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Uso Contracep e a camisinha estourou, posso engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Contracep é um anticoncepcional, medicamento usado para evitar a gravidez, se você toma anticoncepcional corretamente não deve engravidar, o risco de uma gravidez é minimo.

O Contracep, é uma anticoncepcional injetável trimestral composto pela medroxiprogesterona, o risco de gravidez com o uso correto do injetável de medroxiprogesterona é de 1 gravidez a cada 100 mulheres que usam esse anticoncepcional durante o primeiro ano de uso.

A eficácia depende do quanto a mulher toma as injeções de maneira regular sem esquecimentos, quando esse uso é irregular a eficácia cai para 3 gravidezes a cada 100 mulheres que usam o injetável trimestral no primeiro ano de uso.

Como funciona o Contracep?

O anticoncepcional injetável de medroxiprogesterona atua inibindo a ovulação, esse hormônio é liberado lentamente na corrente sanguínea, por isso, possui efeito contraceptivo no decorrer de 3 meses, quando precisa ser novamente aplicado.

A mulher volta a apresentar ciclos ovulatórios cerca de 4 meses após a interrupção das injeções, sendo que algumas mulheres podem inclusive demorar mais tempo para voltarem a fertilidade do que geralmente ocorre com os demais anticoncepcionais. É importante ressaltar que o retorno a fertilidade ocorre, embora possa demorar um pouco.

Nos primeiros meses de uso do injetável trimestral a mulher pode apresentar uma certa irregularidade menstrual e depois com o decorrer do tempo pode deixar de menstruar. Esses são efeitos esperados de anticoncepcionais a base de progesterona e não representam nenhum risco a saúde.

Um outro efeito frequentemente relatado é o aumento no peso, muitas mulheres referem ganhar peso com o uso do anticoncepcional injetável trimestral, este ganho é de cerca de 1 a 2 kg e não necessariamente ocorre com todas as mulheres que fazem uso dessa medicação.

Para mais informações sobre o Contracep consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Leia també: É normal menstruar usando a Contracep trimestral?

Um bebê pode ser gerado no ovário?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode ocorrer fecundação do óvulo e implantação no ovário, porém a gestação termina muito cedo devido este não ser o local adequado.

A implantação do óvulo fecundado fora da cavidade uterina se chama gravidez ectópica e pode ocorrer em diferentes locais como trompas, ovário, colo do útero ou mesmo na cavidade abdominal.

Esse tipo de gravidez não é viável a longo prazo, pois fora do útero o embrião não tem o ambiente ideal para seu desenvolvimento. O local mais comum de ocorrência de gravidez ectópica são as tubas uterinas (trompas de Falópio) e a causa mais comumente associada se deve a obstrução tubária ou disfunção das tubas.

Quais são os fatores de risco para uma gravidez ectópica?

Diferentes fatores que podem interferir no funcionamento adequado da tuba uterina podem aumentar o risco de gravidez ectópica, entre eles temos:

  • Doença inflamatória pélvica (DIP) anterior;
  • Uso de dispositivo intra-uterino (DIU);
  • Gravidez ectópica anterior;
  • Tabagismo;
  • Endometriose;
  • Procedimento cirúrgico nas tubas prévio (como laqueadura tubária);
  • História de infertilidade.
Quando suspeitar de uma gravidez ectópica?

O inicio da gravidez ectópica se assemelha muito a uma gravidez normal, sintomas característicos do começo de uma gestação podem estar ou não presentes como náuseas, vômitos, aumento da sensibilidade mamária e aumento do número de micções.

O atraso menstrual está presente já que trata-se de uma gravidez, mesmo se localizando no útero. Pode ocorrer também sangramento irregular e dor abdominal.

O exame de betaHcG também é positivo. Na suspeita de uma gravidez ectópica o diagnóstico é confirmado através da realização de uma ultrassonografia, que mostra que o saco gestacional não está na cavidade uterina.

