Perguntar
Fechar
Quais são os riscos de fazer uma colonoscopia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os riscos do exame de colonoscopia são baixos. As complicações mais frequentes, embora sejam raras, são as perfurações e os sangramentos. A grande maioria das complicações ocorrem quando se realiza a retirada de pólipos, a polipectomia.

A perfuração é uma complicação que ocorre em menos de 1% dos exames de colonoscopia. O risco é maior em indivíduos idosos com doença diverticular do cólon. No entanto, as chances de perfuração podem aumentar e chegar a 2% quando os pólipos são retirados.

Já em relação aos sangramentos e hemorragias a frequência quando se realiza a polipectomia varia de 1 a 2%. Essa complicação é mais comum em pessoas que têm problemas na coagulação sanguínea, sobretudo quando a colonoscopia é realizada juntamente com outros procedimentos, como biópsia e polipectomia(retirada de pólipos). Nesses casos, a chance do paciente sangrar pode chegar a 2,5%.

Casos de perfuração normalmente são tratados através de cirurgia, enquanto que os sangramentos podem ser estancados com a cauterização da lesão.

Há ainda outras possíveis complicações como:

  • Reações adversas relacionadas ao preparo do exame (náuseas, vômitos, distúrbios hidreletrolíticos, dor ou distensão abdominal);
  • Síndrome pós-polipectomia: pode levar a sintomas de febre, dor abdominal, e alterações laboratoriais (aumento dos leucócitos) até 5 dias após a realização do exame.
  • Complicações cardiorrespiratórias relacionadas a sedação.

Se após a colonoscopia o paciente apresentar dor abdominal intensa, sangramento persistente, grande quantidade de sangue nas fezes, febre, vômitos ou calafrios, o médico deve ser contactado com urgência.

Caso tenha mais dúvidas sobre o exame de colonoscopia consulte o médico que solicitou o exame.

Saiba mais em:

É normal sentir dor e sangrar depois da colonoscopia?

Preparo para colonoscopia: o que devo fazer?

Como é feita a colonoscopia?

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prolapso uterino é a exteriorização do útero para o canal vaginal e/ou vulva.

O útero é um órgão que fica na parte inferior do abdômen, na região pélvica. Ele fica suspenso e apoiado por seus ligamentos e pelo fundo da vagina. Com o passar da idade e o declínio dos níveis hormonais após a menopausa, pode ocorrer uma flacidez dos ligamentos uterinos e o útero sem sustentação desce e fica dentro da vagina. Em casos mais graves, ele pode sair da vagina. Essa situação recebe o nome de prolapso uterino, também conhecido como útero baixo.

O prolapso uterino pode ser classificado de 4 formas, conforme o grau do prolapso:

  • 1º grau: quando o colo do útero desce em direção à vagina;
  • 2º grau: quando o colo do útero alcança a saída da vagina;
  • 3º grau: quando o colo do útero sai da vagina;
  • 4º grau: quando todo o útero fica fora da vagina.

O útero baixo normalmente está associado a outras condições, como bexiga caída e herniação de alças do intestino delgado ou intestino grosso em direção à vagina.

Dentre as causas mais comuns do prolapso uterino estão: partos normais múltiplos, enfraquecimento dos músculos pélvicos devido à idade, perda de força ou do tônus dos tecidos após a menopausa, diminuição dos níveis do hormônio estrógeno, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, excesso de peso e cirurgias na pelve.

Mulheres com útero baixo sentem sintomas como dor na região da coluna lombar baixa, sensação de que alguma coisa está saindo pela vagina, dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar ou evacuar e também para caminhar.

O tratamento do prolapso uterino é feito através de exercícios, medicamentos, cirurgia e introdução de um dispositivo (pressário) para sustentar o útero.

Para prevenir o útero baixo, recomenda-se perder peso (quando necessário), combater a prisão de ventre, realizar exercícios específicos para fortalecer a musculatura pélvica e evitar levantar pesos.

O diagnóstico e tratamento do prolapso uterino pode ser feito pelo/a médico/a ginecologista ou médico/a de família.

Pode também lhe interessar o artigo:

Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?

Relação 6 dias após a menstruação posso ficar grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O risco de gravidez nessa situação é mínimo. A chance de gravidez nos primeiros dias do ciclo menstrual é muito baixo na grande maioria das mulheres, isto porque o começo do ciclo geralmente está longe do período fértil em que a mulher ovula, que se localiza na metade do ciclo menstrual ou mais próximo do fim.

