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Qual é o melhor tratamento para curar afta?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da afta pode ser feito através da aplicação de pomada analgésica e corticoide tópico para aliviar a dor e controlar a inflamação. O tratamento pode incluir também bochechos com enxaguantes antissépticos para controlar a irritação no local.

Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos antibióticos para curar a infecção secundária que pode ser a causa da afta. 

No tratamento das aftas maiores, que apresentam sintomas intensos e duração prolongada, pode ser indicado também o uso de corticoide por via oral.

A utilização de produtos e terapias que agridem a base da afta, como bicarbonato de sódio, nitrato de prata e laser, não tem comprovação científica de que reduz o tempo de cicatrização da ferida. Porém, pode aliviar os sintomas em algumas pessoas.

Durante o tratamento da afta, também deve-se evitar alimentos quentes, ácidos ou apimentados, que podem irritar ainda mais a lesão.

O que são aftas?

As aftas são lesões pequenas e brancas rodeadas por uma área vermelha. Ocorrem dentro da boca, principalmente na mucosa que recobre a bochecha, os lábios, a gengiva e a garganta, embora também possam aparecer sobre a língua.

As mais comuns são as aftas herpetiformes, que surgem em grupos formados por pequenas úlceras e são recorrentes.

Afta é contagiosa?

Não, as aftas não são contagiosas.

Como identificar uma afta?

As aftas podem ser pequenas ou grandes, podendo surgir isoladamente ou em grupos. As maiores, com mais de 1 cm, podem durar até 6 semanas e deixar cicatriz. Já as menores, com menos de 1 cm, tendem a desaparecer espontaneamente em 7 a 10 dias sem deixar cicatriz.

Quais as causas da afta?

As causas da afta ainda não são totalmente conhecidas. Contudo, acredita-se que o aparecimento das aftas esteja relacionado com fatores imunológicos

Há ainda indícios de que a afta pode ser desencadeada por infecções virais ou bacterianas, alimentos, traumatismos, alergias, estresse, cigarro, tendência genética e ainda falta de ferro ou vitaminas.

Como prevenir as aftas?

Para prevenir o aparecimento de novas aftas, é preciso tentar identificar as suas causas e afastar-se dos fatores que podem desencadear novas lesões.

O/a dentista, médico/a de família e clínico/a geral podem avaliar e diagnosticar as aftas além de prescrever o tratamento mais adequado para o seu caso.

Dor no braço o que pode ser? Causas e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor em um dos braços costuma ser causada por um problema muscular, tendinite, lesão por esforço repetitivo (LER) ou problemas crônicos, como a artrose.

No entanto, pode ser também um dos sintomas do infarto agudo do coração, uma doença bastante grave, por isso é importante entender os sinais de alerta para essa doença.

No infarto, a dor é em aperto no peito, e pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e mal-estar. A dor pode ainda ser irradiada para o braço esquerdo, queixo, costas ou mais raramente para o braço direito. Na suspeita de infarto, ligue para o SAMU 192.

Causas mais comuns de dor no braço. O que fazer em cada uma das situações?1. Problemas musculares

A distensão muscular é um problema comum, que pode ocorrer nos braços após um esforço físico excessivo, como em treinos de alto rendimento ou musculação. Pode ser decorrente de uma queda ou pequenos traumas.

Os sintomas da distensão são geralmente:

  • Dor localizada no músculo que sofreu a distensão
  • Edema (inchaço)
  • Vermelhidão
  • Escoriação (quando acontecer por um trauma ou queda)

O tratamento é o repouso e imobilização do membro afetado (braço esquerdo ou direito). O uso de pomadas com anti-inflamatórios podem ajudar a tratar a distensão muscular.

A aplicação de compressas de gelo no local da dor é indicada nas primeiras 48 horas. Após este período, devem ser aplicadas apenas compressas mornas, por 20 minutos, duas vezes ao dia. Estas medidas ajudarão a aliviar a dor e tratar a distensão nos músculos.

Se mesmo com o repouso e compressas a dor não melhorar nas primeiras 48 horas, ou piorar, deve procurar um atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.

2. Tendinites e lesões por esforço repetitivo (LER)

A tendinite se caracteriza por inflamação nos tendões, estrutura final dos músculos e pode ocorrer nos braços, antebraços ou nos ombros. É uma causa comum de dor crônica nos ombros.

A lesão por esforço repetitivo (LER) é mais comum no antebraço (direito ou esquerdo), bastante associada à prática de digitação e movimentos de mão repetidos, por longos períodos.

Os sintomas são:

  • Dor localizada contínua
  • Piora quando movimenta o membro
  • Edema, inchaço no local
  • Formigamento e sensação de fraqueza

O tratamento também é baseado no repouso e imobilização do membro acometido.

Aplicar compressas de gelo por 20 minutos pode ajudar a aliviar a dor. Lembre-se de não colocar o gelo diretamente em contato com a pele, para evitar queimaduras. Utilize um tecido fino entre a pele e o gelo.

Em alguns casos, pode ser necessário tratamento com fisioterapia ou anti-inflamatórios. Uma consulta com ortopedista assegura a efetividade do tratamento.

3. Artrose

A artrose ou osteoartrose pode afetar diferentes articulações, mais frequentemente ombros, quadris e joelhos.

Os sintomas são de:

  • Dor na articulação
  • Rigidez articular, especialmente pela manhã
  • Dificuldade nos movimentos desse membro
  • Perda do movimento (nos casos mais graves)

Algumas pessoas queixam-se de sensação de areia e estalos na articulação afetada ou ao realizar movimentos de maior amplitude como, por exemplo, levantar o braço e completar uma volta inteira, devido a artrose no ombro.

O tratamento é feito com o fortalecimento do membro acometido. Em alguns casos, basta tratamento fisioterápico, para iniciar com cautela, o fortalecimento muscular além das orientações para realização correta das atividades de vida diárias, sem prejudicar a articulação.

Para situações mais avançadas, pode ser preciso uso de medicamentos, imobilização e cirurgia. Procure um ortopedista ou reumatologista para definir o melhor tratamento.

Enquanto aguarda a consulta e o início do tratamento, evite movimentar em excesso a articulação comprometida. Você pode aplicar compressas quentes ou frias, 3 vezes ao dia durante 20 minutos, para alívio da dor. Algumas pessoas sentem alívio com compressas quentes, outras com gelo, por este motivo, utilize o que for mais confortável no seu caso. O objetivo da compressa é apenas a redução da dor.

4. Síndrome de túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo é outra situação comum de dor no braço, especialmente em pessoas que trabalham com as mãos, causada pela compressão do nervo mediano, um nervo que se estende pelo braço e chega até a mão.

Os sintomas se iniciam na mão e punho, mas com a evolução da doença, leva a dor por todo o braço. Os sintomas são:

  • Dor contínua, latejante
  • Fraqueza na mão, é normal o relato de deixar coisas cair da mão
  • Formigamento, dormência
  • Sensação de agulhadas na palma da mão, especialmente no dedo polegar, indicador e parte do dedo médio.

Algumas pessoas acordam durante a madrugada com dor latejante ou sensação de queimação, que melhora com o "abanar" da mão acometida.

O tratamento definitivo, para curar a doença, é a cirurgia, onde a fibrose que comprime o nervo é cortada, liberando novamente o nervo mediano. O neurocirurgião e ortopedista, especialistas em mão, são os médicos mais indicados para realizar essa cirurgia.

A imobilização, repouso, fisioterapia e uso de medicamentos para dor, aliviam, mas não curam a doença. A demora no tratamento pode levar à morte do nervo e atrofia dos músculos da mão.

5. Problemas de coluna

Os problemas de coluna, como a hérnia de disco cervical ou artroses ("bico de papagaio"), podem comprimir um nervo próximo, causando os sintomas neurológicos nesse braço.

Os sintomas comuns de uma hérnia, são:

  • Dormência no braço (direito ou esquerdo)
  • Fraqueza no braço (direito ou esquerdo)
  • "Choques", pelo braço, exatamente pelo trajeto de um nervo comprimido.

O tratamento deve ser definido pelo neurologista ou neurocirurgião após avaliação. O uso de colar cervical e relaxantes musculares, ajudam a reduzir o movimento do pescoço, aliviar a dor e principalmente, evitar piora da hérnia, porém o tratamento definitivo pode ser através de fisioterapia ou cirurgia.

6. Crise de ansiedade

Durante uma crise de ansiedade a pessoa pode sentir uma sensação estranha de dormência ou formigamento em um dos braços, ou nos dois, acompanhada de agitação, palpitação, falta de ar, sensação de calor, suor e/ou dor no peito.

Para aliviar os sintomas, enquanto a crise de ansiedade estiver acontecendo, volte a sua atenção para a respiração. Faça inspirações longas e profundas e expire soltando o ar pela boca. Este tipo de respiração costuma aliviar os sintomas e ajudam a pessoa a voltar à calma.

Se as crises de ansiedade forem constantes, é importante que procure um médico de família, psicológico ou psiquiatra. O acompanhamento psicológico pode ser importante para aprender a lidar com situações que provocam ansiedade.

Dor no braço esquerdo é sempre sinal de infarto do coração?

Não. A dor no peito é o sintoma mais característico do infarto, seguido da irradiação da dor para o braço esquerdo, por isso, o sintoma causa preocupação. Porém, a dor do infarto pode ser irradiada para o pescoço, costas, braço direito ou não haver irradiação.

É importante conhecer os sinais e sintomas que sugerem um infarto do coração, além da dor no braço esquerdo, possibilitando a procura de um atendimento de urgência médica, o quanto antes. São eles:

  • Dor de início súbito (repentino)
  • Irradiação (braço esquerdo, pescoço, costas ou mais raramente braço direito)
  • Suor frio, palidez
  • Mal-estar
  • Palpitação
  • Náuseas e vômitos

Na suspeita de um infarto, ligue para o SAMU 192 e peça ajuda. Não fique sozinho.

Saiba mais sobre o que fazer se suspeitar de um infarto: Suspeita de infarto: o que fazer?

O que pode ser dor na veia do braço?

A dor na veia do braço pode ser uma trombose! A trombose é uma obstrução de um vaso sanguíneo (artéria ou veia), que interrompe abruptamente o fluxo de sangue naquela região.

Trata-se de uma situação muito menos comum, porém pode ocorrer em qualquer veia ou artéria do corpo, incluindo o braço. Os sintomas são de dor intensa no braço afetado pela falta de sangue, inchaço (edema), sensação de peso, formigamento, cãibras e surgimento de feridas no braço afetado.

Neste mesmo membro, os dedos das mãos podem se tornar pálidos, arroxeados e fracos, devido a má circulação sanguínea.

O que posso fazer?

Toda trombose é uma situação de urgência. Procure o mais rápido possível o seu médico de família, clínico geral, angiologista ou uma emergência médica.

Estes profissionais farão uma avaliação detalhada dos sintomas, vão solicitar exames para identificar essa obstrução (ultrassonografia com doppler do braço), e assim definir o melhor tratamento.

O tratamento depende da causa da obstrução. Pode ser indicado medicamentos (anticoagulantes) ou precisar de cirurgia de urgência, para restabelecer a circulação no local.

Quais os sinais de alerta para dor no braço?

Alguns sintomas são considerados sinais de alerta para as pessoas que sentem dor intensa em algum dos braços ou pernas. São eles:

  • Dor súbita e intensa no membro
  • Palidez e temperatura fria ao toque
  • Dor torácica, palpitações, suor frio ou falta de ar
  • Inchaço súbito do membro
  • Fraqueza ou dormência do membro afetado
  • Febre
  • Presença de bolhas ou manchas escuras

Na presença de um desses sintomas, procure uma emergência médica.

Leia mais:

Referências:

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Coceira no ouvido: O que pode ser e o que devo fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira no ouvido pode ser um sinal de dermatite seborreica. No couro cabeludo, a dermatite seborreica é a causadora da caspa. No ouvido, ela aumenta a produção de cera e ainda a deixa seca e escamosa, causando coceira intensa. Trata-se de uma doença crônica, com períodos em que os sintomas melhoram ou pioram.

A dermatite seborreica não tem uma causa bem definida, podendo ter origem genética ou ser provocada por alergias, fadiga, estresse emocional, frio, excesso de oleosidade, fungos, entre outras.

Para aliviar a coceira no ouvido, pode ser necessário tratar a dermatite seborreica com medicamentos específicos receitados pelo/a médico/a. É importante não coçar o ouvido com objetos para evitar ferimentos na pele e lesões no tímpano.

Além dos remédios, alguns cuidados podem ajudar a aliviar os sintomas e facilitar o tratamento medicamentoso, como evitar alimentos gordurosos, evitar banhos em água muito quente, secar bem o ouvido após o banho, além de controlar o estresse e a ansiedade.

A coceira no ouvido também pode ser causada por infecções provocada por fungos, dermatite crônica, excesso de cera e ainda alergias.

Em caso de coceira intensa no ouvido, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista para que a causa da coceira seja devidamente diagnosticada e tratada.

Saiba mais em:

Estou com coceira na garganta e sinto que ela está irritada. O que pode ser?

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?

O que pode causar coceira nas pernas?

Coceira na cabeça é sinal de doença no couro cabeludo?

Qual a diferença entre eletrocardiograma e ecocardiograma? Para que servem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre eletrocardiograma e ecocardiograma é que o eletrocardiograma é um exame no qual registram-se as variação dos potenciais elétricos produzidos pela atividade elétrica do coração, enquanto que o ecocardiograma examina a estrutura e o funcionamento do coração através de ultrassonografia.

Eletrocardiograma

O eletrocardiograma avalia a atividade elétrica do coração. São esses impulsos elétricos, emitidos pelo próprio coração, que comandam a contração do músculo cardíaco, ou seja, os batimentos o coração. Através do eletrocardiograma, é possível avaliar se esses impulsos estão sendo gerados e transmitidos da forma adequada.

Eletrocardiograma Para que serve o eletrocardiograma?

Algumas indicações do uso do eletrocardiograma incluem situações de urgência e emergência cardiovascular, análise de doenças cardíacas, sobretudo arritmias cardíacas e isquemias, bem como diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. O exame é indicado ainda para avaliar doenças das válvulas cardíacas e sequelas no coração causadas pela hipertensão arterial.

Como é feito o eletrocardiograma?

No eletrocardiograma, são colocados eletrodos em pontos específicos do corpo para registrar as diferenças de potenciais geradas pela atividade elétrica do coração. Essa atividade elétrica ocorre devido à variação na quantidade de sódio presente dentro e fora das células do músculo cardíaco.

O eletrocardiograma é realizado com a pessoa deitada. Recomenda-se não fazer nenhum tipo esforço 10 minutos antes do exame e não fumar 30 minutos antes do mesmo. Também é recomendado não beber água gelada antes do exame.

Os elétrodos são fixados no tórax, punhos e tornozelos. A seguir, o aparelho detecta os impulsos elétricos do coração e imprime os resultados numa folha quadriculada específica. O tempo de duração do eletrocardiograma é de apenas alguns segundos.

O eletrocardiograma de esforço é feito com a pessoa numa esteira ou bicicleta ergométrica. Essa forma de eletrocardiograma é indicada sobretudo em casos de angina ou suspeita de doenças cardíacas, principalmente quando o eletrocardiograma em repouso não apresenta anormalidades.

Há ainda uma outra forma de eletrocardiograma, que permite monitorar o coração durante 24 horas. O objetivo desta forma de exame é avaliar o funcionamento do coração ao longo do dia, permitindo comparar o seu comportamento de acordo com as atividades realizadas e os sintomas apresentados pela pessoa.

Ecocardiograma

O ecocardiograma usa ondas de ultrassom para produzir imagens do coração, permitindo visualizar os batimentos cardíacos e o bombeamento do sangue pelo coração. Através das imagens, é possível detectar anomalias no coração e nas válvulas cardíacas.

O ecocardiograma mostra ao/à médico/a imagens estáticas e em movimento do músculo e das válvulas do coração.

Imagem do coração obtida por ecocardiograma

Através da técnica Doppler, é possível identificar a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo dentro das cavidades cardíacas.

Trata-se de um exame não invasivo e muito preciso para avaliar o músculo cardíaco, as valvas e o fluxo sanguíneo.

Para que serve o ecocardiograma?

O ecocardiograma é indicado quando há suspeita de lesões nas paredes do coração ou nas suas valvas, ou em casos de alteração no bombeamento do sangue. O ecocardiograma também é usado para detectar doenças cardíacas congênitas, mesmo antes do bebê nascer.

O ecocardiograma serve para avaliar sopro cardíaco, sintomas de palpitação, síncope, falta de ar, dor torácica, portadores de doenças cardíacas como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, miocardiopatias, doenças das valvas cardíacas, anomalias congênitas do coração, entre outras.

As imagens permitem verificar as dimensões das cavidades do coração e a espessura das suas paredes, avaliar o funcionamento das valvas cardíacas, avaliar a função de contração e relaxamento do músculo cardíaco, avaliar as veias e as artérias do coração, detectar trombos, detectar a presença de doenças cardíacas, entre outras utilizações.

Como é feito o ecocardiograma?

O ecocardiograma pode ser realizado pela via transtorácica ou transesofágica. Na primeira forma, a sonda do aparelho é colocada diretamente sobre o peito da pessoa. Na via transesofágica, a sonda é introduzida no esôfago e o procedimento é feito sob sedação. Esta forma é indicada quando não é possível obter imagens adequadas pelo tórax.

No ecocardiograma transesofágico é necessário um preparo específico para o exame, uma vez que a sonda será inserida no esôfago. Nesses casos, a pessoa não deve comer nas horas que antecedem o ecocardiograma.

O tempo de duração da realização do ecocardiograma é, em geral, em menos de uma hora.

O/a médico/a cardiologista é especialista indicado/a para avaliar os resultados desses exames.

Tenho um caroço no lugar do apêndice xifóide...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente o "caroço" é o próprio apêndice xifoide, que está mais evidente devido ao emagrecimento.

Contudo, apenas com esse relato supomos ainda outras causas, como um lipoma (acúmulo de gordura), um cisto ou um tipo de tumor. Apenas com a avaliação médica e possivelmente a associação de exames complementares, será possível definir com exatidão a causa desse "caroço".

Precisa procurar um atendimento médico, com clínico geral ou médico da família, para iniciar essa investigação e planejar o tratamento tão logo seja possível.

Causas de caroço no tórax

Existem inúmeras causas para o aparecimento de um nódulo ou "caroço" no tórax. Outros sinais e sintomas auxiliam na suspeita diagnóstica.

Por exemplo, um nódulo doloroso, com calor e vermelhidão local, pode nos sugerir um cisto infectado, uma foliculite ou abscesso de parede. Situações que oferecem risco para o paciente, visto que a infecção pode evoluir, por isso é fundamental o tratamento precoce com limpeza e antibióticos.

Um nódulo bem delimitado, móvel à palpação, indolor e sem sinais de infecção local, sugere um lipoma, acúmulo de gordura localizado. O que não confere risco ou urgência no tratamento, embora se for muito grande a ponto de comprimir o esôfago ou estômago, deverá ser retirado.

Nos casos de nódulos com crescimento lento, indolor e associado a perda de peso, sem outra causa que justifique esses sintomas, será importante descartar sim a possibilidade de um tumor, seja ele benigno ou maligno (câncer). No caso de tumor, o tratamento também deverá ser breve, com a ressecção do nódulo ou parte dele (biópsia), para definição do tratamento adequado.

O médico clínico geral, médico da família ou cirurgião geral, deverá ser procurado para diagnóstico e tratamento.

Entendendo os valores do CA 125
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os valores do CA 125 normalmente são inferiores a 35 U/ml. Níveis elevados de CA 125 são observados em cerca de 80% das mulheres com câncer de ovário avançado, embora aproximadamente 1% da população geral e 6% dos indivíduos com doenças benignas possam apresentar elevações discretas de CA 125. 

Os valores de CA 125 também podem estar elevados (acima de 35 U/ml) nas seguintes situações:

  • Câncer de pulmão, pâncreas, mama, fígado, cólon;
  • Tumores benignos de ovário, primeiro trimestre da gravidez;
  • Fase folicular do ciclo menstrual, endometrioses;
  • Miomas uterinos, salpingites agudas;
  • Tuberculose pélvico-peritoneal, cirrose hepática;
  • Pancreatites e inflamações do peritônio do pericárdio e da pleura;
  • Indivíduos que já tiveram câncer.

Níveis de CA 125 que não normalizam durante ou após o tratamento podem indicar focos residuais do tumor. Aumento dos valores de CA 125 após tratamento ou cirurgia representa, quase sempre, recidiva do tumor, embora haja casos de recidiva ou de presença de massa residual em que os níveis de CA 125 não se elevam.

Além disso, valores elevados de CA 125 em períodos de pós-operatórios podem estar relacionados com sinal de pior prognóstico e avaliação de processos de metástases de origem desconhecida.

O CA 125 é uma substância produzida pelas células epiteliais ovarianas, sendo usado principalmente no monitoramento da resposta ao tratamento de câncer de ovário.

Sempre que houver aumento deste marcador o médico Ginecologista deve ser procurado para avaliação e acompanhamento.

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Risperidona: para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A risperidona é um antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia, psicoses agudas e crônicas, transtorno bipolar, irritações decorrentes do autismo, estresse pós traumático e outros distúrbios psiquiátricos. A risperidona também tem efeitos positivos sobre a ansiedade, o estresse e as alterações mentais causadas por esses transtornos.