Para mais informações sobre gravidez ectópica consulte o seu ginecologista ou médico de família.

O uso de Puran T4 pode atrasar minha menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. O Puran T4® usado de maneira correta, com as doses ajustadas regularmente pelo médico endocrinologista, não costuma causar problemas na menstruação, ao contrário, como atua no equilíbrio hormonal, ajuda a manter o ciclo menstrual regular.

De qualquer forma, deve iniciar a medicação conforme orientação do seu médico assistente, para que seu problema hormonal seja estabilizado. Se houver alterações na menstruação, na próxima consulta de rotina deverá informar ao médico, e cabe a ele ajustar a dose quando necessário.

Não deixe de tomar a sua medicação, ou interromper por conta própria, o hipotireoidismo é uma doença bastante perigosa quando não tratada adequadamente.

Para que serve o Puran T4®?

O Puran T4®, ou levotiroxina sódica, é uma medicação indicada para casos de hipotireoidismo, devido a produção insuficiente de hormônio T4 pela tireoide. Esse hormônio tem uma importância fundamental no metabolismo do organismo.

A diminuição dos níveis desse hormônio causam os sintomas do hipotireoidismo, sendo os mais comuns:

  • Falta de energia,
  • Lentidão nos movimentos e pensamentos,
  • Sonolência,
  • Cansaço físico,
  • Constipação intestinal,
  • Pele seca,
  • Unhas quebradiças,
  • Queda de cabelo,
  • Inchaço, ganho de peso,
  • Sintomas depressivos,
  • Irregularidade menstrual, amenorreia,
  • Infertilidade.
Quais são as causas para o hipotireoidismo?

A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, aonde são produzidos anticorpos contra a própria glândula tireoide, desencadeando redução das células e menor produção dos seus hormônios.

Entretanto existem outras causas, como doenças inflamatórias, câncer, ressecção cirúrgica por outros motivos, reação a algum medicamento.

Para mais informações e esclarecimentos quanto à medicação, procure seu médico endocrinologista ou médico da família.

Pode lhe interessar também: Hipotireoidismo tem cura? Qual o tratamento?

Por que quem tem mais hormônios masculinos não engravida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Mulheres com excesso de hormônios masculinos, como a testosterona, podem ter dificuldade para engravidar porque esses hormônios impedem a ovulação. Os hormônios masculinos inibem a produção do hormônio FSH, responsável pela maturação dos óvulos. Sem ovulação, a mulher deixa de menstruar e não há gravidez.

É o que acontece, por exemplo, na Síndrome dos Ovários Policísticos, em que há irregularidade menstrual e até ausência de menstruação devido ao desequilíbrio hormonal.

O excesso de testosterona na mulher também pode ser decorrente do uso de anabolizantes, que podem suspender a ovulação e causar infertilidade.

Em grandes quantidades, a testosterona diminui a ação dos hormônios femininos e a mulher começa a desenvolver características masculinas: a voz fica mais grossa, o corpo perde as suas formas arredondadas, os pelos crescem além do normal, o maxilar fica mais largo, o clitóris fica maior, os seios menores e o apetite aumenta.

O uso de anabolizantes também dificulta a fixação do embrião na parede do útero, provocando abortos. Mesmo que ocorra a gravidez, há um risco maior de malformações fetais, pois os hormônios prejudicam o desenvolvimento dos órgãos genitais do bebê.

Contudo, ao suspender o uso do anabolizante, a mulher volta a ovular e a menstruação fica regularizada. Cerca de 3 meses depois da interrupção o organismo volta ao normal e ela já pode engravidar.

Se a mulher estiver tentando engravidar há pelo menos 12 meses consecutivos e não conseguir, ela e o seu parceiro devem procurar um médico de família, clínico geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.

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Quem tem ovário policístico pode engravidar?

Anticoncepcional faz desaparecer cistos nos ovários?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, o anticoncepcional não faz desaparecer os cistos nos ovários. Os cistos ovarianos causados por alterações hormonais, chamados cistos funcionais ou fisiológicos, geralmente não necessitam de tratamento e desaparecem sozinhos após 8 a 12 semanas.

