Radiografia dos pulmões identificou ateromatose da aorta. É grave? O que fazer?
Ateromatose da aorta é uma doença caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede da artéria aorta, que diminui o seu calibre e como consequência reduz também a chegada de sangue aos tecidos irrigados por ela.
Trata-se de um processo difuso, que acomete simultaneamente várias artérias do corpo, inclusive a aorta.
Apesar do desenvolvimento da ateromatose ser lento e progressivo, a doença pode tornar-se grave se o processo não for interrompido, uma vez que a obstrução da artéria pode provocar a morte dos tecidos alimentados por ela.
Além disso, a ateromatose deixa a superfície interna da artéria irregular, o que facilita a coagulação sanguínea nesse local.
Esse coágulo pode se desprender e provocar uma trombose, levando ao entupimento agudo da artéria, com isquemia (sofrimento) ou necrose (morte) dos tecidos.
Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), embolia pulmonar, acidente vascular cerebral ("derrame"), são algumas dessas consequências.
Os fatores de risco para o desenvolvimento da ateromatose são:
- Idade entre 50 e 70 anos;
- Sexo masculino;
- Dislipidemia (níveis elevados de colesterol e triglicerídeos);
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Sedentarismo;
- História familiar.
É importante lembrar que para que os primeiros sintomas causados pela falta de sangue apareçam, é preciso que cerca de 75% do calibre da artéria seja obstruído. Portanto, quanto antes a ateromatose for diagnosticada, melhor o prognóstico.
O que se deve fazer, uma vez detectado o problema, é deter a doença para impedir as suas manifestações, através do controle dos fatores de risco, ou seja, deixando de fumar, mantendo o peso dentro da normalidade, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos, a hipertensão, o diabetes, entre outros.
O diagnóstico da ateromatose pode ser feito por qualquer médico/a e, normalmente deve ser acompanhado pelo/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.