É recomendado esperar pelo menos 8 dias de atraso menstrual para fazer o exame de sangue beta-hCG. Isso porque só depois de 8 dias após a concepção os níveis do hormônio beta-hCG estão altos o suficiente para serem detectados no sangue.
O beta-hCG só é produzido pela mulher apenas durante a gravidez, por isso, quando o teste dá positivo é bem provável que a mulher esteja grávida. Porém, com um atraso menstrual pequeno, quando o teste dá resultado negativo, não necessariamente a mulher não está grávida. Isso pode ser devido ao fato de não ter elevado os níveis do hormônio beta-hCG ao ponto suficiente de ser detectado no exame. Por isso, nesses casos, é indicada a repetição do teste.
O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação. Por isso, nas primeiras semanas de gestação, ainda não há quantidade suficiente desse hormônio na circulação da mulher capaz de dar positivo o exame. Sendo assim, ela pode estar grávida e o exame beta-hCG ser negativo.
Quando há dúvidas quanto a uma possível gravidez, a mulher pode repetir o exame em alguns dias, aguardando um atraso menstrual maior e dando tempo do hormônio ser detectado no sangue ou na urina.
Em caso de atraso menstrual prolongado e teste beta-hCG negativo, a mulher deve procurar o/a médico/a para uma avaliação.
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O exame ELISA serve para detectar anticorpos específicos no sangue. O teste é utilizado para diagnosticar diversas doenças que promovem a produção de anticorpos, como doenças infecciosas (HIV, Doença de Chagas...), doenças autoimunes e ainda alergias.
A palavra ELISA vem do inglês Enzyme-Linked Immunosorbent Assay, que em português significa ensaio de imunoabsorção enzimática.
O exame é realizado mediante a fixação de um antígeno (vírus, por exemplo) numa superfície sólida. Depois, liga-se ao antígeno um anticorpo ligado a um marcador enzimático.
No caso do resultado ser positivo, a coloração do produto usado na placa de teste fica alterada.
ELISA serve para detectar HIV?Sim, o ELISA também é usado para detectar anticorpos anti-HIV no sangue. Portanto é um teste usado para saber se a pessoa está ou não infectada pelo HIV.
O teste ELISA procura os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico para combater a infecção pelo vírus HIV.
Contudo, como pode demorar semanas ou até meses para esses anticorpos estarem presentes em grandes quantidades no sangue, o ELISA pode dar falso negativo ou indeterminado se for feito logo nos primeiros dias ou semanas após a infecção.
Por isso, o teste ELISA não é considerado seguro para detectar uma infecção aguda pelo HIV. Para infecções agudas existem outros testes específicos capazes de rastrear o vírus.
Quanto tempo depois da infecção o ELISA detecta o HIV?O ELISA geralmente positiva após 1 a 3 meses da contaminação. Mesmo assim, para confirmar a infecção pelo HIV, é necessário realizar outro exame, mais específico, que pode ser o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para HIV-1 ou o Imunoblot.
Esse teste adicional é necessário porque o ELISA pode dar um resultado falso positivo se a pessoa for portadora de determinadas doenças, como artrite reumatoide, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer.
O teste de HIV pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), Hospitais e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
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Os valores de referência do exame T4 podem variar em função do método e reagente utilizado, portanto, esses valores devem estar claramente citados nos laudos de resultados de exames laboratoriais.
Recém-nascidos: 2,6 a 6,3 ng/dLAdultos: 0,8 a 2,7 ng/dL
O exame T4 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireóide, conhecido como tiroxina.
A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.
Resultado de HIV não reagente significa que o exame deu negativo para a pesquisa do vírus HIV.
Isso pode significar que você não apresenta o vírus HIV no seu organismo.
Alguns exames podem resultar em "falsos negativos", ou seja, apresentam um resultado não reativo (negativo), mas isso não significa ausência de doença. Isso pode ocorrer em estágios bem iniciais da doença ou na chamada "janela imunológica".
Saiba mais em:
O que é janela imunologica do hiv?
Todo exame deve ser apresentado ao médico que solicitou para que ele efetue a devida interpretação, correlacione com os aspectos clínicos da pessoa e dê sequência ao tratamento recomendado.