Mulheres que apresentam um ciclo menstrual mais curto ou seja de 21 a 25 dias podem ter um risco maior de gravidez se tiver relação sexual no começo do ciclo, ou seja, nos primeiros dias após o primeiro dia da menstruação.

Isto ocorre porque nos ciclos muito curtos o período fértil se aproxima mais do começo do ciclo, a mulher pode já ovular no sétimo dia do ciclo, se tiver uma relação inclusive nos primeiros dias estando ainda menstruada pode engravidar. Portanto, para mulheres que apresentam ciclos menstruais muito curtos é recomendado usar proteção mesmo no período menstrual.

Tempo de sobrevivência do espermatozoide e chance de gravidez

Além disso, é importante levar em consideração que o espermatozoide pode permanecer até 5 dias no corpo da mulher em algumas situações, portanto, ele pode sobreviver até o momento em que ocorrer a ovulação.

Mulheres com ciclo mais longo

Já mulheres que apresentam ciclos menstruais mais longos acima de 28 dias não precisam se preocupar já que a chance de ovulação na primeira semana do ciclo menstrual é mínima. Mulheres com ciclos mais longos podem ovular por volta do décimo quarto dia do ciclo ou mesmo depois, por isso apresentam chance muito pequena de gravidez na primeira semana do ciclo.

É importante ressaltar que muitas mulheres apresentam ciclos menstruais irregulares, em que não se pode definir com precisão o dia da ovulação, e mesmo quando apresentam ciclos regulares o dia exato da ovulação pode variar, por isso, quando não se deseja engravidar o mais adequado é contar com um método contraceptivo de apoio.

Para mais esclarecimentos sobre o risco de gravidez no decorrer do ciclo menstrual consulte o seu ginecologista ou médico de família.

O que pode causar cólicas no bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ainda não se sabe exatamente as causas das cólicas no bebê, porém sua melhora espontânea na grande maioria das vezes, sugere uma relação com o amadurecimento do sistema intestinal da criança, ou seja, faz parte do desenvolvimento normal do seu organismo.

Existem diversas teorias, como a relação direta com a alimentação da mãe, ambientes mais frios, ou ainda fatores psicossociais da família, porém pediatras afirmam que não há comprovação científica para nenhuma delas.

A única exceção se dá para casos em que a mãe amamenta uma criança com intolerância a lactose, nesse caso sim, a mulher não deve ingerir alimentos que contenham proteína do leite, porém essa confirmação deve ser dada apenas pelo/a pediatra responsável.

Mesmo ainda em estudo, nutricionistas e pesquisadores nesta área, acreditam que alguns alimentos, se consumidos em excesso, aumentam as chances do bebê produzir mais gases e por isso aumentam as crises de cólicas, portanto sugerem que a mãe evite esses alimentos enquanto estiver amamentando, são eles:

  • Café;
  • Leite;
  • Chocolate;
  • Pimenta ou comidas apimentadas;
  • Brócolis;
  • Feijão;
  • Repolho.

Vale lembrar que não é o alimento em si que vai provocar cólicas no bebê, mas sim o exagero deles na alimentação da mãe.

O que fazer para diminuir a cólica do bebê?

A sociedade brasileira de pediatria sugere algumas dicas simples para auxiliar o bebê no momento das crises de cólicas, como:

  • Acolher o bebê quando estiver com dor,
  • Aquecer o bebê, com mantas e confortá-lo com almofadas,
  • Fazer massagens na barriguinha do bebê no sentido do relógio, para auxiliar a eliminação dos gases,
  • Deitar o bebê de barriga pra cima e flexionar suas perninhas sobre o abdômen,
  • Dar um banho morno ou aplicar compressas na barriga do bebê, sempre com muito cuidado devido a temperatura,
  • Evitar locais barulhentos ou abafados,
  • Estipular uma rotina para o bebê, tanto de alimentação como de passeios e banho,
  • Dar medicamento apenas quando prescrito pelo médico assistente (pediatra).

Recomenda-se também que a mãe durma bem e beba bastante líquido, porque aumenta a produção de leite materno. As cólicas podem ainda ser causadas ainda por algum tipo de alergia ou intolerância ao leite artificial.

O/A pediatra é o/a médico/a indicado/a para diagnosticar as causas das cólicas de seu bebê e esclarecer todas as dúvidas, além de prescrever alterações na alimentação, quando necessário.

