Sim. Quem tem herpes genital pode engravidar. A presença de herpes genital não inviabiliza a gestação nem diminui a fertilidade quer da mulher quer do homem. Por isso, mulheres com herpes podem engravidar normalmente.
A herpes genital é uma doença sexualmente transmissível que pode ser prevenida com o uso de preservativo durante os atos sexuais. Trata-se de uma infecção causada por vírus que, apesar de não apresentar uma cura definitiva, pode ser tratada e manejada de acordo com a frequência e sintomas.
Posso transmitir herpes para o bebê?O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.
O risco de transmissão pode chegar aos 50% se a gestante adquirir herpes genital quando está mais próxima do parto. Contudo, se a mãe for infectada pelo vírus no primeiro trimestre de gravidez, o risco pode ser inferior a 1%. Gestações em que a mulher é portadora de herpes genital podem ser consideradas de risco, sobretudo se a infecção acontecer durante a gravidez.
Apesar dos riscos, a infecção do feto durante a gestação através da placenta é pouco comum. De fato, o maior risco de contaminação do herpes ocorre no momento do parto, o que ocorre em cerca de metade dos casos, mesmo que a mulher não apresente sinais e sintomas.
O feto pode ser infectado pelo vírus presente no útero, o que é raro, ou pelo contato direto do bebê com as secreções maternas infectadas no momento do parto. Essa forma de contágio pode ocorrer em até 80% dos casos.
Para tentar prevenir a infecção do bebê, geralmente indica-se o parto por cesariana, principalmente quando a gestante apresenta lesões ou se o surto tiver acontecido até 6 semanas antes do nascimento.
Apesar da cesariana não eliminar por completo o risco de transmissão do herpes genital para o bebê, trata-se do tipo de parto indicado se a gestante apresentar lesões no momento do parto. Essa forma de parto diminui a exposição do recém-nascido ao vírus e a taxa de mortalidade materna decorrente do parto natural.
Quais as complicações do herpes na gravidez?A transmissão do herpes genital da gestante para o feto é grave. A encefalite está entre as piores complicações, pois é responsável pela maioria dos casos de mortes.
O herpes genital na gravidez pode causar ainda aborto ou parto prematuro. Se infectar o feto através da corrente sanguínea, pode provocar lesões fatais para o bebê. Sabe-se que a quantidade de anticorpos presentes na gestante antes do parto pode influenciar a intensidade da infecção e as chances de transmissão do herpes para a criança.
A gravidade do herpes neonatal está no aumento de infecções no sistema nervoso central, o que aumenta significativamente as taxas de mortalidade.
Como é o tratamento do herpes na gravidez?O diagnóstico do vírus do herpes é feito através de exames de sangue. A cesariana não evita por completo a transmissão do herpes genital para o bebê, mas é o tipo de parto recomendado se a gestante apresentar lesões no momento do parto.
A herpes neonatal é um quadro grave, que exige cuidados médicos e hospitalares especializados. O tratamento também é feito com aciclovir, na dose de 5 mg por dia, por via intravenosa, a cada 8 horas, durante uma semana.
Para prevenir a transmissão do herpes genital, recomenda-se usar preservativos durante toda a gestação. Embora não exista uma cura definitiva para o herpes genital, há medicamentos antivirais específicos que podem reduzir o tempo de duração dos sintomas e prevenir o aparecimento de novas lesões.
A mulher que pretende engravidar deve procurar um serviço de saúde para uma consulta pré-concepcional justamente para avaliar a sua saúde, bem como iniciar algumas terapias preventivas como o uso de ácido fólico.Leia também:
Provavelmente a gravidez ocorreu no dia 29 porque não houve proteção. A pílula do dia seguinte para a relação anterior ao seu uso. A eficácia é mais alta quanto antes fizer uso, e deve ser feita dentro de 72 horas, ou para as apresentações mais novas, até 5 dias após a relação.
A eficácia chega a 90% se tomar em até 24h, como foi feito na primeira relação, por isso é provável que tenha protegido para o dia 24 de abril, mas para o dia 29 provavelmente não.
A pílula do dia seguinte não protege contra a gravidez, em relações posteriores ao seu uso. Para prevenir é preciso tomar anticoncepcional oral diariamente, ou fazer uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).
