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O que fazer para parar a menstruação?

Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O uso de anticoncepcionais hormonais é geralmente a forma mais eficaz de reduzir ou parar a menstruação. Existem ainda outras opções como medicamento Primosiston® e a cirurgia definitiva de retirada do útero.

Portanto, as opções disponíveis são:

  • Contraceptivos que contenham estrógeno e progestágeno na fórmula, seja comprimidos, anel vaginal ou adesivo transdérmico;
  • Injeção de Medroxiprogesterona (Depo Provera®);
  • Implante subcutâneo;
  • DIU (dispositivo intra uterino) hormonal;
  • Primosiston® e
  • Cirurgia.

A avaliação e definição da melhor opção, para cada mulher, deve ser feita pelo ginecologista, de forma individual.

1. Anticoncepcionais hormonais

Os anticoncepcionais que contém apenas progestágeno também são capazes de suprimir a menstruação. Porém, nos primeiros meses de uso, pode apresentar sangramentos de escape como efeito colateral, os "spottings".

2. Injeção para progesterona

A injeção de medroxiprogesterona (Depo Provera®) é um contraceptivo muito utilizado por mulheres que não podem usar estrogênio, ou devido a praticidade de aplicar apenas a cada 3 meses.

3. Implante subcutâneo

O implante subcutâneo, que possui progesterona, também é uma opção para fazer parar a menstruação. Age liberando hormônio de forma lenta e contínua, com longa duração e alta confiabilidade.

O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.

4. DIU (Dispositivo Intra Uterino)

O DIU que liberta levonorgestrel pode suspender a menstruação e deve ser mantido por até 5 anos.

5. Primosiston®

Medicamento indicado principalmente para reduzir o sangramento vaginal. O medicamento deverá ser prescrito pelo médico, pois é necessário avaliar as indicações e contraindicações, além de orientar a forma de uso.

De qualquer forma, o sangramento será interrompido dentro de dias, e não imediatamente.

6. Cirurgia para parar de menstruar

A retirada do útero através de cirurgia, chamada histerectomia, interrompe de forma definitiva a menstruação e a vida reprodutiva da mulher. Por isso, deve ser muito bem avaliada e discutida com a família e o médico que a acompanha. A cirurgia pode ser indicada também na presença de patologias uterinas, que justifique a remoção do útero.

A opção de suspender a menstruação também é uma forma de tratamento para certas doenças, como mioma e endometriose.

No mioma, interromper a menstruação é benéfico para controlar o sangramento intenso. Na endometriose (presença de tecido do interior do útero fora da cavidade uterina), a suspensão da menstruação traz benefícios para a mulher, uma vez que durante o período menstrual a endometriose pode causar cólicas intensas, entre outros sintomas.

Outras medicações que podem interromper a menstruação como efeito colateral, são, por exemplo, o Danazol (análogos do hormônio de crescimento), antagonistas e moduladores do receptor de progesterona, entre outros. Porém, não são medicamentos usados com a finalidade exclusiva de suprimir a menstruação.

Tratamento caseiro para parar a menstruação

Não existem tratamentos caseiros, cientificamente comprovados, que ajudem a interromper a menstruação. Alguns tipos de chás, auxiliam na cólica e sintomas menstruais, no entanto, não conseguem interromper a descamação do útero, um processo natural do ciclo menstrual.

Em contrapartida, sabemos que certos chás têm a propriedade de aumentar a contração uterina, piorando o sangramento, por isso, mulheres grávidas ou em uso de anticoagulantes, não podem fazer uso desses chás.

Não use qualquer medicação ou produtos naturais para parar a menstruação, antes de conversar com o seu médico de família ou ginecologista.

Quando não devo parar a menstruação?

Vale lembrar que algumas mulheres não podem suspender a menstruação ou fazer uso de anticoncepcionais hormonais, devido aos riscos inerentes, são mulheres com:

  • História de câncer de mama
  • Câncer de mama na família (especialmente parentes de 1º e 2º grau)
  • História de AVC (derrame cerebral)
  • História de infarto do coração
  • História de trombose ou tromboembolismo
  • Portadora de enxaqueca moderada a grave
  • Cirurgia grande recentemente, ou que permaneceram imobilizadas por muito tempo
  • Problemas no fígado
  • Hipertensão arterial não controlada.

O uso de anticoncepcionais hormonais apresenta algumas restrições e contraindicações, por isso deve ser pelo/a médico, ginecologista, clínico geral ou médico/a de família, após avaliação médica.

Conheça mais sobre o assunto nos links: