito tempo, uso de instrumentos que vibram excessivamente, má postura, entre outros. Por isso, criou-se a sigla DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) para se referir a esse grupo de doenças. Ambos os termos costuma ser usados em conjunto.

Saiba mais em: Qual é a diferença entre LER e DORT?

São consideradas LER ou DORT: tendinites de bíceps, supraespinhoso, flexores e extensores dos dedos, bursite de ombro, tenossinovites braquiorradial e De Quervain, síndrome do túnel do carpo, epicondilite, lombalgia (dor na coluna lombar), cervicalgia (dor no pescoço) e ciatalgia (dor no nervo ciático).

As mais comuns são as tendinites, tenossinovites e bursites de ombro, cotovelo e punho, as lombalgias e as mialgias (dores musculares).

O tratamento da LER depende do diagnóstico e pode incluir mudanças no ambiente de trabalho, fisioterapia, medicamentos, infiltrações e uso de órteses, como talas.

Veja também: LER e DORT: Como identificar e tratar?

Geralmente a LER/DORT pode ser avaliada inicialmente por um médico de família ou clínico geral. Em alguns casos o seu seu seguimento pode incluir o médico ortopedista, médico do trabalho, fisiatra entre outros profissionais.

O que é artrite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrite é uma inflamação na articulação. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, rigidez e inchaço na articulação afetada. Dentre os principais tipos de artrite estão a osteoartrite, a artrite reumatoide, a artrite traumática e a artrite infecciosa.

Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco.

O processo inflamatório que ocorre na artrite liberta substâncias químicas que afetam diversos tecidos, além da articulação. Isso aumenta o fluxo sanguíneo na articulação afetada, podendo gerar calor e vermelhidão local. A dor muitas vezes é decorrente do inchaço, que pode estimular alguns nervos.

As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.

As artrites podem ocorrer em qualquer idade, embora na artrite reumatoide, 75% dos casos ocorre em mulheres entre 25 e 50 anos. Já a artrite psoriásica e a espondilite anquilosante, outras formas de artrite, são mais frequentes em pessoas jovens.

Osteoartrite

A osteoartrite é o tipo mais comum de artrite e ocorre principalmente em mulheres com mais de 40 anos. As articulações mais afetadas são o joelho, o quadril e a coluna.

A osteoartrite é causada pela diminuição da cartilagem articular, o que provoca atrito entre os ossos e leva à inflamação. Essa forma de artrite pode ser consequência de traumas, uso excessivo da articulação, degeneração da cartilagem, excesso de peso, podendo ainda ter causas genéticas.

Artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando inflamação da articulação e destruição da cartilagem. Trata-se de uma doença crônica, mais comum em mulheres.

Artrite traumática

A artrite traumática é causada por fraturas, principalmente em quadril, joelho, tornozelo e pé.

Artrite infecciosa

A artrite infecciosa é causada principalmente pela presença de bactérias na articulação.

Qual é o tratamento para artrite?

O tratamento da artrite depende de diversos fatores, como o tipo de artrite, a idade da pessoa, a gravidade dos sintomas, o estado geral de saúde do paciente, entre outros. As opções são de tratamento são bastante variadas, indo desde o repouso à cirurgia.

O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, perda de peso e ainda cirurgias.

O tratamento da artrite inclui também evitar ou modificar atividades que pioram a dor, bem como reduzir a pressão exercida sobre as articulações afetadas, mediante diferentes recursos.

A reabilitação com fisioterapia também exerce um papel importante no tratamento da artrite, para manter ou aumentar a força muscular, além de manter a funcionalidade da articulação afetada.

O objetivo do tratamento da artrite é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.

O diagnóstico e tratamento da artrite é da responsabilidade do médico reumatologista.

Lúpus discoide tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lúpus discoide não tem cura. Contudo, com o tratamento adequado, é possível controlar a doença e os sintomas, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.

Trata-se de uma doença crônica autoimune, o que significa que o sistema imunológico ataca o algumas células do próprio organismo. Para curar o lúpus discoide seria necessário interromper essa reação autoimune definitivamente, o que ainda não é possível.

O tratamento do lúpus discoide pode incluir um, dois ou até mais medicamentos na fase ativa da doença, enquanto que nos períodos de remissão pode não ser necessário nenhum medicamento específico.

Em geral, os medicamentos usados para controlar o lúpus discoide são os corticoides, que têm uma forte ação anti-inflamatória, e os imunossupressores, que diminuem a atividade do sistema imunológico.

O uso de protetor solar (fator de proteção acima de 30) diariamente é muito importante no tratamento do lúpus discoide pois ajuda a prevenir crises agudas da doença. O filtro deve ser aplicado em todas as áreas do corpo expostas à luz solar e reaplicado ao longo do dia.

Em alguns casos, podem ser indicados cremes com corticoides para serem aplicados nas lesões da pele. Para aliviar os sintomas mais leves, podem ser usados analgésicos, anti-inflamatórios ou ainda doses baixas de corticoides.

Durante o tratamento com imunossupressores é preciso ter atenção ao risco de infecções, já que esses medicamentos diminuem a capacidade do organismo se defender contra outras doenças.

Além do tratamento medicamentoso, pessoas com lúpus discoide devem ter alguns cuidados especiais com a alimentação, repousar adequadamente, evitar estresse, além de ter uma atenção com a higiene e ambientes com aglomerações de pessoas devido ao risco de infecções.

Também é recomendado suspender os anticoncepcionais com estrogênio e parar de fumar, pois ambas as condições pioram os sintomas do lúpus.

Outra medida muito importante é proteger-se contra o sol, evitando a claridade e a exposição à luz solar diretamente na pele.

Quanto mais cedo o lúpus discoide for diagnosticado e tratado, melhores são as chances de controlar a doença. O especialista indicado para detectar o lúpus e prescrever o tratamento mais adequado é o médico reumatologista.

Saiba mais em:

O que é lúpus discoide e quais são os sintomas?

Quais são os sintomas do lúpus?