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O que é colpite e o que pode causar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colpite é uma inflamação da mucosa que recobre o colo do útero e as paredes internas da vagina. Ela pode ser assintomática (sem sintomas) ou apresentar corrimento vaginal, odor, coceira e ardência.

A colpite pode ser causada por bactérias (Gardnerella vaginalis) - colpite bacteriana, fungos (Candida albicans) e protozoários (Trichomonas vaginalis), muitas vezes transmitidos através de relações sexuais sem preservativo.

A candidíase vulvovaginal é a principal causa de colpite causada por fungos. Estima-se que até 75% das mulheres tem pelo menos um caso de candidíase ao longo da vida. Os principais fatores de risco para desenvolver esse tipo de colpite incluem gravidez, uso de anticoncepcional hormonal, diabetes, uso de antibióticos e imunidade baixa.

Existe uma colpite bacteriana, denominada colpite inespecífica, mais comum na infância, cuja principal causa é a bactéria E. coli proveniente do intestino.

Que complicações a colpite pode causar?

Em caso de ausência de tratamento ou tratamento inadequado, a colpite pode causar endometriose, doença pélvica inflamatória (DIP), dor pélvica, infertilidade, gravidez ectópica ou problemas fetais caso ocorra durante a gestação.

Quais os sinais e sintomas de colpite?

A colpite pode não manifestar sintomas. Em outros casos, os sinais e sintomas podem incluir presença de corrimento vaginal branco e leitoso, esverdeado, marrom ou amarelado com odor desagradável, coceira e ardência na vagina.

A colpite bacteriana caracteriza-se pelo aparecimento de corrimento vaginal com cheiro desagradável, por vezes purulento, sangramento, coceira na vagina, inchaço e vermelhidão na vulva, dificuldade ou dor para urinar e dor durante as relações sexuais.

A colpite fúngica e parasitária provocam coceira vaginal, corrimento branco ou amarelado sem cheiro, queimação, ardência, dor ou desconforto para urinar, vontade urgente de urinar, inchaço na vulva e vermelhidão da mucosa vaginal.

Quais os tipos de colpite e como identificar?Colpite difusa

Caracteriza-se por pontilhado vermelho fino que cobre toda a mucosa vaginal e o colo uterino. Quanto maior o número de pontilhados, mais intensa e mais grave é a infecção.

Colpite focal

Provoca o aparecimento de pequenas áreas vermelhas arredondadas ou ovais, separadas do resto da mucosa, normalmente associada à colpite difusa.

Colpite aguda

Leva ao aparecimento de pontilhado vermelho com mucosa edemaciada (inchada).

Colpite crônica

Caracteriza-se por um pontilhado branco ao lado do vermelho.

Colpite por Trichomonas

É uma colpite difusa caracterizada por conteúdo vaginal esverdeado com bolhas gasosas.

Colpite por Candida

Colpite difusa ao lado de placas brancas.

Qual é o tratamento para colpite?

O tratamento da colpite é feito com administração de medicamentos orais e aplicação de cremes e pomadas vaginais. O tipo de medicação varia conforme o agente causador. A colpite bacteriana é tratada com antibióticos, a fúngica com antifúngicos e a parasitária com antibióticos e medicamento específico para o tipo de parasita.

A colpite é diagnosticada através do exame clínico e do exame preventivo. Esses exames devem ser realizados frequentemente por todas as mulheres sexualmente ativas. Caso você apresente algum sintoma de colpite, procure um/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Para saber mais sobre colpite, você pode ler:

O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?

Colpite tem cura? Qual o tratamento?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Tenho um corrimento branco sem odor. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os corrimentos vaginais estão em sua grande maioria associados com infecções vaginais, no entanto, o corrimento branco e sem odor, pode ser uma lubrificação natural da vagina.

Em casos menos frequentes, podem estar relacionados com alergias alimentares, uso crônico de medicamentos e problemas emocionais, como ansiedade e estresse.

1. Corrimento branco sem cheiro e sem coceira

Durante o ciclo menstrual normal, a oscilação de hormônios que ocorre para preparar o óvulo e a parede uterina para receber o embrião, apresenta sinais e sintomas como sensibilidade nas mamas, cólicas e modificação natural da lubrificação vaginal.

O corrimento claro, branco ou esbranquiçado, sem cheiro e sem outros sintomas, como vermelhidão, coceira ou ardência ao urinar, é normal.

2. Corrimento branco com grumos

Se o corrimento vaginal for branco e espesso, semelhante a leite coalhado ou queijo tipo cottage, sem ou com pouco odor, sugere candidíase, uma infecção vaginal provocada por fungos.

Nesses casos, o corrimento vem acompanhado de coceira intensa, vermelhidão no local e ardência ao urinar. O tratamento deverá ser feito com medicações antifúngicas.

3. Corrimento branco com cheiro forte

O corrimento vaginal relacionado a infecção bacteriana, geralmente tem coloração acinzentado, amarelado ou esverdeado, porém, pode também ter coloração branca espessa. Quando vier acompanhado de vermelhidão, ardência, dor e ou coceira, a infecção deve ser investigada.

A vaginose é mais comum em mulheres sexualmente ativas.

4. Corrimento abundante com odor fétido

Corrimento vaginal em grande quantidade, com odor forte, espumoso, de coloração acinzentada, amarelada ou esverdeada, pode ser um sinal de tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível (DST).

5. Corrimento amarelado

Na vaginite atrófica, o corrimento é amarelado, aquoso, apresenta odor forte e, eventualmente, pode vir acompanhado com sangue. Trata-se de uma inflamação provocada pela atrofia da musculatura da vagina. Pode surgir depois da menopausa, após o parto, na amamentação ou quando há uma redução dos níveis de estrogênio.

6. Corrimento branco com presença de pus ou sangue

Quando o corrimento vaginal é purulento, as causas podem incluir clamídia e gonorreia. A clamídia é uma doença sexualmente transmissível, que não provoca sintomas na maior parte dos casos. Porém, além do corrimento, pode manifestar sangramentos após relação sexual ou fora do período menstrual, dores abdominais e dor nas relações sexuais.

Já a gonorreia é uma DST (doença sexualmente transmissível), que muitas vezes não provoca sintomas nas mulheres. Contudo, em alguns casos, pode causar o aparecimento de corrimento vaginal espesso e com pus.

O que fazer em caso de corrimento vaginal?

O tratamento do corrimento vaginal é realizado de acordo com a sua causa. Pode incluir o uso de medicamentos orais e cremes vaginais, além de cuidados com a higiene íntima e evitar relações durante o período do tratamento.

Para receber um diagnóstico e tratamento adequados, consulte um ginecologista.

Conheça mais sobre esse assunto, nos artigos:

Menstruei e uma semana depois menstruei novamente, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Menstruar duas vezes num mesmo mês pode ocorrer eventualmente, sem que signifique que um problema ou doença.

Por exemplo, nas mulheres que fazem uso de anticoncepcional regularmente, pode haver um sangramento logo após terminar a menstruação, aos primeiros meses, chamado "spotting", ou sangramento de escape. Trata-se de um efeito colateral esperado.

No entanto, após 3 meses, em média, com a adaptação do organismo ao medicamento, esse sintoma desaparece e a menstruação deve ocorrer apenas uma vez ao mês.

Quando a menstruação vai e volta em uma semana, 10 ou 15 dias, sem relação com início do remédio ou acontece frequentemente, não deve ser considerada normal, é preciso ser investigada. Pode ser sinal de algum problema como um mioma, distúrbios hormonais, entre outros problemas de saúde.

Neste caso procure um ginecologista para avaliação e orientações para o seu caso.

Quando procurar um médico?

Os sinais e sintomas que indicam a necessidade de procurar imediatamente um atendimento médico são:

  • Mais de uma menstruação por mês sem motivo aparente ou por mais de 3 meses consecutivos,
  • Sangramento muito volumoso (trocar mais vezes o absorvente por dia, do que o seu habitual),
  • Sangramento associado a dor intensa,
  • Sangramento associado a febre (acima de 38,5º),
  • Saida de secreção purulenta pela vagina,
  • Fraqueza, sonolência.

Entenda melhor o que é o sangramento de escape no artigo: Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Coceira na vagina, dor ao urinar e com um corrimento...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira na vagina, dor ao urinar, atraso menstrual e corrimento branco ou esverdeado podem ter explicações diferentes. Você pode estar com mais de um acometimento ao mesmo tempo, como, por exemplo, infecção urinária e infecção vaginal.

A maioria desses sintomas pode ser justificado por uma infecção vaginal. Essa infecção vaginal é conhecida como vulvovaginite e, as mais comuns são:

  • Candidíase
  • Vaginose bacteriana
  • Tricomoníase

A presença de alguma dessas infecções pode explicar os seus sintomas.

No entanto, nenhuma dessas infecções causa atraso menstrual. Por isso, se o seu atraso menstrual for maior de 15 dias da data esperada de vir a menstruação, é recomendado fazer um teste de gravidez.

Coceira na vagina

A coceira na vagina pode ter diversas causas:

  • desajuste na flora normal vaginal
  • infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
  • alergia ao látex da camisinha
  • redução de estrógeno
  • alergia a produtos de higiene

A coceira na vagina precisa ser avaliada pelo médico ginecologista ou médico de família. Com a história clínica e o exame físico, o médico poderá avaliar se a paciente está com alguma alergia no campo exterior à vagina ou se há alguma infecção na parte interna da vagina.

