O uso de anticoncepcionais hormonais é geralmente a forma mais eficaz de reduzir ou parar a menstruação. Existem ainda outras opções como medicamento Primosiston® e a cirurgia definitiva de retirada do útero.
Portanto, as opções disponíveis são:
- Contraceptivos que contenham estrógeno e progestágeno na fórmula, seja comprimidos, anel vaginal ou adesivo transdérmico;
- Injeção de Medroxiprogesterona (Depo Provera®);
- Implante subcutâneo;
- DIU (dispositivo intra uterino) hormonal;
- Primosiston® e
- Cirurgia.
A avaliação e definição da melhor opção, para cada mulher, deve ser feita pelo ginecologista, de forma individual.
1. Anticoncepcionais hormonais
Os anticoncepcionais que contém apenas progestágeno também são capazes de suprimir a menstruação. Porém, nos primeiros meses de uso, pode apresentar sangramentos de escape como efeito colateral, os "spottings".
2. Injeção para progesterona
A injeção de medroxiprogesterona (Depo Provera®) é um contraceptivo muito utilizado por mulheres que não podem usar estrogênio, ou devido a praticidade de aplicar apenas a cada 3 meses.
3. Implante subcutâneo
O implante subcutâneo, que possui progesterona, também é uma opção para fazer parar a menstruação. Age liberando hormônio de forma lenta e contínua, com longa duração e alta confiabilidade.
O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.
4. DIU (Dispositivo Intra Uterino)
O DIU que liberta levonorgestrel pode suspender a menstruação e deve ser mantido por até 5 anos.
5. Primosiston®
Medicamento indicado principalmente para reduzir o sangramento vaginal. O medicamento deverá ser prescrito pelo médico, pois é necessário avaliar as indicações e contraindicações, além de orientar a forma de uso.
De qualquer forma, o sangramento será interrompido dentro de dias, e não imediatamente.
6. Cirurgia para parar de menstruar
A retirada do útero através de cirurgia, chamada histerectomia, interrompe de forma definitiva a menstruação e a vida reprodutiva da mulher. Por isso, deve ser muito bem avaliada e discutida com a família e o médico que a acompanha. A cirurgia pode ser indicada também na presença de patologias uterinas, que justifique a remoção do útero.
A opção de suspender a menstruação também é uma forma de tratamento para certas doenças, como mioma e endometriose.
No mioma, interromper a menstruação é benéfico para controlar o sangramento intenso. Na endometriose (presença de tecido do interior do útero fora da cavidade uterina), a suspensão da menstruação traz benefícios para a mulher, uma vez que durante o período menstrual a endometriose pode causar cólicas intensas, entre outros sintomas.
Outras medicações que podem interromper a menstruação como efeito colateral, são, por exemplo, o Danazol (análogos do hormônio de crescimento), antagonistas e moduladores do receptor de progesterona, entre outros. Porém, não são medicamentos usados com a finalidade exclusiva de suprimir a menstruação.
Tratamento caseiro para parar a menstruação
Não existem tratamentos caseiros, cientificamente comprovados, que ajudem a interromper a menstruação. Alguns tipos de chás, auxiliam na cólica e sintomas menstruais, no entanto, não conseguem interromper a descamação do útero, um processo natural do ciclo menstrual.
Em contrapartida, sabemos que certos chás têm a propriedade de aumentar a contração uterina, piorando o sangramento, por isso, mulheres grávidas ou em uso de anticoagulantes, não podem fazer uso desses chás.
Não use qualquer medicação ou produtos naturais para parar a menstruação, antes de conversar com o seu médico de família ou ginecologista.
Quando não devo parar a menstruação?
Vale lembrar que algumas mulheres não podem suspender a menstruação ou fazer uso de anticoncepcionais hormonais, devido aos riscos inerentes, são mulheres com:
- História de câncer de mama
- Câncer de mama na família (especialmente parentes de 1º e 2º grau)
- História de AVC (derrame cerebral)
- História de infarto do coração
- História de trombose ou tromboembolismo
- Portadora de enxaqueca moderada a grave
- Cirurgia grande recentemente, ou que permaneceram imobilizadas por muito tempo
- Problemas no fígado
- Hipertensão arterial não controlada.
O uso de anticoncepcionais hormonais apresenta algumas restrições e contraindicações, por isso deve ser pelo/a médico, ginecologista, clínico geral ou médico/a de família, após avaliação médica.
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