O vírus HIV pode ser transmitido a partir de relações sexuais desprotegidas (não usando preservativo), ao compartilhar agulhas e seringas contaminadas e instrumentos cortantes não esterilizados, em acidentes de trabalho dos profissionais de saúde, de mãe para filho e em transfusão de sangue.
Prevenir-se é a melhor forma de evitar a contaminação com o vírus do HIV.
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É possível saber o tipo sanguíneo através de exame de sangue (tipagem sanguínea), doação de sangue ou ainda consultando exames anteriores que tenham essa informação, como o teste de tipagem sanguínea do recém-nascido, realizado juntamente com o teste do pezinho.
1. Exame de tipagem sanguíneaO exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo é chamado de tipagem sanguínea. Para realizar o teste, basta dirigir-se a um hospital ou laboratório de análises clínicas que faça esse tipo de exame. O valor varia entre R$ 10,00 e R$ 25,00.
Também é possível realizar o exame de tipagem sanguínea gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O teste normalmente é solicitado para as gestantes durante o pré-natal. Contudo, qualquer pessoa pode fazer o exame, inclusive crianças, mas antes é necessário passar por uma consulta médica em uma Unidade Básica de Saúde.
Não é necessária nenhuma preparação para fazer o exame de tipagem sanguínea. A coleta de sangue pode ser feita por ordem de chegada ou agendada por telefone ou pessoalmente, dependendo do local.
2. Doação de sangueUma outra maneira de descobrir o tipo sanguíneo é doar sangue. A doação é gratuita e pode ser feita em unidades de coleta de sangue, como hemocentros e centros de hematologia. Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar mais de 50 kg.
Além disso, é preciso apresentar um documento original com foto expedido por órgão oficial, como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, entre outros. Pessoas com menos de 18 anos precisam de autorização por escrito dos responsáveis para poder doar sangue.
Em geral, o doador recebe um cartão ou uma carteirinha em que consta o seu tipo de sangue. Caso não tenha esse documento, ligue para o local e confirme se eles têm o seu cadastro com a informação sobre o tipo sanguíneo.
Indivíduos com febre, gripe, resfriado ou que tiveram diarreia recentemente, bem como gestantes e mulheres no pós-parto não podem doar sangue temporariamente. Em algumas situações específicas, o impedimento da doação é definitivo. São elas:
- Ter tido hepatite depois dos 11 anos de idade;
- Ter hepatite B, hepatite C, HIV/AIDS, doença de Chagas e doenças causadas pelo vírus HTLV I e II;
- Usar drogas injetáveis;
- Ter tido malária.
Existem ainda outras condições que impedem temporariamente a doação de sangue. Por isso, antes de se dirigir ao local, é recomendável ligar e confirmar se cumpre os requisitos para ser doador.
3. Resultado da tipagem sanguínea do recém-nascidoO teste de tipagem sanguínea é um dos exames realizados no recém-nascido logo após o nascimento e serve especificamente para determinar o tipo sanguíneo do bebê. A amostra de sangue usada para o teste é a mesma usada para o teste do pezinho.
O resultado do exame de tipagem sanguínea feito no recém-nascido fica registrado na maternidade, no prontuário do recém-nascido. Além disso, é entregue uma caderneta da criança com o resultado do exame. Assim, se a pessoa perder o exame, tem como verificar na maternidade o resultado.
Quais são os tipos sanguíneos?Os tipos sanguíneos são determinados pelo tipo de antígeno que os glóbulos vermelhos do sangue têm na sua superfície. Os antígenos são substâncias que ajudam o corpo a diferenciar entre suas próprias células e as que são estranhas ou potencialmente perigosas, desencadeando uma resposta imune no organismo. Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, AB e O. Cada grupo caracteriza-se pela presença de antígenos específicos:
- Sangue tipo A possui o antígeno A;
- Sangue tipo B tem o antígeno B;
- Sangue tipo AB possui os antígenos A e B;
- Sangue tipo O não possui o antígeno A nem B.
Contudo, para definir o tipo sanguíneo, é necessário também identificar a presença ou ausência do fator Rh:
- Rh positivo: pessoas apresentam antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh positivo (+);
- Rh negativo: pessoas que não têm antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh negativo (-).
