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O que é refluxo e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago. O refluxo é o resultado do mau funcionamento da válvula que fica entre o esôfago e o estômago, a qual não se fecha adequadamente, permitindo que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago.

Dentre os sintomas do refluxo gastroesofágico, a principal manifestação é a azia. A azia se caracteriza pela sensação de "queimação" no meio do peito e no pescoço. Em geral, esse sintoma surge após as refeições e tende a piorar se a pessoa se deitar ou se inclinar para frente.

Os sintomas do refluxo gastroesofágico podem incluir além da azia:

  • Rouquidão pela manhã;
  • Dificuldade para engolir;
  • Sensação de aperto na garganta, como se tivesse com comida entalada;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Mau hálito;
  • Gengivite (inflamação da gengiva);
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Vômitos com sangue.

Em alguns casos a doença pode complicar com a formação de úlceras, estreitamento do esôfago e alterações na mucosa do esôfago, o que eleva o risco de desenvolver um tumor nesse local.

O refluxo gastroesofágico é uma doença crônica que necessita de um tratamento prolongado para prevenir novos episódios ou lesões no esôfago, como a esofagite (inflamação do esôfago).

Em quadros mais graves de esofagite, pode haver necessidade de um monitoramento mais frequente, com tratamento medicamentoso ou cirurgia. É importante ressaltar que, se não for devidamente tratado, o refluxo pode causar esofagite erosiva, com risco elevado de progredir para câncer de esôfago.

Contudo, na maioria dos casos, o refluxo é uma condição benigna, que pode ser facilmente controlada com o tratamento adequado.

O que é refluxo laringofaríngeo e quais são os sintomas?

O refluxo laringofaríngeo ocorre durante o refluxo gastroesofágico, quando a secreção ácida do estômago chega até à garganta ou ao nariz. Os sintomas do refluxo laringofaríngeo são:

  • Garganta irritada;
  • Queimação e secura na garganta;
  • Rouquidão e tosse, principalmente pela manhã.
Quais os sintomas do refluxo em bebês?

O refluxo gastroesofágico em bebês é bastante comum e faz parte do desenvolvimento gástrico infantil. Ocorre devido à imaturidade do sistema digestivo e geralmente desaparece quando o bebê completa 1 ano de idade.

No entanto, se o refluxo do bebê não melhorar depois dos 6 meses de vida, passa a ser considerado uma doença e se caracteriza por sintomas como:

  • Dificuldade em ganhar peso ou perda de peso;
  • Interrupção do crescimento;
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Apneias (interrupções da respiração).
O que causa refluxo gastroesofágico?

O consumo de alimentos ou bebidas que agridem a parede do esôfago ou estômago, como produtos derivados do tomate, sucos cítricos ou ácidos (limão, abacaxi, kiwi, laranja, morango), bebidas com cafeína (café, chá preto, chá mate) e bebidas alcoólicas.

O tabagismo, o uso de certos medicamentos (nitratos, estrógenos, pílula anticoncepcional, entre outros) e o próprio conteúdo gástrico ácido também podem agredir as mucosas e provocar o refluxo.

Se a pessoa for portadora de uma hérnia de hiato (extravasamento de uma parte do estômago para a cavidade torácica), o esfíncter ("válvula") que fica entre o esôfago e o estômago pode sofrer uma disfunção, causando refluxo. Devido a isso, a presença simultânea de hérnia de hiato e refluxo é muito comum.

O refluxo gastroesofágico também pode ter como causa o aumento da pressão dentro do abdômen, que ocorre com o uso de roupas apertadas, em casos de gestação, obesidade, tosse, prisão de ventre e exercícios físicos súbitos e intensos.

Qual é o tratamento para refluxo gastroesofágico?

O tratamento para refluxo gastroesofágico é feito com medicamentos que controlam a secreção de ácido pelo estômago (inibidores da bomba de prótons) e cuidados gerais para diminuir a passagem de conteúdo gástrico para o esôfago. A cirurgia é uma opção menos frequente, mas quando indicada é realizada por via laparoscopia.

Medidas gerais extremamente úteis e portanto, estão incluídas no tratamento do refluxo, são elas:

  • Se alimentar mais vezes e em menor quantidade;
  • Acompanhamento com nutricionista para orientações alimentares específicas;
  • Evitar bebidas com gás, bebidas alcoólicas ou com cafeína;
  • Esperar pelo menos duas horas para se deitar após alimentação;
  • Não fumar;
  • Manter o peso adequado;
  • Evitar roupas apertadas;
  • Evitar atividades que aumentem a pressão abdominal, especialmente após comer;
  • Elevar a cabeceira da cama pelo menos 15 centímetros.

A presença dos sintomas de refluxo, seja gastroesofágico ou laringofaríngeo, mais de uma vez por semana, sinaliza um problema, portanto é recomendado procurar o quanto antes uma consulta com médico/a gastroenterologista para avaliação do caso.

