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Teste do cotonete ou de estreptococus na gravidez: para que serve?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame do cotonete é habitualmente feito pela gestantes para pesquisar a presença de estreptococus do grupo B.

O estreptococus do grupo B, Streptococcus agalactiae, é uma bactéria muito comum que coloniza as regiões vaginal, intestinal e retal das mulheres. Em pessoas sadias, esta bactéria não costuma provocar doenças. No entanto, quando ocorre em mulheres grávidas pode causar complicações e ser transmitido ao bebê durante o parto.

Como é feito o exame do cotonete?

O exame para identificar o estreptococus do grupo B (teste do cotonete) é feito entre a 35ª e 37ª semana de gestação.

Para realizar o teste do cotonete, é colhida secreção da região vaginal e anal. Banho ou higiene íntima antes da coleta não são recomendados. A coleta é indolor e fica pronto em 2 ou 3 dias.

Após a coletado, o material é analisado para detectar a presença do estreptococus do grupo B na região íntima da mãe.

Resultado do teste do cotonete

Se o resultado do teste for positivo, a mãe será tratada com antibióticos por via endovenosa durante o trabalho de parto para evitar que a bactéria seja transmitida à criança.

Enquanto o bebê estiver na barriga da mãe, não existe risco de transmissão. Ela pode ocorrer com o rompimento do bolsa amniótica e/ou pela passagem do bebê pelo canal vaginal durante o parto normal.

No caso de parto cesária, não é necessário o tratamento com antibióticos. Nestas situações, o uso de antibiótico só é indicado quando a bolsa se rompe antes que a cesariana seja realizada.

Se o resultado do exame for negativo, significa que a mãe não está colonizada com a bactéria e, portanto, não há risco de contaminação do bebê.

Durante a gravidez as mulheres são solicitadas a realizar o exame de urocultura com o objetivo de identificar bactérias causadoras de infeção urinária. Se o resultado da urocultura for positivo, a mãe será tratada com os antibióticos adequados.

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Não utilize medicamentos sem prescrição médica, principalmente, durante a gestação. Cumpra a sua rotina de pré-natal para assegurar a sua saúde e a do seu bebê.

Balanite provoca coceira no pênis?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, balanite provoca coceira no pênis, sendo esse um dos seus principais sintomas. A balanite é uma inflamação da glande (“cabeça do pênis"). Quando a inflamação atinge também a pele que recobre a glande (prepúcio), é chamada balanopostite. Ambas podem causar coceira, além de dor, inchaço, vermelhidão, descamação, aumento da temperatura, irritação e feridas no local.

Em casos de infecção, a balanite pode provocar o aparecimento de bolhas com pus e secreção peniana com odor desagradável. A presença de febre não é comum.

Outros sinais e sintomas da balanite e da balanopostite incluem ainda impotência, dificuldade ou dor para urinar e dificuldade para controlar o jato de urina devido ao estreitamento do canal urinário.

Quais as causas da balanite?

A principal causa da balanite é a infecção pelo fungo Candida albicans. Contudo, infecções por vírus, (HPV), bactérias (streptococcus, gonorreia, clamídia) e protozoários (tricomoníase) também podem causar balanite.

Dentre os fatores que favorecem o desenvolvimento da balanite estão a falta de higiene, a aplicação de produtos irritantes no local (sabonete, medicamento, lubrificante) e a presença de fimose (incapacidade de retrair o prepúcio e expor a glande).

Por isso, a balanite e a balanopostite são mais comuns em homens que não fizeram a cirurgia da fimose e/ou hábitos de higiene inadequados.

A falta de arejamento do local, a irritação provocada pela urina e pela secreção branca e pastosa entre a glande e o prepúcio (esmegma), a umidade e o clima quente são fatores que favorecem o desenvolvimento de infecções no pênis, sobretudo aquelas causadas por fungos e bactérias.

O diabetes, quando não controlado, pode baixar a imunidade e aumentar a predisposição para desenvolver balanite e balanopostite, sendo também um fator de risco.