Outro ponto importante é avaliar o seu período fértil, se o dia 29 estava dentro do seu período fértil, aumenta as hipóteses de ter sido o dia provável da gravidez.
Calculamos o período fértil a partir do último dia de menstruação, que no seu caso foi dia 14 de abril. O dia mais fértil é o dia do meio do ciclo, depois somamos 3 dias antes e 3 dias depois, que correspondem a semana mais fértil.
Para os períodos regulares de 28 dias, somamos 14, para os ciclos de 30 dias, somamos 15. Para os ciclos irregulares o cálculo é um pouco mais complexo, mas também é possível ser calculado.
Supondo que o seu ciclo seja de 28 dias, somamos 14 ao dia 14 de abril, o que resulta em 28. Podemos dizer que o dia 28 mais 3 dias e menos 3 dias foi o seu período fértil, ou seja, do dia 25 de abril até 01 de Maio, eram os dias com maior chance de engravidar. Se houve relação no dia 29 de abril, sem proteção, a probabilidade de gravidez era alta.
Embora não seja possível confirmar exatamente em qual dia foi a gravidez, porque o organismo pode levar de 24 a 72 horas após a relação, para fecundar o óvulo, todos os dados apontam para o dia 29 de abril.
O exame de ultrassonografia pode apontar para essa data de acordo com as características do bebê, de maneira ainda mais confiável.
De qualquer forma, o mais importante agora é que siga as orientações do pré-natal rigorosamente, para promover boas condições ao bebê e a sua saúde.
Saiba mais sobre o pré-natal e cuidados durante a gestação nos artigos:
Referências:
Ministério da Saúde do Brasil.
Golf ball é um achado que pode surgir no exame de ultrassom do coração do feto a partir do 2º trimestre de gravidez. Isoladamente, o golf ball é um achado sem importância, nem consequências. Na maioria dos casos, desaparece espontaneamente por volta da 22ª e 25ª semana de gestação e não representa nada de grave.
Não se sabe ao certo por que ocorre, mas acredita-se que faça parte de estruturas tendíneas ou musculares do coração e que se movimenta juntamente com elas. O nome "golf ball" é devido ao aspecto do achado, que é redondo, branco e pequeno, fazendo lembrar uma bola de golf.
Ainda é controverso se ele pode estar ou não associado a anomalias genéticas, como as síndromes de Down (trissomia do 21), Patau (trissomia do 13), Edwards (trissomia do 18) e síndrome de Turner.
Por isso, ao detectar o achado, o médico examina cuidadosamente o feto à procura de sinais que possam indicar alguma doença cromossômica e avalia outros fatores de risco como idade materna acima de 35 anos, presença de alteração cromossômica ou cardiopatia em filho anterior.
Se o feto não apresentar nenhuma alteração estrutural, o golf ball deixa de ter importância, desaparecendo em mais de 90% dos casos durante o 3º trimestre de gravidez.
Para maiores esclarecimentos, fale com o médico obstetra ou o médico responsável pelo pré-natal.
1 - Fiz cirurgia e retirei um ovário, posso engravidar normalmente.
Sim.
2 - Fiz cirurgia e retirei a trompa e o ovário de um lado, posso engravidar?
Sim.
O tempo que a mulher tem que esperar para engravidar depois de uma cirurgia depende do tipo e do local da ciurgia realizada. Alguns exemplos:
- Cirurgia no útero para retirada de pólipos (polipectomia): 30 dias, pois as lesões causadas no procedimento geralmente são superficiais;
- Cirurgia no útero para remover um mioma (miomectomia): Recomenda-se esperar pelo menos 12 semanas antes de tentar engravidar, uma vez que as lesões tendem a ser mais profundas que aquelas da polipectomia;
- Cirurgia bariátrica: Deve-se esperar pelo menos 1 ano antes de tentar engravidar por causa da rápida perda de peso que ocorre nesse período, o que provoca uma instabilidade nos eletrólitos e nutrientes do corpo;
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Cirurgia plástica:
- Redução de mamas (mamoplastia redutora): O ideal é esperar pelo menos 2 anos para engravidar, pois só depois desse período as mamas estarão novamente em condições praticamente normais;
- Abdominoplastia: Pode engravidar 1 ano após a cirurgia;
- Lipoaspiração: A mulher já pode engravidar 6 meses depois da cirurgia;
- Cirurgias de rosto, nariz, orelhas: Deve-se aguardar 6 meses para tentar engravidar.
Leia também: Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?
Informe o/a médico/a obstetra que irá fazer o seu pré-natal sobre a cirurgia para que ele possa definir com segurança quanto tempo você terá que esperar antes de tentar engravidar.
O exame Beta-hCH é um exame de sangue usado para diagnosticar a gravidez. O exame serve para detectar a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) no sangue. O hCG normalmente só é produzido pelo corpo da mulher se ela estiver grávida. Contudo, o nível de hCG também pode estar elevado em mulheres com certos tipos de tumores ovarianos.
O exame de gravidez Beta-hCG pode ser qualitativo ou quantitativo. O resultado do Beta-hCG qualitativo indica apenas “positivo” ou “negativo”. Se der positivo, a mulher está grávida. Resultados negativos indicam ausência de gravidez.
Já o Beta-hCG quantitativo indica a quantidade do hormônio hCG no sangue. Os resultados são baseados em valores. Trata-se de um exame mais usado para determinar as semanas de gestação, já que o exame de sangue Beta-hCG qualitativo já é suficiente para confirmar a gravidez.
A medição quantitativa de hCG ajuda a determinar a idade exata do feto, além de auxiliar o diagnóstico de gravidez anormal, como gravidez ectópica e gravidez molar, além de abortos.
O Beta-hCG quantitativo também é usado como parte de um teste de rastreio para a síndrome de Down e também para diagnosticar condições não relacionadas à gravidez que podem aumentar os valores de hCG.
Como entender os resultados do exame Beta-hCG quantitativo?Os resultados do exame Beta-hCG quantitativo são apresentados em mUI/mL. Mulheres que não estão grávidas apresentam resultados com valores abaixo de 5 mUI/mL.
Na gravidez, o nível de hCG aumenta rapidamente durante o 1º trimestre de gestação e depois cai ligeiramente. Os valores esperados de hCG em mulheres grávidas são baseados no tempo de gravidez.
Valores normais de Beta-hCG- 3 semanas: 5 a 72 mUI/mL;
- 4 semanas: de 10 a 708 mUI/mL;
- 5 semanas: de 217 a 8.245 mUI/mL;
- 6 semanas: 152 a 32.177 mUI/mL;
- 7 semanas: 4.059 a 153.767 mUI/mL;
- 8 semanas: de 31.366 a 149.094 mUI/mL;
- 9 semanas: de 59.109 a 135.901mUI/mL;
- 10 semanas: de 44.186 a 170.409 mUI/mL;
- 12 semanas: de 27.107 a 201.165 mUI/mL;
- 14 semanas: de 24.302 a 93.646 mUI/mL;
- 15 semanas: de 12.540 a 69.747 mUI/mL;
- 16 semanas: de 8.904 a 55.332 mUI/mL;
- 17 semanas: de 8.240 a 51.793 mUI/mL;
- 18 semanas: de 9.649 a 55.271 mUI/mL.
Vale lembrar que os valores de Beta-hCG podem variar um pouco entre os laboratórios.
Valores de Beta-hCG alteradosSe os valores de Beta-hCG estiverem acima do esperado, seja para mulheres grávidas ou não grávidas, podem ser sinal de:
- Gravidez com mais de um feto, como gêmeos ou trigêmeos;
- Coriocarcinoma uterino (câncer grave do útero);
- Mola hidatiforme ou gravidez molar (complicação rara de gravidez em que ocorre multiplicação anormal de células da placenta);
- Câncer de ovário;
Durante a gravidez, valores de Beta-hCG abaixo do normal, de acordo com o estágio gestacional, podem indicar:
- Morte do feto;
- Aborto incompleto;
- Ameaça de aborto espontâneo;
- Gravidez ectópica (gestação fora do útero).
Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso positivo, ou seja, o resultado é “positivo” e a mulher não está grávida. Isso pode ocorrer em caso de:
- Gravidez ectópica (gestação fora do útero);
- Aborto espontâneo;
- Tumor trofoblástico;
- Mola hidatiforme ou gravidez molar;
- Câncer de ovário.
Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso negativo, ou seja, o resultado é “negativo” e a mulher está grávida. Isso pode ocorrer se o exame for feito antes de completar uma semana de gravidez, quando os níveis de hCG ainda estão muito baixos para serem detectados no sangue. Por isso, é necessário esperar pelo menos 7 dias após a concepção para fazer o exame.
O médico que solicitou o exame Beta-hCG é o responsável pela análise e interpretação dos resultados.
Para saber mais sobre o exame Beta-hCG, você pode ler:
Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...
Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?
Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Para aliviar a dor no seio durante a gravidez, a gestante deve usar sutiãs adequados e mais confortáveis, feitos com tecidos macios, que tenham alças largas e apoio nas costas. Também é importante que o sutiã não tenha nenhuma armação de ferro, sustente bem a mama e tenha um tamanho ajustável.
Aplicar compressas de água morna nos seios também ajudam a amenizar a dor e o desconforto durante a gestação. Hidratantes com elastina e colágeno na composição podem auxiliar no alívio do incômodo, embora não sejam capazes de acabar com a dor.
Na hora do banho, a mulher deve lavar os seios com sabonete neutro, com movimentos circulares e delicados no sentido dos ponteiros do relógio.
No início da gravidez, é normal os seios ficarem mais sensíveis e doloridos devido às alterações hormonais. O aumento do volume da mama também pode causar algum desconforto e provocar dor.
Para maiores informações sobre como aliviar a dor no seio durante a gravidez, fale durante as consultas com o/a médico/a que está acompanhando seu pré-natal.
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Dor nos rins durante a gravidez não é normal. Se a dor tiver mesmo origem renal, pode ser decorrente de uma infecção urinária ou da presença de pedra nos rins ou nas vias urinárias, ou ainda ser ocasionada por outros problemas renais.
Porém, essa "dor nos rins" pode ser na verdade uma dor na coluna lombar (lombalgia), bastante comum durante a gravidez devido às transformações que ocorrem no corpo da mulher.
É importante lembrar que até 20% das grávidas chegam a ter infecção urinária durante o primeiro trimestre de gravidez. Portanto, é importante estar atenta a sintomas de infecção urinária como: ardência ou dor para urinar, mudança do odor e cor da urina ou ainda aumento da frequência urinária.
Já em relação a dor lombar vale lembrar de algumas características que a ajudam a diferenciar da dor nos rins:
- Pode irradiar para a perna;
- Pode vir associada a uma contratura da musculatura ao longo da coluna;
- Piora com movimentos ou se a mulher ficar muito tempo sentada ou em pé;
- Pode melhorar com o repouso.
Cerca de 50% a 80% das mulheres grávidas apresentam algum tipo de lombalgia, principalmente entre o 5º e o 7º mês de gestação. Há casos em que a dor lombar já começa na 8ª semana de gravidez. A lombalgia é frequente na gravidez por conta de vários fatores, como:
- O hormônio relaxina deixa os ligamentos mais frouxos, inclusive os da coluna e da bacia para poder acomodar o bebê e facilitar o parto;
- À medida que o bebê cresce, a mulher sofre alterações posturais. Uma delas é o aumento da curvatura da coluna lombar (as nádegas ficam mais "empinadas para trás");
- O aumento do útero e o crescimento do feto provocam um ganho de peso na grávida. Isso afeta o seu equilíbrio e provoca uma sobrecarga na coluna lombar.
Veja também: Dor nos rins: o que pode ser e o que fazer?
A grande maioria dos casos de dor lombar não está relacionada com os rins, mas sim com problemas articulares, ósseos ou musculares na coluna.
No entanto, no caso das grávidas, devido ao aumento do risco de infecção urinária, as doenças renais e do aparelho urinário também devem ser consideradas e investigadas.
O melhor é marcar uma consulta com o médico obstetra ou médico de família para que a origem da dor nos rins seja devidamente diagnosticada e tratada, prevenindo assim complicações para a mulher e para o bebê.
Leia também:
É normal ter dor lombar na gravidez?