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Mesigyna engorda?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O Mesigyna é um anticoncepcional hormonal injetável que pode contribuir para a retenção de líquidos em algumas pessoas e, com isso, levar à um aumento do peso. Embora outras causas para o ganho de peso com o uso do Mesigyna estejam sendo investigadas sem comprovação científica ainda, na prática, isso é observado com frequência.

Mesigyna deve ser aplicado mensalmente, por injeção intramuscular profunda, de preferência nas nádegas. Sua ação hormonal impede a ovulação da mulher e a gravidez.  A primeira aplicação deve ser realizada no 1º dia da menstruação e depois, a cada mês, do 27º dia do ciclo até o 33º dia, no máximo.

O ginecologista deve ser consultado sempre que houver problemas em relação ao uso dos anticoncepcionais, como no caso do ganho de peso.

É normal a gente ficar menstruada mais de 8 dias?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quando a mulher tem 8 ou mais dias de sangramento, sendo que nos últimos dias esse sangramento é em pequena quantidade, apenas com borrões de sangue, isso pode ser normal. Porém, um sangramento menstrual intenso por mais de 8 dias não é normal.

Em geral, a menstruação dura entre 2 a 7 dias.

O aspecto dosangramento menstrual pode ser variávelao longo dos dias, podendo ter a coloração vermelho vivo nos primeiros dias chegando a tonalidades amarronzadas nos últimos dias.

A mulher deve observar essas e outras características do sangramento como: coloração do sangue, presença de coágulos e quantidade do sangue.

A presença de um sangramento menstrual prolongado deve ser investigado pelo/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

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Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga pode ser causada por várias doenças e condições. Também chamada de dor pélvica ou dor no baixo ventre, é uma dor abdominal inferior, localizada abaixo do umbigo, que pode indicar um problema no trato urinário, nos órgãos reprodutivos ou no aparelho digestivo. O pé da barriga, baixo ventre ou pelve, é a região entre o abdômen e as coxas. Inclui a parte inferior do abdômen, a virilha e os órgãos genitais. Homens e mulheres podem sentir dor nessa parte do corpo.

Algumas causas de dores no pé da barriga, incluindo cólicas menstruais em mulheres, são normais e não são motivo de preocupação. Outras podem ser sérias e graves, necessitando de tratamento urgente e específico.

O que pode causar dor no pé da barriga?1. Infecção do trato urinário

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário. Isso inclui uretra, bexiga, ureteres e rins. As infecções urinárias afetam sobretudo as mulheres, mas também podem ocorrer em homens. A bexiga costuma ser o órgão mais acometido, o que chamamos de cistite.

Os sinais e sintomas de infecção urinária incluem dor no pé da barriga, sensação de pressão ou peso no baixo ventre, urina turva, escura ou com mau cheiro, vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e dor ou ardência ao urinar.

A maioria das infecções urinárias afeta a bexiga. Além das infecções bacterianas, a cistite também pode ser causada por reação a medicamentos ou a produtos químicos, radioterapia e uso prolongado de cateter.

2. Infecção sexualmente transmissível

Uma infecção sexualmente transmissível é uma infecção transmitida por contato sexual. Dentre as mais comuns estão a clamídia e a gonorreia. Essas infecções são causadas por bactérias e geralmente aparecem juntas.

Em muitos casos, a gonorreia e a clamídia não causam sintomas, porém quando causam dor, nas mulheres a queixa é localizada no pé da barriga, especialmente ao urinar ou evacuar. Nos homens, a dor pode se localizar nos testículos.

Além da dor pélvica e da dor abdominal, os sintomas de uma infecção sexualmente transmissível podem incluir:

  • Secreção pela uretra
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Sangramentos entre os ciclos menstruais
  • Corrimento
  • Dor ou sangramento no reto
  • Pus na urina
  • Aumento da frequência urinária
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sensibilidade e inchaço nos testículos (homens)
3. Hérnia

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, que ocorre quando o intestino empurra o músculo abdominal e uma parte do órgão extravasa através de uma área enfraquecida do músculo.

As hérnias inguinais frequentemente afetam os homens. A hérnia pode ser sentida através de um caroço doloroso na porção inferior do abdômen ou na virilha. O caroço desaparece quando o indivíduo se deita e pode ser empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal.

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem dor no pé da barriga, que piora ao rir, tossir ou inclinar-se para frente. Outros sintomas são fraqueza na virilha, presença de protuberância que cresce lentamente na parede do abdômen (ou virilha) e sensação de plenitude (“barriga cheia”).

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio gastrointestinal que afeta o funcionamento do intestino grosso. A causa exata não está clara, mas parece estar relacionada a distúrbios psicológicos, associado a problemas nos músculos intestinais e presença de bactérias intestinais.

A síndrome do intestino irritável causa problemas digestivos, incluindo dores no pé da barriga, dor abdominal, cólicas, alteração no trânsito intestinal (diarreia / prisão de ventre), inchaço abdominal, gases e presença de muco branco nas fezes.

5. Apendicite

Apendicite é uma inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno saco em forma de dedo anexado à primeira parte do intestino grosso. Está localizado no lado inferior direito do abdômen, ou seja, no pé da barriga do lado direito.

A apendicite pode causar dor abdominal intensa, que geralmente começa no umbigo e depois irradia para a porção inferior direita do abdômen. A dor tende a piorar, especialmente ao tossir ou espirrar.

Os sintomas da apendicite incluem forte dor no pé da barriga do lado direito, perda de apetite, prisão de ventre, diarreia, náusea, vômito, inchaço abdominal, febre baixa e incapacidade de eliminar gases.

A apendicite é uma urgência cirúrgica! Na sua suspeita, procure imediatamente um atendimento médico.

6. Cálculo renal (pedra no rim)

Os cálculos renais são pedras formadas por depósitos minerais que se desenvolvem no trato urinário. As pedras podem se formar nos rins ou na bexiga. Também é possível que pequenas pedras nos rins entrem na bexiga.

Os cálculos renais e da bexiga nem sempre causam sintomas. Podem causar>

  • Dor abaixo do umbigo (dor pélvica, dor no baixo ventre ou no pé da barriga)
  • Dor nas laterais do tronco e nas costas (abaixo das costelas)
  • Dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Sangue ou escurecimento da urina
7. Aprisionamento do nervo pudendo

O nervo pudendo é o principal nervo pélvico. O aprisionamento do nervo pudendo ou neuralgia do pudendo ocorre quando o nervo pudendo está irritado ou danificado. O sintoma inicial é a dor pélvica constante, que pode piorar ao se sentar.

A dor no pé da barriga pode ser sentida em queimação, aperto, formigamento ou tipo "facadas". Outros sintomas incluem dormência, aumento da sensibilidade à dor na pelve, micção frequente, desejo repentino de urinar, dor durante as relações e disfunção erétil.

8. Aderência abdominal

As aderências abdominais são bandas fibrosas de tecido cicatricial que se formam no abdômen. As bandas podem se desenvolver entre as superfícies dos órgãos ou entre os órgãos e a parede abdominal. Essas aderências podem torcer, puxar ou pressionar os órgãos próximos, localizados na pelve.

Geralmente, a aderência abdominal ocorre em pessoas que fizeram cirurgia no abdômen. A maioria das aderências não causam sintomas. Contudo, quando presentes, causam dor abdominal que se espalha para o baixo ventre.

As aderências abdominais podem levar à obstrução intestinal. Nesses casos, além de causar dor no pé da barriga, pode haver inchaço abdominal, prisão de ventre, náusea, vômito, retenção de gases e interrupção dos movimentos intestinais.

O que pode causar dor no pé da barriga em homem?

A dor no pé da barriga em homem pode ser causada por problemas urinários, reprodutivos ou intestinais. Contudo, existem muitas causas possíveis para a dor no baixo ventre em homem. É importante observar outros sintomas, que podem ajudar a determinar a causa da dor.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata. A próstata é uma glândula que produz o líquido que compõe o sêmen. A prostatite pode ser causada por infecção bacteriana ou por danos nos nervos do trato urinário inferior. Às vezes, a inflamação não tem uma causa aparente.

Além de dor no pé da barriga, os sinais e sintomas da prostatite incluem:

  • Dor genital (pênis e testículos);
  • Dor abdominal ou na região lombar;
  • Dor entre o saco escrotal e o reto;
  • Sangue na urina;
  • Urina turva;
  • Micção frequente;
  • Dor ao urinar;
  • Ejaculação dolorosa;
  • Sintomas gripais (prostatite bacteriana).
Estenose uretral

Nos homens, a uretra é um tubo fino que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo, além de transportar o sêmen. A uretra pode desenvolver cicatrizes devido a inflamação, infecção ou lesão. As cicatrizes estreitam o tubo, o que reduz o fluxo de urina. Isso é chamado de estenose uretral.

A dor no pé da barriga é um sintoma comum da estenose uretral. Pode também haver dor ao urinar, urina com sangue ou escura, fluxo lento de urina, perda de urina, pênis inchado e sangue no sêmen.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, ou seja, não é um câncer. Uma próstata aumentada pode pressionar a uretra e a bexiga. Isso reduz o fluxo de urina e causa dor no pé da barriga e na pelve.

Outros sintomas da HPB incluem dor ao urinar, micção frequente (especialmente durante a noite), vontade constante de urinar, com sensação de esvaziamento incompleto, fluxo de urina fraco, urina com mau cheiro e dor após a ejaculação.

Síndrome da dor pélvica crônica

A síndrome da dor pélvica crônica é uma causa comum de dores no pé da barriga em homens. É frequentemente chamada de prostatite não bacteriana crônica, porque torna a próstata sensível, mas não é causada por bactérias.