Como posso aliviar a coceira na vagina?

Para aliviar a coceira, é necessário identificar a causa da infecção e fazer o tratamento correto e completo.

Caso a coceira na vagina seja causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira.

Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calça jeans apertada.

Antes de tomar qualquer medicação, é muito importante passar por uma avaliação médica para que haja a identificação do que está causando a coceira. A partir da avaliação, o medico poderá indicar o melhor tratamento para o seu caso. Isso pode ser feito com o uso de pomada interna vaginal ou com comprimidos que devem ser tomados via oral.

Candidíase

Candidíase é uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida.

Os principais sintomas são:

  • Corrimento vaginal branco e espesso
  • Coceira e irritação na vagina
  • Dor ao urinar
  • Dor durante a relação sexual

A candidíase não deve ser tratada quando a mulher está sem sintomas. Porém, na presença deles, é importante fazer uma consulta médica para melhor indicação de qual medicação usar. Em geral, o tratamento consiste no uso de pomada vaginal medicamentosa utilizada por 7 a 14 dias.

Vaginose bacteriana

Além de coceira na vagina, a vaginose bacteriana provoca corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro (peixe podre), dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal.

Relações sexuais frequentes, uso de duchas vaginais ou período pré-menstrual favorecem a alteração da flora bacteriana vaginal, podendo desencadear a vaginose.

O tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

Tricomoníase

É uma infecção transmitida durante as relações sexuais e causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Na mulher, ele causa vulvovaginite e, no homem, uretrite.

Em alguns casos ela não provoca sintomas. Quando estão presentes, os sintomas podem ser:

  • coceira vaginal intensa
  • corrimento vaginal abundante
  • odor fétido
  • sangramento após a relação sexual

O tratamento dessa infecção (feito com antibióticos orais) é de extrema importância principalmente em mulheres grávidas. Ela pode causar efeitos adversos na gestação inclusive perda gestacional.

Dor ao urinar

A dor ao urinar pode estar presente nos casos dessas infecções vaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana ou a tricomoníase. Porém, uma infecção urinária pode ser uma outra explicação do seu problema.

Infecção urinária é muito comum entre mulheres sexualmente ativas. Essa infecção deve ser devidamente tratada uma vez que pode evoluir para uma infecção nos rins ou sistêmica.

Corrimento branco e esverdeado

Esse tipo de corrimento é comum nas vulvovaginites explicadas acima. É muito importante prestar atenção no tipo do corrimento, no cheiro, na cor e na quantidade. Essas informações são úteis para caracterizar qual agentes está causando a infecção.

Coceira antes da menstruação

No período pré menstrual, as alterações hormonais provocam mudanças no pH interno da vagina e isso pode favorecer a proliferação da flora habitual da vagina. Com isso, é comum as mulheres apresentarem sintomas de candidíase, como a coceira, antes da menstruação.

Busque ajuda profissional

Consulte um ginecologista ou médico de família para essa avaliação e indicação do melhor tratamento para seu caso. Esses sintomas são bem irritativos e podem impactar a qualidade de vida da mulher.

Vale a pena ressaltar que o tratamento recomendado deve ser seguido corretamente e pelos dias indicados. Quando o tratamento não é realizado dessa forma, há chances da coceira não desaparecer.

Referência:

FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Quando tenho relações fico com um corrimento amarelo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não sei se isso tem algo haver com o tamanho do pênis, deve procurar um ginecologista que ele poderá tratar você, corrimento com esse aspecto é sinal de infecção vaginal.

Estava com candidíase e tratei, agora a coceira voltou...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Até que se prove o contrário é candidíase novamente, mas para ter certeza terá que voltar ao ginecologista ou médico de família que a examinou. É muito comum a recorrência de um quadro de candidíase, sendo necessário confirmar novamente o diagnóstico e repetir o tratamento.

A candidíase é a infecção vulvo-vaginal causada pelo fungo Candida Albicans, ocasiona sintomas de coceira vulvar, vermelhidão e corrimento esbranquiçado, com odor inespecífico, que pode formar pequenos grumos brancos. Ardência urinária e dor durante a relação sexual também são sintomas que podem estar presentes.

O tratamento da candidíase é feito com creme vaginal antifúngico ou comprimido contendo antifúngico, a duração do tratamento pode variar conforme o medicamento escolhido.

O que é candidíase recorrente?

A candidíase recorrente ocorre quando a mulher apresenta quatro ou mais casos de candidíase no decorrer de um ano. Nessa situação, muitas vezes não é suficiente o tratamento padrão com antifúngico e se faz necessário prolongar o tratamento por mais tempo com o uso de antifúngico por até seis meses. Alguns médicos também preconizam tratar o parceiro, visto que o parceiro pode ser uma fonte de reinfecção pelo fungo.

Como prevenir a candidíase?

Algumas medidas podem ser tomadas para prevenir a candidíase como:

  • Usa roupa roupas frescas que permitam a ventilação da zona íntima. Preferir calcinhas de algodão. Se preferir dormir sem calcinha;
  • Não realizar duchas vaginais;
  • Evitar o uso de absorventes de uso diário;
  • Manter uma boa qualidade de sono;
  • Manter uma dieta adequada e balanceada, evitar alimentos com excessos de açucares e carboidratos. Priorizar a ingesta de alimentos ricos em fibras;
  • Manter-se hidratada;
  • Praticar atividade física.

Procure o seu médico de família ou ginecologista caso apresente sintomas de candidíase para uma avaliação.

Apareceu um corrimento após relação, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Infecção vaginal é a causa mais comum de corrimento vaginal. Pode aparecer mesmo usando camisinha (indicando uma infecção por fungo ou bacteriana), caso não tenha usado camisinha pode significar uma DST (causa menos frequente de corrimento vaginal).

Relação no décimo quinto dia do ciclo posso estar grávida?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os dias férteis são entre o décimo primeiro e décimo sétimo dias do ciclo menstrual, sendo que o primeiro dia da menstruação é o primeiro dia do ciclo. Então teve uma relação dentro do seu período fértil, o que é muito pouco, mas as vezes suficiente para engravidar. Com relação ao seu corrimento: é um corrimento vaginal,geralmente decorre de uma infecção vaginal.

O que é DIP e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

DIP é a abreviação de Doença Inflamatória Pélvica. Trata-se de uma infecção dos órgãos reprodutores da mulher. Em geral, a DIP ocorre após a propagação de micro-organismos (sobretudo bactérias) oriundos da vagina, uretra ou colo do útero, que podem se disseminar para as trompas e para os ovários.

A doença inflamatória pélvica pode ser causada por muitos tipos de bactérias. Contudo, as principais causas da DIP são as infecções por gonorreia ou clamídia, que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Em casos menos comuns, a DIP pode ser causada por bactérias que penetram no aparelho reprodutor através de irritações provocadas no colo do útero, que serve de barreira natural contra esses micro-organismos. A doença inflamatória pélvica nesses casos pode ser consequência de parto ou aborto.

Quais são os sintomas da DIP?

Os sintomas da DIP podem variar de mulher para mulher, mas a dor abdominal no baixo ventre ou na pelve está sempre presente. Outros sinais e sintomas podem incluir febre, dor ao urinar ou defecar, dor na região inferior das costas, corrimento vaginal com odor desagradável, dor durante a relação sexual, sangramento vaginal (principalmente durante ou após relação sexual) náuseas e vômitos.

Quais os fatores de risco da DIP?

Existem diversos fatores que podem aumentar o risco de DIP, tais como:

  • Vida sexual ativa antes dos 25 anos de idade;
  • Ter vários parceiros sexuais;
  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Realização frequente de ducha vaginal;
  • História prévia de DIP ou infecção sexualmente transmissível;
Qual é o tratamento para DIP?

O tratamento da doença inflamatória pélvica inclui repouso, uso de medicamentos analgésicos e antibióticos e retirada do DIU (se for o caso, pois acelera a cura da DIP). Se houver abscesso nas trompas, no ovário ou na pelve, pode ser necessário realizar a drenagem do mesmo.

O tratamento com antibióticos dura no mínimo 14 dias. Mesmo após o final do tratamento, é necessário realizar um acompanhamento para avaliar a presença de sintomas e bactérias durante um período de 4 a 6 semanas.

No início do tratamento da doença inflamatória pélvica, a administração dos medicamentos é feita através de injeções intramusculares ou endovenosas. Assim que a mulher apresentar uma melhora dos sintomas (ausência de febre e diminuição da dor), os medicamentos podem passar a ser administrados por via oral.

A cura clínica da DIP, ou seja, a erradicação completa dos sintomas ocorre em cerca de 90% dos casos. Já as taxas de cura microbiológica, ou seja, a eliminação das bactérias ou dos outros micro-organismos infecciosos que causam DIP, podem chegar a 100%.

Sem tratamento, a doença inflamatória pélvica pode causar cicatrizes nas trompas e em outros órgãos da pelve, abscessos (coleções de pus) nas trompas e nos ovários, gravidez ectópica (gestação fora do útero), infertilidade e dor pélvica crônica.

Na presença de sinais e sintomas de DIP, é importante procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada.

Leia também:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?