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Pressão baixa, desmaios, boca e unhas roxas e queda de cabelo, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Pressão baixa, desmaios, boca e unhas roxas e queda de cabelo pode ser um distúrbio endocrinológico chamado doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal crônica ou hipocortisolismo, é um distúrbio causado pelo mal funcionamento das glândulas adrenais, que ficam na região acima dos rins, no qual ocorre uma redução significativa da produção do hormônio cortisol e, algumas vezes, da aldosterona.

Alguns sintomas da insuficiência adrenal crônica são: fadiga e fraqueza, emagrecimento, queda de cabelos, escurecimento da pele nas áreas mais expostas ao sol e nas dobras do corpo, pressão baixa, tontura e desmaios, dores na barriga, na cabeça e musculares, diarreia, irritabilidade e depressão, vontade de comer sal e alimentos salgados, hipoglicemia, enjoos e vômitos.

A doença de Adisson pode ser causada por uma alteração do sistema imunitário do organismo que o leva a produzir anticorpos contra suas próprias glândulas adrenais e que passam a agredi-las. A insuficiência adrenal crônica também pode ser provocada por outras doenças como a tuberculose, AIDS, tumores, hemocromatose, sarcoidose, hiperplasia adrenal congênita e pelo uso crônico de alguns medicamentos.

O  diagnóstico e tratamento da insuficiência adrenal é feito pelo endocrinologista.

Estou com manchas avermelhadas no couro cabeludo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Provavelmente é uma micose, mas a maioria das micoses de couro cabeludo são resistentes ao cetoconazol. Para ter certeza do que é o ideal é fazer um exame (raspado de couro cabeludo) volte para o dermatologista.

Queda de cabelo feminino, o que pode ser? Como tratar?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A queda de cabelo feminino pode ter muitas causas, como doenças no couro cabeludo ou no organismo, falta de vitaminas, uso de produtos químicos ou devido à herança genética. O sucesso do tratamento para a queda de cabelos no homem ou na mulher depende da identificação da sua causa. Quando não há possibilidade de interromper a queda ou estimular o crescimento do cabelo com medicamentos, o transplante de cabelos pode ser uma solução.

Algumas causas e tratamentos para a queda de cabelo:

  • herança genética, o tratamento é feito com o uso de medicamentos para para tentar minimizar a queda e estimular o crescimento dos fios,
  • doenças hormonais, como o hipotiroidismo ou doença de Addison, deve-se tratar a doença assim que for diagnosticada,
  • doenças do couro cabeludo, como caspa, foliculites e tinea capitis, devem ser tratadas com shampoos específicos e medicamentos,
  • produtos químicos, como tinturas, alisantes e descolorantes, quando usados exageradamente ou em concentrações inadequadas podem levar à queda dos cabelos,
  • o esticamento ou tração dos cabelos, tanto em penteados frequentes como mantendo-os presos e repuxados constantemente, podem contribuir para a sua queda,
  • equipamentos térmicos, como as pranchas ou chapinhas e outros aparelhos que usam calor para arrumar os cabelos, podem acelerar sua queda,
  • doenças auto-imunes, como alopécia areata e lúpus eritematoso sistêmico,
  • deficiência de vitaminas como as vitamina A, B, D podem levar à queda de cabelos, sendo evitadas com uma alimentação variada e saudável, ou com o uso suplementar de vitaminas quando houver problemas relacionados à sua má absorção,
  • tricotilomania, distúrbio psiquiátrico no qual a pessoa arranca os cabelos, deve ser tratado pelo psiquiatra e psicólogo,
  • medicamentos, como os usados para tratamento do câncer.

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Antibiótico pode causar queda de cabelo?

Ovários policísticos podem causar queda de cabelo?

O dermatologista é o especialista que poderá diagnosticar a causa da queda de cabelos, orientar o seu tratamento ou o encaminhamento à outros profissionais da saúde.

Estou com muita queda de cabelos, o que eu faço?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para queda de cabelos depende da sua causa, o que pode ser bastante variado. Os problemas genéticos e envelhecimento natural do organismo, são as causas mais comuns, e devem ser tratados com medicamentos e procedimentos que retardam a sua queda.

Nos casos de carência nutricional, anemia e problemas de ansiedade, a correção do problema pode resolver completamente a queda de cabelos.

Seja qual for a causa, precisa procurar um médico dermatologista, para investigar a fundo a causa da sua queda de cabelo, e iniciar o quanto antes o melhor tratamento, para o seu caso.

Tratamento para reduzir a queda de cabelos

São muitas as opções para tratamento de queda de cabelos atualmente. Após definir a causa do problema, o médico poderá indicar as melhores opções. Dentre elas podemos destacar:

1. Solução de minoxidil

A solução de minoxidil a costuma ser um dos tratamentos preconizados em diversos tipos de alopécia, como na alopécia androgenética, uma das causas mais frequentes de queda de cabelo.

As doses e modo de uso, deve ser definida caso a caso pelo médico especialista.

2. Solução de 17 alfa estradiol (Avicis®)

A solução tópica com 17 alfa estradiol, comercializado pelo nome Avicis®, é indicado para os casos de alopécia androgenética, porque age inibindo a enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão da testosterona em diidrotestosterona, um hormônio que pode acelerar o processo de morte do fio.

A resposta ao tratamento é bastante variada, e não deve ser usado por mulheres grávidas, amamentando, ou menores de 18 anos.

3. Medicamentos orais (finasterida, anticoncepcionais combinados, progesterona e espironolactona)

Os medicamentos orais, como a finasterida, é mais um tratamento indicado na alopécia androgenética, mas pode ser usado em outras causas também.

Os anticoncepcionais combinados, progesterona e espironolactona, são indicados em queda de cabelo relacionada a alterações hormonais, por exemplo, a queda de cabelo associada a sindrome do ovário policístico.

4. Lasers que podem estimular o crescimento dos fios

Os procedimentos com laser de baixa intensidade, especialmente nos casos de alopécia de origem genética, oferecem boa resposta em estimular o crescimento dos fios e evitar a sua queda precoce.

5. Transplante de cabelo, nos casos mais acentuados

Alguns casos são indicados o transplante de cabelo. Porém, nem todos sçao elegíveis, é preciso que o fio tenha uma boa densidade, para suportar a sua retirada de uma região e implante em outra. A avaliação deve ser feito pelo médico especialista.

6. Ansiolíticos e antidepressivos para casos de transtornos de ansiedade

Embora não seja um tratamento espe´cifico para o fio do cabelo, nos casos em que os trasntornos de ansiedade e depressão sejam a causa da queda do caeblo, o tratamento mais eficaz será com medicamentos para esse problema.

O médico psiquiatra e/ou psicólogo também devem participar deste tratamento.

É possível prevenir a queda de cabelo?

Se a causa da queda de cabelos for a alopecia androgenética, não há como prevenir, já que se trata de um problema genético. Para outras situações, alguns cuidados podem ajudar a diminuir a queda de cabelo, como bons hábitos de vida, e cuidados com o cabelo.

Cuidados gerais para ajudar na queda de cabelo

A alimentação tem papel importante no tratamento da queda de cabelo. O consumo de frutas, verduras, proteínas e ferro é essencial para garantir o nascimento e o crescimento dos fios de cabelo.

Evitar o uso abusivo de produtos químicos, como alisamentos e tinturas à base de amônia, pois danificam os fios, deixando-os frágeis e quebradiços, o que acentua a queda de cabelos.

Ter um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, ajuda a evitar a queda de cabelos. O uso de suplementos também auxilia na prevenção da perda excessiva de cabelos.

Realizar atividade física de forma regular, ou acompanhamento psicológico, quando for necessário, auxilia tanto o equilíbrio hormonal quanto mental, favorecendo no tratamento.

