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Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cisto renal é uma espécie de bolsa arredondada, geralmente cheia de líquido, que se desenvolve no rim. O cisto pode surgir em várias doenças renais, como na Doença Renal Policística, que caracteriza-se pelo aparecimento de múltiplos cistos no rim que levam à insuficiência renal.

Os cistos renais simples são benignos, com paredes finas, regulares e sem septos. Não apresentam calcificações no seu interior, que é preenchido com líquido. Esses cistos são mais comuns em pessoas com mais de 50 anos e não há risco de evoluírem para câncer.

Os cistos simples podem aparecer em apenas um ou nos dois rins, podendo ser únicos ou múltiplos. Normalmente não provocam sintomas. Contudo, se o cisto estiver infectado por bactérias, pode causar dor nos rins, pequenos sangramentos observados na urina, febre, além de retenção da urina no rim, que provoca inchaço renal e dor.

Cistos maiores podem ser palpados através do abdômen. O diagnóstico é feito através de exames de imagem como ultrassom ou tomografia.

Já os cistos renais complexos possuem características sugestivas de tumor e precisam ser acompanhados de perto. Suas paredes são grossas, irregulares e com septos. O seu interior possui calcificações ou conteúdo sólido.

Veja também: Cisto no rim pode virar câncer?

O diagnóstico pode ser feito por ultrassom, embora a tomografia seja mais indicada para observar as suas características.

Cistos renais simples que não causam sintomas não precisam de tratamento. Cistos grandes ou que provoquem dor podem ser drenados através de cirurgia ou punção. Já os cistos renais complexos malignos precisam ser retirados cirurgicamente com urgência.

O/a médico/a nefrologista é o/a especialista indicado para diagnosticar e indicar o tratamento adequado em caso de cisto no rim.

Saiba mais em: Qual é o tratamento para cisto no rim?

Qual é o tratamento para cisto no rim?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para cisto no rim depende dos sinais e sintomas que a pessoa apresenta. Em geral, cistos renais simples que não causam sintomas não precisam de tratamento, apenas acompanhamento. Cistos grandes ou que causam dor podem ser drenados através de cirurgia ou punção. Já os cistos renais complexos malignos precisam ser retirados cirurgicamente com urgência.

A maioria dos casos de cisto renal simples (Bosniak I e II) precisa apenas de um acompanhamento regular com exames de imagem. O tratamento só é indicado se houver sintomas ou surgir alguma complicação, como sangue na urina, cálculo renal ou infecção.

O tratamento pode ser feito através da drenagem do conteúdo do cisto por meio de uma agulha (punção), introduzida através da pele. Em alguns casos, o esvaziamento do cisto precisa ser feito através de cirurgia, geralmente por videolaparoscopia.

Se o cisto estiver infeccionado devido a bactérias, é necessário realizar um tratamento com antibióticos antes de fazer a drenagem cirúrgica do mesmo.

Cistos renais complexos do tipo Bosniak IIF devem ser investigados minuciosamente. Na maioria dos casos é feito um acompanhamento regular com exames de imagem. Contudo, em algumas situações, pode ser necessário remover o cisto cirurgicamente.

Já os cistos complexos dos tipos Bosniak III e IV normalmente precisam de tratamento cirúrgico. Nesses casos, é feita a remoção completa do cisto renal com uma margem de segurança, já que esses cistos podem apresentar células cancerígenas.

O especialista responsável pelo tratamento do cisto no rim é o médico nefrologista.

Saiba mais em:

Cisto no rim pode virar câncer?

Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

Como aliviar a dor nos rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nos rins pode ser aliviada com compressa morna, consumo cuidadoso de água e técnicas de relaxamento.

No entanto, quando originada por cálculo renal ou infecção urinária, é preciso acrescentar medicamentos, com o objetivo de aliviar a dor, reduzir a inflamação e relaxar a musculatura do ureter, para facilitar a passagem da pedra impactada.

Nos casos mais graves ou complicados por infecção, pode ser indicado procedimento cirúrgico de urgência. Conheça mais sobre cada uma das indicações e quando procurar um atendimento médico com urgência.

1. Compressa de água morna

A compressa com água morna, no local da dor, pode auxiliar no relaxamento da musculatura e aliviar a dor.

Deve ser colocada no dorso, logo abaixo das costelas, do lado da dor, 3 a 4x por dia, durante 20 minutos, sempre com cuidado quanto a temperatura, para não causar queimaduras à pele.

2. Ingesta de água

O aumento do consumo de água favorece a filtração renal e reduz o risco de formação de cálculos. Por isso é indicada para pessoas que sabidamente tem pedras nos rins, ou história familiar. São recomendados pelo menos 2 litros de água por dia. Nos casos de cardiopatia ou insuficiência renal, esse cálculo deverá ser feito, individualmente.

Já, durante uma crise de dor, não é recomendado beber muita água. Nesse caso, é preciso evitar o consumo de água em excesso, porque aumenta a filtração renal e acúmulo de líquido, que está impedido de ser eliminado pela obstrução, o que piora bastante o quadro de dor.

3. Remédios para aliviar a dor nos rins

Os medicamentos mais indicados para o alívio da dor na crise renal são:

  • Cetoprofeno (Profenid® 50 ou 100mg),
  • Buscopan composto,
  • Tramal® 50 mg ou Tramal retard® 100 mg, nos casos de dor intensa.
4. Procedimentos médicos

Muitas vezes as pedras nos rins são eliminadas espontaneamente pela urina, o que alivia imediatamente a dor. Em outros casos, os cálculos precisam ser retirados por procedimentos mais invasivos, como aplicação de laser, terapia por ondas de choque, colocação de duplo J (cateter introduzido no sistema renal para drenagem da urina até a bexiga), ou cirurgia aberta.

Cabe ao médico da emergência, ou urologista, analisar os casos e definir o melhor tratamento.

Como aliviar a dor nos rins na gravidez?

Na gestação, a dor nos rins originada por pedras nos rins, pode ser aliviada com: compressa morna, consumo moderado de água e alongamento ou técnicas de relaxamento.

O uso de anti-inflamatórios não é indicado para gestantes, pelo risco de sangramento, a não ser que seja indicado pelo seu médico obstetra.

Além disso, é importante descartar a presença de uma infecção urinária, situação comum durante a gestação, mas que oferece grande risco a mãe e ao bebê. Sintomas como dor e ardência ao urinar, urina com cheiro forte e desagradável, dor na barriga ou nas costas sugerem a infecção. Nesse caso, procure um serviço de emergência.

Quando procurar uma emergência?
  • Febre (temperatura axilar acima de 38º)
  • Piora do dor, mesmo com uso de medicamentos,
  • Presença de naúseas e vômitos,
  • Presença de sangue na urina,
  • Sinais de infecção urinária (dor e ardência ao urinar, urina amarelada, cheiro forte e desagradável, dor na região inferior da barriga).

Procure um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou Urologista, para receber uma avaliação detalhada da origem da cólica renal, bem como indicação das medicações e procedimentos apropriados, para o seu caso.

Para compreender mais sobre esse assunto, leia os seguintes artigos:

Quais são os sintomas de uma cólica renal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cólica renal caracteriza-se como uma dor intensa na região lombar que começa subitamente e pode irradiar para a lateral do abdômen, virilha e região genital. Sua principal causa é a presença de pedra nos rins (cálculo renal). Os sintomas normalmente têm início quando a pedra sai do rim e obstrui o canal que leva a urina do rim à bexiga (ureter), causando uma dilatação do rim que provoca dores intensas.

A cólica renal geralmente manifesta-se apenas em um lado do corpo, não piora com os movimentos, nem melhora com o repouso. Também pode haver sangue na urina devido à lesão causada pela passagem do cálculo renal pelo canal da urina.

A cólica renal pode ser uma das piores dores na escala de intensidade da dor. A dor é tão forte que pode causar náuseas e vômitos.

Outros sintomas que podem estar presentes em caso de pedra nos rins incluem febre e calafrios.

O que é cálculo renal?

O cálculo renal é uma massa sólida composta por pequenos cristais. Podem estar presentes uma ou mais pedras no rim ou no ureter (canal que a urina percorre do rim à bexiga).

Quais as causas do cálculo renal?

Existem diferentes tipos de cálculo renal. A causa do problema depende do tipo de cálculo. As pedras podem se formar quando a urina tem um alto teor de certas substâncias que formam cristais. Esses cristais podem se tornar pedras ao longo de semanas ou meses.

O principal fator de risco para desenvolver pedra no rim é não beber bastante líquido. Os cálculos têm mais chances de se formar se a pessoa produzir menos de 1 litro de urina por dia.

Sabe-se ainda que as doenças do intestino delgado aumentam o risco de formação de pedra nos rins. Outras substâncias, como certos medicamentos, também podem formar pedras.

Os cálculos renais de cálcio são os mais comuns. Ocorrem mais frequentemente em homens entre 20 e 30 anos de idade. O cálcio pode ser combinado com outras substâncias para formar a pedra, como oxalato, fosfato ou carbonato. Porém, o oxalato é o mais comum deles e está presente em certos alimentos, como espinafre, e também é encontrado em suplementos de vitamina C.

Outros tipos de cálculo renal incluem:

  • Pedras de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria, um distúrbio hereditário que afeta homens e mulheres;
  • Pedras de estruvita: são encontradas principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Essas pedras podem crescer muito e bloquear os rins, ureteres ou bexiga;
  • Pedras de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres. Eles podem ocorrer devido à gota ou quimioterapia.
Qual é o tratamento para cálculo renal?

O tratamento para cálculo renal depende do tipo de pedra e da gravidade dos sintomas. Cálculos pequenos quase sempre passam pelo trato urinário e são eliminados com a urina.

Medicamentos

Para aliviar dor intensa da cólica renal, são usados medicamentos analgésicos. Há casos de cólica renal que necessitam de hospitalização, para administrar soro através da veia.

Para alguns tipos de cálculo renal, podem ser prescritos medicamentos para impedir a formação das pedras ou ajudar a quebrar e eliminar a substância responsável pela formação dos cálculos. Esses medicamentos podem incluir:

  • Alopurinol, para cálculos de ácido úrico;
  • Antibióticos, para pedras de estruvita;
  • Diuréticos;
  • Soluções de fosfato;
  • Bicarbonato de sódio ou citrato de sódio;
  • Tansulosina para relaxar o ureter e facilitar a passagem da pedra.
Cirurgia

A cirurgia para tirar pedras dos rins pode ser necessária se:

  • O cálculo for muito grande para ser eliminado;
  • O cálculo estiver crescendo;
  • A pedra estiver bloqueando o fluxo de urina, causando infecção ou danos aos rins;
  • A dor for incontrolável.

A litotripsia é usada para remover pedras com menos de 1,25 cm. Esse método usa ondas de ultrassom ou ondas de choque para quebrar as pedras em pequenos fragmentos que são eliminados pela urina. É também chamada litotripsia extracorpórea por onda de choque.

Para retirar pedras grandes, é feito um pequeno corte na pele das costas e o cálculo é extraído com uma sonda (endoscópio). A uretroscopia pode ser usada para cálculos no trato urinário inferior.

A cirurgia aberta do rim (nefrolitotomia) pode ser necessária se os outros métodos não funcionarem ou não forem possíveis de serem realizados. Porém, esses casos são raros.

É comum os cálculos renais voltarem a aparecer. Isso ocorre com mais frequência se a causa não for identificada e tratada.

Em caso de cólica renal, deve-se procurar atendimento médico com urgência para receber os medicamentos que irão aliviar a dor e o melhor tratamento para eliminar o cálculo renal, caso seja indicado.

Esse atendimento emergencial pode ser feito pelo/a médico/a clínico/a geral, porém, o seguimento para retirada do cálculo poderá ser feita com o/a médico/a urologista ou nefrologista, dependendo da localização da pedra e de outras comorbidades presentes.

Cisto no rim pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cistos renais são em sua maioria benignos, ou seja, não têm chances de virar câncer. Contudo, alguns cistos podem, sim, evoluir para câncer de rim.

Para determinar o risco de malignidade de um cisto no rim, criou-se uma classificação (Bosniak) que divide os cistos renais em simples ou complexos, conforme as características observadas nos exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Os cistos dos tipos Bosniak I e II são definidos como cistos renais simples, enquanto que os dos tipos Bosniak IIF, III e IV são classificados como cistos renais complexos.

Os cistos renais simples são benignos, com paredes finas, regulares e sem septos (reentrâncias da parede no interior do cisto). Também não apresentam calcificações no seu interior, que é preenchido com líquido. Esses cistos não apresentam risco de evoluírem para câncer.

Já os cistos renais complexos (Bosniak III e IV) possuem características sugestivas de tumor e muitas vezes precisam ser removidos cirurgicamente. Suas paredes são grossas, irregulares, com septos e o seu interior possui calcificações ou conteúdo sólido.

Os cistos renais complexos tipo Bosniak IIF têm características difíceis de serem incluídas nas categorias II ou III. Possuem múltiplos septos e a sua parede ou os septos apresentam calcificações. Pode ou não evoluir para câncer, por isso esses cistos devem ser acompanhados regularmente com exames de imagem.

Portanto, o risco de um cisto renal ser maligno está diretamente relacionado com a classificação de Bosniak. Quanto mais grossas forem as paredes do cisto, quanto mais septos ele apresentar e quanto mais calcificações houver no seu interior, maior é o seu número na classificação e maior é o risco de estar associado ao câncer.

Saiba mais em: 

Qual é o tratamento para cisto no rim?

Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

Hipertrofia Coluna de Bertin e bifidez renal tem que operar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A hipertrofia na Coluna de Bertin é uma variação anatômica e geralmente não está associada a nenhum problema. A bifidez renal é uma alteração anatômica que pode estar associada a estenose do ureter (obstrução do fluxo de urina) e aumento da incidência de infecção urinária. Operar ou não operar tudo vai depender do grau de alteração e das consequências dessas alterações.

O rim pode se deslocar, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o rim pode se deslocar em decorrência de traumas de grande impacto, embora o mais comum seja a ocorrência de dor local e outros sintomas, após um trauma nessa região, sem que ele seja deslocado.

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com o grau de lesão no rim, estando os mais comuns citados abaixo:

  • Dor local;
  • Dor ao urinar;
  • Urina amarronzada ou avermelhada (pela presença de sangue);
  • Retenção de líquido, causando edemas;
  • Redução do fluxo de urina;
  • Fadiga, cansaço, perda de apetite;
  • Prurido (coceira no corpo);
  • Dor no peito;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Espasmos, dor muscular e convulsões;
  • Falta de ar, por acúmulo de líquido nos pulmões.

Se não houver lesão ao rim, os sintomas serão basicamente, dor intensa no local, por vezes dor ao urinar, e eventualmente pode haver sangue na urina, modificando a sua coloração.

Em caso de lesão renal, com comprometimento da função renal, o sintoma inicial será, além dos já citados, retenção de líquidos, que causa aumento de peso, inchaço nos tornozelos, pés, rosto e mãos.

Outro sintoma comum é de redução do fluxo de urina, podendo inclusive cessar completamente. Nos casos de lesão renal aguda grave, quando o paciente não urina nada, definimos como anúria, uma situação bastante perigosa, portanto, devendo procurar imediatamente um atendimento de urgência.

Contudo, há casos de lesões renais agudas em que a produção de urina não é sequer afetada.

Conforme a lesão no rim permaneça, os elementos naturalmente eliminados na urina vão se acumulando no corpo, causando outros sintomas, como a fadiga, perda de apetite, náuseas e coceira generalizada pelo corpo.

Nos casos mais avançados pode haver ainda dor no peito, espasmos musculares, convulsões e "água nos pulmões", gerando falta de ar.

Vale ressaltar que a maioria das dores que as pessoas acreditam ser de origem renal, são na verdade dores osteomusculares por causa de problemas de coluna.

Qual é o tratamento?

O tratamento da lesão no rim tem como objetivo aliviar os sintomas relatados, tratar a causa da lesão, sempre que possível, e auxiliar na restauração da função renal o mais precoce possível.

Em alguns casos, como em pequenos traumas, a prescrição de medicamentos, analgésicos, relaxantes musculares, com muita cautela, para não agredir o rim, costumam ser suficientes.

Nos casos mais graves, com comprometimento da função renal, pode ser necessário medidas de intervenção mais urgente, como a realização de filtração externa, diálise, mesmo que temporariamente, buscando evitar complicações mais graves.

Se a causa da lesão renal for uma obstrução, pode ser indicado a colocação de um cateter na bexiga ou realização de cirurgia, para remover a obstrução, restaurando o trajeto da urina.

Durante o tratamento da lesão renal, também são tomadas algumas medidas para evitar que a redução do funcionamento do rim provoque mais complicações, como suspender ou restringir o uso de medicamentos, além de diminuir a ingestão de líquidos, sódio e potássio na dieta.

Vale ressaltar que os rins também podem curar-se espontaneamente, sobretudo se a lesão permanecer por menos de 5 dias e não houver complicações, como infecções.

O/A nefrologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar lesões nos rins.

Quais os sintomas de problemas nos rins?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas de problemas nos rins incluem principalmente:

  • Inchaços (edema nas mãos, pernas e pés),
  • Perda de apetite, perda de peso,
  • Sensação de mal-estar,
  • Cansaço,
  • Dores de cabeça,
  • Coceira no corpo,
  • Pele seca,
  • Náuseas e
  • Perda de peso sem motivo aparente.
Sintomas de insuficiência renal

Quando os rins perdem parcialmente ou totalmente a capacidade de filtrar o sangue, surge o quadro de insuficiência renal. Nesses casos, a pessoa pode apresentar:

  • Escurecimento ou clareamento anormal da pele;
  • Dor nos ossos;
  • Dificuldade para se concentrar ou pensar;
  • Contrações rápidas, leves e involuntárias da musculatura, semelhante a tremores (fasciculações) ou cãibras musculares;
  • Mau hálito;
  • Facilidade em formar hematomas;
  • Ausência de menstruação (amenorreia);
  • Dificuldade para respirar (nos casos mais avançados).

Sem tratamento, a insuficiência renal pode evoluir com diversas complicações, como:

  • Anemia;
  • Sangramento do estômago ou intestino;
  • Alterações nos níveis de açúcar no sangue;
  • Danos nos nervos das pernas e dos braços (neuropatia periférica);
  • Dificuldade de memória, aumenta risco de demência;
  • Complicações cardiovasculares, como trombose e infarto do coração;
  • Altos níveis de fósforo e potássio, Hiperparatireoidismo;
  • Queda da imunidade - aumento do risco de infecções;
  • Dificuldade de engravidar, maior risco de aborto e esterilidade;
  • Convulsões;
  • Edema generalizado, acúmulo de líquido ao redor dos pulmões (derrame pleural);
  • Enfraquecimento ósseo e aumento do risco de fraturas.

A doença renal crônica piora lentamente ao longo de meses ou anos e a pessoa pode não manifestar nenhum sintoma por algum tempo. A perda da função renal pode ser tão lenta que os sintomas podem surgir apenas quando os rins praticamente deixam de funcionar. Por isso, muitas pessoas não são diagnosticadas até perderem grande parte da sua função renal.

Função dos rins

Os rins estão localizados no meio das costas, logo abaixo das costelas. Dentro de cada rim existem milhares de pequenas estruturas chamadas néfrons, que filtram resíduos e excesso de água do sangue, formando a urina.

A maioria das doenças renais ataca os néfrons, causando danos que podem deixar os rins incapazes de filtrar o sangue, gerando insuficiência renal.

O que pode causar problemas nos rins?

Os problemas nos rins podem ser causados por fatores genéticos, lesões ou medicamentos. As principais doenças e condições que afetam os rins e podem causar insuficiência renal incluem câncer, cistos, cálculos renais (pedras no rim) e infecções. A insuficiência renal também pode ter como causas:

  • Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e esclerodermia;
  • Doenças crônicas como hipertensão e diabetes mal controlados;
  • Defeitos congênitos dos rins, como doença renal policística;
  • Substâncias químicas tóxicas;
  • Lesão renal;
  • Problemas com as artérias que irrigam os rins;
  • Uso de medicamentos, como analgésicos e medicações contra o câncer;
  • Retorno da urina para os rins (nefropatia por refluxo).

O risco de desenvolver insuficiência renal é maior se a pessoa for portadora de doenças crônicas como diabetes, pressão alta ou história familiar.

A doença renal crônica provoca o acúmulo de fluidos e resíduos no organismo. Essa condição afeta a maioria das funções e sistemas do corpo, podendo causar hipertensão arterial, diminuição do número de células do sangue, além de prejudicar a produção de Vitamina D e a saúde dos ossos.

Qual é o tratamento para problemas nos rins?

O tratamento para problemas nos rins inclui o uso de medicamentos, dieta, cuidados especiais e mudanças no estilo de vida. Se os rins deixarem de funcionar completamente, é necessário realizar um transplante ou tratamento com diálise, que substitui a função normalmente desempenhada pelos rins.

O controle da pressão arterial retarda os danos aos rins. Para isso, são utilizados medicamentos específicos. O objetivo é manter a pressão arterial igual ou inferior a 130/80 mmHg (“13 por 8”).

Mudanças no estilo de vida e alguns cuidados especiais podem ajudar a proteger os rins e prevenir doenças, como:

  • Não fumar;
  • Consumir alimentos pobres em gordura e colesterol;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Controlar os níveis de colesterol e glicose (açúcar) no sangue;
  • Evitar consumir sal ou potássio em excesso.

Outros tratamentos podem incluir:

  • Uso de medicamentos fixadores de fosfato para ajudar a evitar altos níveis de fósforo no corpo;
  • Suplementação com ferro, aumento do consumo de alimentos ricos em ferro, uso de medicamento (eritropoetina) e transfusões de sangue para tratar a anemia;
  • Suplementação com cálcio e vitamina D.

Na presença de sintomas de problemas nos rins, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Como aliviar a dor nos rins?

O que pode comer quem tem problemas de rins (alimentos bons para os rins)?

O que não pode comer quem tem problemas de rins?

Quem fez transplante de rim pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem fez transplante de rim pode engravidar, embora a gravidez nesse caso seja considerada de alto risco. Atualmente, aconselha-se que a mulher espere um ano após o transplante renal para engravidar, pois este é o período necessário para observar se o rim transplantado está funcionando bem e saudável.

O sucesso da gestação em uma mulher que fez transplante renal depende de um planejamento minucioso antes de engravidar, baseado na sua saúde geral, histórico de rejeição, pressão arterial, entre outros fatores.

As complicações mais observadas na gestação após transplante renal são a hipertensão arterial (pressão alta), o parto pré-termo, a diabetes gestacional, infecções do trato urinário e anemia.

Porém, apesar da frequência de complicações ser mais alta, o transplante de rim não é por si só uma contraindicação para a gravidez, e a maioria das gestações em mulheres pós transplante renal transcorrem sem grandes problemas.

As complicações são mais frequentes porque cerca de metade das mulheres que fazem transplante de rim desenvolvem hipertensão arterial, que é um fator de risco para restrição de crescimento fetal e baixo peso fetal.

O risco de pré-eclâmpsia também é maior nas gestantes transplantadas, podendo ocorrer em até 20% das gestações.

O transplante de rim também aumenta as chances de hemorragia e infecção urinária, além de deixar o organismo da grávida mais fragilizado e suscetível aos riscos da própria gestação, que também sobrecarrega os rins.

O grande desafio de uma gravidez após um transplante de rim é preservar a saúde materna e fetal durante todo o período gestacional, o que requer um planejamento e aconselhamento rigoroso, que devem começar antes mesmo da mulher tentar engravidar.

Devido a uma forte pancada o rim pode secar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

No caso de um trauma pode ocorrer uma atrofia renal, ele diminui de tamanho e para de funcionar, mas não desaparece. Provavelmente seu filho já nasceu sem o rim esquerdo, isso é um problema chamado agenesia renal. Ele pode ter uma vida normal e viver plenamente bem com apenas um rim.

Como saber se é dor muscular ou no rim?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As dores musculares, por serem problemas nos músculos, se modificam com a mudança de posição, movimentação do corpo e/ou palpação no exame. A dor nos rins não se altera com nenhum movimento.

Além disso, as doenças musculares são dores intermitentes, localizadas. As dores nos rins quando se iniciam são constantes, nada melhora, tem irradiação para a barriga, virilha ou genitais e costumam apresentar alterações na urina, como dificuldade em urinar, presença de sangue ou urina amarronzada.

Na presença de dor em região lombar, mesmo que intermitente, sangue na urina, dificuldade de urinar ou massa palpável na barriga, procure um médico da família, urologista e/ou clínico geral para avaliação.

Causas de dor nos rins

As principais causas de dor nos rins são a presença de pedra nos rins e a infecção urinária. Outras causas menos frequentes são: câncer, cisto renal, trombose de veia renal e trauma renal.

Vale ressaltar que o baixo consumo de água é um dos fatores que mais contribui para a formação de pedras nos rins, especialmente pessoas que já tem história de cálculo renal na família.

Por isso, para o bom funcionamento renal, é fundamental beber bastante água durante o dia, pelo menos 1 litro e meio a 2 litros. O médico urologista é o responsável por avaliar e orientar quanto às doenças renais.

1. Pedra nos rins

Os rins produzem a urina, que segue através do ureter até a bexiga, onde fica armazenada e depois é expelida como xixi.

Pessoas com pedras nos rins, em algum momento da vida, terão um cálculo passando pelo ureter, para ser eliminado na urina. O problema ocorre quando esse cálculo não é pequeno o suficiente e fica preso nesse canal, impedindo também a passagem da urina.

Essa obstrução causa os sintomas de dor intensa na região lombar, apenas do lado acometido, náuseas, vômitos, suor frio e presença de sangue na urina.

O tratamento é feito com medicamentos potentes para dor, hidratação, antibiótico e cirurgia para desobstruir o canal.

Saiba mais: O que causa pedra nos rins?

2. Infecção urinária

A infecção na urina costuma se iniciar na uretra e bexiga, embora possa acometer todo o sistema urinário, conhecido popularmente por cistite.

Os sintomas são de aumento da frequência urinária, urina muitas vezes, mas em pequenas quantidades, ardência ao urinar e dor na barriga.

O tratamento da cistite é simples, com aumento da ingesta de água, antisséptico da via urinária e antibióticos orais por 1 a 2 semanas.

No entanto, a cistite pode evoluir com piora, quando as bactérias alcançam o sistema urinário mais alto (reteres e rins), causando uma pielonefrite. O quadro é mais frequente em crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas ou com imunidade muito baixa.

Nos casos de pielonefrite o tratamento deve ser imediato, em ambiente hospitalar, com hidratação e antibióticos pela veia, para evitar complicações como sepse e insuficiência renal.

3. Câncer

No Brasil, a incidência de câncer renal tem aumentado, segundo a estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde o ano de 1990. Hoje está entre os 10 tipos de tumores mais frequentes na população.

Os sintomas são de dor na região lombar, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Pode haver queixa de falta de apetite e perda de peso, mas nos casos já avançados.

O tratamento definitivo e curável, é a cirurgia com remoção do tumor. Pode ser necessário tratamento complementar com imunoterapia, dependendo do tamanho e tempo de doença. O médico oncologista é o responsável por determinar os tratamentos adjuvantes.

4. Cisto renal

Cisto renal é uma espécie de "bolsa cheia de líquido", que aparece nos rins, geralmente em exames realizados aleatoriamente. Na maioria das vezes não causa sintomas, indicando apenas acompanhamento.

Nos casos de infecção, formação de cálculos no interior ou sangramento, pode haver dor na região lombar, do lado acometido, associado a náuseas, mal-estar e febre. O tratamento indicado será de antibioticoterapia oral e/ou cirurgia para remoção do cisto.

Leia também: Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

5. Trombose de veia renal

A trombose de veia renal é a obstrução da veia renal principal. É uma doença rara, desencadeada por doenças auto-imunes, distúrbios de coagulação, complicação gestacional, entre outras.

Os sintomas são de dor na região lombar, diminuição do volume de urina, mal-estar, náuseas, vômitos e presença de sangue na urina.

O diagnóstico não é simples, porque o quadro é bem semelhante à cólica renal. Por isso, são necessários exames de imagem mais específicos, como venografia ou angiografia, para definir essa doença.

O tratamento se baseia em resolver o problema que está causando essa obstrução, associado a anticoagulação. A cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves e que não respondem ao medicamento.

6. Trauma renal

O rim é um órgãos mais comprometidos nos traumas "fechados", como acidentes de carro e de grande impacto. Os sintomas serão de dor na região lombar, ou na barriga difusamente, mal-estar e pode haver sangue na urina.

O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia de abdômen.

O tratamento depende da gravidade do trauma. Na lesão leve, é indicado apenas o acompanhamento. Nas lesões mais graves, com formação de hematoma, dor e sinal de infecção, pode ser preciso intervenção cirúrgica.

Sintomas de dor nos rins

Os sintomas relacionados a problemas nos rins são:

  • Dor lombar (de um dos lados)
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Coloração avermelhada ou amarronzada na urina
  • Menor quantidade de urina
  • Náuseas, vômitos e mal-estar

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Dor nos rins durante a gravidez é normal?