Outro fator que contribui para o aparecimento da balanite é a presença de condições ou doenças que causam inchaço, como insuficiência cardíaca, obesidade mórbida, cirrose hepática e alergias.

Também existem casos de balanopostites crônicas, provocadas por inflamações autoimunes, como a balanopostite xerótica obliterante. Nesses casos, pode haver estreitamento da pele que recobre a glande (prepúcio).

Qual é o tratamento para balanite?

O tratamento da balanite é feito através de higiene adequada, cuidados locais (controlar a umidade, suspender a utilização de certos produtos) e uso de medicamentos orais ou aplicados no local da inflamação. Se a infecção por causada por fungos, são utilizados apenas antifúngicos. Se houver uma infecção bacteriana associada, também são usados antibióticos.

Em casos de balanopostites de repetição, pode ser indicada a cirurgia de fimose, mesmo quando é possível retrair a pele que recobre a glande.

Quando a balanite é provocada pelo uso de produtos irritantes, é preciso identificá-lo e suspender o seu uso.

O médico urologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a balanite e a balanopostite.

Cistite intersticial: Quais as causas e complicações?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas da cistite intersticial não são totalmente conhecidas, citamos algumas possíveis causas em estudo:

  • Idiopática (sem causa conhecida)
  • Alérgica
  • Secundária a doenças crônicas
  • Hábitos alimentares e Sedentarismo

Acredita-se que a origem da doença esteja em danos provocados na membrana que recobre a bexiga internamente. As lesões na mucosa deixariam a parede da bexiga exposta a substâncias e toxinas presentes na urina, causando a cistite.

A causa específica desses danos vem sendo estudada, porém ainda sem resposta. Na maioria das vezes é mesmo definida como Idiopática, ou seja, causa desconhecida.

Entretanto, visto que uma das medicações com melhores resultados para casos de cistite intersticial são os anti-histamínicos, pesquisas apontam para uma associação com origem alérgica.

Algumas doenças crônicas também parecem estar relacionadas ao desenvolvimento de cistite intersticial, como doenças autoimunes, síndrome do intestino irritável, fibromialgia, transtorno de ansiedade, além de fatores hereditários.

Outro mecanismo associado às crises de cistite intersticial, são os hábitos alimentares e sedentarismo, embora ainda não exista um consenso para essa teoria, a prática de atividade física regular e as orientações alimentares são um dos pilares no tratamento para esta doença, com bons resultados na prática clínica.

A cistite intersticial é uma doença inflamatória crônica da bexiga que se caracteriza por dor no baixo ventre sempre que a bexiga se enche. A dor normalmente alivia após a micção, embora possa persistir em alguns casos.

A cistite intersticial ou síndrome da bexiga dolorosa, como também é conhecida, é muito mais comum nas mulheres, com meia idade, embora possam acometer também os homens.

Uma vez que não existe um exame específico capaz de diagnosticar a cistite intersticial e os seus sintomas são semelhantes aos de outras doenças, nem sempre é fácil detectá-la, por isso o diagnóstico é realizado após excluir todas as possíveis causas, o que chamamos de diagnóstico de exclusão.

Alguns exames que auxiliam na exclusão e diagnóstico são a cistoscopia, que permite observar o interior da bexiga, e o estudo urodinâmico, que avalia a capacidade de armazenamento e a pressão interna da bexiga.

Leia também: Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?

Complicações

Sem tratamento adequado, a cistite intersticial provoca na maioria das pessoas:

  • Dor crônica
  • Diminuição da capacidade de armazenamento da bexiga
  • Evidente prejuízo na qualidade de vida
  • Transtornos emocionais (como ansiedade e depressão).

Saiba mais em:

Cistite intersticial tem cura? Com é o tratamento?

Para que serve e como usar durateston®?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Durateston® é um medicamento a base de testosterona recomendado para tratamentos em homens com distúrbios de saúde relacionado à falta de testosterona (hipogonadismo masculino).

