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Suco do melão em jejum é bom para cisto no ovário?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existem estudos científicos que comprovem a ação direta das propriedades do melão como tratamento ou benefícios para portadoras de cisto no ovário. No entanto nutricionistas apontam a fruta como fonte de substâncias que interferem de forma positiva no organismo.

O melão é uma fruta rica em água, cálcio, vitamina C, vitamina A e as vitaminas do Complexo B; responsáveis por aumentar o metabolismo e dar energia para o corpo. Ainda, o melão é rico em bioflavonóides, excelentes fontes de antioxidantes e anti-inflamatórios, e carotenóides, que aumentam a produção de vitamina A. 

Portanto esta fruta faz parte de diversas opções de planos alimentares. O melão pode ser consumido como forma de bebida, em sucos ou vitaminas; em pedaços, na sua forma natural; junto à comida, iogurtes ou como sabor principal de diversas sobremesas.  

Como benefícios, devido suas propriedades, podemos destacar o aumento da hidratação corporal, ação diurética, que auxilia na hipertensão, sensação de saciedade, auxiliando na redução de peso, e prevenção de doenças, pelo alto teor de nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios.

Os cistos ovarianos possuem tratamento bem estabelecido de acordo com tipo e sintomas que apresente. É fundamental que faça um planejamento com nutricionista, além de manter acompanhamento com seu/sua médico/a ginecologista, para esclarecer as dúvidas e traçar um tratamento e orientação dietética adequada a cada caso.

Saiba mais sobre o assunto em:

O açúcar "alimenta" o câncer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O açúcar "alimenta" o câncer, uma vez que as células cancerígenas utilizam açúcar (glicose) como fonte de energia. Embora todas as células façam uso da glicose como fonte de energia, as células cancerígenas necessitam de uma demanda ainda maior, por seu alto índice de multiplicação, portanto o açúcar em excesso pode estimular seu crescimento sim.

Contudo, não é só o açúcar branco, dos doces e refrigerantes, que alimentam as células tumorais e auxiliam nesse crescimento, em termos nutricionais, todos os carboidratos são considerados açúcares, o que inclui também arroz, pães, massas, batata, mandioca, frutas, entre tantas outras fontes de carboidrato. Todos esses alimentos são transformados em glicose após a digestão, resultando em "alimento" para todas as células do corpo, inclusive para as células cancerígenas.

A ideia de que tirar os carboidratos da alimentação poderia interromper o crescimento do câncer é baseada no fato de que as células tumorais são mais sensíveis à insulina, o hormônio responsável pelo transporte da glicose para dentro das células. Dessa forma, elas conseguem captar a glicose com mais facilidade e em maior quantidade do que as células normais do corpo, justificando inclusive o processo de emagrecimento comum nos pacientes com a doença.

No entanto, é preciso lembrar que os carboidratos também são uma fonte de energia essencial para o bom funcionamento do organismo. Retirar completamente da alimentação aumentaria a perda de peso, a fraqueza e poderia prejudicar uma resposta possivelmente positiva ao tratamento.

Portanto, os carboidratos não devem ser excluídos da dieta do paciente com câncer. A quantidade e os tipos de carboidratos que devem ser incluídos na alimentação devem ser prescritos e orientados por um/a nutricionista.

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Quem tem úlcera varicosa pode comer peixe?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem úlcera varicosa pode e deve comer peixe, pois é um alimento rico em proteínas, essencial para o processo de cicatrização, e zinco, que fortalece o sistema imunológico, ajudando a prevenir e combater infecções.

Além disso, peixes como salmão, sardinha, atum, bacalhau, arenque e cavala são excelentes fontes de ômega 3, que pode ser benéfico para quem tem úlcera varicosa, por conta da sua propriedade anti-inflamatória. Além de ajudar na prevenção de trombos, no fortalecimento do sistema imunológico, no aumento do colesterol bom (HDL) e redução do colesterol ruim (LDL).

Pessoas com úlcera venosa devem ter uma alimentação saudável e balanceada, rica em proteínas (clara de ovo, carnes magras, feijão, lentilha, grão-de-bico, leite e derivados), zinco (ostras, camarão, peixes, carne de frango e vaca, castanhas, legumes) e vitamina C (acerola, pimentão amarelo cru, caju, goiaba, morando, kiwi, laranja).

Deve-se evitar alimentos gordurosos, excesso de sal, doces, adoçantes e bebidas alcoólicas.

O objetivo da dieta é estimular e favorecer a cicatrização da ferida, manter uma boa imunidade e reduzir os riscos de infecção.

Para ter um plano alimentar personalizado, específico para o seu caso, consulte um nutricionista.

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É possível baixar o colesterol com dieta?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para baixar o colesterol é necessário adotar uma dieta pobre em gorduras animais e rica em fibras, realizar atividade física regularmente e, em alguns casos, usar medicamentos prescritos pelo médico.