Também pode lhe interessar: Que remédio posso usar para acabar com a cólica do bebê?

Quem tem hímen complacente pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem hímen complacente pode engravidar normalmente. O hímen complacente ou qualquer outro tipo de hímen não impede, não interfere nem dificulta uma gravidez.

O hímen é uma membrana fina localizada na entrada da vagina e que geralmente se rompe na primeira relação sexual, mas isso não é uma regra.

O hímen complacente, por ser mais elástico e resistente que o normal, poderá se romper apenas depois de muitas relações.

Contudo, independentemente do tipo de hímen e de haver ou não ruptura do mesmo, as chances de engravidar não se alteram.

Mais sobre o assunto em:

O que é hímen complacente?

Como posso saber se tenho hímen complacente?

Existe cirurgia para quem tem hímen complacente?

Sangramento após a PDS, é a certeza de que não estou grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não está grávida, mas não é possível dar certeza. Sangramento após tomar a PDS (pílula do dia seguinte) é o efeito esperado da medicação, evitando a gravidez, porém a eficácia da medicação é estimada em 98%, quando feito uso até as 24 h, e reduz gradativamente até as 72 h após a relação desprotegida, ou 120 h (para as medicações mais recentes no mercado), portanto existe um risco pequeno de engravidar.

Pílula do dia seguinte de 5 dias (120 h)

Vale ressaltar que recentemente chegou ao Brasil a opção da PDS para até 5 dias (120h). O que permite mais uma forma de contracepção de emergência para os casos de dificuldade em fazer uso nas primeiras horas.

Da mesma forma que as tradicionais, a eficácia é maior para quanto antes fizer uso.

Sangramento após o uso de pílula do dia seguinte (PDS)

O sangramento após a PDS provavelmente é de menstruação antecipada pela medicação, entretanto, se aconteceu a gravidez, seja pelo atraso no uso da medicação, uso incorreto da pílula ou o que é mais raro, mas pode acontecer, pela falha da medicação, pode haver um pequeno sangramento, conhecido por sangramento de nidação, quando o óvulo se infiltra na parede do útero.

O sangramento de menstruação e de nidação, são em geral sangramentos de características distintas, mas podem inicialmente ser confundidos.

Saiba mais no link: Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?

Como saber se estou grávida após tomar a pílula do dia seguinte (PDS)?

A única maneira de ter certeza se está ou não grávida, será através do teste de gravidez. Pode ser feito o teste de farmácia, teste de sangue, o beta HCG ou ultrassonografia.

O primeiro, o teste de farmácia, pode ser comprado facilmente sem pedido médico, e é considerado um teste de alta confiabilidade, desde que haja tempo suficiente para detectar o hormônio na urina, em média a partir da segunda semana de gestação.

Veja aqui: Teste de farmácia de gravidez é confiável?

E o exame de beta HCG, dosagem do mesmo hormônio no sangue, é mais específico, porém necessita de pedido médico para sua realização. Assim como a ultrassonografia, exame de imagem que identifica a presença do bebê além de outras características, como a localização da implantação do óvulo fecundado e condições do útero, a partir da quinta semana de gravidez.

O mais recomendado é que procure um médico ginecologista, para avaliar o seu caso, sugerindo o melhor exame complementar para descartar definitivamente a gestação.

Pode lhe interessar também: Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?

O que é vaginose e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Vaginose é uma infecção na vagina e a causa mais comum de corrimento vaginal na mulher em idade fértil.

Na vaginose bacteriana, a maioria das mulheres não apresenta sintomas. As que apresentam, percebem um corrimento vaginal acinzentado com odor a peixe que fica mais evidente após o sexo. Algumas podem sentir coceira vaginal. Não é comum ter dor ao urinar nem dor durante o ato sexual.

A vaginose citolítica é uma síndrome rara de hiperacidez vaginal por aumento de lactobacilos. A mulher apresenta um corrimento pastoso, coceira vaginal, dor na relação sexual e ardor ao urinar.

Em caso de apresentar esses sintomas, procure um médico (clínico geral, médico de família ou ginecologista) para orientar um tratamento adequado.

Colocação de DIU: como é feita e quais os cuidados após colocar o DIU?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno dispositivo de plástico revestido por cobre, em forma de “T”, usado como anticoncepcional. Pode conter hormônio ou não na sua composição. É colocado no útero, onde permanece para impedir a gravidez.

