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Entenda como a Herpes-zóster pode estar relacionada com esclerose múltipla
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Herpes-zóster, também conhecido como "cobreiro" ou "zona", parece estar relacionado com o desenvolvimento da esclerose múltipla, embora os mecanismos ainda não estejam claros. Uma teoria é a de que o herpes-zóster está associado a alterações no sistema imunológico que podem provocar esclerose múltipla.

Estudos mostraram que pessoas com herpes-zóster podem ter até 3 vezes mais chances de ter esclerose múltipla. Também já foi encontrada uma alta replicação viral em lesões das células nervosas de pacientes com esclerose múltipla.

Apesar de ainda não existir uma confirmação de que a esclerose múltipla pode ser causada pelo vírus do Herpes-zóster, existe uma teoria de que alguns tipos de vírus, entre eles o do Herpes-zóster, são determinantes para desenvolver a doença. Sobretudo se esses vírus foram adquiridos na infância ou adolescência.

O Herpes zoster afeta sobretudo pessoas com imunidade baixa, como por exemplo idosos. É o mesmo vírus que causa a catapora, quando a pessoa tem catapora na infância ela permanece com o vírus latente nos nervos, que pode ser reativado em situações de queda da imunidade, levando ao aparecimento das lesões de Herpes-Zoster.

Quais são os sintomas do Herpes-zóster?

O Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus Varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora (varicela). Seus principais sintomas são a dor e o desenvolvimento de pequenas bolhas avermelhadas cheias de líquido, que se agrupam em linha numa área específica da pele.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença que provoca lesões nas células nervosas, comprometendo o sistema nervoso central e causando incapacitações motoras, visuais e cognitivas.

A origem da esclerose múltipla está na degeneração da camada de gordura que envolve os nervos, prejudicando a transmissão dos sinais do cérebro pelas fibras nervosas.

Por isso, a pessoa apresenta fadiga, perda de equilíbrio, alterações na coordenação motora e na memória, bem como dificuldade de ter pensamentos lógicos.

Os primeiros sinais e sintomas da esclerose múltipla começam em pessoas com idade entre 15 e 50 anos. O herpes-zóster ocorre sobretudo em idosos e indivíduos com imunidade baixa.

Contudo, apesar da possível relação entre ambas as doenças, são necessários mais estudos científicos para comprovar que o herpes-zóster pode mesmo causar esclerose múltipla.

O que é febre maculosa e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Febre maculosa é uma doença infecciosa grave, transmitida pela picada de carrapatos infectados por bactérias do gênero Rickettisia. A bactéria ataca a parede interna dos vasos sanguíneos, o que pode trazer sérias complicações e causar a morte se a doença não for tratada a tempo.

No Brasil, a febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pelo carrapato Amblyomma cajennense, mais conhecido como carrapato-estrela.

Os sintomas da febre maculosa começam de forma súbita, com febre alta, dor de cabeça e calafrios, podendo ocorrer também fortes dores musculares, prostração, hemorragias, náuseas e vômitos.

Entre o 3º e o 5º dia surgem as manchas vermelhas na pele (máculas). Daí a doença ser chamada de febre "maculosa".

As máculas aparecem primeiro nas extremidades, como punhos e tornozelos, irradiando depois para tronco, rosto, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés.

É importante lembrar que as manchas nem sempre estão presentes ou podem não ser identificadas facilmente, sobretudo em pessoas idosas ou de pele negra.

Outros sinais comuns da febre maculosa incluem:

  • Agitação psicomotora;
  • Inchaço na face, principalmente nos olhos;
  • Inchaço nas pernas, que ficam brilhantes;
  • Tosse;
  • Hipotensão arterial (pressão baixa).

A febre maculosa também pode cursar de forma assintomática ou manifestar sintomas mais brandos.

Quando a doença é diagnosticada e tratada precocemente, a morte é pouco comum. Porém, sem um tratamento adequado, a febre maculosa pode ser fatal em mais de 80% dos casos, causando danos no sistema nervoso central e em diversos órgãos internos .

Como ocorre a transmissão da febre maculosa?

A transmissão da febre maculosa ocorre pela picada do carrapato infectado, sem chances de ser transmitida de pessoa para pessoa.

Para transmitir a doença, o carrapato tem ficar agarrado à pele durante cerca de 4 horas. Se o animal for esmagado e a pessoa tiver lesões na pele, o contágio pode ocorrer nesse momento.

Como é o tratamento da febre maculosa?

O tratamento da febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por bactérias. Porém, é fundamental que o tratamento seja iniciado logo nos primeiros diasda doença.

A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa nas paredes dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis.

Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada precocemente, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.

Leia também: Qual o tratamento para febre maculosa?

Procure atendimento médico com urgência em caso de suspeita de febre maculosa e relate ao médico se esteve em locais onde há cavalos e animais silvestres ou em regiões com casos registrados de febre maculosa.

Menstruei dia 12 e ciclo é de 28 dias, quando estarei fértil?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O cálculo do dia fértil, para ciclos regulares, é feito da seguinte maneira:

O dia mais fértil, é exatamente o dia do meio do seu ciclo, sendo de 28 dias, será 14 dias após o primeiro dia da menstruação. Ou seja, se menstruou no dia 12 de março, mais 14 = 26 de março.

Entretanto, devido ás variações hormonais que podem acontecer, alterando a data da ovulação, e também devido a vitalidade dos espermatozoides, que podem levar mais tempo para alcançar as trompas e durar até 5 dias dentro do organismo da mulher, deve ser estipulado 3 dias antes e 3 dias depois, como datas também prováveis para gravidez. Damos o nome de período fértil.

Sendo assim, o seu período fértil, será do dia 23 ao dia 29 de março, sendo o dia 26 o mais propenso à fecundação.

Existem alguns sinais e sintomas que também ajudam a mulher a identificar essa etapa do ciclo, auxiliando nos casos de tentativa de gravidez.

Saiba mais no artigo: Quais os sintomas do período fértil?

Por outro lado, existem situações que podem alterar o período menstrual da mulher, interferindo nesse cálculo, como estresse, doenças e uso de certos medicamentos.

Por isso, o uso de "tabelinha" como método contraceptivo é considerado um método ineficaz.

Leia também: O período fértil pode mudar de mês para mês?

Para mais esclarecimentos quanto ao período fértil, procure seu médico da família ou ginecologista.

O que é balantidiose, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Balantidiose é uma doença intestinal causada pelo protozoário Balantidium coli. O parasita é encontrado principalmente no intestino de porcos, sendo transmitido pelas fezes dos animais.

A transmissão da balantidiose para os seres humanos ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados ou pela contaminação das mãos com fezes infectadas.

Ao infectar o hospedeiro, o Balantidium coli instala-se no intestino grosso, nutrindo-se dos alimentos ali dissolvidos e se reproduzindo. O protozoário também pode invadir a mucosa intestinal, se esta estiver com alguma lesão.

Os sinais e sintomas da balantidiose podem incluir febre, diarreia, náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza, presença de muco e sangue nas fezes, cólicas e nos casos graves pode levar a desidratação.

O diagnóstico é obtido pela avaliação dos sintomas e exame de fezes. O tratamento da balantidiose é feito nos casos graves geralmente com o uso de antibióticos ou com ação antiprotozoária.

Para prevenir a balantidiose deve-se ter cuidados de higiene pessoal, principalmente pessoas que têm contato frequente com suínos, cuidados de saneamento básico, cozer bem os alimentos antes de comer, beber água fervida ou tratada, bem como tratar as pessoas doentes para que não transmitam a doença.

Os médicos gastroenterologista ou infectologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a balantidiose.

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O que é disenteria e quais os seus sintomas?

O que é narcolepsia e quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Narcolepsia é um distúrbio do sono que causa sonolência extrema e ataques de sono durante o dia. A sua principal causa é a falta de uma proteína produzida pelo cérebro chamada hipocretina.

A hipocretina é uma das substâncias responsáveis por manter o estado de alerta diurno, ou seja, manter a pessoa acordada.

Pessoas portadoras de narcolepsia, apresentam uma quantidade menor de células que produzem a hipocretina. Isso parece acontecer devido a uma reação autoimune, quando o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo.

Além disso, os fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. A doença pode ser esporádica. Contudo, quem tem um parente de 1º grau com o distúrbio, possui cerca de 40 vezes mais chances de desenvolver narcolepsia do que quem não tem.

Quais os sintomas da narcolepsia?

Os principais sintomas da narcolepsia incluem sonolência excessiva durante o dia, cansaço crônico, cataplexia (perda de força muscular de forma súbita) e anormalidades do sono profundo (REM).

A narcolepsia pode causar ainda paralisia do sono, alucinações e sono repentino e profundo depois de alterações abruptas de emoções, como levar um susto ou dar uma gargalhada, por exemplo.

Os sintomas da narcolepsia geralmente começam a se manifestar entre os 15 e os 30 anos de idade. Existem dois tipos principais de narcolepsia (tipo 1 e tipo 2) e os sinais e sintomas podem variar entre eles:

Narcolepsia tipo 1: excesso de sono durante o dia, cataplexia e baixos níveis de hipocretina.

Narcolepsia tipo 2: excesso de sono durante o dia, ausência de cataplexia e níveis normais de hipocretina.

Sonolência extrema durante o dia

A pessoa pode sentir um desejo incontrolável de dormir, geralmente seguido por um período de sono. São os chamados ataques de sono. Esses períodos podem durar de alguns segundos a alguns minutos. Podem acontecer depois de comer, durante uma conversa, ao dirigir, entre outras situações.

Cataplexia

Durante esses ataques de sono, a pessoa não controla seus músculos e não consegue se mexer. Emoções fortes, como risos ou raiva, podem desencadear cataplexia.

Os ataques geralmente duram de 30 segundos a 2 minutos e a pessoa permanece consciente durante a crise. Durante o ataque, a cabeça inclina-se para a frente, a mandíbula cai e os joelhos podem dobrar. Em casos graves, a pessoa pode cair e ficar paralisada por vários minutos.

Apesar de ser um sinal característico da narcolepsia, a cataplexia normalmente só se manifesta após o surgimento da sonolência diurna excessiva.

É comum a cataplexia ser confundida com desmaios ou até mesmo epilepsia, já que a pessoa apresenta fraqueza muscular repentina e não consegue se movimentar por algum tempo. Isso tudo torna o diagnóstico da narcolepsia ainda mais difícil.

Alucinações

A pessoa vê ou ouve coisas que não existem, seja dormindo ou acordada. Durante as alucinações, a pessoa pode sentir medo ou como se estivesse sob ataque.

Paralisia do sono

Ocorre quando a pessoa não consegue mover o corpo quando começa a dormir ou quando acorda. Pode durar até 15 minutos.

A maioria das pessoas com narcolepsia tem sonolência diurna e cataplexia, nem todas apresentam paralisia do sono. Apesar de se sentirem muito cansadas, é comum pessoas com narcolepsia não dormirem bem à noite.

Qual é o tratamento para narcolepsia?

O tratamento da narcolepsia é feito com medicamentos estimulantes e antidepressivos, que ajudam a diminuir a sonolência e inibir a cataplexia. A narcolepsia não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas.

Os estimulantes ajudam o indivíduo a manter-se acordado durante o dia. Já os antidepressivos podem reduzir os episódios de cataplexia, paralisia do sono e alucinações.

O oxibato de sódio atua bem no controle da cataplexia, além de ajudar a controlar a sonolência diurna.

Além dos medicamentos, são indicadas algumas mudanças no estilo de vida para ajudar a melhorar a qualidade do sono noturno e aliviar a sonolência diurna:

  • Deite-se e acorde à mesma hora todos os dias;
  • Mantenha o quarto escuro e a uma temperatura agradável;
  • Evite cafeína, álcool e refeições pesadas pelo menos duas horas antes de ir dormir;
  • Não fume;
  • Faça algo relaxante antes de dormir, como tomar um banho quente ou ler um livro;
  • Pratique exercícios físicos regularmente todos os dias, mas pelo menos 4 horas antes de ir dormir;
  • Pratique os cochilos durante o dia, quando a pessoa está cansada, também ajuda a controlar a sonolência diurna e reduz a quantidade de ataques imprevistos de sono.

Apesar de não ter cura, a narcolepsia pode ser controlada com o tratamento. Tratar outros distúrbios do sono subjacentes também pode melhorar os sintomas dessa condição.

O/A médico/a neurologista especialista em distúrbios do sono é o/a profissional indicado/a para diagnosticar e tratar a narcolepsia.

O que é bocio adenomatoso multinodular?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Significa aumento da tireoide com a presença de vários nódulos na tireoide. O bócio multinodular é o termo usado para se referir ao aumento da glândula tireoide devido a multiplicação de células da tireoide chamadas tireócitos, que forma múltiplos nódulos. É uma doença benigna da tireoide influenciada pela carência de iodo na dieta e por predisposição genética.

O bócio multinodular é uma doença relativamente frequente principalmente em áreas onde há deficiência de iodo na dieta alimentar. É mais frequente em mulheres do que em homens, como em outras doenças tireoidianas.

Bócio multinodular e hipertireoidismo

Os nódulos presentes no bócio multinodular podem apresentar um excesso de produção hormonal, fazendo com que os níveis de hormônios tireoidianos se elevem, levando a um quadro de hipertireoidismo. Quando isso ocorre tem-se o bócio multinodular tóxico.

Sintomas do bócio multinodular

Os sintomas do bócio multinodular, quando está presente uma elevação dos hormônios tireoidianos, são sintomas relacionados ao hipertireoidismo, como:

  • Aumento da frequência cardíaca (batimentos acelerados);
  • Tremores, principalmente em mãos;
  • Sudorese;
  • Nervosismo ou ansiedade;
  • Aumento do apetite;
  • Perda de peso repentina.

Um outro conjunto de sintomas se refere a compressão das estruturas próximas ao bócio quando este atinge grandes dimensões, nessa situação pode ocorrer:

  • Dificuldade de respirar ou engolir;
  • Sensação de bolo na garganta.
Tratamento do bócio multinodular

O tratamento do bócio multinodular irá depender dos sintomas que causa, da sua dimensão, toxicidade e também do contexto clínico de cada pessoa. Pode incluir uso de medicamentos, iodoterapia e mais raramente cirurgia.

Caso apresente sintomas sugestivos de bócio consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Pólipos uterinos impedem a gravidez?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Pólipos uterinos podem dificultar a gravidez, pois podem tornar mais difícil a implantação do óvulo fertilizado no útero. Por outro lado, há mulheres com pólipo uterino que conseguem engravidar e não passam por problemas durante a gravidez, enquanto que outras apresentam mais complicações.

É importante tratar o pólipo uterino antes de tentar engravidar, para evitar riscos. A cirurgia para retirada do pólipo é o tratamento mais indicado. Se a mulher não estiver conseguindo engravidar, deve procurar o seu ginecologista para verificar se está tudo bem, uma vez que os pólipos uterinos podem não apresentar sinais ou sintomas.

Em caso de suspeita de pólipos uterinos, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.

Saiba mais em:

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Qual é o tratamento para pólipo endometrial?

Pólipo endometrial pode virar câncer?

O que é dislipidemia e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dislipidemia é o distúrbio das gorduras presentes no sangue, que pode ser o colesterol, os triglicerídeos ou ambos. A presença de uma quantidade elevada dessas gorduras no sangue representa um risco para doenças cardiovasculares como infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC - “derrame”).

A dislipidemia caracteriza-se por níveis anormais de gorduras (lipídios) no sangue. As gorduras exercem um importante papel no organismo humano e na manutenção do funcionamento normal das células, além de serem usadas como fonte de energia.

A gordura presente nos alimentos que ingerimos é absorvida pelos intestinos e transportada para o sangue. Quando nossa alimentação apresenta muita gordura, o organismo não é capaz de absorver e eliminar o suficiente e uma parte dessa gordura acumula-se nas artérias.

Com o excesso de gordura acumulada nas artérias, o fluxo sanguíneo pode ser interrompido parcialmente ou totalmente, impedindo o aporte de nutrientes necessários para aquele tecido e causando prejuízos das funções

Colesterol HDL e colesterol LDL

O colesterol é transportado no sangue por dois tipos de lipoproteínas: o chamado “mau”colesterol (LDL) é transportado por lipoproteínas de baixa densidade, enquanto que o “bom” colesterol (HDL) é transportado por lipoproteínas de alta densidade. Por outro lado, o transporte dos triglicerídeos é feito por lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).

Por ter baixa densidade, o colesterol LDL flutua com mais facilidade no sangue e pode se depositar na parede das artérias, podendo obstruir o fluxo sanguíneo para o coração ou para o cérebro. Por isso, o seu excesso é prejudicial à saúde e aumenta os riscos de derrames cerebrais e infarto. Daí ser chamado de “mau” colesterol.

Por outro lado, o “bom” colesterol, o HDL, tem alta densidade, por isso afunda-se mais no sangue e não flutua na superfície como o LDL. Além disso, o colesterol HDL ajuda a remover o excesso de mau colesterol da circulação, daí ser conhecido como “bom” colesterol.

Saiba mais em: Qual a diferença entre colesterol VLDL, LDL e HDL?

Quais as causas da dislipidemia?

A dislipidemia pode ter origem em fatores genéticos ou ser adquirida. Além da genética, existem vários fatores que favorecem a dislipidemia, como dieta rica em colesterol (gorduras), tabagismo, obesidade, diabetes, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, idade, entre outros.

Sabe-se que os níveis de colesterol têm tendência para aumentar com a idade. Nas mulheres, que em geral apresentam níveis mais baixos de colesterol, a dislipidemia tende a ocorrer depois da menopausa.

Os níveis de colesterol e triglicerídeos também podem aumentar com o uso de certos medicamentos, como pílula anticoncepcional, estrógenos, corticoides, diuréticos e antidepressivos.

Quais são os sintomas da dislipidemia?

A dislipidemia não causa sintomas específicos, porém ela pode aumentar significativamente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares em especial as doenças das coronárias, que são as artérias que irrigam o coração.

Nessas doenças, os principais sintomas são dor no peito que pode irradiar para o braço esquerdo, falta de ar, náuseas, vômito, sudorese, aceleração dos batimentos cardíacos e desmaio.

A dislipidemia também pode causar opacidade na córnea, acúmulo de colesterol abaixo da pele (xantomas), dor ao caminhar, dor abdominal, alterações no equilíbrio, confusão mental e alterações na fala.

A origem de muitos desses sintomas está relacionada com a obstrução da artéria, provocada pelo acúmulo de gordura na parede dos vasos.

Qual é o tratamento para dislipidemia?

O tratamento da dislipidemia pode incluir o uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida, com prática regular de atividade física, mudanças na dieta (alimentação pobre em gorduras e rica em fibras), perda de peso, redução do consumo de álcool, além de não fumar.

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a clínico geral ou médico/a de família.

Sou casada há mais de um ano e ainda sou virgem
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Precisa procurar um ginecologista para uma avaliação essa condição pode tratar-se de vaginismo, que trata-se de uma contratura involuntária dos músculos que envolvem a vagina, impedindo o ato sexual. No entanto, é importante que você passe por uma avaliação ginecológica para avaliar se não há presença de outras anomalias no canal vaginal, como cicatrizes ou infecções.

O vaginismo é a contração involuntária dos músculos que se encontram em volta da abertura vaginal. A mulher com vaginismo apresenta desejo sexual mas não consegue relaxar essa musculatura espontaneamente.

Pode aparecer desde a primeira relação sexual ou desenvolver-se mais tarde, geralmente após experiências sexuais prévias dolorosas ou traumáticas. O medo que a mulher desenvolve contrai ainda mais a musculatura pélvica, como ela não consegue ter relação passa a ir cada vez mais tensa para o intercurso sexual, o que piora a situação.

Qual o tratamento para vaginismo?

O vaginismo tem cura e tratamento, que baseia-se principalmente na dessensibilização vaginal progressiva, na qual a mulher aos pouco vai ela mesmo se permitindo se tocar na região da vulva e do introito vaginal.

Quando ela já consegue tocar na porção interna da vagina, podem ser usados cones vaginas que ao serem introduzidos permitem que os músculos vaginais se adaptem a pressão e cessem a contração reflexa.

Ao poucos quando a mulher estiver segura pode tentar com o parceiro o contato peniano-vulvar, até conseguirem alcançar a penetração vaginal.

O tratamento do vaginismo requer meses e o apoio de profissionais como fisioterapeutas pélvicos que podem orientar a mulher na realização dos exercícios de dessensibilização.

Caso apresente sintomas sugestivos de vaginismo procure um ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Para que serve o exame da ureia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame de ureia é um exame que mede a quantidade de ureia no sangue ou na urina. A ureia é um subproduto resultante do metabolismo de proteínas no organismo. A ureia é excretada pelos rins. Por isso, o resultado do exame de ureia pode avaliar a função renal. Uma taxa de ureia elevada pode ser um sinal de que os rins não estão funcionando de maneira eficiente.

Pessoas que estão nos estágios iniciais de uma doença renal podem não notar nenhum sintoma. O exame de ureia pode detectar problemas renais em um estágio inicial, quando o tratamento é mais eficaz.

A principal função dos rins é eliminar os resíduos e o excesso de líquidos do corpo. A ureia é um dos resíduos que os rins removem do sangue. Se a pessoa tiver uma doença renal, o material residual pode se acumular no sangue e causar sérios problemas de saúde, como pressão alta, anemia e doença cardíaca.

Além de ser usado para diagnosticar ou monitorar uma doença ou um distúrbio renal, o exame de ureia serve ainda para verificar o equilíbrio proteico de uma pessoa e a quantidade de proteína necessária nos alimentos para indivíduos gravemente doentes. Também é usado para determinar quanta proteína uma pessoa consome.

Quando o exame de ureia é indicado?

Alguns fatores que aumentam o risco de doença renal e podem ser indicativos para solicitar o exame de ureia incluem:

  • História familiar de problemas renais;
  • Diabetes;
  • Pressão alta;
  • Doença cardíaca.

Os níveis de ureia também podem ser avaliados se a pessoa tiver sintomas de doença renal avançada, como:

  • Urinar com pouca frequência;
  • Coceira pelo corpo;
  • Cansaço constante;
  • Inchaço nos braços, pernas ou pés;
  • Cãibras musculares;
  • Dificuldade para dormir.

O exame de ureia é apenas uma das maneiras de avaliar o funcionamento dos rins. Se houver suspeita de doença renal, poderão ser recomendados outros testes, com o exame de creatinina, outro produto filtrado pelos rins, que avalie a eficácia com que os rins estão filtrando o sangue.

Quais são os valores de referência da ureia?

Os valores de referência da ureia variam de 12 a 20 gramas por 24 horas (428,4 a 714 mmol/dia). Esses são os valores de ureia considerados normais. As faixas de valores normais podem variar um pouco entre os laboratórios.

Ureia baixa: o que pode ser?

Ureia baixa geralmente é sinal de problemas renais ou desnutrição (falta de proteína na dieta).

Ureia alta: o que pode ser?

Ureia alta pode ser sinal de doença renal, aumento da quebra de proteínas no corpo ou ingestão excessiva de proteínas. Pode ocorrer ainda em casos de desidratação, queimaduras, uso de certos medicamentos ou outros fatores, como idade. Normalmente, a taxa de ureia fica mais elevada à medida que a pessoa envelhece.

Para entender o resultado do exame de ureia, consulte o médico que solicitou o exame de sangue ou de urina.

Entenda com mais detalhe o valor de referência da ureia

Ureia alta: o que fazer para baixar?

Excesso de gases pode revelar algum problema grave?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É raro, mas pode sim indicar algum problema grave, especialmente se vier associado a perda de peso, febre ou sangue nas fezes. Na maioria das vezes, é resultado de alimentação gordurosa ou falta de exercícios.

O excesso de gases é o acúmulo ou produção aumentada de gases pelas bactérias naturais do organismo, durante a digestão.

Quando a quantidade de bactérias é maior que o habitual, ou a sua produção de gases está aumentada, esse acúmulo dentro do intestino, causa os sintomas de "inchaço da barriga", dor, além de episódios de arrotos ou flatulência frequentes.

Por isso, na presença de gases que não melhoram com massagens, alimentação saudável e prática de atividades físicas, procure um médico gastroenterologista para avaliação.

Motivos mais comuns para o excesso de gases 1. Alimentação gordurosa

A alimentação rica em gorduras, carboidratos e proteínas, exige maior quantidade de bactérias e enzimas para a sua quebra e digestão, consequentemente, uma maior produção de gases por essas bactérias.

Uma boa alimentação deve conter todas as famílias de alimentos, o que facilita muito esse processo digestivo e menos gases. Ao mesmo tempo, garante uma boa nutricional corporal.

Se optar por uma dieta mais específica, com alguma restrição, essa deverá ser prescrita e acompanhada por um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista.

2. Falta de exercícios físicos

A prática de exercícios físicos ajuda no peristaltismo do intestino, na circulação sanguínea do trato gastrointestinal, além de outros benefícios. Portanto, para casos crônicos de prisão de ventre, excesso de gases ou má digestão, a atividade física regular está indicada.

Procure um profissional da área de educação física, para ajudar a montar um treino individualizado, com os cuidados necessários, alcançando os seus objetivos de forma segura e mais rápida.

3. Intolerância à lactose

A lactose é o açúcar presente no leite e os seus derivados. Esse açúcar precisa ser quebrado durante a digestão, para chegar ao intestino em frações menores, sendo absorvido ou eliminado.

Na intolerância à lactose, existe uma deficiência da enzima que tem essa função, e a lactose chega inteira no intestino, causando os sintomas dessa síndrome. A cólica, náuseas, dores abdominais, diarreia ou fezes pastosas.

O tratamento deve ser feito com orientação profissional de alimentação sem lactose. Não é preciso uso de medicamentos, porém uma alternativa são os suplementos enzimáticos de lactase. Repondo a enzima que está em falta, logo antes do consumo do alimento com o açúcar.

Essa condição atinge crianças e adultos. Então, na suspeita dessa síndrome, procure um médico gastroenterologista para avaliação.

4. Uso de antibióticos

O uso de alguns medicamentos, principalmente os antibióticos, alteram a flora intestinal normal, levando a formação de gases em excesso e por vezes as oscilações no hábito intestinal, alternando entre diarreia e constipação.

Dependendo do caso, o tratamento não deve ser interrompido, mas será orientado a manter uma boa hidratação e alimentação balanceada até o seu término. Após encerrar o tratamento, em poucos dias os sintomas desaparecerão.

5. Alcoolismo

O consumo exagerado de bebidas alcoólicas leva a um desequilíbrio da flora bacteriana intestinal, com maior proliferação das bactérias, com isso acúmulo de gases na região.

O álcool também causa lesão direta na parede do esôfago e estômago, aumentando o risco de gastrite, úlcera e câncer nessa região.

Alcoolismo é uma doença, bastante prejudicial à saúde, por isso é sempre aconselhado procurar um médico de família ou hepatologista, para auxiliar e acompanhar nesse tratamento.

6. Excesso de bebidas com gás

O consumo de bebidas com gás, especialmente quando o uso é frequente e em quantidades elevadas, aumenta também a quantidade de gases do trato gastrointestinal, dificultando a sua eliminação a tempo.

O resultado é de sintomas indesejados como flatulência e/ou arrotos, frequentes.

Prefira o consumo de água ou sucos naturais a bebidas gaseificadas.

7. Tumores

Quando o excesso de gases vem associado a outros sintomas como a perda de peso, sem causa aparente, cólicas frequentes, diarreia alterando com intestino "preso" e/ou presença de sangue nas fezes, pode ser um sinal de uma doença mais grave como o câncer de intestino.

O tratamento do câncer é curativo, desde que seja identificado a tempo. Por isso, na suspeita de um problema maior no trato gastrointestinal, e especialmente pessoas com fatores de risco para o tumor, é importante que procure um médico gastroenterologista quanto antes.

Fatores de risco para câncer de intestino

Não só para o câncer de intestino, mas para todo o trato gastrointestinal, é fundamental conhecer e evitar, se possível, os fatores sabidamente de risco para a doença.

A história familiar, história de pólipos e doenças crônicas por vezes não são evitáveis, mas podem ser controladas. Outros fatores podem e devem ser evitados, como:

  • Alimentação pobre em fibras,
  • Cigarro,
  • Consumo frequente de bebidas alcoólicas,
  • Obesidade,
  • Sedentarismo (falta de atividade física),
  • Diabetes mellitus descompensado.

Para maiores esclarecimentos procure um médico gastroenterologista ou o médico da família.

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Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

Veja também

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): para que serve, como usar e quais as suas contraindicações?

O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

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