Uma dieta para colesterol alto deve contemplar alimentos ricos em fibras e gorduras vegetais. Os alimentos com gordura de origem animal devem ser evitados. O objetivo da dieta para baixar o colesterol é diminuir os níveis de mau colesterol (LDL) e aumentar os níveis do bom colesterol (HDL).

Diminuir o consumo de:
  • Produtos de origem animal, principalmente miúdos (coração, fígado, miolos);
  • Leite integral e seus derivados, como manteiga, queijos (quanto mais amarelo mais gordura), creme de leite e iogurtes;
  • Embutidos e frios como presunto, bacon, salsichas e linguiças;
  • Frutos do mar como camarão, ostra, marisco e polvo;
  • Alimentos com gordura trans como sorvetes cremosos, chocolates, margarinas, biscoitos recheados, nuggets e bolos industrializados;
  • Frituras, carne de porco, carne vermelha;
Aumentar o consumo de:
  • Alimentos ricos em fibras como aveia, soja, cereais, grão-de-bico, feijões e grãos;
  • Frutas (com casca, sempre que possível) e verduras;
  • Leite e iogurte desnatados;
  • Queijos magros, como ricota e cottage;
  • Frango (sem pele) e peixe;
  • Sementes de linhaça;
  • Azeite (moderadamente).

Além da dieta, é importante realizar atividade física aeróbica regularmente, como caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. A perda de peso também é indicada, quando necessário.

O que é o colesterol e para que serve?

O colesterol é um tipo de gordura. A presença do colesterol no organismo humano é importante para a produção de hormônios, da vitamina D e de ácidos da vesícula biliar. Além disso, ele também faz parte da composição das membranas das células e de alguns processos celulares.

No entanto, em alguns grupos populacionais, quando há acumulo e aumento de colesterol no sangue, sobretudo o LDL, torna-se um fator de risco muito importante para doenças cardiovasculares.

Para saber como baixar o colesterol através da dieta, consulte um clínico geral, um médico de família ou um nutricionista.

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O que é anorexia e quais as suas causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso.

A pessoa com anorexia olha-se ao espelho e vê-se gorda, mesmo que esteja com o peso ideal ou muito magra, o que a leva a fazer dietas extremas, jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes e até tomar laxantes e diuréticos para não "ganhar mais peso".

A anorexia nervosa pode causar desnutrição grave, afetando todos os principais órgãos do corpo. As complicações mais preocupantes estão relacionadas ao coração, aos líquidos corporais e aos sais minerais sódio, potássio e cloro.

Nesses casos, o coração enfraquece e bombeia menos sangue para o resto do corpo. Pode haver desidratação e desmaios. O sangue pode tornar-se ácido e os níveis de potássio no sangue podem baixar. O uso de laxantes ou diuréticos ou ainda os vômitos, podem agravar o quadro. Nos casos mais graves, pode haver morte súbita devido à ocorrência de arritmias cardíacas.

Quais as causas da anorexia?

A anorexia nervosa não tem uma causa específica. Muitas vezes ocorre em pessoas muito perfeccionistas, inflexíveis, ansiosas, depressivas, com tendências suicidas e que têm comportamentos obsessivos.

Contudo, o desenvolvimento desse transtorno alimentar pode estar associado a diversos fatores, tais como predisposição genética, imposições de padrões de beleza que enaltecem a magreza, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ainda abusos sofridos durante a infância.

Quais os sintomas da anorexia?

Um dos principais sinais da anorexia nervosa é a magreza exagerada que esses indivíduos normalmente apresentam. Em alguns casos, podem chegar à desnutrição severa e desenvolver transtornos psiquiátricos e alimentares, como a bulimia, por exemplo.

Indivíduos com anorexia apresentam emagrecimento rápido e acentuado, alimentam-se pouco, evitam comer com outras pessoas, são muito magros mas têm muito medo de engordar, além de terem uma visão distorcida da autoimagem, vendo-se gordos mesmo estando magros e recusando-se em assumir o emagrecimento extremo.

É comum essas pessoas praticarem muito exercício físico, podendo ainda recorrer ao uso de medicamentos laxantes e diuréticos.

Nas mulheres, que são as mais afetadas pela anorexia nervosa, sobretudo na adolescência, pode haver ausência de menstruação durante vários ciclos, além de diminuição da libido e perda das características femininas.

Nos homens, a anorexia pode causar ainda disfunção erétil e atraso na maturidade reprodutiva.

Qual é o tratamento para anorexia?

O tratamento da anorexia nervosa é feito com a recuperação do peso corporal, psicoterapia e medicamentos para controlar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas.

Se o emagrecimento ocorreu muito depressa ou for muito intenso, é fundamental recuperar o peso corporal. Nesses casos, a fase inicial do tratamento normalmente é feita em ambiente hospitalar. Nos quadros mais extremos, a pessoa é alimentada por via endovenosa ou através de uma sonda que vai do nariz ao estômago.

Após a recuperação do estado nutricional, tem início a segunda fase do tratamento da anorexia, que baseia-se sobretudo na psicoterapia. O tratamento pode incluir ainda terapia familiar e medicamentos psiquiátricos para ansiedade, depressão e compulsão.