É indicado quando a deficiência de testosterona é identificada por meio de sinais e sintomas clínicos e exames de sangue. Ao ser administrado, os princípios ativos do Durateston® se transformam em testosterona pelo organismo.

Como usar durateston®

Durateston® é administrado por meio de uma injeção intramuscular profunda em regiões como nádegas, parte superior da perna ou do braço. Por este motivo deve ser administrado por um profissional de saúde.

A dose usual é de uma injeção de 1 ml a cada 3 semanas. Esta dosagem pode ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a resposta individual de cada paciente. Este ajuste é feito com base nos resultados de exames de sangue efetuados antes e durante o tratamento.

Se você achar que o efeito de durateston® está muito fraco ou muito intenso, comunique-se com o/a médico/a o quanto antes.

Os efeitos do medicamento diminuem gradativamente após a sua suspensão.

Precauções quanto ao uso de durateston®

O tratamento com a testosterona e outros hormônios masculinos pode causar o aumento do tamanho da próstata. Este é um efeito comum em homens idosos. Deste modo, é importante que durante o tratamento sejam regularmente avaliadas alterações prostáticas por meio do PSA (testes sanguíneos para o antígeno prostático específico).

Devem também ser efetuados exames de sangue para verificar a hemoglobina (substância que faz transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos). O uso de durateston® pode provocar o aumento do número de glóbulos vermelhos e desencadear complicações. Embora este seja um efeito raro, deve ser monitorado.

Comunique ao seu médico se você tem, já teve ou suspeita que tenha as seguintes condições e saúde:
  • Câncer renal
  • Câncer pulmonar
  • Câncer de mama que se espalhou pelos ossos
  • Doenças de corações, rins ou fígado
  • Apneia do sono
  • Enxaqueca
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial (pressão arterial elevada)
  • Epilepsia
  • Doenças na próstata
Contraindicações de durateston®
  • Alergia aos componentes da fórmula
  • Mulheres
  • Crianças menores de 3 anos de idade
  • Pessoas alérgicas à soja ou amendoim
Efeitos colaterais de durateston®

As reações adversas do uso de durateston® incluem:

  • Náuseas
  • Acne
  • Prurido
  • Dor muscular (mialgia)
  • Retenção de líquido
  • Depressão
  • Nervosismo;
  • Transtorno de humor
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Alterações na função do fígado
  • Alterações da libido
  • Ginecomastia (crescimento das mamas)
  • Ereção prolongada e dolorosa do pênis
  • Alterações na formação do esperma
  • Câncer de próstata

Respeite as orientações médicas quanto ao uso de durateston®, comunique os seus efeitos e realize os exames solicitados antes e durante o tratamento.

Durateston® somente deve ser utilizado sob orientação e supervisão médica.

Leia também:

Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?

O que fazer para aumentar o nível de testosterona?

Quais os sinais de excesso de testosterona?

Qual a diferença entre urologista e nefrologista? Quando procurar um ou outro?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As especialidades de urologia e nefrologia são dedicadas às doenças dos rins, ou de todo o sistema urinário, no entanto, apresentam algumas diferenças.

A urologia, além de cuidar do sistema urinário dos homens e das mulheres, principalmente nas situações que necessitam de cirurgia, também é o responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças do aparelho genital masculino. Por isso é popularmente conhecido como o médico dos homens. A nefrologia é mais dedicada ao tratamento clínico das doenças renais.

Portanto, algumas doenças podem ser tratadas pelas duas especialidades, como o caso de pedra nos rins e infecção urinária. Outras situações são exclusivas de urologia, como as cirurgias, e a diálise, exclusiva dos nefrologistas.

Quando procurar o urologista?

De acordo com a sociedade brasileira de urologia, é importante que os homens, iniciem o seu acompanhamento já na puberdade, para uma avaliação individualizada. Depois, para avaliação do risco de câncer da próstata, a partir dos 50 anos, ou naqueles da raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata, a partir dos 45 anos.

Independente da idade, o urologista deve ser procurado na presença dos seguintes sinais e/ou sintomas: alterações na urina, frequência aumentada de urina, para avaliação da próstata, secreção ou feridas no pênis, ou ainda, para investigação de fertilidade masculina, para o casal com dificuldade para engravidar.

Doenças tratadas pelo urologista
  • Infecção urinária
  • Cálculo renal (pedra nos rins)
  • Incontinência urinária
  • Tumores de trato urinário (renal, bexiga)
  • Tumor de próstata
  • Infertilidade (masculina)
  • Realização de transplante renal.
Quando procurar o nefrologista?

A sociedade de nefrologia recomenda uma consulta por ano, com nefrologista, para as pessoas com mais de 40 anos. Na consulta deverá ser visto exames de rotina para avaliação renal, como a dosagem da creatinina e o exame de urina.

Para pacientes com comorbidades, como hipertensão, diabetes, história familiar de problemas renais, pedra nos rins ou infecção de repetição na infância, a consulta deva ser mais regular, conforme definido pelo médico nefrologista.

Entretanto, no caso de pressão alta de difícil controle, ou sintomas urinários, como ardência, sangue na urina ou dificuldade de urinar, procure imediatamente o nefrologista, independente da idade.

Doenças tratadas pelo nefrologista
  • Hipertensão arterial
  • Prevenção de doenças renais
  • Infecção urinária
  • Cálculo renal (pedra nos rins)
  • Doenças renais císticas (cisto nos rins)
  • Insuficiência renal aguda, crônica
  • Hemodiálise e Diálise peritoneal
  • Avaliação e acompanhamento pós-transplante renal

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou clínico geral.

Referências:

  1. Sociedade brasileira de urologia
  2. Sociedade brasileira de nefrologia
Catuaba é afrodisíaco? Conheça os seus efeitos
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Catuaba é conhecida sobretudo pelo seu efeito afrodisíaco e é bastante utilizada para auxiliar no tratamento da impotência masculina, entretanto este efeito não é cientificamente comprovado. É também conhecida como Catuabinha, Alecrim-do-campo, Catuíba, Catuaba-verdadeira, Caramuru, Catuaba-pau, Catuíba ou Tatuaba.

Catuaba é o nome popular de diferentes plantas. As mais comuns são as cascas do caule de Trichilia catigua (Meliaceae), uma pequena árvore encontrada na mata atlântica, e as raízes de Anemopaegma arvense, típica das regiões do cerrado brasileiro.

Efeitos em estudo da Catuaba 1. Atua como afrodisíaco?

Estudos feitos com a casca da Trichilia catigua em animais demonstraram que substâncias presentes na casca provocam dilatação dos corpos cavernosos do pênis de modo semelhante ao Viagra®. Além disso, ajudam a dilatar a artéria peniana, o que leva ao aumento do fluxo sanguíneo nos corpos cavernosos e prolongamento do tempo de ereção.

Associados ao aumento do fluxo sanguíneo na região peniana, estudos em animais mostraram que a catuaba pode atuar como antidepressivo e estimulante físico por meio do aumento da ação dos neurotransmissores serotonina e dopamina.

Acredita-se que estes dois efeitos, ao ocorrerem em conjunto, são capazes de trazer benefícios em homens com disfunção erétil que ocorrem devido a distúrbios vasculares do pênis e/ou estados depressivos leves. No entanto, estudos em humanos devem ser realizados para comprovar tais benefícios.

2. Ação antioxidante

Estudos in vitro e efetuados em animais indicam que as cascas da Trichilia catigua têm atividade antioxidante principalmente na prevenção de distúrbios neurológicos. Da mesma forma, devem ser realizados estudos em seres humanos para avaliar se os resultados se repetem e assim, comprovar esta atividade neuro protetora.

