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O que pode ser fraqueza nas pernas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A fraqueza nas pernas tem várias causas possíveis, entretanto podemos dizer que as mais comuns, na nossa população, são a má circulação do sangue, a falta de exercícios físicos e a fibromialgia.

Dentre as várias causas possíveis, destacamos as:

  • Doenças vasculares (insuficiência vascular)
  • Doenças neurológicas
  • Doenças musculares
  • Doenças metabólicas
  • Transtornos psicológicos, entre outras.
Doenças vasculares

As doenças vasculares são as causas mais comuns de fraqueza nas pernas na nossa população, podendo acometer veias, artérias ou ambas. Condições como obesidade, sedentarismo, tabagismo, distúrbios hormonais e história familiar, são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças vasculares.

Insuficiência venosa

Trata-se de uma deficiência nas veias, que ocorre mais entre as mulheres, pessoas que passam muitas horas em pé e idosos. Normalmente está associada à dor nas panturrilhas, sensação de peso e cansaço nas pernas, mais prevalente no final do dia. Podem ser verificados sintomas como "vasinhos" (telangiectasias), varizes, dores nas pernas e inchaço.

Insuficiência arterial (claudicação intermitente)

Deficiência na circulação das artérias. Um quadro que acomete com maior frequência idosos, sobretudo tabagistas. Geralmente ocorre um ou mais episódios de dor intensa na perna, em pontada, durante ou logo após caminhadas mais longas, subir vários degraus de escada ou uma rua mais íngreme, ou seja, exercício intenso. É normal a pessoa precisar parar de caminhar por causa da dor. O repouso durante alguns minutos normalmente melhora os sintomas.

Doenças neurológicas

Inúmeras doenças neurológicas podem causar fraqueza nas pernas, mas podemos citar como as mais frequentes: Fibromialgia, AVC ("derrame cerebral"); neuropatia diabética (uma complicação comum do diabetes mau controlado ou de longa data); hérnia de disco, mielite transversa aguda (inflamação na medula) e a síndrome de Guillain-Barré.

Mais raramente, a esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica e as suas variações.

Doenças musculares

Um grupo de doenças que têm como principal sintoma a fraqueza muscular são as miopatias. A miopatia é uma doença que afeta a fibra do músculo, causando fraqueza muscular progressiva e dificuldade crescente de locomoção.

No início, as miopatias não causam sintomas. Depois, surge a fraqueza muscular, que piora gradativamente, até ocorrer a atrofia da musculatura e dificuldade de realizar tarefas simples como subir ou descer escadas, levantar-se, entre outras.

Por isso, pessoas com miopatia geralmente são intolerantes ao exercício físico.

As causas podem ser genéticas, hereditárias ou ainda inflamações, infecções, tumores e doenças reumáticas.

Doenças metabólicas

A fraqueza nas pernas também pode ser um sintoma de distúrbio hidroeletrolítico, como níveis de sódio ou potássio muito baixos, por exemplo após episódios de vômitos, má alimentação ou desidratação.

Doenças da tireoide, glândula suprarrenal ou outras glândulas do corpo, podem causar a redução de eletrólitos e hormônios responsáveis pelo metabolismo normal, causando assim sensação de fraqueza e cansaço constante. São exemplos, o hipotireoidismo, a doença de Addison e hiperparatireoidismo.

Transtornos psicológicos

Os transtornos psicológicos como depressão, transtorno de ansiedade e síndrome da fadiga crônica, tem como sintomas, a fadiga, mal-estar e fraqueza nas pernas. Portanto, devem sempre ser investigados.

Outras possíveis causas de fraqueza nas pernas

Outras causas de fraqueza nas pernas incluem períodos menstruais ou pré-menstruais, doenças crônicas de reumatismo, sobrepeso e alimentação ruim. Além dessas, algumas situações mais graves e preocupantes como botulismo e envenenamento (inseticidas, ostras), devem ser pesquisadas, pelo risco de vida que oferecem.

O diagnóstico dependerá da avaliação médica criteriosa, e quando necessário, exames complementares.

Na presença de fraqueza nas pernas, especialmente se houver dificuldade para andar, piora progressiva e mais sintomas, recomendamos agendar uma consulta com médico(a) clínico(a) geral, angiologista ou neurologista, para uma melhor avaliação.

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O que pode causar coceira nas pernas?
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Medicina de Família e Comunidade

Coceira nas pernas pode ser sinal de diversas doenças e condições, como má circulação, pele seca, alergia, picadas de inseto, dermatite, uso de sabonetes antibacterianos ou buchas na hora do banho, entre outras causas.

Se a coceira nas pernas piorar à noite, pode ser sintoma de escabiose, popularmente conhecida como "sarna". Nesses casos, a coceira afeta também outras partes do corpo, principalmente abdômen, parte interna dos braços, áreas genitais e coxas.

Coceira no corpo que piora à noite também pode indicar doenças no fígado, como tumores ou cirrose biliar primária.

Veja também: Coceira que piora durante a noite: o que pode ser?

Quando a coceira nas pernas é causada por má circulação, a pessoa também poderá apresentar inchaço nos tornozelos e pés, presença de varizes, dor nas pernas ao caminhar, sensação de dormência, formigamento ou queimação, alterações na temperatura do membro inferior, presença de feridas e manchas nas pernas.

Saiba mais em: Má circulação nas pernas: como identificar e tratar?

dermatite é outra causa comum de coceira no corpo e caracteriza-se pelo aparecimento de manchas avermelhadas que descamam e coçam. Pode ser causada por produtos de limpeza, higiene pessoal e beleza, substâncias químicas, efeito secundário de algum medicamento, entre outros.

Já a urticária caracteriza-se pelo aparecimento repentino de placas avermelhadas e elevadas na pele que causam coceira intensa. Pode ter diversas causas, sendo que alguns medicamentos estão entre as principais delas.

Leia também: O que é urticária?

Em caso de coceira nas pernas ou em qualquer outra parte do corpo, procure o/a médico/a de família ou dermatologista para receber um diagnóstico e seguir um tratamento adequado.

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Formigamento nas pernas, o que pode ser?
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Médico

O formigamento nas pernas ou parestesia pode ser causado por uma situação passageira devido ao posicionamento das pernas, como ocorre ao sentar-se sobre elas ou mantê-las cruzadas por muito tempo, levando à uma compressão de nervos ou a uma redução da circulação sanguínea.

O transtorno de ansiedade, que é um distúrbio psiquiátrico, também causa a sensação de formigamento nas pernas e em outras partes do corpo. Além dele, existem outros distúrbios que podem causar formigamento nas pernas e que são, geralmente, acompanhados de outros sinais e sintomas.

 Alguns distúrbios que podem causar, além de outros sintomas, a sensação de formigamento nas pernas são: diabetes, o acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame, como também é conhecido, as ateroscleroses e tromboses, a deficiência de vitamina B 12, a hérnia de disco e as neuropatias periféricas.

Quando a sensação de formigamento nas pernas não for uma situação passageira deve-se procurar o atendimento médico o mais breve possível para diagnosticar a sua causa e evitar complicações.

Sou laqueada e a minha menstruação está atrasada. Posso estar grávida?
Dra. Nicole Geovana
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É possível engravidar mesmo que tenha feito laqueadura. Apesar de ser muito pequena, existe sim uma possibilidade da cirurgia reverter, independentemente do tempo que a laqueadura foi feita e da idade da mulher.

O que influencia a eficácia da laqueadura é o momento em que ela é feita. Sabe-se que quando a laqueadura é realizada na cesárea, as chances de reversão são muito maiores do que quando ela é feita bem depois da cirurgia.

Mesmo assim, a probabilidade de engravidar é bem pequena. Se a sua laqueadura foi feita no momento da cesárea, o risco de ficar grávida é de 0,01%. Porém, se fez a laqueadura bem depois da cesárea, a chance de engravidar é 10 vezes menor.

Portanto, se você fez laqueadura e está com mais de 15 dias de atraso na menstruação e outros sintomas de gravidez, deve falar com o médico ginecologista, médico de família ou clínico geral para fazer um exame de gravidez. Embora não seja comum, você pode estar grávida, mesmo laqueada.

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Má circulação nas pernas: como identificar e tratar?
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Os principais sinais e sintomas de má circulação nas pernas incluem inchaço nos tornozelos e pés, presença de varizes, dor nas pernas ao caminhar, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura do membro inferior, presença de feridas e manchas nas pernas.

Entretanto, os sinais de má circulação variam conforme a origem do problema. Quando a má circulação afeta as artérias, há uma diminuição da irrigação sanguínea nas pernas, causando dor ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar.

Se a má circulação estiver relacionada com as veias, o sangue terá dificuldade em retornar ao coração e ficará acumulado no membro inferior. Nesses casos, os principais sinais são o inchaço, principalmente nos tornozelos e pés, e a presença de varizes. Além disso, a má circulação venosa também pode causar coceira, dor, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas.

A má circulação arterial afeta principalmente pessoas sedentárias, fumantes, hipertensas, diabéticas, com colesterol alto e história familiar de problemas de circulação. Já a má circulação venosa ocorre principalmente em mulheres e está relacionada com idade, fatores hormonais e genéticos, excesso de peso, gravidez, falta de atividade física e posturas (permanecer sentada ou em pé por muito tempo).

O tratamento da má circulação depende da causa, podendo incluir, principalmente, mudanças no estilo de vida, uso de meias elásticas, medicamentos. Não fumar, praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação saudável, controlar a pressão arterial, o diabetes e o colesterol, evitar usar roupas apertadas, usar meias elásticas, diminuir o consumo de sal e açúcar, controlar o peso e evitar o uso de hormônios são algumas medidas indicadas para tratar a má circulação. Em alguns casos de maior gravidade pode estar indicada a realização de cirurgia.

Saiba mais em: Como posso melhorar a circulação sanguínea nas pernas?

Em caso de sintomas de má circulação, consulte um médico de família para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário encaminhamento para um angiologista.

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Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
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As principais causas de dor nas pernas são a má circulação e os problemas osteomusculares, sobretudo a dor miofascial. Outras causas de dor nas pernas podem incluir cisto de Baker, traumas, lesões esportivas, excesso de esforço físico, compressão de nervo, entre outras. Os principais sinais e sintomas de má circulação incluem inchaço nos tornozelos e pés, varizes, dor nas pernas ao caminhar ou em repouso, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura, presença de feridas e manchas nas pernas. A má circulação também é a maior responsável pela dor nas pernas durante a gravidez. Isso ocorre porque o aumento do útero provoca uma compressão das veias da pelve, o que dificulta o retorno do sangue para o coração. O resultado é a insuficiência venosa, que além de causar dor nas pernas, aumenta o risco de trombose venosa.

Dor nas pernas pode ser sintoma de insuficiência venosa?

Sim, a insuficiência venosa dificulta o retorno do sangue, que fica acumulado em pernas e pés. Nesses casos, a dor nas pernas ocorre mais ao final do dia, podendo surgir em repouso. A pessoa sente as pernas cansadas e pesadas, os pés e os tornozelos ficam inchados e geralmente são observadas varizes. Também pode haver coceira, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas. A insuficiência venosa afeta principalmente mulheres. O problema está relacionado com a idade, gravidez, posturas (passar muitas horas em pé ou sentada), falta de atividade física, excesso de peso, fatores hormonais e genéticos.

Dor nas pernas é sintoma de insuficiência arterial?

Sim, quando a má circulação afeta as artérias, temos um quadro de insuficiência arterial. A irrigação sanguínea diminui, causando dor nas pernas ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar. Esse tipo de má circulação afeta sobretudo indivíduos sedentários, fumantes, com pressão alta, diabetes, colesterol alto e história de problemas de circulação na família.

O que é a dor miofascial?

A dor miofascial é um distúrbio local de origem nervosa e muscular. A síndrome dolorosa miofascial, como é chamada a doença, caracteriza-se pela dor muscular em áreas endurecidas do músculo. A dor normalmente surge e se agrava com esforços físicos, com tendência a aliviar com o repouso. Essa dor miofascial é decorrente de tensão e contraturas em um músculo. As áreas afetadas apresentam tensão palpável na musculatura, que pode ser sentida pela presença de nódulos dolorosos. Um sintoma muito característico da síndrome dolorosa miofascial é a presença de pontos que podem desencadear uma forte dor se forem pressionados.

Esses pontos estão presentes em lugares bem definidos, cujas áreas são pequenas e apresentam muita sensibilidade à dor. Quando pressionados, despoletam uma dor local que pode inclusive irradiar para outra parte do corpo, mais distante do seu local de origem. A síndrome dolorosa miofascial afeta não só os músculos, mas também ligamentos, tendões, bursas (bolsas que recobrem as articulações), fáscias (tecido que recobre o músculo) e ainda tecidos ao redor da articulação. A dor miofascial pode ter como causa traumatismos, mau condicionamento físico, diabetes, alterações na tireoide, doenças reumatológicas, estresse, má postura, distúrbios no metabolismo, movimentos repetitivos, processos degenerativos, inflamações, infecções, câncer, entre outras. Contudo, a sua causa mais comum é o esforço muscular intenso.

Se a dor nas pernas não passar ou vier acompanhada de algum dos sintomas mencionados no artigo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um cirurgião vascular.

Veja também: É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?

Manchas roxas aparecendo nas duas pernas... o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
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A presença de manchas roxas na pele significa que houve extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos em baixo da pele.

Trauma, fragilidade capilar, doenças dos vasos sanguíneos e doenças relacionadas com a coagulação sanguínea são as principais causas de manchas roxas.

Algumas características individuais também aumentam o risco de equimoses (manchas roxas). Idosos tem maior tendência a apresentarem manchas roxas na pele, devido a maior fragilidade da pele e dos vasos sanguíneos.

Mulheres também costumam apresentar mais casos de equimoses e hematomas do que os homens. Algumas pessoas apresentam uma história familiar de hematomas, por isso também são mais suscetíveis a apresentar manchas roxas.

Essas manchas são chamadas de equimoses quando ocorrem devido ao rompimento de pequenos vasos, e deixam a pele roxa.

Quando ocorrem devido à rutura de vasos maiores, levando a formação de grandes coleções sanguínea são chamadas de hematomas, nesse caso além do aparecimento de uma mancha roxa também pode ocorrer abaulamento da região.

Manchas roxas sem razão aparente

Algumas pessoas podem apresentar manchas roxas na perna sem razão aparente, diferentes condições podem levar a esse sintoma, como:

  • Traumas: a principal causa de hematomas é a ocorrência de pancadas na pele;
  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem apresentar como efeitos colaterais a presença de sangramento, levando ao surgimento de equimoses e hematomas. Os principais medicamentos associados a esses efeitos são a aspirina, clopidogrel, varvarina e outros anticoagulantes. O uso de corticoesteroides também pode aumentar o risco de hematomas;
  • Tabagismo;
  • Uso abusivo de álcool;
  • Desnutrição e deficiências de vitaminas: a deficiência de vitaminas K e C pode levar a quadros hemorrágicos, provocando manchas roxas;
  • Consumo excessivo de suplementos alimentares contendo ginkgo biloba, alho ou óleo de peixe.
Doenças que podem provar manchas roxas

Diferentes doenças também podem provocar sangramento, que levam ao aparecimento de hematomas:

  • Distúrbios hemorrágicos ou da coagulação: como a hemofilia, a doença de Von Willebrand, a trombocitopenia também podem ocasionar esses sintomas.
  • Desnutrição e deficiências de vitaminas: a deficiência de vitaminas K e C pode levar a quadros hemorrágicos, provocando manchas roxas.
  • Doenças hepáticas: como a cirrose.
  • Doenças autoimune: como a trombocitopenia imune primária e o lúpus.
  • Vasculite: uma doença que leva uma inflamação dos vasos sanguíneos que ocorre de origem autoimune.
  • Alguns tipos de câncer: como a leucemia, o mieloma múltiplo ou o linfoma de Hodgkin.
  • Sepse: reação grave do corpo a processos infecciosos.
Quando devo procurar um médico?

Caso apresente frequentemente hematomas sem motivo aparente, ou que não apresentam melhora após 1 a 2 semanas, ou que surgiram após o início de um novo medicamento consulte um médico para uma avaliação.

Se notar o surgimento de hematomas graves, desproporcionais após trauma ou pequenas lesões também consulte um clínico geral, ou médico de família, para uma avaliação inicial.

