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PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

PSA alterado (elevado) pode ser sintoma de alguma doença ou problema na próstata, como câncer, infecção, hiperplasia (crescimento) benigna ou traumatismo na mesma. A idade pode ser um fator isolado para esse aumento da taxa no sangue.

A causa mais comum de aumento de PSA no sangue, é a hiperplasia prostática benigna (HPB).

Normalmente, um PSA acima de 4,0 ng/ml pode significar câncer de próstata, embora isso não seja suficiente para a confirmação da doença. Neste caso, o paciente deve ser submetido ao toque retal e a uma ultrassonografia. Dependendo do resultado, pode ser necessário ainda uma biópsia prostática, e então definir o diagnóstico e tratamento.

Contudo, cerca de 17% dos homens com câncer de próstata não apresentam PSA alterado, daí ser fundamental a realização do exame de toque retal nos períodos sugeridos pelo sistema de saúde e médico/a urologista assistente.

Veja também: Como é feito o exame de próstata?

O PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma substância produzida pela próstata e que circula normalmente pela corrente sanguínea. Alterações na próstata provocam um aumento da liberação desse antígeno no sangue através dos vasos e tecidos linfáticos que atravessam a próstata.

O exame de PSA associado ao toque retal é a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente o câncer de próstata.

Saiba mais em:

Quais são os valores de referência do PSA?

Como é feito o exame PSA livre?

Entendendo os valores do CA 125
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os valores do CA 125 normalmente são inferiores a 35 U/ml. Níveis elevados de CA 125 são observados em cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário avançado, embora aproximadamente 1% da população geral e 6% dos indivíduos com doenças benignas possam apresentar elevações discretas de CA 125. 

Os valores de CA 125 também podem estar elevados (acima de 35 U/ml) nas seguintes situações:

  • Câncer de pulmão, pâncreas, mama, fígado, cólon;
  • Tumores benignos de ovário, primeiro trimestre da gravidez;
  • Fase folicular do ciclo menstrual, endometrioses;
  • Miomas uterinos, salpingites agudas;
  • Tuberculose pélvico-peritoneal, cirrose hepática;
  • Pancreatites e inflamações do peritônio do pericárdio e da pleura;
  • Indivíduos que já tiveram câncer.

Níveis de CA 125 que não normalizam durante ou após o tratamento podem indicar focos residuais do tumor. Aumento dos valores de CA 125 após tratamento ou cirurgia representa, quase sempre, recidiva do tumor, embora haja casos de recidiva ou de presença de massa residual em que os níveis de CA 125 não se elevam.

Além disso, valores elevados de CA 125 em períodos de pós-operatórios podem estar relacionados com sinal de pior prognóstico e avaliação de processos de metástases de origem desconhecida.

O CA 125 é uma substância produzida pelas células epiteliais ovarianas, sendo usado principalmente no monitoramento da resposta ao tratamento de câncer de ovário.

Sempre que houver aumento deste marcador o médico Ginecologista deve ser procurado para avaliação e acompanhamento.

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O que significa VDRL não reativo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O VDRL é um teste de sangue para a doença sexualmente transmissível chamada Sífilis. Quando o resultado do teste é "não reativo" significa que há grande chance da pessoa nunca ter entrado em contato com o agente que causa a doença, ou seja, significa que a pessoa não está com sífilis.

Este teste é um teste simples mas não é completamente específico, ele serve apenas na triagem inicial da doença. Caso o resultado seja "reativo", o/a médico/a pode solicitar outros testes para confirmação da doença.

Há uma pequena porcentagem do teste ser falso negativo, ou seja, apresentar o resultado "não reativo" mas na verdade o/a paciente está com a doença. Isso ocorre na fase inicial da doença em que a pessoa já está com alguns sintomas, os anticorpos (células protetoras) já estão elevados, mas o teste ainda está negativo.

A interpretação completa e correta do teste VDRL deve ser feita pelo/a médico/a que avaliará o paciente de uma forma global, examinando fisicamente e correlacionando o resultado do exame com a história pessoal pregressa do/a doente.

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Fiz um beta-hcg, o resultado foi < 5,0, estou grávida?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Seu exame é negativo para gravidez, o que de certa forma "diz que não está grávida".

Esse resultados de Beta-hCG inferior a 5 indica que o exame deu negativo. Os valores de referência do Beta-HCG podem variar de laboratório para laboratório e de acordo com fatores individuais.

Em geral, valores de Beta-hCG entre 0 e 25 indicam resultado negativo. Porém, mulheres que estão na 1º ou 2º semana de gestação podem apresentar valores menores que 25.

Por isso, se o exame deu negativo, é indicado aguardar mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, recomenda-se repetir o exame.