Riscos do consumo excessivo de Catuaba

Devido à falta de estudos em seres humanos, os dados sobre resultados, riscos e efeitos colaterais não são consistentes, porém, os efeitos relatados até o momento sobre o uso de catuaba são os seguintes:

  • Dor de cabeça
  • Insônia
  • Tontura
  • Irritabilidade
  • Ansiedade
  • Midríase (dilatação da pupila)
  • Elevação da pressão intraocular
  • Aumento da pressão arterial
  • Elevação da frequência cardíaca
Contraindicações do uso de Catuaba
  • Grávidas
  • Crianças menores de 12 anos
  • Pessoas com glaucoma
  • Portadores de disfunção hepática
  • Hipertensos
  • Cardiopatas
  • Pessoas com transtornos psiquiátricos
  • Portadores de distúrbios renais

A catuaba é indicada para uso na forma de chá, pó, cápsulas e bebida alcoólica. Entretanto, a bebida alcoólica deve ser evitada, pois possui baixa concentração da planta e pode provocar danos à saúde.

Antes de usar a catuaba, procure orientação de um médico, fitoterapeuta ou nutricionista.

O uso de catuaba deve ser complementar ao tratamento estipulado pelo/a médico/a e nunca deve ser iniciado sem avaliação, ou substituir um medicamento, especialmente nos casos de disfunção erétil.

Leia mais:

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As dores musculares, por serem problemas nos músculos, se modificam com a mudança de posição, movimentação do corpo e/ou palpação no exame. A dor nos rins não se altera com nenhum movimento.

Além disso, as doenças musculares são dores intermitentes, localizadas. As dores nos rins quando se iniciam são constantes, nada melhora, tem irradiação para a barriga, virilha ou genitais e costumam apresentar alterações na urina, como dificuldade em urinar, presença de sangue ou urina amarronzada.

Na presença de dor em região lombar, mesmo que intermitente, sangue na urina, dificuldade de urinar ou massa palpável na barriga, procure um médico da família, urologista e/ou clínico geral para avaliação.

Causas de dor nos rins

As principais causas de dor nos rins são a presença de pedra nos rins e a infecção urinária. Outras causas menos frequentes são: câncer, cisto renal, trombose de veia renal e trauma renal.

Vale ressaltar que o baixo consumo de água é um dos fatores que mais contribui para a formação de pedras nos rins, especialmente pessoas que já tem história de cálculo renal na família.

Por isso, para o bom funcionamento renal, é fundamental beber bastante água durante o dia, pelo menos 1 litro e meio a 2 litros. O médico urologista é o responsável por avaliar e orientar quanto às doenças renais.

1. Pedra nos rins

Os rins produzem a urina, que segue através do ureter até a bexiga, onde fica armazenada e depois é expelida como xixi.

Pessoas com pedras nos rins, em algum momento da vida, terão um cálculo passando pelo ureter, para ser eliminado na urina. O problema ocorre quando esse cálculo não é pequeno o suficiente e fica preso nesse canal, impedindo também a passagem da urina.

Essa obstrução causa os sintomas de dor intensa na região lombar, apenas do lado acometido, náuseas, vômitos, suor frio e presença de sangue na urina.

O tratamento é feito com medicamentos potentes para dor, hidratação, antibiótico e cirurgia para desobstruir o canal.

Saiba mais: O que causa pedra nos rins?

2. Infecção urinária

A infecção na urina costuma se iniciar na uretra e bexiga, embora possa acometer todo o sistema urinário, conhecido popularmente por cistite.

Os sintomas são de aumento da frequência urinária, urina muitas vezes, mas em pequenas quantidades, ardência ao urinar e dor na barriga.

O tratamento da cistite é simples, com aumento da ingesta de água, antisséptico da via urinária e antibióticos orais por 1 a 2 semanas.

No entanto, a cistite pode evoluir com piora, quando as bactérias alcançam o sistema urinário mais alto (reteres e rins), causando uma pielonefrite. O quadro é mais frequente em crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas ou com imunidade muito baixa.

Nos casos de pielonefrite o tratamento deve ser imediato, em ambiente hospitalar, com hidratação e antibióticos pela veia, para evitar complicações como sepse e insuficiência renal.

