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As 4 Formas para Combater a Depressão

Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais formas de combater e tratar a depressão são o uso de medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia, além de mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos e evitar hábitos ruins para saúde.

A depressão é uma doença e precisa de tratamento. Confira as 4 principais maneiras de combater, controlar e prevenir a depressão:

1) Remédios Antidepressivos

Esses medicamentos permitem que o paciente se recupere gradualmente da depressão, geralmente em algumas semanas, além de prevenir novas crises depressivas.

Tais medicamentos não provocam euforia nem viciam, muito menos incapacitam ou entorpecem a pessoa, quando são utilizados conforme as orientações médicas.

No entanto, pode ser necessário tomar o antidepressivo por bastante tempo, em alguns casos durante anos ou até o fim da vida.

2) Psicoterapia

A psicoterapia associada ao antidepressivo torna o tratamento da depressão mais eficaz, pois um complementa o outro. Enquanto o medicamento melhora os sintomas, a abordagem psicoterápica permite ao paciente ir à origem do problema, atuando na causa da depressão.

Além disso, uma pessoa deprimida sofre diversas alterações nas suas relações interpessoais, na sua atividade profissional e na forma como expressa os seus sentimentos.

A psicoterapia faz o paciente refletir sobre o funcionamento das suas emoções, permitindo assim a reestruturação do seu modo de ser e estar, que está temporariamente alterado.

3) Exercícios físicos

Praticar atividade física regularmente traz diversos benefícios para pessoas com depressão, podendo ainda ser um meio eficaz de controlar e prevenir novas crises depressivas.

Isso porque, durante o exercício, o corpo libera neurotransmissores, que são grandes aliados no combate à depressão:

  • Endorfina: Promove sensação de prazer, bem estar e euforia, além de aliviar dores;
  • Dopamina: Ajuda na motivação, auxilia na transmissão dos impulsos nervosos, além de possuir um efeito tranquilizante.

Tais alterações no organismo promovem um efeito relaxante depois do esforço e normalmente são capazes de manter um estado de equilíbrio psicológico e social a longo prazo diante de ameaças externas.

É importante dizer que não existe uma modalidade esportiva mais indicada para combater a depressão. O fundamental é que a pessoa pratique a que mais lhe agrada para evitar o desinteresse rápido.

4) Mudanças de Comportamento

Um tratamento completo para depressão deve envolver também mudanças no comportamento, de maneira que o paciente encontre meios de sentir satisfação e bem estar.

É importante evitar situações que possam desencadear uma crise depressiva, como o abuso de bebidas alcoólicas ou drogas, por exemplo, além de estimular a prática de atividades que melhoram o bem estar geral, como exercícios físicos ou mesmo um hobby.

O problema é que uma pessoa com depressão não tem vontade de nada, nem de fazer coisas das quais gosta. Daí a importância dos medicamentos. Assim que o paciente começar a se sentir melhor, já pode iniciar ou regressar a atividades que lhe dão prazer e com isso, gradativamente a redução ou mesmo suspensão das medicações.

Dicas para Combater a Depressão

  • Pratique atividade física regularmente;
  • Tente enfrentar e resolver os seus problemas de frente;
  • Não crie grandes expectativas;
  • Evite o isolamento e procure companhias agradáveis;
  • Extravase as suas emoções;
  • Reserve tempo para atividades que lhe dão prazer;
  • Aumente o consumo de alimentos que melhoram o humor, como cereais e grãos integrais, frutas vermelhas (morango, mirtilo, amora, framboesa, uva), salmão, castanhas e amêndoas;
  • Evite relacionamentos e amizades negativas;
  • Tenha as suas atividades e o seu tempo bem organizados;
  • Estabeleça metas e objetivos que não extrapolem a realidade;
  • Saiba dizer "não".

É muito importante manter o tratamento da depressão pelo tempo que for determinado pelo/a médico/a psiquiatra, mesmo que o paciente já se sinta melhor.

Interromper o tratamento por conta própria pode ter consequências muito negativas, podendo aumentar as chances de recaídas e de piorar o transtorno depressivo.