A risperidona serve, portanto, para tratar psicoses em geral, atuando sobre diversos transtornos, como confusão mental, alucinações, delírios, excesso de desconfiança, isolamento social, timidez excessiva, entre outros.

A risperidona também é utilizada no controle de transtornos do comportamento, como agressões físicas e verbais, excesso de desconfiança e agitação.

A risperidona é indicada ainda para pessoas com mania, cujos sintomas incluem humor muito expansivo ou irritável, excesso de autoestima, pouca necessidade de sono, pensamentos acelerados, diminuição da atenção, concentração ou capacidade de julgamento, atitudes inadequadas ou agressivas.

Em crianças e adolescentes com autismo, a risperidona pode ser utilizada para tratar a irritabilidade relacionada ao transtorno autista, como agressões, autoagressão, surtos de raiva e angústia, além de mudanças bruscas de humor.

O uso do medicamento é indicado para casos agudos (início súbito) e crônicos (longa duração).

Mesmo depois de uma melhoria dos sintomas, a risperidona costuma ser mantida para controlar os transtornos e evitar recaídas.

Quais são as contraindicações da risperidona?

A risperidona é contraindicada para pessoas alérgicas ao medicamento ou a alguma substância da sua fórmula. Em caso de alergia, pode haver erupções na pele, coceira, respiração curta ou inchaço no rosto. Na presença dessas manifestações, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser contactado/a imediatamente ou a pessoa deve se dirigir a um serviço de urgência.

Essa medicação é um antipsicótico atípico ou de segunda geração que comparado aos de primeira geração tem menos efeitos adversos. Por outro lado, a nova classe de medicação tem outros efeitos também indesejados e um valor comercial mais elevado.

A risperidona é uma medicação que precisa ser acompanhada de perto, com possíveis ajustes de dose e suspensão temporária em alguns casos. Não tome medicação sem indicação médica. Converse com o/a médico/a psiquiatra para tirar suas dúvidas.

Tenho as mãos sempre geladas. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ter as mãos geladas geralmente não é sinal de doença ou problemas de saúde. Na grande maioria dos casos, as mãos frias são uma característica fisiológica da própria pessoa e não têm uma causa específica.

Muitas vezes as mãos geladas também são uma reação a baixas temperaturas, como pode ser observado nos dias mais frios ou em ambientes com ar condicionado.

As mãos e os pés normalmente são mais frios que outras partes do corpo pois ficam nas extremidades e a quantidade de sangue que circula por elas é menor que em outras regiões. Daí a sensação de frio ser maior nas mãos, pés, orelhas e nariz.

Porém, se a sensação de mãos geladas for muito intensa ou variar de uma mão para outra, ou ainda se vier acompanhada de sintomas como palidez, arroxeamento dos dedos e dor, vale a pena uma avaliação. Nesses casos, é recomendável consultar um médico.

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Cirurgia de adenoide: como é feita e quando é indicada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de adenoide (adenoidectomia) é feita sob anestesia geral, em centro cirúrgico, através de um procedimento rápido e simples que remove a adenoide pela boca, com duração de aproximadamente 10 a 20 minutos.

Após o procedimento, o paciente deve permanecer em observação por algumas horas e, não havendo complicações, já recebe alta para casa no mesmo dia. As complicações no pós-operatório da cirurgia de adenoide são raras.

Adenoide aumentada Quando a cirurgia de adenoide é indicada?

A cirurgia de adenoide é indicada quando o aumento da adenoide provoca:

  • Entupimento frequente do nariz;
  • Infecções recorrentes na garganta, no nariz ou nos ouvidos (otites e sinusites);
  • Acúmulo de catarro no ouvido, com prejuízos para a audição;
  • Dificuldade respiratória, levando à respiração pela boca, o que gera desconforto na garganta, dores de cabeça, pela oxigenação inadequada, e roncos à noite;
  • Sono não reparador, fragmentado pelos roncos e pelos despertares noturnos, que prejudica a atenção e o humor durante o dia.

Na grande maioria dos casos, a pessoa evolui bem após a cirurgia de adenoide. São indicados analgésicos e ou anti-inflamatórios para controlar a dor durante alguns dias. O local da cirurgia pode demorar algumas semanas para cicatrizar completamente.

Quando uma criança muito nova é submetida à cirurgia de adenoide, os sintomas podem voltar a aparecer, pois a adenoide pode voltar a crescer. Porém, esses casos são raros.

A cirurgia reduz a ocorrência de infecções e melhora a qualidade de vida da criança, embora em algumas situações específicas, a retirada da adenoide possa ser prejudicial, como em crianças com lábio leporino ou Síndrome de Down.

A adenoidectomia pode ser realizada isoladamente ou junto com outros procedimentos cirúrgicos, como a retirada das amígdalas, por exemplo

Nos primeiros dias de pós-operatório, a alimentação deve ser pastosa, líquida e gelada para ajudar no alívio da dor.

Podem ocorrer episódios de vômitos e indisposição, considerados normais pelo manuseio da cirurgia. Porém, o aparecimento de febre ou sangramento não é normal e deve ser comunicada ao médico assistente imediatamente.

O que é adenoide?

A adenoide é um tecido esponjoso localizado no final do nariz e que ajuda o corpo a se defender contra doenças respiratórias, reconhecendo vírus e bactérias e produzindo anticorpos.

Porém, a adenoide pode crescer demais e prejudicar a respiração pelo nariz, causando obstrução nasal, o que desencadeia outros problemas de saúde.

O aumento da adenoide pode causar obstrução ou até interrupção da respiração, além de obstrução da tuba auditiva, que liga a faringe ao ouvido. O entupimento da tuba pode causar otites de repetição e sinusites.

O aumento da adenoide pode provocar ainda dificuldade para engolir, diminuição do olfato e do paladar, distúrbios da fala e anomalias no crescimento do crânio e da face.

Cabe ao médico otorrinolaringologista avaliar o caso e indicar o momento mais adequado para a cirurgia, quando esta for necessária.

Leia também: O que é adenoide?

Tivemos uma relação sem proteção e ela usou a PDS...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pelo que contou os sintomas que ela teve e esse sangramento são decorrentes da pílula do dia seguinte, porém a possibilidade ou não de gravidez depende do período do ciclo menstrual que ela estava, então se estava no meio do ciclo as chances de engravidar são maiores. Agora tudo depende do que vai acontecer (por exemplo: se a menstruação atrasar mais que 15 dias deve fazer o exame de gravidez).

Barriga fria durante a gravidez é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Barriga fria durante a gravidez é normal, especialmente no final da gestação, quando a barriga está maior, a pele mais distendida e há uma maior quantidade de gordura acumulada na região abdominal.

Assim como as extremidades do corpo, como nariz, mãos e pés ficam frios mais facilmente por estarem nas extremidades do corpo e receberem um menor aporte sanguíneo, a barriga da grávida, à medida que vai crescendo, também vai se tornando mais periférica e o sangue já não chega à sua superfície da mesma forma, o que a deixa mais fria.

A gordura subcutânea acumulada na região abdominal também contribui para deixar a barriga gelada na gravidez, pois o sangue não circula da mesma forma quando há gordura localizada. Basta observar o que ocorre também nas nádegas, coxas e outros locais do corpo da mulher que têm maior tendência para acumular gordura.

No entanto, se a grávida observar que a barriga fria vem acompanhada de outros sintomas, deve falar sobre isso durante as consultas de pré-natal.

O que é atrofia cortical?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Atrofia cortical é uma diminuição do córtex cerebral. O córtex é a região periférica do cérebro, composta por neurônios (células nervosas) que recebem impulsos do corpo e os transmitem para os destinos corretos.

A atrofia do córtex cerebral é resultante damorte e degeneração dos neurônios, sendo observada em doenças neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer, podendo levar à demência, perda de movimentos, entre outras consequências.

Os sinais e sintomas da atrofia cortical variam conforme a área afetada do córtex. Por exemplo, na atrofia cortical posterior o paciente apresenta dificuldades visuais, pois essa é a área do cérebro responsável pelo processamento e interpretação das imagens captadas pelo olho.

O córtex cerebral compõe a massa cinzenta do cérebro, sendo uma das partes mais importantes do sistema nervoso central.

Nele chegam os impulsos nervosos, que aí se tornam conscientes e são interpretados e dele saem os impulsos responsáveis pelos movimentos voluntários do corpo.

A atrofia cortical é um processo neurodegenerativo e progressivo, que não tem cura, mas pode ser controlado.

O diagnóstico da atrofia do córtex cerebral é feito através de exames de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, sendo o médico neurologista o responsável pelo tratamento.

Leia também:

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