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Manchas roxas no corpo, podem ser leucemia?

Tenho veias muito altas nos pés, pernas, mãos e braços, porquê? Tem solução?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Ter veias altas nos pés, pernas, mãos e braços é uma característica física individual e normal, possivelmente causada por elas estarem mais próximas da pele (superficiais) ou ainda, devido à pouca gordura do tecido subcutâneo em pessoas mais magras ou musculosas. Porém, veias dilatadas nas pernas podem ser varizes que tendem a piorar ao ficar muito tempo em pé e na gravidez. Os sintomas das varizes podem ser: sensação de desconforto e peso nas pernas e pés, tornozelos inchados, formigamentos, dores nas pernas.

O uso de meias elásticas, fazer caminhadas para melhorar a circulação, evitar ficar em pé parado por muito tempo e deitar ou sentar elevando as pernas acima do nível do coração, sempre que possível, pode reduzir os desconfortos causados pela varizes.

O cirurgião vascular é o especialista a ser consultado para o diagnóstico e tratamento dos problemas relacionados com as veias e artérias.

Como posso melhorar a circulação sanguínea nas pernas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Algumas medidas recomendadas para melhorar a circulação sanguínea nas pernas:

  • Evitar manter as pernas pendentes por muito tempo, principalmente ao se sentar ou quando estiver em pé por muito tempo: Quem trabalha sentado deve se levantar e andar um pouco a cada 2 horas para movimentar a musculatura da perna. Quando não for possível se levantar, deve exercitar as pernas mesmo sentado, levantando e abaixando os pés e fazendo movimentos giratórios sempre que possível;
  • Praticar exercícios físicos aeróbicos leves: Atividades como caminhada, hidroginástica, andar de bicicleta movimentam e fortalecem os músculos da panturrilha, melhorando o bombeamento do sangue das pernas para o coração e, consequentemente, a circulação sanguínea nas pernas. Os músculos da panturrilha tem um papel muito importante na circulação sanguínea das pernas, sendo considerados o "segundo coração" do corpo;
  • Utilizar meias elásticas:  As meias compressivas elásticas são muito indicadas para melhorar a circulação sanguínea das pernas, mas devem ser prescritas por um/a médico/a. Se forem apertadas demais podem piorar o quadro;
  • Controlar o peso: Quando o corpo está com peso acima do apropriado para a altura, há uma desregulação dos líquidos e proteínas corporais o que facilita a formação de edema nas pernas;
  • Deitar-se com as pernas elevadas: Elevar ar pernas na hora de dormir, colocando almofadas embaixo dos pés e pernas ajuda o sangue a sair das pernas e voltar para o coração, favorecendo a circulação sanguínea.

A má circulação sanguínea nas pernas pode deixar as pernas e os pés inchados, cansados e doloridos, além de favorecer o surgimento de varizes.

Saiba mais em: Má circulação nas pernas: como identificar e tratar?

O/a angiologista é o/a médico/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar os problemas  relacionados com a circulação sanguínea.

Tomar injeção de Mesigyna® pode diminuir vontade de ter relações sexuais e causar dor nas pernas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tomar injeção de Mesigyna® ​pode diminuir a vontade de ter relações sexuais (libido), embora esse efeito secundário seja incomum, ou seja, atinge entre 1 e 10 em cada 1.000 usuárias do anticoncepcional.

É importante lembrar que existem muitos fatores que interferem no desejo sexual feminino. Deve-se levar em consideração fatores psicológicos, como estresse, problemas que estão interferindo no momento da relação afetiva, fatores físicos, como inflamações, infecções ou outras doenças, além do uso de medicamentos.

Há poucas evidências científicas de que o uso de anticoncepcionais hormonais interfere no desejo sexual das mulheres.

Assim, o fator hormonal deve ser considerado em último caso, depois de esgotados todos os outros possíveis fatores que possam estar interferindo na libido.

Já a dor nas pernas não é um efeito secundário que se possa esperar, embora não seja impossível de ocorrer.

No entanto, é preciso estar atenta aos seguintes sintomas:

  • Inchaço de apenas uma perna;
  • Dor ou sensibilidade na perna sentida apenas quando se está em pé ou andando;
  • Sensação de calor, vermelhidão ou mudança na coloração da pele da perna.

Esses sintomas podem ser sinal de uma trombose venosa profunda e sabe-se que existe uma correlação entre o uso de contraceptivo hormonal combinado e o risco aumentado de coágulos principalmente no primeiro ano de uso.

A Mesigyna® é um anticoncepcional injetável que deve ser utilizado todo mês. Os efeitos colaterais geralmente são presentes nos primeiros meses de administração, porém depois desse período de adaptação ela é bem aceitável pelas mulheres. Os efeitos colaterais mais relatados pelas mulheres são alterações no ciclo menstrual, dor e sensibilidade nas mamas, instabilidade no humor, dores de cabeça e aumento do peso.

Se você está usando a injeção de Mesigyna® e apresenta algum desses ou outros sintomas procure o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Quando a criança (bebê) começa a ter firmeza nas pernas? Com quantos meses?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Nenhum bebê nesta idade (6 meses) deve ter força suficiente para ter firmeza nas pernas, no máximo ficar sentada com o corpo ereto. A idade ideal para a criança começar a ficar firme de pé e apoiada é entre 9 a 12 meses. Mas eu já tive crianças que eram perfeitamente normais e ficaram com as pernas firmes muito depois de um ano de idade. Cada criança tem seu tempo certo, esteja sempre atenta ao desenvolvimento de sua filha e qualquer dúvida consulte o pediatra.

O que é a síndrome das pernas inquietas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio neurológico caracterizado por uma sensação de desconforto nos membros inferiores que provoca uma vontade incontrolável de movimentar as pernas. Os sintomas da síndrome das pernas inquietas se manifestam quando a pessoa está em repouso, sobretudo na hora de dormir.

A síndrome pode causar, além do desejo incontrolável de movimentar as pernas, outros sintomas como formigamento, coceira ou perda de sensibilidade na perna entre o tornozelo e o joelho.

A movimentação parece aliviar os sintomas, que começam ou pioram durante períodos de repouso. Também é frequente os sintomas se agravarem ao fim do dia ou à noite, antes de ir para a cama ou logo após se deitar.

O distúrbio é mais comum em mulheres entre 25 e 40 anos de idade, com tendência à piorar na terceira idade.

Complicações da síndrome das pernas inquietas

A necessidade de mexer as pernas prejudica a qualidade do sono, devido a própria movimentação e microdespertares causados pelo sintoma. O que impede a pessoa de passar por todas as fases do sono e devida recuperação do metabolismo do corpo.

Por isso, além dos sintomas clássicos da síndrome, o paciente com frequência se queixa de cansaço, sonolência diurna, irritação, dificuldade de concentração e problemas de memória. Referem também dificuldade em realizar viagens longas, idas ao cinema, entr eoutras atividade de lazer simples e prazerosas, trazendo prejuízos significativos à qualidade de vida.

Causas da Síndrome das pernas inquietas

Cerca de 30% dos casos de síndrome das pernas inquietas tem como causa fatores genéticos. Outras causas incluem falta de ferro, gravidez, abuso de estimulantes e bebidas alcoólicas, tabagismo, uso de medicamentos antidepressivos e antipsicóticos, doenças renais e degenerativas, como o Mal de Parkinson. E em aproximadamente 30% dos casos, a síndrome tem causa desconhecida.

Tratamento

O tratamento da síndrome das pernas inquietas é feito com medicamentos que estimulam a produção de dopamina, um neurotransmissor que parece estar deficiente nas pessoas com o distúrbio. Essa substância conduz os impulsos nervosos e a sua diminuição ou a falta no organismo afeta os movimentos do corpo.

Outros remédios que também são usados para tratar a síndrome são os anticonvulsivantes e os benzodiazepínicos (calmantes), embora não seja um consenso.

Ainda, faz parte do tratamento da síndrome das pernas inquietas adotar hábitos que ajudam a melhorar os sintomas, como ter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, reduzir o consumo de cafeína e estimulantes, tomar suplementos de ferro e vitaminas em caso de anemia.

O diagnóstico e tratamento da síndrome das pernas inquietas é da responsabilidade do médico neurologista.

Saiba mais em: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?