Perguntar
Fechar

Perguntas Frequentes

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

A dor no pé da barriga pode ser causada por várias doenças e condições. Também chamada de dor pélvica ou dor no baixo ventre, é uma dor abdominal inferior, localizada abaixo do umbigo, que pode indicar um problema no trato urinário, nos órgãos reprodutivos ou no aparelho digestivo. O pé da barriga, baixo ventre ou pelve, é a região entre o abdômen e as coxas. Inclui a parte inferior do abdômen, a virilha e os órgãos genitais. Homens e mulheres podem sentir dor nessa parte do corpo.

Algumas causas de dores no pé da barriga, incluindo cólicas menstruais em mulheres, são normais e não são motivo de preocupação. Outras podem ser sérias e graves, necessitando de tratamento urgente e específico.

O que pode causar dor no pé da barriga? 1. Infecção do trato urinário

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário. Isso inclui uretra, bexiga, ureteres e rins. As infecções urinárias afetam sobretudo as mulheres, mas também podem ocorrer em homens. A bexiga costuma ser o órgão mais acometido, o que chamamos de cistite.

Os sinais e sintomas de infecção urinária incluem dor no pé da barriga, sensação de pressão ou peso no baixo ventre, urina turva, escura ou com mau cheiro, vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e dor ou ardência ao urinar.

A maioria das infecções urinárias afeta a bexiga. Além das infecções bacterianas, a cistite também pode ser causada por reação a medicamentos ou a produtos químicos, radioterapia e uso prolongado de cateter.

2. Infecção sexualmente transmissível

Uma infecção sexualmente transmissível é uma infecção transmitida por contato sexual. Dentre as mais comuns estão a clamídia e a gonorreia. Essas infecções são causadas por bactérias e geralmente aparecem juntas.

Em muitos casos, a gonorreia e a clamídia não causam sintomas, porém quando causam dor, nas mulheres a queixa é localizada no pé da barriga, especialmente ao urinar ou evacuar. Nos homens, a dor pode se localizar nos testículos.

Além da dor pélvica e da dor abdominal, os sintomas de uma infecção sexualmente transmissível podem incluir:

  • Secreção pela uretra
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Sangramentos entre os ciclos menstruais
  • Corrimento
  • Dor ou sangramento no reto
  • Pus na urina
  • Aumento da frequência urinária
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sensibilidade e inchaço nos testículos (homens)
3. Hérnia

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, que ocorre quando o intestino empurra o músculo abdominal e uma parte do órgão extravasa através de uma área enfraquecida do músculo.

As hérnias inguinais frequentemente afetam os homens. A hérnia pode ser sentida através de um caroço doloroso na porção inferior do abdômen ou na virilha. O caroço desaparece quando o indivíduo se deita e pode ser empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal.

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem dor no pé da barriga, que piora ao rir, tossir ou inclinar-se para frente. Outros sintomas são fraqueza na virilha, presença de protuberância que cresce lentamente na parede do abdômen (ou virilha) e sensação de plenitude (“barriga cheia”).

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio gastrointestinal que afeta o funcionamento do intestino grosso. A causa exata não está clara, mas parece estar relacionada a distúrbios psicológicos, associado a problemas nos músculos intestinais e presença de bactérias intestinais.

A síndrome do intestino irritável causa problemas digestivos, incluindo dores no pé da barriga, dor abdominal, cólicas, alteração no trânsito intestinal (diarreia / prisão de ventre), inchaço abdominal, gases e presença de muco branco nas fezes.

5. Apendicite

Apendicite é uma inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno saco em forma de dedo anexado à primeira parte do intestino grosso. Está localizado no lado inferior direito do abdômen, ou seja, no pé da barriga do lado direito.

A apendicite pode causar dor abdominal intensa, que geralmente começa no umbigo e depois irradia para a porção inferior direita do abdômen. A dor tende a piorar, especialmente ao tossir ou espirrar.

Os sintomas da apendicite incluem forte dor no pé da barriga do lado direito, perda de apetite, prisão de ventre, diarreia, náusea, vômito, inchaço abdominal, febre baixa e incapacidade de eliminar gases.

A apendicite é uma urgência cirúrgica! Na sua suspeita, procure imediatamente um atendimento médico.

6. Cálculo renal (pedra no rim)

Os cálculos renais são pedras formadas por depósitos minerais que se desenvolvem no trato urinário. As pedras podem se formar nos rins ou na bexiga. Também é possível que pequenas pedras nos rins entrem na bexiga.

Os cálculos renais e da bexiga nem sempre causam sintomas. Podem causar>

  • Dor abaixo do umbigo (dor pélvica, dor no baixo ventre ou no pé da barriga)
  • Dor nas laterais do tronco e nas costas (abaixo das costelas)
  • Dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Sangue ou escurecimento da urina
7. Aprisionamento do nervo pudendo

O nervo pudendo é o principal nervo pélvico. O aprisionamento do nervo pudendo ou neuralgia do pudendo ocorre quando o nervo pudendo está irritado ou danificado. O sintoma inicial é a dor pélvica constante, que pode piorar ao se sentar.

A dor no pé da barriga pode ser sentida em queimação, aperto, formigamento ou tipo "facadas". Outros sintomas incluem dormência, aumento da sensibilidade à dor na pelve, micção frequente, desejo repentino de urinar, dor durante as relações e disfunção erétil.

8. Aderência abdominal

As aderências abdominais são bandas fibrosas de tecido cicatricial que se formam no abdômen. As bandas podem se desenvolver entre as superfícies dos órgãos ou entre os órgãos e a parede abdominal. Essas aderências podem torcer, puxar ou pressionar os órgãos próximos, localizados na pelve.

Geralmente, a aderência abdominal ocorre em pessoas que fizeram cirurgia no abdômen. A maioria das aderências não causam sintomas. Contudo, quando presentes, causam dor abdominal que se espalha para o baixo ventre.

As aderências abdominais podem levar à obstrução intestinal. Nesses casos, além de causar dor no pé da barriga, pode haver inchaço abdominal, prisão de ventre, náusea, vômito, retenção de gases e interrupção dos movimentos intestinais.

O que pode causar dor no pé da barriga em homem?

A dor no pé da barriga em homem pode ser causada por problemas urinários, reprodutivos ou intestinais. Contudo, existem muitas causas possíveis para a dor no baixo ventre em homem. É importante observar outros sintomas, que podem ajudar a determinar a causa da dor.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata. A próstata é uma glândula que produz o líquido que compõe o sêmen. A prostatite pode ser causada por infecção bacteriana ou por danos nos nervos do trato urinário inferior. Às vezes, a inflamação não tem uma causa aparente.

Além de dor no pé da barriga, os sinais e sintomas da prostatite incluem:

  • Dor genital (pênis e testículos);
  • Dor abdominal ou na região lombar;
  • Dor entre o saco escrotal e o reto;
  • Sangue na urina;
  • Urina turva;
  • Micção frequente;
  • Dor ao urinar;
  • Ejaculação dolorosa;
  • Sintomas gripais (prostatite bacteriana).
Estenose uretral

Nos homens, a uretra é um tubo fino que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo, além de transportar o sêmen. A uretra pode desenvolver cicatrizes devido a inflamação, infecção ou lesão. As cicatrizes estreitam o tubo, o que reduz o fluxo de urina. Isso é chamado de estenose uretral.

A dor no pé da barriga é um sintoma comum da estenose uretral. Pode também haver dor ao urinar, urina com sangue ou escura, fluxo lento de urina, perda de urina, pênis inchado e sangue no sêmen.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, ou seja, não é um câncer. Uma próstata aumentada pode pressionar a uretra e a bexiga. Isso reduz o fluxo de urina e causa dor no pé da barriga e na pelve.

Outros sintomas da HPB incluem dor ao urinar, micção frequente (especialmente durante a noite), vontade constante de urinar, com sensação de esvaziamento incompleto, fluxo de urina fraco, urina com mau cheiro e dor após a ejaculação.

Síndrome da dor pélvica crônica

A síndrome da dor pélvica crônica é uma causa comum de dores no pé da barriga em homens. É frequentemente chamada de prostatite não bacteriana crônica, porque torna a próstata sensível, mas não é causada por bactérias.

A síndrome da dor pélvica crônica geralmente causa dor intermitente. Outros sintomas incluem dor na região lombar, dor nos órgãos genitais, micção frequente, dor ao urinar ou evacuar, piora da dor durante relações sexuais e disfunção erétil.

Síndrome da dor pós-vasectomia

A vasectomia é um método anticoncepcional definitivo masculino. Trata-se de um procedimento cirúrgico no qual o ducto deferente (tubos que transportam os espermatozoides) são cortados ou bloqueados. Até 2% dos homens que fazem vasectomia desenvolvem dor crônica. Isso é chamado de síndrome da dor pós-vasectomia.

A síndrome causa dor genital que se espalha para a pelve e para o abdômen. Outros sintomas incluem: dor durante a relação, na ereção e ejaculação, além de disfunção erétil.

O que pode causar dor no pé da barriga em mulheres?

Existem muitas causas de dor no pé da barriga em mulheres. A dor pélvica pode ser aguda ou crônica. Uma dor aguda refere-se a uma dor súbita ou nova. A dor crônica refere-se a uma condição duradoura, que pode permanecer constante ou ir e vir, há mais de 3 meses.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada, como clamídia ou gonorreia. As mulheres geralmente não apresentam sintomas quando são infectadas pela primeira vez.

Se não tratada, a DIP pode causar complicações sérias, incluindo dor crônica e intensa na pelve (pé da barriga) ou no abdômen. Outros sintomas podem incluir sangramento durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal intenso com odor desagradável, dificuldade ou dor para urinar.

A doença inflamatória pélvica requer atenção médica imediata para evitar complicações adicionais, como gravidez ectópica, cicatrizes nos órgãos reprodutivos, abscessos e infertilidade.

Endometriose

A endometriose pode ocorrer em qualquer mulher em idade reprodutiva. É causada pelo crescimento de tecido uterino fora do útero. Porém, esse tecido continua a agir da maneira que faria se estivesse dentro do útero, incluindo espessamento e descamação com sangramento durante a menstruação.

A endometriose geralmente causa graus variados de dor pélvica, que variam de leve a debilitante. Essa dor no baixo ventre costuma ser mais forte durante a menstruação. Também pode ocorrer durante a relação sexual e com os movimentos intestinais ou da bexiga. A dor geralmente é localizada no pé da barriga, mas pode se estender para o abdômen.

Além da dor pélvica, a endometriose também pode causar fluxos menstruais mais intensos, náusea e inchaço. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade.

Ovulação

Algumas mulheres experimentam dores no pé da barriga agudas e temporárias durante a ovulação, quando um óvulo é liberado de um ovário. Essas dores geralmente duram apenas algumas horas.

Menstruação

A dor pélvica pode ocorrer antes e durante a menstruação e é geralmente descrita como cãibras na pelve ou no pé da barriga. A intensidade da dor pode variar de mês para mês.

Além de dor no baixo ventre, a menstruação pode provocar inchaço, irritabilidade, insônia, ansiedade, aumento da sensibilidade das mamas, mudanças de humor, dor de cabeça e dor nas articulações. Esses sintomas geralmente desaparecem quando vem a menstruação.

A dor no pé da barriga durante a menstruação é chamada dismenorreia. Essa dor pode parecer com cãibras no abdômen ou se manifestar como uma dor persistente nas coxas e na região lombar. Pode ser acompanhada por náusea, dor de cabeça, tontura e vômito.

Torção ovariana

Se o ovário torcer repentinamente sobre o seu eixo, pode haver uma dor imediata, aguda e insuportável no pé da barriga. Às vezes, a dor pélvica é acompanhada de náusea e vômito. Essa dor também pode começar dias antes como cólicas intermitentes.

A torção ovariana é uma emergência médica que geralmente requer cirurgia imediata.

Cisto no ovário

Cistos no ovário geralmente não causam sintomas. Contudo, se forem grandes, a mulher pode sentir uma forte dor no quadrante inferior esquerdo ou direito do abdômen e dor abdominal difusa. Também pode haver inchaço e sensação de peso no baixo ventre. Se o cisto se romper, pode haver uma dor repentina e aguda no pé da barriga.

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores benignos do útero. Os sintomas variam de acordo com o tamanho e a localização, ou nem causam sintomas.

Porém, miomas grandes podem causar sensação de pressão ou dor abaixo do umbigo, sangramento durante a relação sexual, períodos menstruais intensos, problemas com a micção, dor na perna, prisão de ventre e dor nas costas. Miomas também podem dificultar uma gravidez.

Câncer ginecológico

O câncer ginecológico pode surgir no útero, no endométrio (camada interna do útero), no colo do útero ou nos ovários. Os sinais e sintomas variam, mas geralmente incluem dor abaixo da barriga ou dor abdominal difusa, dor durante a relação sexual e corrimento vaginal.

Síndrome de congestão pélvica

A síndrome de congestão pélvica caracteriza-se pelo desenvolvimento de varizes nos ovários. Ocorre quando as válvulas que normalmente mantêm o sangue fluindo na direção correta pelas veias não funcionam mais. Isso faz com que o sangue retorne nas veias, que incham.

A dor no pé da barriga é o principal sintoma da síndrome de congestão pélvica. A dor muitas vezes piora durante o dia, especialmente se a mulher estiver sentada ou em pé por muito tempo. Também pode haver dor durante a relação sexual e na época da menstruação.

Outros sintomas incluem diarreia, prisão de ventre, varizes nas coxas e dificuldade em controlar a micção.

Prolapso de órgão pélvico

Os órgãos pélvicos femininos permanecem no lugar devido a uma rede de músculos e outros tecidos que os sustentam. Devido ao parto e à idade, esses músculos podem enfraquecer e permitir que a bexiga e o útero caiam.

O prolapso de órgão pélvico pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Esta condição pode causar uma sensação de pressão ou peso no baixo ventre. A mulher também pode sentir um caroço saindo da vagina.

Gravidez

Dor no pé da barriga pode ser gravidez. A dor pélvica é comum durante a gestação. À medida que o corpo da mulher se ajusta e cresce, seus ossos e ligamentos se esticam. Isso pode causar dor ou desconforto.

Porém, uma dor pélvica na gravidez acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, ou se não desaparecer ou durar um longo período de tempo, deve ser avaliada pelo médico obstetra.

Algumas possíveis causas de dor no pé da barriga durante a gravidez incluem:

Contrações de Braxton-Hicks

Essas contrações ocorrem com mais frequência no 3º trimestre de gravidez, causando dores no pé da barriga. Elas podem ser provocados por esforço físico, movimentos do bebê ou desidratação.

As contrações de Braxton-Hicks não são uma emergência médica, mas a gestante deve informar o médico na próxima consulta pré-natal.

Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana de gestação. A maioria dos abortos ocorre durante o 1º trimestre, antes da 13ª semana de gravidez. Eles são frequentemente acompanhados por: Sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores no pé da barriga, dor abdominal ou na região lombar e fluxo de fluidos ou tecidos pela vagina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto que ocorre antes da 37ª semana de gravidez é considerado trabalho de parto prematuro. Os sintomas incluem:

  • Dor abaixo do umbigo, que pode parecer contrações agudas e cronometradas;
  • Dor na região lombar;
  • Fadiga;
  • Corrimento vaginal mais intenso que o normal;
  • Cãibras no estômago com ou sem diarreia;
  • Saída do tampão mucoso;
  • Febre (se o parto estiver sendo causado por uma infecção).
Descolamento da placenta

A placenta se forma e se liga à parede uterina no início da gravidez. Ela foi projetada para fornecer oxigênio e nutrir o bebê até o momento do parto. Em situações raras, a placenta se descola parcialmente ou totalmente da parede do útero.

O descolamento da placenta pode causar sangramento vaginal, acompanhado por súbitas sensações de dor ou sensibilidade no abdômen ou nas costas. É mais comum no 3º trimestre, mas pode ocorrer a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre se um óvulo fecundado se implantar em uma das trompa ou em outra parte do aparelho reprodutivo que não seja o útero. Esse tipo de gravidez nunca é viável e pode resultar em ruptura da trompa de Falópio e sangramento interno, com risco de morte para a mãe.

Os principais sintomas são a dor aguda e intensa no pé da barriga e o sangramento vaginal. A dor pode ocorrer no abdômen ou na pelve, pode irradiar para o ombro ou pescoço se houver sangramento interno e o sangue se acumular sob o diafragma.

Em caso de dor no pé da barriga intensa ou que não passa, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas, procure um atendimento de emergência para avaliação.

Saiba mais em:

O que é a síndrome do intestino irritável?

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer

As 5 principais causas de dor abaixo do umbigo e o que fazer

Sou‌ ‌mulher‌ ‌e‌ ‌estou‌ ‌com‌ ‌dor‌ ‌na‌ ‌virilha.‌ ‌O‌ ‌que‌ ‌pode‌ ‌ser?‌

Minha barriga está dolorida quando aperto. O que pode ser?

O que pode causar dor no pé da barriga e corrimento?

Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Tomar anticoncepcional durante muito tempo faz mal?

Não, tomar anticoncepcional durante muito tempo não faz mal à saúde. Se a mulher estiver bem adaptada à pílula, não sofrer efeitos colaterais e tomar o anticoncepcional com acompanhamento do seu médico de família ou ginecologista, ela pode usar o medicamento continuamente, pelo tempo que quiser e sem necessidade de trocar de pílula.

Porém, apesar do anticoncepcional ser seguro, o seu uso por tempo prolongado produz um pequeno aumento da pressão arterial, que volta ao normal com a suspensão do medicamento.

Por essa razão, recomenda-se que mulheres hipertensas utilizem um método contraceptivo não-hormonal, pois mesmo um pequeno aumento da pressão arterial pode ser prejudicial para quem tem hipertensão.

Também se sabe que o risco de trombose em usuárias de anticoncepcionais orais é quatro vezes maior quando comparadas com mulheres que não tomam a pílula.

Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Apesar de alguns riscos, que são avaliados pelo médico de acordo com a história clínica de cada paciente, o anticoncepcional pode trazer alguns benefícios para algumas mulheres, como:

  • Prevenção de câncer de ovário e de útero;
  • Diminuição do fluxo menstrual, das cólicas e da TPM.
Tomar anticoncepcional por muito tempo dificulta a gravidez?

Não, o uso contínuo de anticoncepcional não dificulta a gravidez. A ideia de que tomar anticoncepcional por muito tempo seguido pode causar infertilidade está associada à chamada síndrome pós-pílula, que ocorre quando a mulher deixa de tomar e a menstruação não desce.

Saiba mais em: Dúvidas sobre Anticoncepcional

Como ela não menstrua, acha que deixou de ovular e ficou infértil por causa do anticoncepcional. Contudo, na grande maioria dos casos, esse problema se resolve espontaneamente em até 6 meses.

A síndrome pós-pílula também não está relacionada com o tempo que a mulher tomou a pílula, mas sim com o comportamento do seu organismo em relação ao medicamento.

Para maiores esclarecimentos sobre os riscos e benefícios do uso de anticoncepcional oral, consulte um médico ginecologista ou médico de família.

Leia também: A menstruação vai continuar regulada se eu parar de tomar anticoncepcional?

O hímen pode se fechar depois de algum tempo sem ter relações sexuais?

Quando a mulher já iniciou sua atividade sexual, o hímen não se fecha ao passar um tempo sem ter relações sexuais.

O hímen é uma membrana que recobre o introito vaginal. Com o início da atividade sexual, essa membrana se rompe e torna-se mais fina até ficar imperceptível. Depois da ruptura, o hímen não se reconstitui novamente. Ou seja, uma vez que perde a membrana, a mulher ficará sem essa membrana.

A vagina é composta por músculos que são elásticos e podem se adaptar com o alargamento e abertura durante a relação sexual, bem como com o relaxamento e fechamento  em momentos sem relação. Por isso, quando se passa um tempo sem ter relações sexuais, a mulher pode sentir e perceber que sua vagina está mais fechada. Porém, essa sensação é brevemente adaptada com o início da relação.

Portanto, a sensação de hímen fechado depois de algum tempo sem ter relações sexuais se deve à elasticidade dos músculos da vagina e não ao fechamento do hímen.

Leia também: O que é hímen complacente?

Penicilina e amoxicilina são a mesma coisa?

Penicilina e Amoxicilina são antibióticos usados para tratar infecções causadas por bactérias.

A penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto e continua sendo útil para combater várias bactérias. A penicilina é classificada em vários tipos: primeira, segunda, terceira e quarta geração. A penicilina mais conhecida é a Benzetacil® (Penicilina Benzatina) que é usada na forma de injeção intramuscular geralmente nas nádegas.

Para que serve a penicilina?

A Amoxicilina é uma medicação derivada da penicilina, classificada como de segunda geração pois é capaz de combater um espectro maior de bactérias. Portanto, quem possui alergia às penicilinas não deve usar amoxicilina na mesma. Ela é disponível em comprimido ou xarope (suspensão oral). As infecções mais comuns tratadas com amoxicilina são: otite (infecção de ouvido), de garganta, de pele, de dente, de urina, pneumonia e erradicação do H. pylori no estômago. 

Por isso, apesar de terem composições equivalentes, as duas medicações são usadas com finalidades distintas a depender da doença em questão (pois uma pode ser mais específica para determinada doença do que a outra) e da forma de administração (injeção, comprimido, líquido).

O/a médico/a saberá indicar a melhor opção de acordo com a infecção do/a paciente.

Atraso menstrual seguido de sangramento é sinal de gravidez?

Na verdade um pequeno sangramento no meio do ciclo seguido de atraso menstrual é mais indicativo de gravidez. No seu caso o atraso não é significativo (inferior a 15 dias) e houve menstruação (ou  sangramento), o fato de ter vindo pouco pode ser relevante. Se há suspeita de estar grávida faça o exame, somente assim terá certeza.

Meu Gama-GT deu 124, gostaria de saber se já é preocupante?

Qualquer alteração de gama gt é preocupante, não necessariamente grave, mas preocupa sim, você deve tomar medidas para reduzir esse nível de gama gt, como por exemplo reduzir o número de medicamentos que usa ao mínimo necessário. Porque é preocupante? Porque com o tempo pode danificar seu fígado de forma permanente e irreversível.

Qual a diferença de fazer o preventivo e a transvaginal?

O exame preventivo e a ultrassonografia transvaginal possuem funções diferentes e podem se complementar.

O exame preventivo é realizado com objetivo de identificar alterações nas células do colo do útero e vagina para detectar precocemente lesões ou doenças como câncer do colo do útero. O exame é feito com a raspagem superficial de secreções vaginais e do colo do útero que o/a profissional coloca em uma lâmina. Essa lâmina irá para avaliação em laboratório e após alguns dias o resultado é acessível.

A ultrassonografia transvaginal serve para avaliar órgãos e estruturas pélvicas da mulher como útero, endométrio, ovários, trompas uterinas, etc. É um exame de imagem em que, através de um aparelho, o/a médico/a visualiza de imediato normalidades ou possíveis alterações nessa região.

Por essa razão, os dois exames são diferentes e servem para propósitos distintos. O resultado dos exames podem complementar a decisão clínica do/a médico/a.

Quais as chances de contrair HIV se a camisinha estourar e ocorrer lesão no pênis?

As chances de se contrair HIV se a camisinha estourar existem sempre, independentemente, de haver ou não uma lesão visível no pênis. Porém, no caso específico do seu amigo, se houve uma lesão visível no pênis, mesmo que não tenha sangrado, o risco de contrair HIV aumenta.

O mais indicado nessas situações é procurar um médico o mais rápido possível (máximo 72 horas) para iniciar o PEP (profilaxia pós-exposição), que evita a infecção definitiva pelo HIV.

Mesmo assim, o risco de ser infectado pelo HIV numa relação sem preservativo ou em que o mesmo se rompa, não é de 100%. Esse risco depende de vários fatores. Primeiro, se a outra pessoa tem ou não o vírus. Se ela não tiver HIV, a chance de infecção é de 0%.

Por outro lado, se a outra pessoa for portadora do vírus HIV e a camisinha se romper, o risco de contaminação depende muito da carga viral (quantidade de vírus) que ela tem no organismo. Quanto mais alta, maior é a chance de contrair o HIV. Além disso, hoje já se sabe que pessoas em tratamento com carga viral indetectável por mais de 6 meses praticamente não transmitem o vírus.

Vale ainda lembrar que o risco de transmissão é maior no sexo anal, principalmente se for receptivo, do que no sexo vaginal. Sexo oral apresenta risco de transmissão baixíssimo, sendo que para a pessoa que recebe sexo oral não há risco.

Caso tenha dúvidas sobre a transmissão do HIV, ou tenha entrado em situação de exposição ao vírus consulte um médico.

Saiba mais sobre o que é PEP?

O que é gastrite enantematosa?

Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, pode ser aguda ou crônica. Pode estar associada a diversos fatores:

  • infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que também está associada a formação de úlceras gástricas;
  • uso de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e prednisona;
  • consumo de bebidas alcoólicas;
  • inflamação auto-imune da mucosa estomacal.

Os sintomas de gastrite são:

  • dor e queimação na "boca do estômago";

  • azia;

  • perda do apetite;

  • náuseas e vômitos;

  • distensão da "boca do estômago";

  • sensação de saciedade precoce;

  • sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).

O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta.

O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas (pangastrite, quando acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete o corpo do estômago; gastrite de antro, quando acomete o antro). Pela endoscopia, a gastrite pode ser classificada em leve, moderada ou grave, conforme o grau de acometimento da mucosa visto ao exame (classificação de Sidney), que considera os seguintes sinais: edema, enantema, exsudato e erosão.

O seguimento deve ser feito por médico clínico geral ou gastroenterologista.

Qual o tratamento para Hifas Septadas?

As hifas septadas são estruturas características de alguns fungos que os são agentes causadores de micoses como em lesões superficiais na pele e unhas, ou ainda, doenças no organismo (sistêmicas). O seu tratamento baseia-se no uso de antifúngicos que  podem ser de uso local (pomadas ou cremes), de uso oral (comprimidos ou cápsulas) ou por aplicação venosa, feita em hospitais. Os medicamentos à base de sulfas e iodeto de potássio também podem ser usados em alguns casos.

Alguns tipos de micoses que apresentam hifas septadas:

  • a pitiríase versicolor ocorre na pele, com manchas descamativas, mais escuras ou sem cor, presentes na face, pescoço e tórax, 
  • a tínea nigra ocorre na pele, com manchas amarronzadas na palma das mãos e plantas dos pés,
  • as onicomicoses que atingem as unhas,
  • as interdigitais que atingem a região entre os dedos dos pés (frieira),
  • a esporotricose que atinge a região abaixo da pele (subcutânea),
  • as micoses oculares que atinge as estruturas do olho, como canais lacrimais, conjuntiva e córnea,
  • a aspergilose, coccidioidomicose e paracoccidioidomicose, que surgem geralmente devido à problemas na imunidade do organismo, podem atingir vários locais no corpo, como os pulmões e cérebro.

Leia também: Como curar frieiras?

O tratamento para as infecções por fungos pode ser demorado e deve ser seguido até a resolução do problema. O dermatologista ou infectologista são os especialistas a serem consultados nessas situações.

Tomar antibiótico com paracetamol faz mal?

Não. Tomar antibiótico com paracetamol não faz mal.

Paracetamol é um analgésico e antitérmico, ou seja, indicado para aliviar dores e febre. O antibiótico é uma medicação que trata infecção (geralmente causada por bactérias ou fungos). No início do tratamento com antibiótico ainda é comum ter febre e dores, por isso pode usar o paracetamol ou outro equivalente em associação com o antibiótico.

O paracetamol tem um grande potencial de causar problemas no fígado, por isso é preciso cuidado com relação ao uso junto com álcool e outras drogas (como a Isoniazida usada para tratar a tuberculose).

Use medicação apenas com indicação médica.

Leia também:

Posso tomar antibiótico com o estômago vazio?

Posso tomar antibiótico antes de uma cirurgia?

O que é miométrio heterogêneo?

Miométrio heterogêneo é um miométrio que não é uniforme em toda a sua extensão, o que sugere a presença de mioma ou adenomiose. O miométrio é a camada mais grossa do útero, formada por músculos, enquanto que o endométrio (camada interna) e o perimétrio (camada externa) são bem mais finos.

A adenomiose é a invasão do endométrio no miométrio. Trata-se da presença de tecido endometrial na parte muscular do útero, o que provoca um aumento do órgão.

Nesses casos, o miométrio apresenta-se heterogêneo durante o exame de ultrassom, podendo ter também pequenos cistos. Há também espessamento ou irregularidades na área de junção entre as duas camadas do útero, o que é um forte indício de adenomiose.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico ginecologista.

Leia também: O que é adenomiose e quais os sintomas?