O anticoncepcional é indicado quando os cistos provocam forte dor abdominal ou quando aparecem mais de uma vez. Nestes casos, os anticoncepcionais atuam para evitar a formação de novos cistos em mulheres que possuem esta tendência.

Em mulheres com síndrome do ovário policístico, os anticoncepcionais ajudam a reduzir o tamanho cistos e a amenizam os sintomas.

O ginecologista é o responsável por indicar a medicação e avaliar a resposta ao tratamento.

Cisto no ovário esquerdo em lilás. Diferença entre cisto no ovário e síndrome do ovário policístico

A diferença entre o cisto no ovário e a síndrome do ovário policístico está no tamanho e quantidade de cistos presentes no ovário.

1. Cisto no ovário

O cisto é uma pequena bolsa que contém líquido ou material semi-sólido em seu interior. Eles podem se desenvolver no ovário direito ou esquerdo devido a influências hormonais associadas ao período menstrual (cistos funcionais).

Na maior parte dos casos, os cistos funcionais não causam sintomas e desaparecem espontaneamente.

2. Síndrome do ovário policístico

A síndrome do ovário policístico é uma doença crônica, que não tem cura, também provocada por alteração hormonal e se caracteriza pela presença de vários microcistos de diferentes tamanhos no ovário direito ou esquerdo.

Além disso, a mulher pode apresentar alguns sintomas como: menstruação irregular, pelos no rosto, seios e abdome, acne, queda de cabelos, ou outros sinais mais graves como a dificuldade em engravidar (infertilidade), obesidade e depressão.

O tratamento consiste em amenizar os sintomas, evitar o surgimento de novos cistos e controlar o seu tamanho através do uso de anticoncepcionais. Nos casos de infertilidade, o tratamento inclui ainda o uso de medicamentos para a indução da ovulação.

Sintomas de cisto no ovário

Os cistos no ovário podem surgir e desaparecer sem provocar sintomas. Entretanto, quando os cistos aumentam de tamanho, se rompem ou ocorre uma torção do ovário, os sintomas aparecem e podem incluir:

  • Dor abdominal intensa, muitas vezes descrita pelas mulheres como dor no ovário direito ou esquerdo (a dor ocorre no ovário que contém o cisto)
  • Atraso menstrual
  • Fluxo menstrual irregular
  • Sensação constante de inchaço na barriga
  • Dor durante a ovulação
  • Desconforto ou dor durante o ato sexual
  • Náuseas e vômitos
  • Dificuldade para engravidar
Tratamento do cisto no ovário

O uso de anticoncepcionais está indicado nos casos de sintomas, que interfiram na qualidade de vida da mulher. A duração do tratamento varia entre 4 a 6 semanas. O uso prolongado de anticoncepcionais reduz o surgimento de novos cistos, mas não promove a diminuição do cisto já existente. Este cisto tende a desaparecer sozinho.

Em alguns casos, mais raros, pode ser necessário procedimento cirúrgico para retirar o cisto, como, por exemplo:

  • Cisto de conteúdo sólido ou líquido que não desparece;
  • Sintomas que não desparecem;
  • Cisto maior que 5 cm;
  • Mulheres na pré-menopausa ou menopausa.

Uma avaliação dos sintomas junto com a realização de exames de sangue para verificar a dosagem de hormônios ajudam no diagnóstico. O exame de imagem (ultrassonografia) é importante para determinar o tamanho e número de cistos.

Cisto no ovário é perigoso? Quando devo procurar o médico?

De forma geral, a presença de cisto no ovário não oferece riscos à vida e à saúde e raramente estão associados ao câncer. Entretanto, é preciso que você faça os seus exames ginecológicos preventivos de acordo com a orientação do ginecologista.

Busque o médico na presença dos seguintes sintomas:

  • Dor abdominal intensa na região do ovário
  • Febre
  • Vômitos
  • Sangramento vaginal abundante
  • Desmaios
  • Dificuldade respiratória

A presença destes sintomas pode indicar aumento do tamanho, rompimento ou torção do ovário e pode trazer riscos de vida, especialmente se houver sangramento vaginal intenso e dificuldade respiratória. Neste caso, busque atendimento médico o mais rápido possível.

Na ausência de sintomas, siga as orientações do ginecologista. Este mesmo profissional deve acompanhar o cisto para identificar alterações como crescimento e aumento do número de cisto.

Saiba sobre a relação de cistos com a infertilidade no artigo: Cisto no ovário causa infertilidade?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Troquei o Contracep pela Noregyna, voltarei a menstruar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente sim, mas é importante enfatizar que a Noregyna da mesma forma que o Contracep pode causar alterações menstruais, como irregularidade menstrual, diminuição do fluxo ou de dias do período em que se passa menstruada ou mesmo ausência da menstruação por um determinado período, é possível que a menstruação venha apenas ocasionalmente. Algumas mulheres continuam menstruando normalmente.

Todos esses efeitos desde a normalidade do sangramento mensal até a menstruação ocasional podem ocorrer sem motivos para preocupação.

As diferenças principais entre essas duas injeções são a composição e o tempo de ação. O Contracep é uma injeção anticoncepcional composta pelo acetato de medroxiprogesterona, um progestágeno de longa duração que faz efeito durante 90 dias, já a Noregyna é composta por dois hormônios, a Noretisterona, uma progesterona, e o valerato de estradiol, um estrógeno e seu efeito permanece por 30 dias.

Ambas tem a eficácia muito similar, ou seja, são muito seguras na proteção contra a gravidez. Geralmente a privação menstrual com a injeção de Medroxiprogesterona (Contracep) é mais duradoura, podendo levar a mulher a passar anos sem menstruar, além disso ao parar de fazer uso desse anticoncepcional a volta a fertilidade pode demorar um pouco mais a ocorrer do que com a injeção mensal.

Para maiores esclarecimentos procure o seu médico ginecologista ou médico de família.

Também podem lhe interessar:

Anticoncepcional injetável engorda?

Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?

Relação no décimo dia do ciclo posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, existe a chance de engravidar, embora seja pequena.

Toda a relação sem contraceptivos, oferece risco de gravidez. No seu caso, dez dias após a menstruação, estaria próximo ao período fértil, que em média se inicia no 11º dia para ciclo menstrual regular. No caso de ciclo irregular, já não conseguimos calcular com segurança esse período, fato que aumenta esse risco.

Saiba mais sobre o assunto em: Como calcular o Período Fértil? e Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?

A idade jovem também é um fator que pode aumentar o risco, visto que os jovens costumam apresentar espermatozoides com maior vitalidade, chegando a permanecer no corpo da mulher por até 5 dias, o que possibilitaria alcançar o período fértil e ovulação.

Vale ressaltar ainda, que além da gestação, é sempre importante lembrar do risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nas relações sem proteção, como por exemplo a gonorreia, clamídia, sífilis e HIV.

Portanto, recomendamos o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha, em todas as relações, por ser a única maneira de se proteger contra as DSTs.

Procure um ginecologista para maiores esclarecimentos.

Pode lhe interessar também: Eu posso fazer um exame de beta-hcg com quantos dias de atraso?

O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Cushing ocorre quando há um excesso de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais. O cortisol é muito importante para o organismo humano, porém, em excesso pode causar alguns danos prejudiciais à saúde.

Os sintomas da síndrome de Cushing dependerá da quantidade e duração do excesso do cortisol na corrente sanguínea, da concentração de outros hormônios supra-renais e das causas da síndrome, podendo ser:

  • Ganho de peso principalmente na região do pescoço, costas e abdômen;
  • Irregularidades menstrual;
  • Estrias na pele;
  • Acne, pele oleosa;
  • Crescimento de pelos na face e no tórax;
  • Perda e fraqueza muscular;
  • Perda óssea;
  • Intolerância à glicose e Diabetes;
  • Aumento da pressão sanguínea;
  • Doenças Cardiovasculares;
  • Trombose;
  • Aumento da susceptibilidade às infecções;
  • Problemas psicológicos como ansiedade, depressão, irritabilidade, insônia e ataques de pânico.

As pessoas com síndrome de Cushing devem ser tratadas adequadamente para evitar problemas fatais.

O/a médico/a endocrinologista é responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento do/a paciente com Síndrome de Cushing.

Continue a leitura em:

Síndrome de Cushing tem cura? Qual o tratamento?

Cortisol alto: Quais os sintomas e como é o tratamento?

Posso estar entrando na menopausa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Os sintomas da menopausa começam a se manifestar entre os 45 e 50 anos de idade e não costumam deixar os seios doloridos, nem causar náuseas e tonturas.

Os sintomas mais característicos da chegada da menopausa são:

  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Ondas de calor, suores noturnos;
  • Calor excessivo, sem que outros sintam a mesma temperatura;
  • Distúrbios do sono;
  • Secura vaginal e
  • Alterações de humor.

Com a aproximação da menopausa os ciclos menstruais ficam irregulares, tornando-se mais curtos ou mais longos. A quantidade de sangue da menstruação pode ser maior que o normal, mas o período de sangramento mais curto. A mulher pode inclusive ficar sem menstruar por mais de 2 meses.

As ondas de calor são mais perceptíveis quando a menopausa está próxima, sendo essa a queixa mais comum nessa fase.

As variações hormonais provocam também alterações de humor, alternando irritação e tristeza, além de desinteresse, dificuldade de concentração e até depressão.

Entretanto os sintomas podem variar e existem casos de menopausa precoce, por isso recomendamos agendar uma consulta com médico/a ginecologista para avaliação do seu caso e orientações adequadas.

Leia também: Que exames posso fazer para saber se estou na menopausa?

As 8 principais causas de menstruação prolongada e como parar o sangramento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de menstruação prolongada são: os miomas, pólipos, distúrbios de coagulação, uso de medicamento, adenomiose e a presença de um tumor.

É considerada menstruação prolongada, a menstruação que dura mais de 8 dias, mesmo que com pouco fluxo, visto que a menstruação considerada normal tem a duração de 4 a 8 dias apenas.

Contudo, a menstruação prolongada também pode ser normal, se acontecer nos extremos da vida reprodutiva da mulher, como na adolescência, ou próximo à menopausa. Nesse caso, a melhora acontece naturalmente, quando os hormônios estabilizarem.

Para definir a causa e o tratamento, é preciso procurar um ginecologista, e por vezes, realizar exames complementares como ultrassonografia ou exames de sangue.

1. Pólipos

Os pólipos são formações anormais de tecido que se forma dentro do útero. São considerados tumores benignos, que podem não causar sintomas, mas quando apresentam, os sintomas principais são de menstruação prolongada, dolorosa, com ou sem presença de coágulos e também é comum, apresentar eventos de sangramento fora do período menstrual.

O tratamento definitivo dos pólipos é através de pequenas cirurgias, podendo ser realizadas em consultórios, quando pequenos, ou ambiente hospitalar, se o médico entender mais seguro.

2. Miomas

Os miomas são tumores benignos, encontrados especialmente nas mulheres em idade reprodutiva, que podem não causar sintomas, ou desencadear sangramento prolongado com presença de coágulos e cólicas durante a menstruação.

A regressão desse tumor pode ser conseguido com uso de medicamentos, como as pílulas anticoncepcionais, ou com cirurgia para a ressecção do tumor. Cabe ao médico, de acordo com as condições de saúde e intensidade dos sintomas, decidir o melhor tratamento.