Lavar os cabelos todos os dias não faz o cabelo cair, no entanto, se após lavar secar o cabelo com secador, é importante evitar temperaturas altas e manter uma distância de pelo menos 30 centímetros do cabelo, para não agredir os fios.

Além disso, evitar a tração, como puxar muito o cabelo com escova, na hora de secá-lo. Procure secar apenas com as mãos, quando for possível.

As pinturas no cabelo não devem ser feitas mais de uma vez por mês e aconselha-se evitar pintar os cabelos no mesmo dia de realizar outro tratamento danoso ao cabelo, como alisamento por exemplo.

É importante lembrar que a calvície deve ser tratada com profissional especializado, receitas caseiras e xampus fortificantes não são capazes de resolver o problema.

Vale lembrar que a queda de cabelo nem sempre é sinal de doença. É normal perder por dia cerca de 100 fios de cabelo, entretanto, cabe ao médico avaliar e definir o motivo e devidas orientações.

Tipos de queda de cabelo

A maior parte das doenças que causa queda de cabelo afetam o fio de duas formas principais:

Interferência no ciclo do folículo piloso (fio de cabelo)

Mudança de estação (Verão-Outono), má alimentação, cirurgias e uso de alguns medicamentos podem interferir no ciclo do cabelo e causar uma queda maior de fios. Se a queda de cabelos for muito intensa, pode-se notar a presença de menos cabelo no couro cabeludo.

Lesão da porção do folículo piloso responsável pela sua regeneração

Existem diversas doenças inflamatórias que atingem o couro cabeludo e podem causar queda de cabelo. Mesmo na calvície, a queda de cabelos é provocada por processos inflamatórios associados a fatores genéticos. Como resultado, as células que regeneram o fio de cabelo morrem, deixando os cabelos mais finos e frágeis.

Leia também as causas mais comuns de queda de cabelo no artigo: 13 causas da queda de cabelo e como tratar

Portanto, na observação de queda de cabelo, procure um/a médico/a dermatologista para que seja avaliado as características e as prováveis causas do problema.

Leia também: Queda de cabelo feminino, o que pode ser? Como tratar?

Referências:

  • SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia
  • Sung Won Lee, et al.; A Systematic Review of Topical Finasteride in the Treatment of Androgenetic Alopecia in Men and Women. J Drugs Dermatol. 2018 April 01; 17(4): 457–463.
Antibiótico pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É possível alguns antibióticos como a gentamicina causarem queda de cabelo, contudo a grande maioria dos antibióticos não causam esse problema. Quando ocorre a queda de cabelo é transitória e não acontece em todas as pessoas, assim como outros efeitos colaterais do antibiótico.

Outras classe de medicamentos também estão associadas com a queda de cabelo como:

  • Anti-hipertensivos;
  • Anticoncepcionais;
  • Anti-inflamatórios;
  • Anticoagulantes;
  • Hipocolesterolêmicos;
  • Antidepressivos;
  • Anticonvulsivantes;
  • Antifúngicos;
  • Quimioterápicos. 

Esses fármacos podem alterar o ciclo de vida normal do fio e provocar queda do cabelo.

Se o seu cabelo começou a cair depois de ter começado a tomar antibiótico ou qualquer outro medicamento, verifique na bula do medicamento se a queda de cabelo está entre os possíveis efeitos colaterais.

Leia também: Quais podem ser os efeitos colaterais dos antibióticos?

Em todo caso, se observar perda de cabelo ou qualquer outra reação enquanto estiver usando o antibiótico, fale com o médico que receitou o medicamento. Na maioria dos casos ao término do tratamento o cabelo volta ao normal. 

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Problema na tireoide pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, problemas na tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, podem causar queda de cabelo. Esses distúrbios na tireoide são diagnosticados através de exames laboratoriais e, se forem devidamente tratados, é possível reverter a queda de cabelo.

A principal causa de problemas na tireoide são as doenças autoimunes, em que os anticorpos do próprio corpo atacam os hormônios tireoidianos, causando hipotireoidismo, ou fazem aumentar a sua produção, levando ao hipertireoidismo.