A síndrome da dor pélvica crônica geralmente causa dor intermitente. Outros sintomas incluem dor na região lombar, dor nos órgãos genitais, micção frequente, dor ao urinar ou evacuar, piora da dor durante relações sexuais e disfunção erétil.

Síndrome da dor pós-vasectomia

A vasectomia é um método anticoncepcional definitivo masculino. Trata-se de um procedimento cirúrgico no qual o ducto deferente (tubos que transportam os espermatozoides) são cortados ou bloqueados. Até 2% dos homens que fazem vasectomia desenvolvem dor crônica. Isso é chamado de síndrome da dor pós-vasectomia.

A síndrome causa dor genital que se espalha para a pelve e para o abdômen. Outros sintomas incluem: dor durante a relação, na ereção e ejaculação, além de disfunção erétil.

O que pode causar dor no pé da barriga em mulheres?

Existem muitas causas de dor no pé da barriga em mulheres. A dor pélvica pode ser aguda ou crônica. Uma dor aguda refere-se a uma dor súbita ou nova. A dor crônica refere-se a uma condição duradoura, que pode permanecer constante ou ir e vir, há mais de 3 meses.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada, como clamídia ou gonorreia. As mulheres geralmente não apresentam sintomas quando são infectadas pela primeira vez.

Se não tratada, a DIP pode causar complicações sérias, incluindo dor crônica e intensa na pelve (pé da barriga) ou no abdômen. Outros sintomas podem incluir sangramento durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal intenso com odor desagradável, dificuldade ou dor para urinar.

A doença inflamatória pélvica requer atenção médica imediata para evitar complicações adicionais, como gravidez ectópica, cicatrizes nos órgãos reprodutivos, abscessos e infertilidade.

Endometriose

A endometriose pode ocorrer em qualquer mulher em idade reprodutiva. É causada pelo crescimento de tecido uterino fora do útero. Porém, esse tecido continua a agir da maneira que faria se estivesse dentro do útero, incluindo espessamento e descamação com sangramento durante a menstruação.

A endometriose geralmente causa graus variados de dor pélvica, que variam de leve a debilitante. Essa dor no baixo ventre costuma ser mais forte durante a menstruação. Também pode ocorrer durante a relação sexual e com os movimentos intestinais ou da bexiga. A dor geralmente é localizada no pé da barriga, mas pode se estender para o abdômen.

Além da dor pélvica, a endometriose também pode causar fluxos menstruais mais intensos, náusea e inchaço. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade.

Ovulação

Algumas mulheres experimentam dores no pé da barriga agudas e temporárias durante a ovulação, quando um óvulo é liberado de um ovário. Essas dores geralmente duram apenas algumas horas.

Menstruação

A dor pélvica pode ocorrer antes e durante a menstruação e é geralmente descrita como cãibras na pelve ou no pé da barriga. A intensidade da dor pode variar de mês para mês.

Além de dor no baixo ventre, a menstruação pode provocar inchaço, irritabilidade, insônia, ansiedade, aumento da sensibilidade das mamas, mudanças de humor, dor de cabeça e dor nas articulações. Esses sintomas geralmente desaparecem quando vem a menstruação.

A dor no pé da barriga durante a menstruação é chamada dismenorreia. Essa dor pode parecer com cãibras no abdômen ou se manifestar como uma dor persistente nas coxas e na região lombar. Pode ser acompanhada por náusea, dor de cabeça, tontura e vômito.

Torção ovariana

Se o ovário torcer repentinamente sobre o seu eixo, pode haver uma dor imediata, aguda e insuportável no pé da barriga. Às vezes, a dor pélvica é acompanhada de náusea e vômito. Essa dor também pode começar dias antes como cólicas intermitentes.

A torção ovariana é uma emergência médica que geralmente requer cirurgia imediata.

Cisto no ovário

Cistos no ovário geralmente não causam sintomas. Contudo, se forem grandes, a mulher pode sentir uma forte dor no quadrante inferior esquerdo ou direito do abdômen e dor abdominal difusa. Também pode haver inchaço e sensação de peso no baixo ventre. Se o cisto se romper, pode haver uma dor repentina e aguda no pé da barriga.

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores benignos do útero. Os sintomas variam de acordo com o tamanho e a localização, ou nem causam sintomas.

Porém, miomas grandes podem causar sensação de pressão ou dor abaixo do umbigo, sangramento durante a relação sexual, períodos menstruais intensos, problemas com a micção, dor na perna, prisão de ventre e dor nas costas. Miomas também podem dificultar uma gravidez.

Câncer ginecológico

O câncer ginecológico pode surgir no útero, no endométrio (camada interna do útero), no colo do útero ou nos ovários. Os sinais e sintomas variam, mas geralmente incluem dor abaixo da barriga ou dor abdominal difusa, dor durante a relação sexual e corrimento vaginal.