A colocação de DIU de cobre, sem hormônio, é especialmente indicada para mulheres que desejam ou precisam evitar os riscos de hormônios contraceptivos, não podem usar anticoncepcionais hormonais ou têm um fluxo menstrual abundante e desejam períodos menos intensos.

A mulher não deve colocar DIU se tiver alto risco de contrair uma DST, apresentar história atual ou recente de infecção pélvica, estiver grávida, fizer exames de Papanicolau anormais, diagnóstico de câncer no útero ou um útero muito grande ou muito pequeno.

DIU Mirena Como é colocado o DIU?

A colocação do DIU geralmente é feita pelo médico no próprio consultório. Antes de inserir o dispositivo intrauterino, o médico limpa o colo do útero com uma solução antisséptica, a seguir, através da vagina, é introduzido até o útero um tubo de plástico contendo o DIU. O DIU é então empurrado para o útero por meio de um êmbolo.

Depois que o DIU é acomodado na parede uterina, o tubo é removido e são deixados dois pequenos cordões que ficam pendurados fora do colo do útero, dentro da vagina. Esses cordões permitem que o médico, ou a mulher, verifique se o DIU permanece no lugar corretamente, além de ser usado para a retirada do dispositivo.

Vale ressaltar que a retirada só deve ser feita pelo médico, porque existem riscos de complicações como sangramento e aderência, que o profissional está capacitado a resolver, sem causar danos à saúde reprodutiva da mulher.

Colocação de DIU

A colocação do DIU pode causar desconforto, dor, cólicas e tonturas. Porém, nem todas as mulheres referem as mesmas queixas. Algumas têm cólicas e dores nas costas por 1 a 2 dias, outras podem ter cólicas e dor nas costas durante semanas ou meses. Para aliviar essas dores, são indicados medicamentos analgésicos.

O médico pode ainda aconselhar a paciente a tomar um analgésico antes da colocação do DIU. Se a mulher for sensível à dor na vagina ou no colo do útero, pode ser aplicado um anestésico local antes do procedimento.

Para a maioria das mulheres, o DIU pode ser colocado a qualquer momento, mesmo imediatamente após o parto ou um aborto espontâneo. A colocação de DIU é contraindicada se houver uma infecção.

Que cuidados devo ter após a colocação do DIU?

Após colocar o DIU, a paciente pode precisar de alguém para levá-la para casa. Algumas mulheres podem ter cólicas leves e dor lombar, além de eliminar pequenas quantidades de sangue por alguns dias.

Se o DIU liberar hormônio, leva aproximadamente 7 dias para começar a fazer efeito. Durante esse período, deve-se usar um outro método anticoncepcional, como preservativo.

O médico pode indicar uma reavaliação após duas a quatro semanas da colocação do DIU, a fim de garantir que o dispositivo esteja no lugar.

Em casos raros, o DIU pode sair parcialmente ou completamente do útero. Isso geralmente ocorre após uma gravidez. Se isso acontecer, entre em contato imediatamente com o médico. Não tente remover o DIU.

Nos casos de febre, calafrios, cãibras, dor, sangramento ou saída de líquido da vagina, logo após a colocação do DIU, procure imediatamente o médico assistente.

Quais são os tipos de DIU e como funcionam?

Tanto o DIU de cobre como o DIU Mirena (hormonal) funcionam impedindo o espermatozoide de fertilizar o óvulo. A ação anticoncepcional desses tipos de DIU é devida ao formato em “T” dos dispositivos e às substâncias que são liberadas pelo dispositivo.

DIU de cobre

O DIU de cobre é um tipo de DIU não hormonal, que funciona liberando íons de cobre, que são tóxicos para o espermatozoide. O formato em “T” também bloqueia a passagem dos espermatozoides e os impede de alcançar o óvulo.

O DIU de cobre pode permanecer no útero por até 10 anos e pode ser usado como contraceptivo de emergência. O dispositivo começa a fazer efeito imediatamente após ser colocado.

DIU Mirena

O DIU Mirena é um tipo de DIU hormonal. O dispositivo libera progestina, um hormônio sintético semelhante à progesterona, que impede a liberação do óvulo pelo ovário. O DIU Mirena também pode reduzir sangramentos menstruais intensos e cólicas menstruais.