Resultados com valores entre 25 e 100, na maioria das vezes, são indicativos de gravidez, ou seja, significam “positivo”. Porém, em alguns laboratórios, esses valores podem ser interpretados como indeterminados. Nestes casos, se houver dúvidas em relação à gravidez, espera-se mais 10 a 15 dias. Se o atraso menstrual persistir, deve-se repetir o exame.

Quando o Beta-hCG apresenta valores superiores a 100, o resultado é positivo e é então diagnosticada a gravidez.

O exame Beta-hCG deve ser realizado quando a menstruação estiver mais de 15 dias atrasada. Se o resultado der negativo e a menstruação ainda não veio, recomenda-se esperar mais 10 ou 15 dias e repetir o exame. Se, mesmo assim, o resultado continuar “negativo”, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

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O que significa o resultado abaixo no meu exame de PSA?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Normal. Os valores apresentados estão dentro dos limites de normalidade.

O que é importante ressaltar, assim como está descrito nas notas abaixo, é que trata-se de um exame de rastreio, que não é capaz de descartar ou confirmar em 100% uma suspeita diagnóstica, ele deverá ser avaliado pelo médico que o solicitou em conjunto com: exame clínico, exame laboratorial e quando houver necessidade, exames de imagem.

O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é o exame de rastreio utilizado para avaliação da próstata. É um exame simples, realizado através de uma análise de sangue. Quando os valores estão aumentados, sinaliza uma possível anormalidade na próstata.

Mas quando está normal, não descarta totalmente uma doença nesse órgão. Precisa ser realizado todo o protocolo já bem estudado e estipulado de exames, de acordo com a idade, história clínica, hábitos de vida e história familiar do homem.

Veja também: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?

De acordo com a sociedade brasileira de urologia e o Instituto nacional do câncer (INCA), os exames de rastreio para o câncer de próstata atualmente estão recomendados para todos os homens a partir dos 50 anos de idade, e para aqueles considerados de alto risco e muito alto risco, 45 e 40 anos respectivamente.

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente na população masculina em todo o mundo, e no Brasil. O seu diagnóstico precoce reduz significativamente a mortalidade por essa doença, portanto é de extrema importância manter o acompanhamento com urologista e seguir todas as recomendações oferecidas pelos especialistas.

O que é estradiol?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O 17-beta estradiol é o estrogênio mais ativo e importante para a mulher em idade fértil.  É produzido nos ovários, nas glândulas adrenais, nos testículos e pela conversão periférica da testosterona. Algumas das suas funções no organismo:

  • Reprodução feminina:  atua como um hormônio de crescimento para o tecido dos órgãos reprodutivos, sendo fundamental para a concepção e a manutenção da gravidez;
  • Desenvolvimento sexual feminino: impulsiona o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas. Estimula o crescimento das mamas e é responsável por mudanças no corpo, afetando ossos, articulações, e distribuição de gordura;
  • Ossos: é importante para a saúde dos ossos, tanto que mulheres pós-menopausa, em que os níveis de estradiol são baixos, tem maior risco de osteoporose;
  • Cérebro: desempenha um papel significativo na saúde mental da mulher, especialmente no que se relaciona a humor e bem-estar;
  • Vasos sanguíneos: promove vasodilatação;
  • Câncer: pode estar associado a surgimento de certos cânceres, especialmente mama e endométrio.

Deve ser dosado em mulheres com amenorréia primária (que nunca menstruaram) ou secundária (que pararam de menstruar), aquelas que estão tendo dificuldade para engravidar e pode auxiliar no diagnóstico da menopausa.

Os níveis de estradiol se alteram durante o ciclo menstrual da mulher. Começa a aumentar no meio da fase folicular (quando ocorre estímulo a alguns folículos ovarianos), atinge o pico no meio do ciclo, a partir do ponto em que começa a cair, atingindo um segundo pico na fase luteínica (fase em que o corpo lúteo, estrutura que fica no ovário após a liberação do óvulo, produz progesterona). 

O seguimento dos níveis de estradiol deve ser feito pelo médico ginecologista ou endocrinologista.

Saiba mais em: Como é o exame do estradiol?

O que significa microcitose discreta no exame?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A microcitose ou microcitose eritrocitária discreta no exame de sangue, significa que os glóbulos vermelhos estão pequenos, ou ligeiramente menores do que o tamanho considerado normal.

Os glóbulos vermelhos são conhecidos também por hemácias ou eritrócitos. São proteínas do sangue responsáveis por transportar o oxigênio para todo o corpo e responsáveis pela sua coloração vermelha.

O que é a microcitose?

A microcitose é a presença de hemácias de tamanho pequeno no exame de sangue, determinada pelo Volume Corpuscular Médio (VCM). O VCM é um dos índices de análise das hemácias, e de acordo com o resultado é descrito como:

  • Normocitose/ Normocítica - VCM normal (80 a 96 fL)
  • Microcitose / microcítica - VCM diminuído (Abaixo de 80 fL)
  • Macrocitose / Macrocítica - VCM aumentado (Acima de 96 fL)

A microcitose pode ser ainda classificada em:

  • Microcitose leve (discreta) - 70 a 80 fL
  • Microcitose moderada - 69 a 61 fL
  • Microcitose grave - igual ou menor que 60 fL

Entretanto, para definir se a microcitose encontrada sinaliza um problema de saúde ou não, é importante que o exame seja analisado em conjunto com outros índices descritos no hemograma, além do exame físico e clínico do paciente.

Analisando os valores de um hemograma

A anemia é a principal causa de microcitose, porém para a sua confirmação é fundamental analisar os resultados de toda a série vermelha, ou seja, avaliar todas as características das hemácias, como o HCM, RDW e a forma das hemácias.

Vale lembrar, que pode haver pequena variação para os valores normais, entre os laboratórios.

1. HCM

O HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, um índice que avalia a quantidade de hemácias e de hemoglobina na célula. De acordo com os valores, é denominado:

  • Normocromia / Normocrômico - HCM normal (27 a 33 pg)
  • Hipocromia / Hipocrômico - HCM diminuido (menor que 27 pg)
  • Hipercromia / Hipercrômico - HCM aumentado (acima de 33 pg)

Como a coloração do sangue também é definida pela quantidade de hemácias, na hipocromia o sangue se apresenta com vermelho mais claro, já que tem menos volume de hemácias, ao contrário, na hipercromia, o sangue é mais escuro e mais denso.

2. RDW

O RDW, abreviação de Red Cell Distribution Widthserve, é mais uma medida informada no hemograma, que indicada a variação de tamanho das hemácias.

Esse índice encontra-se aumentado nos casos de anemia, principalmente, na anemia ferropriva. O valor considerado normal, é de 11 a 14%.

3. Forma

A forma da hemácia é outro fator estudado quando é feito um exame de sangue, que está descrita ao final do laudo. A forma esperada é de um disco bicôncavo, onde as bordas são mais altas e o centro ligeiramente mais fundo.

Qualquer outra forma é descrita como anormal, e suas características pormenorizadas ao final do exame de sangue. A mudança na forma da célula impede o transporte adequado de oxigênio pelo organismo.

A anemia falciforme, por exemplo, é uma doença hereditária, na qual a hemácia é produzida em forma de foice, dificultando o transporte de oxigênio, além de aumentar o risco de tromboses por se acumular dentro dos vasos.

Quais são as causas de microcitose?

A principal causa de microcitose são os diversos tipos de anemia, sendo a mais frequente, a anemia ferropriva.

Diabetes de longa data, doença renal crônica, doenças da tireoide, tratamento quimioterápico, tumores ou um processo infeccioso, também podem causar a anemia microcítica, embora nesses casos seja mais comum as anemias normocíticas/normocrômicas.

Qual é o tratamento para anemia microcítica e hipocrômica?

O tratamento vai depender da causa. Na anemia ferropriva, geralmente uma orientação alimentar com maior consumo de alimentos ricos em ferro, é suficiente. Para casos mais graves, é preciso associar comprimidos de sulfato ferroso.

Nos casos de doença crônicas, como a diabetes e a doença renal, ajustar a dose dos medicamentos e quando preciso, suplementar com comprimidos de ferro associado a ácido fólico. Casos de câncer, é preciso repor o ferro e por vezes, outros minerais e vitaminas, até a recuperação completa da doença.

Microcitose e hipocromia, o que pode ser?

A microcitose e a hipocromia no hemograma, sugere um quadro de anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais frequente na população, especialmente em na infância. A reposição de ferro através de alimentação orientada é o tratamento mais eficaz, visto que a causa geralmente é a carência de alimentos ricos em ferro, nas refeições.

As doenças crônicas, são mais encontradas nos idosos, e representa a segunda causa mais comum de anemia microcítica e hipocrômica. Outras situações são mais raras, porém devem ser investigadas, como o câncer.

No entanto, toda a anemia é prejudicial à saúde, seja qual for a idade ou causa. A anemia significa uma redução de hemácias no sangue, que promove uma deficiência de oxigenação para o corpo, com isso traz prejuízos à saúde.

Na presença de anemia ou alterações no hemograma, procure o médico que solicitou o exame, para esclarecer as dúvidas, definir o motivo desse problema e iniciar o devido tratamento.

Saiba mais:

Referência:

ABHH - Associação Brasileira de hematologia, hemoterapia e terapia celular.

Meu exame de sangue deu leucócitos: 3700, está muito alterado?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Leucócitos levemente diminuídos (pode ter ou não algum significado clínico) e VHS está dentro do normal (um pouco aumentado, mas é tão pouco que não deve ter nenhum significado), o mais importante do resultado dos exames é a interpretação que seu médico irá fazer baseado nas suas queixas (a simples verificação do normal ou fora do normal não tem muito sentido).