Síndrome de congestão pélvica

A síndrome de congestão pélvica caracteriza-se pelo desenvolvimento de varizes nos ovários. Ocorre quando as válvulas que normalmente mantêm o sangue fluindo na direção correta pelas veias não funcionam mais. Isso faz com que o sangue retorne nas veias, que incham.

A dor no pé da barriga é o principal sintoma da síndrome de congestão pélvica. A dor muitas vezes piora durante o dia, especialmente se a mulher estiver sentada ou em pé por muito tempo. Também pode haver dor durante a relação sexual e na época da menstruação.

Outros sintomas incluem diarreia, prisão de ventre, varizes nas coxas e dificuldade em controlar a micção.

Prolapso de órgão pélvico

Os órgãos pélvicos femininos permanecem no lugar devido a uma rede de músculos e outros tecidos que os sustentam. Devido ao parto e à idade, esses músculos podem enfraquecer e permitir que a bexiga e o útero caiam.

O prolapso de órgão pélvico pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Esta condição pode causar uma sensação de pressão ou peso no baixo ventre. A mulher também pode sentir um caroço saindo da vagina.

Gravidez

Dor no pé da barriga pode ser gravidez. A dor pélvica é comum durante a gestação. À medida que o corpo da mulher se ajusta e cresce, seus ossos e ligamentos se esticam. Isso pode causar dor ou desconforto.

Porém, uma dor pélvica na gravidez acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, ou se não desaparecer ou durar um longo período de tempo, deve ser avaliada pelo médico obstetra.

Algumas possíveis causas de dor no pé da barriga durante a gravidez incluem:

Contrações de Braxton-Hicks

Essas contrações ocorrem com mais frequência no 3º trimestre de gravidez, causando dores no pé da barriga. Elas podem ser provocados por esforço físico, movimentos do bebê ou desidratação.

As contrações de Braxton-Hicks não são uma emergência médica, mas a gestante deve informar o médico na próxima consulta pré-natal.

Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana de gestação. A maioria dos abortos ocorre durante o 1º trimestre, antes da 13ª semana de gravidez. Eles são frequentemente acompanhados por: Sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores no pé da barriga, dor abdominal ou na região lombar e fluxo de fluidos ou tecidos pela vagina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto que ocorre antes da 37ª semana de gravidez é considerado trabalho de parto prematuro. Os sintomas incluem:

  • Dor abaixo do umbigo, que pode parecer contrações agudas e cronometradas;
  • Dor na região lombar;
  • Fadiga;
  • Corrimento vaginal mais intenso que o normal;
  • Cãibras no estômago com ou sem diarreia;
  • Saída do tampão mucoso;
  • Febre (se o parto estiver sendo causado por uma infecção).
Descolamento da placenta

A placenta se forma e se liga à parede uterina no início da gravidez. Ela foi projetada para fornecer oxigênio e nutrir o bebê até o momento do parto. Em situações raras, a placenta se descola parcialmente ou totalmente da parede do útero.

O descolamento da placenta pode causar sangramento vaginal, acompanhado por súbitas sensações de dor ou sensibilidade no abdômen ou nas costas. É mais comum no 3º trimestre, mas pode ocorrer a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre se um óvulo fecundado se implantar em uma das trompa ou em outra parte do aparelho reprodutivo que não seja o útero. Esse tipo de gravidez nunca é viável e pode resultar em ruptura da trompa de Falópio e sangramento interno, com risco de morte para a mãe.

Os principais sintomas são a dor aguda e intensa no pé da barriga e o sangramento vaginal. A dor pode ocorrer no abdômen ou na pelve, pode irradiar para o ombro ou pescoço se houver sangramento interno e o sangue se acumular sob o diafragma.

Em caso de dor no pé da barriga intensa ou que não passa, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas, procure um atendimento de emergência para avaliação.

Saiba mais em:

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Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Quais os sintomas de câncer no colo do útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas do câncer no colo do útero normalmente são observados quando o câncer já está em uma fase mais avançada. Um dos sintomas mais comuns do câncer de colo de útero é o sangramento vaginal ou corrimento vaginal com presença de sangramento logo após a relação sexual, após a menopausa ou de forma espontânea.

Outros sintomas que podem estar incluídos:

  • Sangramento vaginal durante ou após as relações sexuais;
  • Sangramentos vaginais após a menopausa;
  • Sangramento excessivo durante a menstruação;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Sensação de peso na região entre o ânus e a vagina (períneo);
  • Corrimento vaginal mucoso, que pode ser avermelhado e ter mau cheiro;
  • Dor pélvica ou abdominal;
  • Presença de sangue na urina.

Nos casos mais avançados, os sintomas podem vir acompanhados de alterações urinárias ou intestinais.

Porém, vale lembrar que no início, o câncer no colo do útero geralmente não apresenta sintomas. O desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e os sinais tendem a surgir com a evolução do quadro.

Quais são os fatores de risco para câncer no colo do útero?

A causa do câncer de colo uterino não está totalmente definida. Porém, sabe-se que o principal fator de risco para o câncer no colo do útero é a infecção pelo vírus HPV, que pode ser transmitido sexualmente e pode ser prevenido. A infecção por HPV provoca modificações nas células do colo do útero que podem evoluir para câncer.

Há ainda outros fatores que podem aumentar as chances da mulher desenvolver esse tipo de câncer, tais como: ter muitos filhos, ter vários parceiros sexuais, início precoce da vida sexual, fumar, história de infecções sexualmente transmissíveis, ter mais de 40 anos de idade e tomar pílula anticoncepcional durante 5 anos ou mais.

Como é feito o diagnóstico do câncer no colo do útero?

O diagnóstico do câncer de colo de útero é feito pelo exame físico e confirmado por uma biópsia. Os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada são importantes para definir o grau de avanço do câncer e detectar possíveis comprometimentos de outros órgãos.

O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero pode ser feito através do exame preventivo papanicolau, que detecta o HPV e a presença de células anormais, uma vez que a infecção pelo vírus é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Se o papanicolau detectar a presença de alterações nas células, o tratamento pode incluir crioterapia, procedimentos para queimar a lesão, retirada da lesão e ainda medicamentos.

Câncer no colo do útero tem cura? Como é o tratamento?

Sim, câncer no colo do útero tem cura. Se for diagnosticado precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%. O tratamento depende do grau de avanço da doença.

Se o câncer estiver numa fase inicial, é feita uma cirurgia, que pode ou não ser complementada com radioterapia ou quimioterapia. A associação de radioterapia e quimioterapia permite manter o câncer de colo de útero bem controlado em casos mais avançados.

Nos casos mais graves de câncer de colo uterino, é feito primeiro o tratamento com quimioterapia e radioterapia, que permite depois a realização da cirurgia. O procedimento cirúrgico pode remover o útero, as trompas e o ovário.

A radioterapia pode ser aplicada externamente ou internamente:

Na radiação externa, utiliza-se um aparelho que emite um feixe de radiação para a área a ser tratada. Nesses casos, geralmente são feitas 5 sessões de radioterapia, durante um período que varia entre 5 e 7 semanas.

Na radioterapia aplicada internamente, a radiação é administrada pela colocação de implantes com substâncias radioativas na vagina. Os implantes permanecem no corpo durante algumas horas ou até por 3 dias. Essa forma de radioterapia necessita de internamento hospitalar e o tratamento pode precisar ser repetido, às vezes por algumas semanas.

Se o câncer já tiver alcançado outros órgãos, o tratamento com quimioterapia terá como objetivo tentar conter a doença e melhorar os sintomas.

Quanto mais cedo o câncer no colo do útero for detectado, maiores são as chances de cura. Por isso é muito importante visitar regularmente a/o médico/a de família ou ginecologista e fazer o exame preventivo papanicolau com a regularidade indicada pelo/a médico/a.

Dei pausa de 8 dias em vez de 7 dias entre as cartelas?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Em teoria existe um pequeno risco sim, mas é pequeno. Uma pausa maior que a recomendada (8 dias em vez de 7 dias) pode sim levar a uma falha na sua eficácia anticoncepcional.

Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para calcular o período fértil quando os ciclos menstruais são irregulares, você deve primeiro anotar, durante pelo menos 6 meses, quantos dias têm os seus ciclos menstruais. 

Depois de saber a duração dos últimos 6 ciclos, você deve subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto, para encontrar o 1º dia do período fértil, e subtrair 11 do número de dias do ciclo mais longo, para calcular o último dia do seu período fértil.

Exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 35 dias e o mais curto foi de 26 dias, você tem que subtrair 18 do ciclo mais curto (18 - 26 = 8) e subtrair 11 do ciclo mais longo (35 - 11 = 24).

Resultado: O seu período fértil vai do ao 24º dia do ciclo. Portanto, se pretende engravidar, deve manter relações dentre desse período. Se não quiser engravidar e não usar nenhum método anticoncepcional, deve abster-se de relações nesse período.

Lembrando que o 1º dia de menstruação é sempre considerado o dia 1 do ciclo.

Veja aqui como calcular o período fértil.

Calcular o período fértil em ciclos irregulares é seguro?

Não, calcular o período fértil quando a mulher tem ciclos irregulares não é seguro, pois o cálculo faz uma avaliação retrospectiva que é projetada para o futuro, quando o funcionamento do organismo da mulher é bastante incerto.

Além disso, quanto maior for avariação entre os ciclos menstruais, maior será o número de dias doperíodo fértil e mais impreciso é o cálculo.

Isso porque os ciclos irregulares tornam impossível prever o dia exato da ovulação, uma vez que a mulher ovula num dia diferente do ciclo a cada mês.

Por isso, mulheres que apresentam ciclos com variações de mais de 6 dias não devem usar esse método, pois não dá para prever com segurança quais serão os dias férteis.

Saiba mais em: O período fértil pode mudar de mês para mês?

O ciclo menstrual irregular pode ter diversas causas, como distúrbios hormonais, alterações na produção do hormônio prolactina ou ainda problemas na tireoide.

No seu caso, os ciclos ficaram desregulados depois de ter parado com o anticoncepcional, o que está relacionado com fatores hormonais.

O melhor a fazer é falar com o seu médico de família ou ginecologista para saber o que pode ser feito e descobrir ao certo por que o seu ciclo ficou irregular.

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Menstruação pouca e escura pode ser gravidez?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Menstruação em pequena quantidade e escura pode ser gravidez. Além de gravidez, pode ter outras causas:

  • doenças sexualmente transmissíveis;
  • miomas uterinos;
  • endometriose;
  • inflamação uterina;
  • alterações hormonais;
  • alteração do anticoncepcional;
  • uso da pílula do dia seguinte;
  • efeito colateral de algum medicamento.

Se você apresentar sangramento fora do período menstrual ou anormal, deve procurar um médico ginecologista para uma melhor avaliação.

Tomei a pílula do dia seguinte e depois tive relação, posso engravidar, o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se você manteve uma nova relação sexual sem proteção após tomar a pílula do dia seguinte pode sim engravidar.

O contraceptivo de emergência, mais comumente conhecido como pílula do dia seguinte, apenas protege de uma gravidez até o dia em que foi tomado, não tendo efeito sobre o risco de gravidez nas relações sexuais seguintes.

Portanto, o ideal é iniciar um método anticoncepcional logo após tomar a pílula do dia seguinte, impedindo assim uma gravidez.

O que fazer se tomar tiver relação sexual desprotegida após a pílula do dia seguinte?

Caso você tenha tido uma relação sexual desprotegida após tomar a pílula do dia seguinte, pode ter engravidado. Portanto, poderá realizar um teste gravidez se notar uma semana de atraso menstrual.

Posso tomar outra pílula do dia seguinte?

Se teve uma relação sexual desprotegida logo após tomar a pílula do dia seguinte você até pode tomar outra, mas nesses casos, a eficácia da pílula do dia seguinte passa a ser menor, mantendo a chance de uma gravidez.

O uso da pílula do dia seguinte faz com que a ovulação seja impedia ou atrasada, por isso, é possível que ocorra a ovulação logo após tomar a pílula fazendo com que o risco de gravidez seja maior logo após tomar esta pílula.

Como e quando tomar a pílula do dia seguinte?

Existem duas formulações da pílula do dia seguinte: uma composta por um único comprimido de levonorgestrel de 1,5 mg e outra contendo dois comprimidos de levonorgestrel de 750 mg cada um.

O comprimido de 1,5 mg pode ser tomado imediatamente a qualquer momento após a relação sexual desprotegida e já estará protegida.

Se optar pelo uso do comprimido de 0,75 mg também deve tomá-lo rapidamente após a relação sexual e tomar o segundo após 12 horas.

A pílula do dia seguinte pode ser tomada a qualquer momento após a relação sexual sem proteção, de preferência o mais rapidamente possível em até 5 dias. Após esse período, a chance de falha da pílula é muito grande por isso não se recomenda o seu uso.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Referências bibliográficas

OMS. Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE.

Metformina é um bom tratamento para quem tem ovários policísticos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o uso de metformina pode ser um bom tratamento para síndrome dos ovários policísticos, sobretudo para mulheres resistentes à insulina (hormônio que transporta o açúcar para dentro das células).

Pessoas com resistência à insulina possuem níveis elevados desse hormônio no sangue e o excesso de insulina circulante pode agravar as manifestações da síndrome dos ovários policísticos.

O principal benefício da metformina no tratamento dos ovários policísticos é a normalização da irregularidade menstrual e o restabelecimento dos ciclos ovulatórios.

Porém, o tratamento da síndrome dos ovários policísticos deve ser particularizado para cada mulher a depender dos sintomas apresentados e do objetivo a ser atingido com o tratamento.

Ovários policísticos Para que serve a metformina?

O cloridrato de metformina é um medicamento oral utilizado no tratamento do diabetes para normalizar os níveis elevados de açúcar no sangue. Ao diminuir os níveis de açúcar, o efeito resultante da resistência à insulina reduz.

Como a maioria das mulheres com síndrome dos ovários policísticos são resistentes à insulina, a metformina constitui uma boa opção de tratamento em alguns casos.

Além da metformina, o tratamento pode incluir também exercícios físicos, pílula anticoncepcional e alimentação adequada.

Como tomar metformina?

Se a dose diária for de 1 comprimido por dia, a ingestão deve ser feita no café da manhã. Se forem 2 doses diárias, os comprimidos devem ser tomados no café da manhã e no jantar. No caso de 3 doses diárias, a pessoa deve tomar os comprimidos no café da manhã, no almoço e no jantar.

Os comprimidos de metformina devem ser tomados durante ou depois de uma refeição, juntamente com 1 copo de água. O início do tratamento é feito com doses pequenas, que são aumentadas gradualmente. Esse aumento gradual das doses reduz os efeitos colaterais do medicamento.

Quais são os efeitos colaterais da metformina? Efeitos colaterais muito comuns

Essas reações ocorrem em 10% das pessoas que tomam metformina e incluem: náuseas, vômito, diarreia, dor abdominal e perda de apetite. Esses efeitos colaterais são mais comuns no início do tratamento.

Para diminuir esses efeitos secundários, recomenda-se distribuir as doses ao longo do dia ou tomar os comprimidos durante ou logo após as refeições.

Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais adversos da metformina considerados comuns são aqueles que ocorrem entre 1% e 10% das pessoas que tomam a medicação. Essas reações incluem sobretudo alterações do paladar.

Efeitos colaterais muito raros

Essas reações foram observadas em menos de 0,01% dos casos. Dentre elas estão: acidose lática, vermelhidão na pele, coceira, urticária, diminuição dos níveis de vitamina B12, hepatite e perda de apetite.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos com o uso da metformina, quando indicado, deve ser realizado de maneira contínua e com avaliações periódicas do/a ginecologista, médico/a de família ou clínico geral.

Posso tomar nimesulida de 100mg amamentando?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. A nimesulida® é um anti-inflamatório, que não está indicado para uso em mulheres amamentando. Uma opção de anti-inflamatório indicado pela Academia Americana de Pediatria para a mulher durante a amamentação, por ser considerado de baixo risco, é o ibuprofeno®.

Entretanto recomendamos que qualquer uso de medicamentos nessa fase da vida da mulher, deva ser discutida com seu médico ginecologista ou pediatra.

Quais medicamentos posso tomar durante a amamentação?

Essa é uma questão muito comum nessa etapa da vida da mulher, e não é fácil responder visto que o volume de medicamentos que existem hoje no mercado é muito extenso, e cada situação precisa de uma avaliação criteriosa.

O Ministério da Saúde do Brasil esclarece que a maioria das medicações passam sim pelo leite materno, mas em pequenas quantidades, por isso nem sempre são absorvidos pelo organismo do bebê, de qualquer forma, sempre deve ser informado e discutido com o médico assistente o uso de medicamentos.

Contudo, sugere como medicamentos fortemente contraindicados: o antibiótico Linezolida®, anticoncepcional hormonal combinado e cosméticos com formol na sua composição.

Além desses, outros podem ser prejudiciais, porém devem ser avaliados riscos e benefícios pela equipe médica e paciente.

Contraindicações de nimesulida®

Quanto a nimesulida®, as contraindicações formais pelo fabricante, são:

  • Pacientes que tenham alergia à nimesulida® ou a qualquer outro componente do medicamento;
  • Histórico de reações de hipersensibilidade (por exemplo.: broncoespasmo, rinite, urticária e angioedema) ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteroidais;
  • Histórico de reações hepáticas ao produto;
  • Pacientes com úlcera péptica ou doença gástrica em atividade;
  • Ulcerações recorrentes ou com hemorragia no trato gastrintestinal;
  • Pacientes com distúrbios de coagulação graves;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca grave;
  • Pacientes com insuficiência renal e/ou hepática;
  • Pacientes menores de 12 anos.

Embora não seja uma contraindicação absoluta, durante o uso de nimesulida® e outros anti-inflamatórios, é preferível evitar o uso de analgésicos, para não mascarar possíveis reações adversas e sinais iniciais de infecção.

O uso concomitante de outros anti-inflamatórios não esteroidais também é uma contraindicação relativa, pelo aumento do risco de lesão gástrica. Assim como a administração concomitante com drogas hepatotóxicas conhecidas e abuso de álcool, uma vez que podem aumentar o risco de reações hepáticas.

Para maiores esclarecimentos fale com seu/sua médico/a ginecologista.

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É possível engravidar durante a amamentação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível engravidar durante a amamentação.

A amamentação pode funcionar como um método anticoncepcional apenas se a mulher estiver amamentando exclusivamente em livre demanda (ou seja, não está oferecendo outro tipo de leite para o bebê), nos primeiros seis meses e ainda não teve nenhuma menstruação depois do parto.

Se não acontecer essas 3 situações em conjunto, a mulher tem chance de engravidar mesmo amamentando.

Caso a mulher não queira uma nova gestação, ela deve conversar com seu/sua médico/a durante a gestação ou logo após o parto para orientar os métodos anticoncepcionais que podem ser usados durante a amamentação.

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