3. Câncer

No Brasil, a incidência de câncer renal tem aumentado, segundo a estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde o ano de 1990. Hoje está entre os 10 tipos de tumores mais frequentes na população.

Os sintomas são de dor na região lombar, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Pode haver queixa de falta de apetite e perda de peso, mas nos casos já avançados.

O tratamento definitivo e curável, é a cirurgia com remoção do tumor. Pode ser necessário tratamento complementar com imunoterapia, dependendo do tamanho e tempo de doença. O médico oncologista é o responsável por determinar os tratamentos adjuvantes.

4. Cisto renal

Cisto renal é uma espécie de "bolsa cheia de líquido", que aparece nos rins, geralmente em exames realizados aleatoriamente. Na maioria das vezes não causa sintomas, indicando apenas acompanhamento.

Nos casos de infecção, formação de cálculos no interior ou sangramento, pode haver dor na região lombar, do lado acometido, associado a náuseas, mal-estar e febre. O tratamento indicado será de antibioticoterapia oral e/ou cirurgia para remoção do cisto.

Leia também: Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

5. Trombose de veia renal

A trombose de veia renal é a obstrução da veia renal principal. É uma doença rara, desencadeada por doenças auto-imunes, distúrbios de coagulação, complicação gestacional, entre outras.

Os sintomas são de dor na região lombar, diminuição do volume de urina, mal-estar, náuseas, vômitos e presença de sangue na urina.

O diagnóstico não é simples, porque o quadro é bem semelhante à cólica renal. Por isso, são necessários exames de imagem mais específicos, como venografia ou angiografia, para definir essa doença.

O tratamento se baseia em resolver o problema que está causando essa obstrução, associado a anticoagulação. A cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves e que não respondem ao medicamento.

6. Trauma renal

O rim é um órgãos mais comprometidos nos traumas "fechados", como acidentes de carro e de grande impacto. Os sintomas serão de dor na região lombar, ou na barriga difusamente, mal-estar e pode haver sangue na urina.

O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia de abdômen.

O tratamento depende da gravidade do trauma. Na lesão leve, é indicado apenas o acompanhamento. Nas lesões mais graves, com formação de hematoma, dor e sinal de infecção, pode ser preciso intervenção cirúrgica.

Sintomas de dor nos rins

Os sintomas relacionados a problemas nos rins são:

  • Dor lombar (de um dos lados)
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Coloração avermelhada ou amarronzada na urina
  • Menor quantidade de urina
  • Náuseas, vômitos e mal-estar

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É perigoso ter sangue na urina?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ter sangue na urina não indica necessariamente algo perigoso ou grave. Na maioria das vezes a urina com sangue está relacionada a condições menos graves como:

  • Infecção urinária (pielonefrite, cistite, uretrite);
  • Cálculos urinários (cálculo renal ou vesical);
  • Trauma;
  • Excesso de exercício físico.

Entretanto, em algumas situações, a presença de sangue na urina também pode indicar doenças mais graves como câncer de rins, bexiga e próstata, ou ainda doenças que afetam os rins. Nestas situações, o sangramento na urina não melhora com o tempo.

No homem, uma causa frequente de sangue na urina é a hiperplasia benigna da próstata, uma condição que leva ao aumento do tamanho da próstata e causa diversos sintomas urinários como: dificuldade para urinar, jato urinário fraco, incontinência urinária e sangramento na urina.

Já nas mulheres, outra possível causa de sangramento na urina é a presença de endometriose na bexiga, uma doença que pode provocar sangramento urinário, dor ao urinar, dor pélvica e cólicas menstruais intensas e incapacitantes, porém, esta é uma condição rara.

Caso apresente sangue na urina é importante consultar o seu médico de família ou clínico geral para o diagnóstico da causa do sangramento. A depender da causa uma avaliação com urologista ou nefrologista pode ser necessária.

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Referências bibliográficas

Etiology and evaluation of hematuria in adults. Uptodate. 2022