Ao incluir o fator Rh, os 8 tipos sanguíneos mais prevalentes podem ser identificados: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.
Como saber se posso doar ou receber sangue pelo meu tipo sanguíneo?Tipo sanguíneo O: indivíduos tipo O podem doar sangue a qualquer pessoa, porque seu sangue não possui antígenos. Por isso, o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. No entanto, eles só podem receber sangue tipo O, já que um sangue com qualquer antígeno (A ou B) é reconhecido como estranho pelo organismo.
Embora o tipo O- tenha sido considerado o doador universal, pesquisas mais recentes sugerem que anticorpos adicionais às vezes estão presentes no sangue e podem causar reações graves durante uma transfusão.
Tipo sanguíneo A: pessoas com sangue tipo A podem doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Podem receber apenas sangue tipo A e tipo O.
Tipo sanguíneo B: pessoas do tipo sanguíneo B podem doar sangue para quem tem sangue tipo B e tipo AB. Podem receber sangue apenas dos tipos B e do tipo O.
Tipo sanguíneo AB: indivíduos do tipo AB podem doar sangue apenas para outros indivíduos do grupo AB. Podem receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O). Por isso, o tipo sanguíneo AB é chamado de “receptor universal”.
Uma vez que os tipos sanguíneos são ainda organizados pelo fator Rh, é fundamental também saber se você é Rh positivo ou Rh negativo.
Rh positivo: pessoas com sangue Rh positivo podem receber sangue Rh positivo e Rh negativo.
Rh-negativo: pessoas com sangue Rh negativo podem receber apenas sangue Rh negativo.
Por exemplo: quem tem tipo sanguíneo B+ só pode doar sangue para pessoas com sangue dos tipos B+ e AB+. Por outro lado, alguém com sangue B- pode doar para quem tem sangue tipo B-, B+, AB- e AB+.
Quais são os tipos sanguíneos mais comuns e mais raros?No Brasil, cerca de 90% da população tem tipo sanguíneo A e O. Os grupos sanguíneos B e AB são mais raros. Na Índia e no Japão, por outro lado, o tipo sanguíneo mais comum é o B.
Por que é importante saber meu tipo sanguíneo?A tipagem sanguínea é especialmente importante para mulheres grávidas. Se a mãe for Rh- e o pai for Rh+, a criança provavelmente será Rh+. Nesses casos, a mãe precisa receber um medicamento específico. Este medicamento impede o corpo da mulher de formar anticorpos que podem atacar as células sanguíneas do bebê
Nem todos os tipos de sangue são compatíveis, por isso é importante saber o seu tipo de sangue. Receber sangue incompatível com o seu tipo sanguíneo pode desencadear uma resposta imune perigosa, que pode levar à morte. Isso porque o sistema imunológico irá atacar e destruir os glóbulos vermelhos que formam esse sangue.
Para mais informações sobre como saber o seu tipo sanguíneo, consulte um médico clínico geral ou médico de família.
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O valor inferior a 11 UI/ml significa não reagente, provavelmente foi um teste pelo método Nefelometria, pois o teste de látex costuma dar valores em fração e não um número inteiro. Vale a pena conferir esse dado.
De qualquer forma, o exame foi solicitado por suspeita de alguma doença, a mais comum para essa solicitação, a artrite reumatoide. Podemos dizer que o exame foi negativo para essa pesquisa.
Entretanto, a resposta negativa de um único exame de fator reumatoide, não exclui definitivamente a possibilidade da doença, nem de uma artrite reumatoide ou outras doenças imunomediadas, como Sjögren ou Lúpus. Cerca de 20 a 25% dos casos de artrite reumatoide, apresentam o fator reumatoide negativo.
Portanto, o mais adequado é que leve o exame para o seu médico, que saberá interpretar o resultado junto com seu exame clínico e demais exames que tenha solicitado.
O que é o fator reumatoide?O fator reumatoide é um anticorpo contra IgG, que se unem, formam complexos imunomediados. Pode ser encontrado em diversas doenças, sobretudo nas articulações, aonde desenvolve as doenças reumatológicas. Esse fator está presente em mais de 80% dos casos de artrite reumatoide.