3. Problemas de coagulação

Os distúrbios de coagulação, como a hemofilia, e doença de von willebrand, também têm como sintoma típico, o prolongamento dos dias de menstruação. Além disso, apresenta outros sinais de sangramento espontâneo, como sangramento gengival durante a escovação de dentes e manchas roxas em áreas de protuberância óssea.

Na suspeita de problemas de coagulação, procure um hematologista, para avaliação e planejamento do tratamento mais indicado, o mais rápido possível.

4. Distúrbios hormonais

Como citado no início do artigo, nos primeiros ciclos menstruais, devido a imaturidade e constantes oscilações hormonais, é comum que a menina menstrue por mais dias, e passe um ou dois meses sem menstruar. Após o primeiro ano, as irregularidades não devem mais ser entendidas como algo normal.

Da mesma forma, as mulheres que estão próximas da menopausa, experimentam irregularidades menstruais, principalmente a ausência da menstrual, devido a falência ovariana. Mesmo assim, episódios de menstruação prolongada também podem acontecer, e são eventos normais.

5. Câncer

O tumor maligno, é uma causa mais rara de menstruação prolongada, porém deverá ser descartada. Principalmente nos casos de mulher com história de falta de apetite, perda de peso ou sangramento espontâneo, sem motivo aparente.

Cabe ao ginecologista analisar todos esses fatores, avaliar a necessidade de pedir exames de sangue e, definindo a causa, planejar junto a paciente o melhor tratamento.

6. Medicamentos que "afinam" o sangue

Mulheres que usam medicamentos anticoagulantes, aqueles que "afinam" o sangue, podem ter como efeito colateral, o aumento do fluxo da menstruação ou prolonga o tempo de sangramento, semelhante ao que ocorre nas pessoas com doenças hematológicas.

É preciso manter o controle rigoroso das doses dos medicamentos e informar imediatamente ao seu médico, se observar piora ou prolongamento do seu sangramento na menstruação.

7. Adenomiose

A adenomiose é a presença de nódulos de endométrio (tecido da camada interior do útero), na camada exterior do útero, o miométrio. Caracterizada por aumento do fluxo menstrual, cólicas e infertilidade.

O tratamento da adenomiose pode ser feito com medicamentos hormonais, cirurgia para retirada dos nódulos (se estiverem localizados) ou ainda cirurgia para remoção total do útero.

8. Abortamento

Um sangramento prolongado, que não é habitual do ciclo da mulher, acompanhado de cólicas intensas e presença de coágulos, pode sinalizar um problema grave, como um abortamento. Por isso, se houver atraso menstrual, possibilidade de gravidez, e iniciar esse tipo de sangramento, procure imediatamente um atendimento médico para avaliação e devido tratamento.

Menstruação prologada pode ser gravidez?

Não. No início da gravidez, pode até acontecer um discreto sangramento rosado, de pequeno volume, referente ao momento da implantação do óvulo no útero. Um sangramento que não dura mais de 3 dias e não causa mais sintomas.

Portanto, na suspeita de gravidez e início de sangramento, com presença de coágulos e/ou cólica, entre em contato imediatamente com o seu médico, ou um serviço de emergência, para avaliação médica.

Como parar o sangramento prolongado?

Para interromper ou reduzir o sangramento de uma menstruação prolongada, pode ser indicado é preciso procurar um ginecologista para definir o motivo desse sangramento, e assim, planejar a melhor opção de tratamento.

Os medicamentos frequentemente usados são:

  • Pílulas anticoncepcionais,
  • Dispositivo intrauterino (DIU),
  • Ácido Tranexâmico,
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (como o ibuprofeno),
  • Cirurgia, em casos que não respondem ao tratamento.

O mais importante, é procurar um ginecologista para diagnosticar e tratar o problema de forma correta e segura.

Quando procurar uma emergência?

Alguns sinais e sintomas são sugestivos de problemas mais graves, que devem ser avaliados rapidamente, em serviço de urgência médica. São eles:

  • dor abdominal,
  • febre alta,
  • sangramento com mau cheiro ou
  • suspeita de gravidez.