A progestina também provoca um espessamento do muco ao redor do colo do útero, o que dificulta a entrada de espermatozoides no útero e a fertilização do óvulo. O revestimento do útero também fica mais fino, dificultando a aderência do óvulo fecundado. O DIU Mirena começa a fazer efeito 7 dias após a sua colocação. Sua forma em “T” também bloqueia os espermatozoides e os impede de alcançar o óvulo.

Esse tipo de DIU pode permanecer no útero por 3 a 5 anos.

Quais as vantagens e desvantagens do DIU? Vantagens do DIU

O DIU é um método contraceptivo eficaz e de longo prazo, sem os riscos e os efeitos colaterais dos hormônios usados nos anticoncepcionais hormonais. Essas são as maiores vantagens do DIU.

O dispositivo intrauterino pode prevenir a gravidez por 3 a 10 anos, dependendo do tipo de DIU que foi colocado. Isso faz dele um dos métodos contraceptivos mais baratos.

O DIU Mirena, por exemplo, libera uma pequena dose de hormônio no útero todos os dias, por um período de 3 a 5 anos. Isso aumenta a eficácia do dispositivo como método contraceptivo. Também possui vantagens adicionais ao reduzir ou interromper o fluxo menstrual, além de ajudar a prevenir o câncer de útero.

Outras vantagens do DIU:

  • Apresenta mais de 99% de eficácia na prevenção da gravidez;
  • Não é preciso lembrar de usar ou tomar todos os dias ou sempre que houver uma relação;
  • A fertilidade é restaurada quase imediatamente após a sua retirada;
  • O DIU de cobre não causa os efeitos colaterais dos hormônios e pode ajudar a prevenir o câncer de endométrio (revestimento interno do útero);
  • Tanto o DIU de cobre como o DIU Mirena podem diminuir o risco de câncer de colo de útero.
Desvantagens do DIU
  • Não previne infecções sexualmente transmissíveis;
  • Precisa ser colocado e retirado por um médico;
  • Embora seja raro, o DIU pode sair do lugar e precisar ser removido;
  • O DIU de cobre pode causar cólicas, períodos menstruais prolongados e intensos, além de sangramentos de escape entre os períodos;
  • O DIU Mirena pode causar sangramentos de escape no primeiros meses após ser colocado;
  • Pode aumentar o risco de gravidez ectópica, embora o risco de engravidar seja muito baixo;
  • Alguns tipos de DIU podem aumentar o risco de cistos ovarianos benignos.
Quais os riscos da colocação de DIU?

Embora sejam baixos, a colocação de DIU pode apresentar alguns riscos, como:

  • Gravidez indesejada: há uma pequena chance da mulher engravidar enquanto estiver usando DIU. Se ocorrer uma gravidez, o médico pode retirar o dispositivo para diminuir o risco de aborto ou outros problemas com a gestação;
  • Gravidez ectópica: o aumento do risco de gravidez ectópica só é observado se a mulher engravidar enquanto estiver usando um DIU. Uma gravidez ectópica é aquela que ocorre fora do útero. Trata-se de uma emergência médica, que pode ser fatal;
  • Penetração do DIU no útero: o dispositivo pode penetrar na parede do útero, o que requer cirurgia para a retirada do DIU.

Para maiores esclarecimentos sobre a colocação do DIU, consulte um médico ginecologista.

Existe chá para não engravidar depois da relação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não há comprovação de que tomar chás após uma relação desprotegida possa evitar a gravidez.

O mais seguro para evitar a gravidez após uma relação desprotegida (ou quando se suspeita de falha do método contraceptivo usado) é optar por tomar a pílula do dia seguinte. Ela tem eficácia muito alta para evitar a gravidez quando tomada nas primeiras 72 horas após a relação - desde que não cause vômitos. Se ocorrer vômito até 4 horas após tomar a pílula, é necessário tomar outro comprimido.

Existem alguns chás conhecidos por terem propriedades abortivas. Porém, eles podem ser tóxicos para quem os bebe, além de poderem falhar e não causar o aborto. Neste caso, a exposição do bebê ao chá pode até causar malformações, dependendo do caso.

Caso queira saber mais sobre os chás e seus efeitos na mulher, na gravidez e no feto, leia também:

Referências:

Pozato Uni. Bula do medicamento.

Mossini SAG, Kemmelmeier C. A árvore Nim (Azadirachta indica A. Juss): Múltiplos Usos. Acta Farm. Bonaerense. 2005; 24 (1): 139-48

O que causa ardência na vagina e como posso fazer para passar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A sensação de ardência vaginal e vulvar pode acontecer por diferentes motivos, as causas relacionadas a vulvovaginites, como a candidíase e a tricomoníase, são as mais frequentes.