A tireoide é a glândula responsável pelo bom funcionamento corpo, sendo responsável pelo controle do metabolismo e equilíbrio dos sistemas. A tireoide atua diretamente sobre:

  • Ganho ou perda de peso;
  • Regulação da temperatura corporal;
  • Pressão arterial;
  • Frequência cardíaca;
  • Força muscular;
  • Funcionamento do intestino;
  • Memória;
  • Humor.

Portanto, quando os hormônios dessa glândula são produzidos em excesso ou de forma insuficiente, todas essas funções sofrem alterações importantes, provocando diversos sintomas. Um deles é a queda de cabelo acentuada.

Consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário também o acompanhamento por um endocrinologista. O dermatologista pode ajudar a melhorar a queda dos fios enquanto a doença de base está sendo tratada.

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Anticoncepcional pode causar queda de cabelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Alguns anticoncepcionais podem causar queda de cabelo.

Os anticoncepcionais contendo estrógeno em combinação com progesterona podem provocar perda de cabelo tanto no couro cabeludo quanto em outros locais do corpo.

Por ser um possível efeito colateral do anticoncepcional, a queda de cabelo não é observada necessariamente em todas as pessoas que fazem uso da medicação.

Toda medicação pode provocar efeitos indesejáveis além do seu efeito esperado. No momento da escolha do início da medicação ou da continuação da mesma, os efeitos indesejáveis devem ser ponderados e, caso sejam superiores aos benefícios, é recomendado optar por outra medicação ou método anticoncepcional.

Caso a queda de cabelo seja intensa e provoque incômodo em você, procure o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação.

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Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

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10 motivos para mudar de anticoncepcional

Ovários policísticos podem causar queda de cabelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, ovários policísticos podem causar queda de cabelo devido ao excesso de testosterona no organismo da mulher. Além de fazer cair cabelo, a testosterona também é responsável por alguns dos principais sinais e sintomas da síndrome dos ovários policísticos, como:

  • Excesso de pelos no corpo;
  • Crescimento anormal de pelos no peito, abdômen, queixo e rosto;
  • Aumento da oleosidade da pele, com aparecimento de cravos e espinhas;
  • Aumento do peso;
  • Manchas na pele, sobretudo nas axilas e atrás do pescoço.

Outros sinais e sintomas da síndrome dos ovários policísticos incluem:

  • Ciclo menstrual irregular;
  • Ausência de menstruação;
  • Aumento do tamanho do ovário;
  • Infertilidade.

No entanto, é importante dizer que nem todas as mulheres com ovários policísticos irão apresentar queda de cabelo ou todos esses sinais e sintomas.

Para resolver a queda de cabelo é preciso tratar os ovários policísticos, que são a causa do problema. O tratamento pode incluir:

  • Dieta rica em legumes, verduras e frutas, com pouca gordura, açúcar e sódio;
  • Exercícios físicos regulares;
  • Medicamentos para equilíbrio hormonal, como anticoncepcionais;
  • Medicamentos para combater a resistência à insulina.

Saiba mais em: Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

Além disso, o tratamento da queda de cabelo também pode ser realizado com medicamentos tópicos e lasers que estimulam o crescimento dos fios.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos é da responsabilidade do/a médico/a ginecologista. Para maiores informações sobre a queda de cabelo e os tratamentos disponíveis, você pode consultar também o/a médico/a dermatologista.

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Tomografia pode causar queda de cabelo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mas muito dificilmente, isto porque a tomografia pode causar queda de cabelo apenas se a dose de radiação for muito elevada. O cabelo de uma pessoa pode cair se for recebida uma quantidade de radiação de 750mSv (miliSievert). Porém, numa tomografia de abdômen, por exemplo, o corpo absorve "apenas" 8,0mSv.

No caso da queda de cabelo, ela pode ocorrer após 2 a 3 semanas da realização da tomografia. Contudo, esses casos são raros e isolados.

