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Fosfatase alcalina baixa, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Fosfatase alcalina baixa pode ocorrer por uma série de fatores, dentre os quais posso citar:

  • Hemólise (destruição de hemácias, por qualquer motivo),
  • uso de anticoncepcionais orais,
  • uso de hipolipemiantes (como a sinvastatina),
  • uso de anticoagulantes (como a aspirina),
  • uso de antiepilépticos (como a carbamazepina).

Os valores de referência são os seguintes:

Faixa etária Masculino (U/L) Feminino (U/L) Ambos os sexos
Recém-nascido 150 a 600
6 meses a 9 anos 250 a 900
10 a 11 anos 250 a 730 250 a 950
12 a 13 anos 275 a 875 200 a 730
14 a 15 anos 170 a 970  170 a 460
16 a 18 anos 125 a 720  75 a 270
Acima de 18 anos 50 a 250

(observação: os valores de referência podem variar em função do método e dos reagentes utilizados; portanto esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais)

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral.

Cortisol alto: Quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas de cortisol alto podem incluir aumento de peso, aumento da pressão arterial, perda de massa óssea e muscular, alterações de humor, depressão, cansaço, insônia, perdas de memória, dificuldade de concentração e aprendizagem, diminuição da libido, menstruação irregular, entre outros.

Os sintomas podem variar, dependendo da quantidade de cortisol e do tempo que os níveis permanecem altos na circulação sanguínea, bem como das causas desse aumento e da concentração de outros hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais.

Assim, em alguns casos pode haver ainda estrias na pele, acne, aumento da oleosidade da pele, crescimento de pelos no rosto e no peito, fraqueza muscular, diabetes, doenças cardiovasculares, trombose, transtornos psicológicos e psiquiátricos, como ansiedade, depressão, irritabilidade e ataques de pânico.

Níveis altos de cortisol também afetam o sistema imunológico, baixando a imunidade do corpo e deixando o organismo com mais chances de desenvolver doenças e infecções.

Outra característica importante das pessoas que têm o cortisol elevado é o acúmulo de gordura na região abdominal. O indivíduo ganha peso, mas a gordura concentra-se sobretudo na barriga, o que deixa os braços e as pernas com uma aparência próxima do normal.

Tratamento

O tratamento para casos de cortisol alto depende da causa do aumento dos níveis desse hormônio. Na maioria dos casos, o tratamento é feito através do controle do estresse e da ansiedade, mudanças no estilo de vida, como praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação saudável e equilibrada, bem como evitar situações que possam desencadear ansiedade e estresse.

Se o cortisol elevado for decorrente do uso de corticoides, o medicamento deve ser retirado aos poucos, seguindo orientação médica.

Para casos em que o nível alto de cortisol é causado pela presença de um tumor, como por exemplo o adenoma de hipófise, o tratamento inclui medicamentos específicos para controlar as taxas do hormônio e cirurgia para retirada do tumor, quando indicada.

Causas

A principal causa para uma elevação significativa e mantida dos níveis de cortisol é o uso prolongado de corticoides. Outras condições que podem deixar o cortisol alto incluem:

  • Exercícios físicos intensos;
  • Pular refeições ao longo do dia;
  • Sono irregular;
  • Estresse;
  • Infecções ou inflamações;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Café.

cortisol é um hormônio que prepara o corpo para lidar com situações adversas, como estresse, luta ou fuga. Trata-se de um hormônio muito importante, mas níveis elevados podem trazer consequências indesejadas para o organismo.

O médico endocrinologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos casos de cortisol elevado.

Saiba mais em: O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?

Qual exame devo fazer para saber se tenho intolerância à lactose? Como é feito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A intolerância à lactose é diagnosticada a partir da correlação dos sintomas e aspectos clínicos do/a paciente com alguns testes disponíveis.

O teste de intolerância à lactose avalia a capacidade de absorção da lactose pelo intestino. O/a paciente ingere, em jejum, um líquido que contém lactose. O nível de glicose no sangue é avaliado antes e depois da ingestão do líquido para comparar. Se não houver elevação da taxa de glicose no sangue, o teste é considerado positivo e a intolerância pode ser comprovada a depender da correlação dos sintomas clínicos.

Outro teste que pode ser feito é o teste do hidrogênio expirado. Nesse teste, o/a paciente também ingere, em jejum, a substância contendo lactose e, após algumas horas, é avaliada a taxa de hidrogênio na expiração. Quando ela é alta, indica que a lactose não está sendo adequadamente absorvida pelo organismo e, então, a possibilidade da intolerância à lactose é elevada.  

Outro teste menos utilizado é a medida da acidez nas fezes. Esse exame é realizado a partir das fezes recém eliminadas pela pessoa. Quando a acidez é elevada, há grande chance de ser devido à intolerância à lactose.