No entanto, se não houver sinais de alarme, mas a menstruação prolongada permanecer, procure um ginecologista para dar início a investigação do seu caso e oferecer as devidas orientações.

Conheça um pouco mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:

Tenho menstruação abundante: posso fazer alguma coisa para diminuir?

Existe um remédio para diminuir a menstruação?

O que fazer para parar a menstruação?

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Andrew M Kaunitz, e cols.; Approach to abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients. UpToDate; Oct 29, 2020.
  • Elizabeth A Stewart, et al.; Uterine fibroids (leiomyomas): Treatment overview. UpToDate; Jun 11, 2020.
Quais são os prováveis dias da menstruação descer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O esperado é que sua menstruação desça 2 a 3 dias após a parada da cartela do seu anticoncepcional. Com o uso do anticoncepcional oral hormonal o sangramento tende a ocorrer no período de intervalo entre uma cartela e outra, em qualquer dia nesse intervalo.

Além disso, nos primeiros meses de uso pode haver algumas alterações no padrão de sangramento, com a presença de sangramento de escape, diminuição do fluxo menstrual ou mesmo ausência da menstruação. Algumas mulheres também podem apresentar uma irregularidade menstrual, ou seja, a menstruação vir em períodos distintos a cada mês.

Todas essas possibilidades são normais, e caso esteja a tomar os comprimidos corretamente não há motivo para se preocupar.

Sangramento de privação ou menstruação?

O sangramento que ocorre durante o uso dos anticoncepcionais não é propriamente a menstruação em si, pois não é secundário a uma descamação do endométrio por mudanças nas concentrações fisológicas hormonais. Esse sangramento que ocorre na pausa da cartela se deve a privação dos hormônios ingeridos na pílula, por isso, é chamado de sangramento de privação.

Quando não se está em uso de anticoncepcionais orais hormonais, a menstruação desce cerca de 14 dias após a ovulação. O dia em que ocorre a ovulação pode variar de mulher para mulher e pode variar mensalmente para cada mulher.

Em média ciclos menstruais que duram 28 dias, a mulher ovula na metade do ciclo, no décimo quarto dia, portanto irá menstruar após 14 dias da ovulação, completando o seu ciclo menstrual.

Para mais informações sobre menstruação e sangramento durante o uso da pílula anticoncepcional consulte o seu médico de família ou ginecologista.

É normal a menstruação depois da gravidez ser diferente?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é normal que a menstruação depois da gravidez seja diferente nos primeiros meses, com um fluxo menstrual mais intenso e com um sangramento que dura mais do que antes da gestação, mas isso volta ao normal com o tempo.

É importante lembrar que o sangramento que começa logo após o parto e pode durar cerca de 40 dias não é menstruação, mas sim restos do material que revestia o útero durante a gestação e que o corpo está eliminando. Este fluxo normalmente é mais intenso e irregular que o da menstruação.

Depois desse período, conhecido como resguardo, a mulher ainda pode ficar meses sem menstruar, no caso de estar amamentando exclusivamente, porque os hormônios produzidos durante o aleitamento impedem a ovulação.

No entanto, quando o bebê deixa de ser alimentado exclusivamente com leite materno e começa a ingerir fórmulas ou comidas sólidas, a mulher já pode voltar a ter menstruação, da mesma maneira que ocorria antes da gravidez.

Há casos de irregularidade do ciclo menstrual entre mulheres que ganharam muito peso durante a gestação, mas que tende a normalizar à medida que a mulher reestabelece seu peso.

O fluxo menstrual também pode ser mais leve do que antes da gravidez se a mulher começar a tomar pílula anticoncepcional, usar DIU ou tomar pílulas que são exclusivamente de  progesterona.

Se houver uma alteração muito significativa entre a menstruação antes e depois da gravidez, a mulher pode consultar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma investigação detalhada.