Apesar de 8mSv ser considerada uma dose considerável de radiação, não é suficiente para fazer cair o cabelo. No entanto, tomografias sucessivas podem ter um efeito cumulativo no organismo e trazer riscos à saúde, podendo inclusive aumentar as chances de desenvolver certos tipos de câncer.

Além da queda de cabelo, uma exposição a altas doses de radiação pode causar os seguintes efeitos colaterais imediatos:

  • Queimaduras na pele;
  • Diminuição dos glóbulos brancos do sangue;
  • Anemia;
  • Catarata.

No entanto, desde que as doses de radiação sejam bem controladas e os exames não sejam feitos desnecessariamente, os benefícios da tomografia computadorizada superam os seus riscos.

Para maiores esclarecimentos sobre os possíveis efeitos da tomografia no organismo, fale com o médico radiologista responsável pelo exame.

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Alopecia areata: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Alopecia areata é uma doença que caracteriza-se por áreas redondas de falha no cabelo e que pode levar à calvície total. A alopecia capilar afeta apenas o couro cabeludo, provocando um "buraco" nos cabelos, que caem em forma de círculo num lugar específico. Já na alopecia areata universal, mais rara, ocorre queda dos pelos de todo o corpo. Devido às suas características, a alopecia areata é popularmente chamada de "peladeira" ou "pelada".

A doença pode afetar homens, mulheres (alopecia feminina) e crianças (alopecia infantil). Alguns indivíduos com essa condição têm histórico de alopecia na família.

A alopecia areata não é contagiosa e por isso não se "pega" nem é transmitida de pessoa para pessoa.

Quais as causas da alopecia areata?

As causas da alopecia areata estão associadas a fatores genéticos. Trata-se de uma doença autoimune, uma vez que o sistema imunológico da própria pessoa ataca os folículos capilares saudáveis. Em algumas pessoas, a perda de cabelo pode ocorrer após um evento marcante na vida, como doença, gravidez ou trauma.

Alopecia areata Quais os sintomas da alopecia areata?

A queda de cabelo ou de pelos geralmente é o único sintoma da alopecia areata. Algumas pessoas também podem sentir uma sensação de queimação ou coceira nos locais sem cabelo.

A alopecia areata geralmente começa com uma ou mais áreas de perda de cabelo na cabeça que medem de 1 a 4 cm. As falhas no cabelo ocorrem com mais frequência no couro cabeludo.

Porém, em algumas pessoas, a alopecia também pode surgir na barba, nas sobrancelhas, nos pelos pubianos, nos braços ou nas pernas. Também pode haver fendas nas unhas.

As áreas onde o cabelo caiu são lisas, redondas e podem ser da cor de pêssego. Às vezes, são observados cabelos que parecem com pontos de exclamação nas bordas das partes calvas.

Cerca de 6 meses após o início dos sintomas, a alopecia pode causar a queda de todo o cabelo. Contudo, isso não acontece em todos os casos e é um evento raro.

Qual é o tratamento para alopecia areata?

Se a perda de cabelo não for generalizada, a alopecia melhora e reverte totalmente e o cabelo volta a crescer em alguns meses, sem necessidade tratamento. Quando a queda de cabelo é mais intensa, o tratamento da alopecia areata pode incluir injeção de corticoides sob a pele, uso de pomada com corticoides, terapia com luz ultravioleta, além de outros medicamentos aplicados na pele.

Contudo, não existe um tratamento eficaz ou específico para tratar a alopecia. O objetivo do tratamento é controlar a doença, diminuir as falhas de cabelo e evitar que surjam novas áreas de perda de cabelo ou peso.

Alopecia areata tem cura?

Em geral, a alopecia areata melhora totalmente após alguns meses, com a recuperação total do cabelo. Quando voltam a crescer, os cabelos podem ser brancos, voltando depois à sua cor normal.