Contudo, pode ser encontrado também em casos de lúpus, Sjögren, vasculite, dermatomiosite e até em indivíduos saudáveis. Por isso é considerado um exame sensível, porém não tão específico para a doença artrite reumatoide.
Quais são os valores normais do fator reumatoide?O exame de fator reumatoide pode ser avaliado por 3 métodos, cada um com resultados específicos, conforme mais detalhado abaixo:
Método: Prova do látex. Título até 1/20 - não reagente, ou negativo;
Método: Reação de Waaler-Rose. Título até 1/16 - não reagente, ou negativo;
Método: Nefelometria. 0 a 29 Ul/ml: não reagente. 30 a 79 Ul/ml: fracamente reagente. Maior ou igual a 80 Ul/ml: reagente.
Reticulócitos são glóbulos vermelhos levemente imaturos. A contagem de reticulócitos é um exame de sangue que mede a quantidade dessas células no sangue. O exame de reticulócitos serve para determinar se os glóbulos vermelhos estão sendo produzidos pela medula óssea a uma taxa apropriada. O número de reticulócitos no sangue indica quão rapidamente eles estão sendo produzidos e liberados pela medula óssea.
A contagem de reticulócitos é realizada através da colheita de uma amostra de sangue e não é necessária nenhuma preparação especial para a realização do exame.
Em adultos saudáveis sem anemia, um resultado normal para a contagem de reticulócitos deve apresentar valores entre 0,5% e 2,5%. As faixas de valores normais podem variar um pouco entre os laboratórios, que podem utilizar medições diferentes ou analisar amostras diferentes.
Os valores normais do exame de reticulócitos depende do nível de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio. O intervalo entre os valores é maior se a hemoglobina estiver baixa devido a sangramentos ou destruição dos glóbulos vermelhos.
Reticulócitos altosUm nível de reticulócitos alto, com uma contagem acima dos valores normais, pode ser sinal de anemia hemolítica (tipo de anemia em que os glóbulos vermelhos são destruídos antes do tempo), sangramento, eritroblastose fetal (doença do sangue presente no feto ou em bebê recém-nascido) ou doença renal com aumento da produção do hormônio eritropoietina.
Níveis de reticulócitos aumentados também podem ser observados durante a gravidez.
Reticulócitos baixosReticulócitos baixos, com uma contagem de reticulócitos abaixo do normal, podem indicar a presença de:
- Insuficiência da medula óssea causada por toxicidade de certos medicamentos, tumores, radioterapia ou infecção;
- Cirrose hepática;
- Anemia causada por baixos níveis de ferro, folato ou vitamina B12;
- Insuficiência renal crônica.
O médico que solicitou o exame de reticulócitos é o responsável pela interpretação dos resultados do mesmo.
Sim, uma gripe pode baixar o nível de plaquetas no sangue. Doenças virais, como gripe, dengue, AIDS, hepatite C, febre amarela, entre outras, são causas comuns de plaquetas baixas (plaquetopenia) em adultos.
Porém, apesar das plaquetas poderem estar baixas na gripe, elas não ficam tão baixas como na dengue, por exemplo, em que a queda dos níveis de plaqueta é muito mais acentuada, e pode provocar sintomas como sangramentos ou hemorragias.
As plaquetas são as células do sangue responsáveis pela coagulação sanguínea. Se a contagem de plaquetas estiver muito baixa existe o risco de sangramento.
Diferentes doenças podem levar a plaquetopenia como púrpura trombocitopênica trombótica, púrpura trombocitopênica idiopática, vasculites, síndrome hemolítico-urêmica, aplasia de medula, entre outras, a realização de quimioterapia também pode baixar os níves de plaquetas.
Alguns fármacos também podem causar diminuição das plaquetas como os diuréticos tiazídicos, fármacos mielossupressores, anticonvulsivantes, heparina, entre outros.
Leia mais sobre o assunto em: Quais as causas de plaquetas baixas?
Esses sangramentos podem ser simples e ocorrer apenas no nariz e na gengiva, ou graves, sendo visíveis na urina, fezes e vômito, podendo levar à morte.
Casos de plaquetas baixas devem ser avaliados por um médico hematologista.
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