No entanto, outros motivos como irritação cutânea causada por agentes externos, processos alérgicos, menopausa, líquen escleroso, infeção urinária e doenças sexualmente transmissíveis, como o herpes genital, também podem causar ardência vaginal.

Principais causas de ardência vaginal Candidíase

É uma infecção fúngica da vagina e da vulva, causa forte sensação de ardência e queimação vulvar, além de coceira intensa, ardência ao urinar e corrimento esbranquiçado com pequenos grumos.

O tratamento da candidíase consiste no uso de antifúngico através de creme vaginal ou comprimido.

Tricomoníase

É uma vulvovaginite causada por um protozoário, o Trichomonas, causa um processo inflamatório da região genital podendo levar ao sintoma de ardência vulvovaginal. Também pode levar a presença de um corrimento amarelo-esverdeado.

O tratamento é feito através do uso de cremes vaginais ou antiparasitário via oral, por ser uma infecção sexualmente transmissível o parceiro sexual também deve ser tratado.

Leia mais em: O que é tricomoníase e quais os sintomas?

Irritação ou alergias

A irritação na vulva e na vagina pode causar forte vermelhidão, como uma "assadura", ardência, coceira e desconforto na região vulvovaginal.

Poder ter diferentes origens como:

  • Produtos cosméticos sabonetes, cremes;
  • Tecidos sintéticos da roupa íntima;
  • Produtos de limpeza usados na lavagem das roupas;
  • Látex presente em preservativos;
  • Material de absorventes, tampões;
  • Produtos utilizados na depilação como lâminas, ceras e cremes depilatórios.

Alguns tipos de materiais quando em contato com a pele podem desencadear um processo alérgico, ocasionando um quadro de dermatite.

O tratamento consiste em suspender o uso do material ou substância que esteja a causar irritação, ou alergia.

Infecção urinária

Embora, a ardência na vagina seja um sintoma menos frequente e menos característico da infecção urinária, é um sintoma que também pode estar presente nesses quadros.

A infecção urinária causa principalmente dor e queimação ao urinar, presença de sangue na urina e dor pélvica, também pode causar febre e dor lombar, quando acomete os rins (pielonefrite). O número de micções também aumenta.

O tratamento envolve aumento da ingestão hídrica, uso de anti-inflamatórios e antibióticos.

Leia também: Quais os sintomas e causas de infecção urinária?

Menopausa

A queda da produção hormonal de estrogênio, característica da menopausa, pode levar a uma mudança na mucosa vaginal, tornando-a mais ressecada e propensa a ferimentos, esse processo chama-se de atrofia genital.

A atrofia genital pode causar sintomas como ardência e sensação de queimação vaginal, dor durante a relação sexual e eventualmente ardência urinária.

O tratamento é feito principalmente com cremes vaginais de estrógenos ou cremes lubrificantes que aliviam a secura vaginal.

Herpes genital

É uma infecção sexualmente transmissível, que ocasiona a formação de pequenas bolhas (vesículas) contendo líquido, que tendem a se romper. O herpes também causa dor, sensação de queimação e ardência.

Em situações mais simples é possível usar apenas medicamentos sintomáticos e anti-inflamatórios para o alívio da dor. Em casos mais sintomáticos usam-se antivirais.

Leia também: Herpes genital tem cura?

Gonorreia

É outra doença sexualmente transmissível que costuma ser mais sintomática em homens, mas em mulheres quando causa sintomas pode levar a presença de corrimento purulento, desconforto e ardência na região genital, além de ardência e dor para urinar.

O tratamento envolve o uso de antibióticos. Os parceiros sexuais também devem ser tratados e deve-se prevenir a transmissão através de uso de preservativos.

Líquen escleroso

É uma doença, de provável origem autoimune, que leva a formação de ferida e placas avermelhadas, como se fossem assaduras, na região da vulva e períneo.

Pode provocar muita coceira e sensação de ardência e queimação na região, além de deixar lesões cicatriciais na pele.

O tratamento envolve a aplicação local de cremes de corticosteroides.

Vulvodinia

É uma dor ou sensação de ardência e queimação na região da vulva sem causa aparente. A dor pode piorar durante a relação sexual, introdução de tampões ou ao se sentar.

Pode estar associada outros problemas como vaginismo, dismenorreia (cólicas menstruais intensas), cistite intersticial.

O tratamento é complexo e pode envolver uso de cremes lubrificantes, analgesia e psicoterapia.

O que pode ser ardência vaginal após as relações?

A ardência vaginal após, ou durante as relações sexuais, pode ter diferentes origens.

A falta de lubrificação vaginal é uma das causas mais frequentes e pode estar relacionados a alterações hormonais, como ocorre na menopausa, mudanças hormonais que acontecem naturalmente durante o ciclo menstrual feminino ou falta de excitação sexual durante o ato sexual.

Algumas doenças também podem ser a causa da ardência e queimação relacionada a atividade sexual, como as infeções vulvovaginais (candidíase, tricomoníase) e doenças sexualmente transmissíveis (herpes genital, gonorreia e clamídia).

Se a pele e a mucosa da vulva e da vagina também estiverem irritadas devido a algum agente externo também é possível ocorrer queimação e ardência após a relação.

O ideal é que caso a mulher apresente episódios frequentes de dor, ardência ou desconforto durante, ou depois a relação sexual, procure um médico para uma avaliação mais detalhada dos sintomas e definição diagnóstica.

Como aliviar a ardência vaginal?

O sintoma de ardência vaginal quando persistente e incomodo deve ser avaliado por um médico de forma a encontrar a sua causa. Através do tratamento da causa da ardência é possível aliviar definitivamente esse sintoma.

Algumas medidas caseiras podem ser usadas como complemento ao tratamento, como:

  • Evite usar cremes, papéis higiênicos perfumados e outros cosméticos com perfume na zona íntima.
  • Para limpar a região íntima prefira sempre o sabonete o mais neutro possível, lembrando que o sabão deve ser aplicado apenas na região externa da vulva, onde há pele. A região interna onde há mucosa deve ser lavada apenas com água abundante.
  • Evite lavar a zona íntima com sabonetes mais de uma vez ao dia, isso aumenta a secura vaginal e modifica o ambiente local.
  • Não faça duchas higiênicas.
  • Use calcinhas e roupa íntima de algodão, evite ao máximo tecidos sintéticos.
  • Use preservativos durante a relação sexual para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
  • Pode ser usado lubrificante vaginal a base de água, antes das relações sexuais.
  • Evite relações sexuais com penetração até a melhora dos sintomas.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

O que é varicocele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Varicocele são varizes nos testículos. Consiste na dilatação anormal das veias testiculares do cordão espermático, que drenam o sangue dos testículos, causada pela dificuldade no retorno venoso.

Na maioria das vezes é causada pela incompetência ou ausência das válvulas encontradas dentro das veias, responsáveis por essa drenagem, o que ocasiona um refluxo do sangue, com dilatação das veias.

A varicocele é a causa mais comum de infertilidade masculina. É uma doença frequente em parentes de primeiro grau de portadores de varicocele e já pode ser identificada na puberdade, entre 12 e 13 anos de idade.

É importante ressaltar, entretanto, que ter varicocele não indica esterilidade, ou seja, impossibilidade absoluta de ter filhos. Muitos homens com varicocele, principalmente em graus mais leves, podem ter filhos normalmente sem precisarem recorrer a qualquer tratamento.

E nos casos de varicocele mais graves, graus II e III, se tratados precocemente, mais de 60% apresenta resposta satisfatória.

Quais as causas da varicocele?
  • Congênita, quando ocorre ausência ou defeito congênito das válvulas da veia espermática interna;
  • Dificuldade da drenagem venosa por obstrução ou compressão do sistema venoso, como presença de tumorações;
  • Fator hereditário;
  • Traumatismo.

A varicocele provoca alteração na formação dos espermatozoides, com diminuição da fertilidade devido ao menor número de espermatozoides e alterações na forma dos mesmos, que reduz a sua motilidade.

Os motivos dessas alterações ainda não foram claramente elucidados, mas acredita-se que estejam relacionados com:

  • Aumento da temperatura na bolsa escrotal (a formação dos espermatozoides deve ocorrer a temperaturas mais baixas, em torno de 35ºC);
  • Diminuição de oxigênio nos testículos;
  • Diminuição do fluxo sanguíneo intratesticular e no epidídimo;
  • Alterações hormonais intratesticulares;
  • Estresse oxidativo;
  • Refluxo de metabólitos do rim e suprarrenal.
Quais são os sintomas da varicocele?

Os sintomas da varicocele incluem coceira, dor, peso ou desconforto na bolsa escrotal, embora muitos não apresentem qualquer queixa.

Os sintomas se tornam mais evidentes quando o paciente está em pé, porque a drenagem sanguínea fica ainda mais dificultada ou quando faz esforços físicos, principalmente quando contrai os músculos do abdômen.

A presença de disfunção erétil (impotência) não é comum, exceto em casos de varicocele bilateral e grau III, casos bastante raros.

Nos casos de maior gravidade, se não for feito o tratamento precocemente, os testículos podem atrofiar, havendo a redução da produção de testosterona, o que muitas vezes causa além da infertilidade, a impotência.

Como é feito o diagnóstico da varicocele?

O diagnóstico da varicocele é feito através do exame físico, com o paciente em pé e preferencialmente numa sala aquecida. O homem pode fazer também o autoexame, procurando varizes palpáveis ou visíveis, mas o ideal é ser visto por um urologista.

Existe uma graduação da varicocele, para aquelas diagnosticadas com o exame físico:

  • Grau I: Varicocele pequena, sendo palpável apenas com aumento da pressão abdominal (tossir ou assoprar contra uma resistência);
  • Grau II: Varizes palpáveis sem o auxílio do aumento da pressão abdominal;
  • Grau III: Varizes visíveis através da pele do escroto.

O exame complementar padrão-ouro para diagnosticar a varicocele é a venografia de veia espermática. Também podem ser feitos ultrassonografia com doppler colorido, termografia escrotal e cintilografia.

Qual é o tratamento para varicocele?

O tratamento da varicocele é realizado por cirurgia, por meio de ligadura cirúrgica das veias varicosas ou embolização percutânea.

É indicado nos casos que apresentam sintomas, como coceira intensa, dor, infertilidade ou sinais de atrofia do testículo. Homens mais velhos, que não apresentam sintomas e não desejam mais ter filhos não tem a necessidade de passar pela cirurgia.

Ligadura cirúrgica das veias varicosas

Pode ser realizada por diversas vias: retroperitoneal, inguinal, subinguinal ou laparoscópica. A via subinguinal com magnificação óptica aumenta a probabilidade de preservação dos vasos arteriais e linfáticos, reduzindo significativamente o risco de recorrência da varicocele em relação à laparoscopia e cirurgias sem magnificação.

É feita rapidamente (45 minutos, em média), com anestesia geral, e o paciente tem alta em 1 a 2 dias. Deve-se evitar esforços físicos por duas a quatro semanas e relações sexuais por 10 dias.

Embolização percutânea

Consiste na oclusão da veia espermática interna. Essa forma de tratamento está associada a taxas de recidiva superiores aos métodos cirúrgicos convencionais, além de complicações relacionadas ao método.

Varicocele tem cura?

A correção da varicocele melhora o espermograma e corrige a infertilidade em 60% dos casos, quando o tratamento é realizado precocemente. Quanto mais tempo durar a varicocele, menos chance de cura.

As chances de gravidez convencional podem aumentar até 2,8 vezes após o tratamento cirúrgico. Porém, a infertilidade pode ser multifatorial, o que faz com que a correção da varicocele em alguns pacientes apenas atenue o problema, sem resolvê-lo por completo.

A varicocele não é uma doença grave, quando tratada corretamente e no momento adequado, não traz grandes consequências. Entretanto, em caso de suspeita de varicocele, um urologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento adequado.

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar de cada vez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pílula do dia seguinte deve ser tomada uma de cada vez.

A pílula do dia seguinte, dependendo da dosagem, deve ser usada em:

  • Dose única (apenas 1 comprimido) ou
  • Duas doses com intervalo de 12 horas entre cada comprimido (dois comprimidos).

Essa diferença é expressa na bula e pode ser consultada pela mulher antes de tomar a medicação.

A pílula do dia seguinte usada corretamente até 72 horas após a relação sexual desprotegida apresenta uma eficácia de até 98%.

Tomar a pílula do dia seguinte além da dose indicada não é recomendado pois pode trazer complicações graves como: hemorragias, anemias, além de aumentar os riscos de câncer de útero e de mama.

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como um método anticoncepcional de rotina. Procure o/a médico/a de família ou ginecologista para te ajudar a escolher o melhor método anticoncepcional a longo prazo.

Leia também:

Se tomar a pílula do dia seguinte muitas vezes ela perde o efeito?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Faz mal tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?