No entanto não é possível falar exatamente em cura definitiva, porque algumas pessoas acometidas podem apresentar outros episódios de queda de cabelo no decorrer da vida. Raramente os fios podem não voltar. Isso normalmente ocorre em casos de:

  • Alopecia areata que começa em idade precoce;
  • Eczema;
  • Alopecia prolongada;
  • Perda de cabelo generalizada ou completa do couro cabeludo ou do corpo.

O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da alopecia areata.

Queda de cabelo pode ser câncer?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O câncer normalmente não causa queda de cabelo, tanto nas mulheres como nos homens. Mas existem algumas condições associadas ao câncer que podem causar queda de cabelo, tais como:

  • Quimioterapia;

  • Radioterapia;

  • Deficiências nutricionais (de zinco, biotina ou ferro);

  • Estresse físico ou psicológico.

No entanto, o cabelo pode cair por alguns desses motivos, mesmo que a causa não seja câncer. Além disso, existem outras causas mais comuns para a queda de cabelo. Problemas hormonais, infecções, intoxicações, doenças sistêmicas ou o uso de alguns outros medicamentos são alguns exemplos.

Para identificar o problema que leva à sua queda de cabelo, o melhor é procurar um médico de família ou um dermatologista.

Para saber mais sobre queda de cabelo, leia também:

Referência:

Levinbook WS. Alopecia. Manual MSD.

13 causas da queda de cabelo e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É normal haver uma pequena queda de cabelo diária, estima-se que as pessoas perdem cerca de 50 a 100 fios diariamente.

No entanto, quando a queda de cabelo é maior que o esperado deve-se investigar a razão da queda. A queda de cabelo excessiva chama-se alopecia e pode ser temporária ou definitiva.

É comum a causa da queda de cabelo ser decorrente de uma situação transitória, ou seja, com o decorrer do tempo o crescimento dos fios volta a ocorrer e tende a estabilizar a perda de fios.

Principais causas e fatores de risco para a queda de cabelo 1. Alopécia androgenética (Perda de cabelo hereditária)

É a principal e mais comum causa de perda de cabelo. Ocorre devido a uma predisposição genética.

Pode se iniciar ainda na juventude, por volta dos 30 anos, mas tende a se agravar com o decorrer da idade. A queda de cabelo começa principalmente na porção superior da cabeça.

Nos homens a queda do cabelo tende a ser mais localizada no topo da cabeça ou nas regiões laterais da cabeça. Já nas mulheres que possuem alopecia androgenética, a queda ocorre de maneira mais difusa e principalmente na zona frontal do couro cabeludo.

2. Idade

A idade é um importante fator para a perda de cabelo. Com o envelhecimento os fios tornam-se mais frágeis, finos e claros. Nota-se que os cabelos tornam-se mais ralos com o decorrer do tempo.

3. Alopecia areata

A alopecia areata é uma doença com importante fator autoimune, em que células do sistema imunológico atacam os folículos pilosos, fazendo com que os fios caiam.

A forma de apresentação mais comum é a queda repentina e rápida de áreas circulares de cabelo, geralmente os fios voltam a crescer espontaneamente após algum tempo.

No entanto, mais raramente também é possível que caiam todos os fios de cabelo, ou ainda todos os fios e pelos do corpo (alopecia universalis). Esse tipo de alopecia apresenta pior prognóstico, sendo que o recrescimento é mais raro.

4. Quimioterapia, radioterapia e uso de medicamentos

O tratamento para o câncer, incluindo a quimioterapia ou aplicação de radioterapia em regiões da cabeça, ou pescoço pode levar a queda do cabelo.

Alguns medicamentos também podem apresentar como efeito colateral a perda de fios. Diversos medicamentos podem ter esse efeito, como remédios para artrite, depressão, problemas cardíacos, gota ou pressão alta.

5. Uso de produtos cosméticos

Alguns produtos cosméticos usados no cabelo como tinturas, cremes e produtos de alisamento podem enfraquecer os fios e ocasionar queda de cabelo, principalmente quando utilizados repetidamente.