Esses exames podem ser solicitados após a avaliação clínica do/a gastroenterologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Também pode lhe interessar: Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?

Portador do vírus hiv pode não apresentar sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pessoa portadora do vírus HIV pode não apresentar sintomas

Entre 10 a 60% das pessoas que portam o vírus HIV no sangue podem não apresentar nenhum sintoma da doença. 

HIV é o vírus que afeta o sistema imune das pessoas podendo causar a AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Nem toda pessoa que tem o vírus HIV irá desenvolver a AIDS. Isso pode ser manejado com o controle e acompanhamento do tratamento. 

A infecção inicial ou aguda pode iniciar entre 2 e 4 semanas após o contato com o vírus e é caracterizada por sintomas comuns a outras síndromes virais, podendo passar despercebida.

Portanto, é possível uma pessoa ser portadora do vírus por vários anos sem apresentar nenhuma reação. Esse período em que a pessoa ficará sem sintomas irá depender de cada organismo e da competência de cada sistema imune em combater a infecção, por isso ele é muito variável.

Também pode lhe interessar: Existem doenças com sintomas parecidos com HIV?

O teste de detecção do HIV é simples e oferecido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). A pessoa que apresenta o teste positivo, deve ser acompanhada pela equipe de infectologia em ambulatório especializado com o devido monitoramento dos sintomas e realização de exames complementares com frequência. 

Leia também: 

Como pode ocorrer a transmissão do HIV?

Quais os sintomas do HIV?

Como é feito o diagnóstico do HIV?

Colesterol VLDL baixo: O que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Em princípio, ter o colesterol VLDL baixo não é um problema com o qual deva ser preocupar. Inclusive poder ser um bom sinal, já que trata-se de um mau colesterol. Portanto, não há o que fazer, mas caso já tenha tido algum evento cardiovascular como infarto ou AVC, ou apresente outras doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial, obesidade ou tabagismo, é importante manter a taxa de VLDL baixa, sobretudo através da alimentação e atividade física.

Os valores de referência para o colesterol VLDL em adultos de até 20 anos são:

Desejável Limítrofe Alto
VLDL abaixo de 30 mg/dl VLDL entre 30 e 67 mg/dl VLDL acima de 67 mg/dl

Quando os seus valores estão altos, o colesterol VLDL pode se depositar na parede das artérias e formar placas de gordura, bloqueando a circulação sanguínea. Em pessoas que são consideradas de alto risco cardiovascular esse processo pode levar a aterosclerose, aumentando assim o risco de infarto e derrames.

O colesterol VLDL é um tipo de gordura que transporta os triglicerídeos no sangue. Seu nome é uma sigla proveniente do inglês e significa "lipoproteína de muito baixa densidade" (Very Low Density Lipoprotein - VLDL).

Esse tipo de colesterol é considerado "ruim" devido à sua baixa densidade. Isso significa que o colesterol VLDL é "leve" e por isso "flutua" na superfície do sangue, o que favorece o seu acúmulo na parede interna das artérias.

Veja também: Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?

Os outros 2 tipos de colesterol são o LDL, também conhecido como "colesterol ruim" ou "mau colesterol" e o HDL, o chamado "bom colesterol".

Vale ressaltar que, mais importante do que verificar se os níveis de VLDL estão baixos ou altos, é observar a proporção de colesterol bom (HDL) em relação ao ruim (LDL). É essa diferença entre LDL e HDL que serve para calcular de fato o risco de doenças cardiovasculares.

Saiba mais em: Qual o risco de ter o Colesterol HDL (colesterol bom) abaixo do ideal?

Lembrando que o médico que solicitou o exame é o responsável por interpretar os resultados, conforme o exame clínico e o histórico do paciente.

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Qual a diferença entre colesterol VLDL, LDL e HDL?

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O que fazer no caso de colesterol alto?

Quais os sintomas do colesterol alto?

Não consigo aumentar nível das plaquetas. O que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem algumas formas de aumentar as plaquetas, mas o mais importante é definir junto com seu médico, qual a causa dessa plaqueta baixa e se existe necessidade de tratamento.

Alguns tipos de tratamentos utilizados na plaquetopenia (plaquetas abaixo de 150 mil), incluem:

  • Transfusão de plaquetas,
  • Corticoides,
  • Azatioprina,
  • Imunoglobulinas,
  • Plasmaférese, entre outros.

No caso do seu filho, provavelmente essa redução nos valores de plaquetas é justificada pelo uso crônico dos medicamentos anticonvulsivantes, uma causa comum de plaquetopenia, e nesses casos, se não há sinal de sangramento ou outros sinais de gravidade no exame físico e laboratorial dele, não deve ser feito nenhum tratamento, não há necessidade.

No entanto, se a causa não for a medicação, mas outro problema, o tratamento deverá ser cuidadoso e baseado na doença, para que não haja piora das plaquetas. Por exemplo, em casos de Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI), uma transfusão de plaquetas pode piorar o quadro clínico e reduzir ainda mais as plaquetas. Outras causas como doenças na medula óssea já podem ser uma indicação de transfusão.

Casos de tumores ou infecções podem ser necessários antibióticos, ou procedimentos cirúrgicos.

Apesar de sabermos que a alimentação balanceada é muito importante para o bom funcionamento do corpo e produção de plaquetas, não é possível elevar o nível das plaquetas apenas com os alimentos.

Portanto, o tratamento será sempre baseado na causa do problema e principalmente, se existe ou não a indicação de tratar essa pequena alteração. Pois, não é raro, pacientes em uso de medicamentos crônicos apresentarem as plaquetas na faixa de 100 mil, sem que cause qualquer mal à sua saúde.

Corticoide aumenta o número de plaquetas?

Sim. O uso de corticoide, com a dose adequada, definida pelo médico, de acordo com cada caso, podem aumentar a contagem de plaquetas, embora esse aumento possa ser passageiro.

O mais adequado é que consulte um/a médico/a hematologista para avaliar o caso do seu filho e indicar o tratamento mais adequado.

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Referências:

Donald M Arnold, et al.; Approach to the adult with unexplained thrombocytopenia. UpTodate: Jul 19, 2019.

Que exames servem para diagnosticar leucemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os exames que servem para diagnosticar leucemia são o hemograma (exame de sangue) e o exame da medula óssea (mielograma).

Porém, o diagnóstico da leucemia só é confirmado após o exame da medula óssea. O exame consiste na retirada de uma pequena quantidade do material esponjoso de dentro do osso e na análise das células ali encontradas.

Podem ainda ser necessários mais estudos para classificar a leucemia quanto ao seu subtipo e risco, como os exames de biologia molecular.

O tratamento da leucemia vai depender do tipo de leucemia, para onde a doença se espalhou, da idade da pessoa, bem como da presença de outros problemas de saúde. O tratamento pode incluir:

  • Quimioterapia: Grupo de medicamentos capazes de matar as células cancerosas;
  • Radioterapia: Radiação usada para destruir as células cancerígenas;
  • Transplante de medula óssea: O tratamento consiste na substituição das células da medula óssea mortas na quimioterapia ou radioterapia. A doação dessas células pode vir:
    • Do próprio paciente: Retiram-se as células da medula óssea do paciente antes do tratamento ser concluído e colocam-nas de volta depois de ter concluído o tratamento de quimioterapia ou radioterapia;
    • De pessoas relacionadas com o paciente, normalmente irmão de mesmo pai e mesma mãe, e cujo sangue seja correspondente ao dele;
    • De pessoas sem parentesco com o paciente, mas que têm sangue correspondente ao dele;
    • Do cordão umbilical de um bebê recém-nascido, desde que o sangue corresponda ao do paciente;
  • Cirurgia: O tratamento pode incluir a remoção cirúrgica do baço.

É importante lembrar que não existe maneiras de prevenir ou diagnosticar precocemente a leucemia.

Mesmo os casos crônicos da doença podem não manifestar sintomas. No hemograma verifica-se uma alteração no sangue, mas o paciente pode não apresentar nenhum sintoma.

O diagnóstico e tratamento da leucemia é da responsabilidade dos médicos hematologista e oncologista.

Saiba mais em:

Leucemia tem cura? Como é o tratamento?

Quais são os sintomas da leucemia?

O que é leucemia?

Quais são os valores de referência da hemoglobina glicada?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Os valores de referência para hemoglobina glicada dependem do paciente e do motivo pelo qual o médico o solicitou.

Para o diagnóstico de diabetes, consideram-se valores acima de 6,5%, confirmados em outra ocasião. Indivíduos com valores entre 5,7% e 6,4% são considerados de alto risco para o desenvolvimento de diabetes.

Para indivíduos já com diagnóstico de diabetes, a hemoglobina glicada pode ser utilizada para o seguimento do controle da doença, refletindo a média das glicemias nos últimos três meses. O valor de hemoglobina glicada mantido abaixo de 7% (método HPLC) protege contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (sequelas oculares e renais) e da neuropatia. Todavia, tendo em conta que a glicemia e os problemas vasculares têm uma correlação contínua, para uma boa parte dos pacientes é importante tentar alcançar o valor mais próximo da normalidade. No entanto deve se procurar não aumentar o número de episódios de hipoglicemia repetidos. O controle muito rígido pode não ser benéfico em todos os pacientes. Indivíduos com longa duração do diabetes, e/ou que tenham mantido mau controle glicêmico por longos períodos, assim como como aqueles que apresentam complicações crônicas já instaladas (alteração ocular, renal, aterosclerose, neuropatia), podem ter alvos de HbA1C menos rígidos (até 8%). 

O diagnóstico e seguimento do diabetes deve ser feito por médico clínico geral ou endocrinologista.