A anorexia nervosa tem cura em cerca de 50% dos casos. Muitas pessoas com anorexia melhoram temporariamente e depois têm recaídas. Em alguns casos, a pessoa desenvolve uma forma crônica de anorexia. Prever como cada caso vai evoluir é muito difícil.

O tratamento da anorexia nervosa é feito com acompanhamento médico (psiquiatra, endocrinologista), nutricional e psicológico. É muito importante que toda a família esteja envolvida no processo.

A anorexia nervosa pode trazer várias complicações para a saúde, por isso, caso você esteja nessa situação, procure o/a clínico/a geral ou médico/a de família para maiores avaliações.

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Quais são os alimentos indicados em caso de prisão de ventre?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os alimentos para prisão de ventre devem ser ricos em fibras para aumentar o volume das fezes e acelerar o trânsito intestinal. Aumentar a ingestão de fibras é a primeira coisa que se deve fazer em caso de intestino preso, pois elas atuam como um "lubrificante" que ajuda a soltar o intestino.

Portanto, a alimentação de quem sofre de prisão de ventre deve ser rica em frutas (laranja com bagaço, ameixa, mamão, manga, abacate ), vegetais e legumes (cenoura, vagem, ervilhas, feijão, lentilha, grão-de-bico, pepino, tomate, alface, espinafre), aveia, amêndoas e nozes, bem como sucos de frutas naturais sem adição de açúcar (laranja, maça, uva).

Todos esses alimentos são ricos em fibras,que ajudam a formação das fezes e melhoram o trânsito intestinal, evitando a prisão de ventre.

Porém, enquanto alguns alimentos ajudam a soltar o intestino, outros podem prendê-lo e por isso devem ser evitados por quem sofre de prisão de ventre. Entre eles estão: leite, maçã, banana madura, goiaba e alimentos à base de farinha branca (pães, massas).

Também é importante beber bastante água (pelo menos 2 litros por dia) para umedecer as fibras e amolecer as fezes. Aumentar o consumo de fibras sem beber água suficiente pode prender o intestino, já que as fibras secas são mais difíceis de serem eliminadas. 

Outra medida muito indicada para garantir o bom funcionamento do intestino é realizar atividades físicas regularmente, como caminhadas, por exemplo.

Vale ressaltar que, em alguns casos, o intestino preso pode ser sintoma de alguma doença do aparelho digestivo e as suas causas precisam ser identificadas e tratadas.

Saiba mais em: O que fazer se ficar mais de uma semana sem evacuar?

Se mesmo após as mudanças na alimentação a prisão de ventre continuar, procure um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

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Comer e olhar no espelho faz mal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não.

Não existem estudos ou relatos científicos que justifiquem fazer mal ou resultar em alguma doença o fato de se olhar no espelho após comer. Parece ter sido uma crença antiga.

Sabemos que fazer atividades esportivas logo após a refeição, como nadar, ou brincar na piscina, pode sim causar mal-estar ou indigestão, devido ao esforço maior que o organismo precisará para atender as necessidades da digestão e dos músculos ao mesmo tempo.

Para maiores esclarecimentos procure médico clínico geral ou médico de família.

Após retirar a vesícula, não posso mais comer comida gordurosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há ainda consenso sobre a real necessidade de manter uma dieta isenta de gordura a longo prazo após a cirurgia de retirada de vesícula, a colecistectomia. A bile é um órgão apenas de armazenamento de sais biliares e não de produção, portanto a retirada desse órgão não deveria intervir na digestão dos lipídios. No entanto, é muito frequente as pessoas relatarem sintomas de indigestão após o consumo de gorduras quando passaram por essa cirurgia.

Por isso muitos médicos e nutricionista ainda recomendam a adoção de uma dieta pobre em gorduras pelo menos no pós-operatório imediato ou durante as primeiras semanas após a cirurgia.

Nos primeiros dias ou mesmo semanas após a cirurgia de retirada de vesícula é possível sentir algum desconforto gástrico e sintomas dispépticos como azia, náuseas, sensação de estufamento ou mesmo diarreia após a ingestão de alimentos gordurosos.

É esperado que esses sintomas reduzam e desapareçam no decorrer do tempo. Caso contrário, é importante procurar um médico, pois pode tratar-se de uma síndrome pós-colecistectomia.

Síndrome pós-colecistectomia

A síndrome pós-colecistectomia corresponde a um conjunto de sintomas, geralmente leves que surgem ou aumentam de intensidade após a cirurgia de retirada de vesícula como flatulência, náuseas, eructação ou indigestão.

Esse conjunto de sintomas pode ter origem em outros problemas gastrointestinais como doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável, em alguns casos podem ainda ser decorrentes de alterações no trato biliar, como estenose biliar, cálculos retidos, estenose ou discinesia do esfíncter de Oddi, ou ducto cístico longo remanescente.

Converse com o seu médico cirurgião caso apresente sintomas após a cirurgia de retirada de vesícula.