6. Parto e lactação

As variações hormonais durante o parto e o momento da lactação podem levar a queda de cabelo temporária em mulheres. Após o período de amamentação o cabelo volta a crescer normalmente.

7. Cirurgia e doenças

O estresse físico e emocional decorrentes de um procedimento cirúrgico extenso ou de doenças crônicas podem também aumentar o risco de episódios de queda de cabelo em maior, ou menor grau.

8. Desequilíbrio hormonal

Doenças que causam desequilíbrio hormonal podem levar a queda de cabelo. Destaca-se a Síndrome dos Ovários Policísticos, uma síndrome que causa sintomas de hiperandrogenismo como queda de cabelo, e acne.

9. Doenças no couro cabeludo

Algumas doenças podem levar a queda do cabelo quando atingem o couro cabeludo, destacam-se:

  • Infecções fúngicas: A presença de infecções fúngicas no couro cabeludo, como a tinha capitis, leva a queda do cabelo na região afetada. Com o tratamento da infecção o cabelo volta a crescer.
  • Psoríase: A psoríase é uma doença que forma placas avermelhadas e descamativas. Pode atingir também o couro cabeludo, levando a queda do cabelo. Ao se controlar a doença, o cabelo volta a crescer.
10. Deficiência nutricional

A deficiência de nutrientes, como a vitamina biotina e os sais minerais ferro e zinco, pode aumentar o risco de queda de cabelo. Nesse tipo de deve fazer a reposição desses nutrientes é essencial para o tratamento da queda de cabelo.

Da mesma forma a deficiência de proteínas na alimentação também pode contribuir para a queda de fios, além de deixar os cabelos mais frágeis, quebradiços e sem brilho.

Não há evidências de que a ingesta de polivitamínicos ou oligoelementos em pessoas que não apresentam carência desses nutrientes contribua de fato para a melhora da queda de cabelo.

11. Doenças da tireoide

Distúrbios e desequilíbrio na produção de hormônios da tireoide podem levar a queda de fios entre outras alterações, como ressecamento da pele. O controle hormonal da tireoide faz os cabelos voltarem a normalidade.

12. Hábito de puxar o cabelo (tricotilomania)

Consiste num distúrbio psíquico no qual a pessoa tem a compulsão em arrancar fios de cabelo, principalmente em momentos de estresse e forte tensão emocional, está também associado a quadros de ansiedade.

13. Alopecia de tração

É uma forma de alopecia causada pelo uso excessivo de penteados que tracionam demasiadamente os fios de cabelo, como tranças e coques.

Queda de cabelo em mulheres

A queda de cabelo em mulheres pode ser originada por fatores genéticos ou hormonais, pode ainda ser decorrente do estresse ou de outras condições de saúde.

A alopecia androgenética, que é uma das principais causas de queda de cabelo, também afeta mulheres, mas bem menos frequentemente do que homens. O padrão de queda de cabelo também é mais difuso e menos localizado.

Destaca-se também a queda de cabelo originada por mudanças hormonais, como aquela que ocorre no momento do parto, amamentação e após a menopausa.

Doenças que levam a variações hormonais como a Síndrome dos Ovários Policísticos também podem desencadear episódios de queda de cabelo.

Caso apresente queda de cabelo consulte um médico de família ou dermatologista para avaliar a causa.

Qual o tratamento para alopecia?

O tratamento da alopecia irá depender do tipo e da doença ou condição que a está causando. Em algumas situações, basta afastar os fatores de risco ou tratar a doença desencadeadora que o cabelo volta a crescer.

No entanto, em algumas situações, como na alopecia androgenética, é necessário que se atue diretamente no couro cabeludo para permitir o crescimento dos cabelos.

Para tanto, podem ser usados medicamentos aplicados no local, como o minoxidil, medicamentos tomados por via oral, como a finasterida, ou ainda procedimentos cirúrgicos, como o transplante capilar.

Caso esteja a apresentar queda de cabelo excessiva ou anormal consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista.