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Qual a diferença entre dor de barriga e dor abdominal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Na verdade a diferença é mais uma questão de nomenclatura. Dor de barriga é um termo popular que significa dor na barriga ou abdômen, muitas vezes também usado para designar diarreia. Dor abdominal é o termo médico que significa dor na barriga ou abdômen.

A dor de barriga pode ter diversas causas. Uma vez que o abdômen e a cavidade pélvica abriga vários órgãos, o diagnóstico da origem da dor é difícil e um desafio. Há situações em que a dor é proveniente de algum órgão do tórax.

Porém, na maior parte dos casos, a dor de barriga não é sintoma de nenhuma doença grave. A dor muitas vezes é causada por cólicas intestinais provocadas por gases ou prisão de ventre.

Contudo, se a dor for muito forte e vier acompanhada por vômitos, diarreia com sangue e febre, um médico deve ser consultado com urgência.

A localização exata do local da dor ajuda a diagnosticar a causa, mas muitas vezes não é suficiente. Também é importante avaliar as características da dor (cólica, pontadas), quanto tempo dura, os fatores que influenciam a dor, bem como a presença de outros sinais e sintomas associados, como vômitos, diarreia, febre ou icterícia (pele e olhos amarelados).

Quais as principais causas de dor de barriga?

Além dos gases intestinais e da prisão de ventre, outras possíveis causas para a dor de barriga incluem:

  • Colecistite e colelitíase (pedras na vesícula biliar);
  • Gastrite e úlcera péptica;
  • Hepatite aguda;
  • Pancreatite aguda;
  • Diverticulite;
  • Apendicite ou infecção intestinal;
  • Obstrução;
  • Infarto e isquemia intestinal;
  • Problemas ginecológicos;
  • Infecção urinária;
  • Tumores;
  • Doença de Crohn ou retocolite ulcerativa;
  • Cetoacidose diabética.

Se a dor de barriga tiver duração prolongada ou piorar progressivamente, ou vier acompanhada de febre, vômitos ou pele e olhos amarelados (icterícia), procure um serviço de urgência.

Se a dor vai e vem e aparece já a algum tempo, consulte um médico clínico geral, médico de família ou um gastroenterologista para uma avaliação.

Dor nos rins: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor nos rins pode ser sintoma de pedra nos rins (cálculo renal) ou nas vias urinárias. As pedras obstruem a passagem da urina pelo rim, fazendo o órgão dilatar, o que provoca dor. Nesses casos, a pessoa sente uma dor intensa no lado direito ou esquerdo da coluna lombar, que geralmente irradia para o abdômen e para a virilha.

Se a causa da cólica renal for pedra nos rins, além da dor, podem estar presentes outros sinais e sintomas, como presença de sangue na urina, saída de pequenos fragmentos do cálculo na urina, náuseas, vômitos, dor ou ardência ao urinar, aumento do número de micções e vontade urgente de urinar.

Outras possíveis causas de dor nos rins (cólica renal) incluem coágulos sanguíneos, ligadura cirúrgica do ureter, doença policística renal, infecção urinária e compressão provocada por tumor.

Dor nos rins ou nas costas?

Como a dor nos rins é sentida na região lombar (parte de baixo das costas), é comum os pacientes associarem uma dor nas costas com um problema renal. No entanto, a maioria das doenças renais não provoca dor nas costas, mesmo uma insuficiência renal crônica.

A imensa maioria das dores nas costas tem origem em problemas ósseos ou musculares da coluna lombar (lombalgia - dor na coluna lombar). Na lombalgia, a dor geralmente piora quando a pessoa anda, levanta-se ou senta-se, podendo melhorar em algumas posições.

Já a dor provocada por pedras nos rins é excruciante e não está relacionada com movimentos do tronco. Ela não piora nem melhora se a pessoa mudar de posição.

Essa característica é importante para diferenciar a dor nos rins causada por problemas renais da dor nas costas relacionada com a coluna lombar (lombalgia).

Qual é o tratamento para dor nos rins?

Em primeiro lugar, deve-se procurar um médico clínico geral ou médico de família para que seja diagnosticada a causa da dor nos rins. Se ela for mesmo renal, em alguns casos, o paciente pode ser encaminhado ao médico nefrologista ou se tiver origem na coluna, ao ortopedista ou neurologista, a depender da causa.

O tratamento da cólica renal causada por pedra nos rins é feito com medicamentos analgésicos, antiespasmódicos e anti-inflamatórios, por via oral, injeção ou aplicados na veia. Nos casos mais graves, quando a dor não melhora, o paciente precisa ser internado.

As pedras nos rins muitas vezes são eliminadas espontaneamente pela urina, o que alivia imediatamente a dor. Em outros casos, os cálculos precisam ser retirados através de cirurgia.

A cirurgia para retirar as pedras dos rins é indicada nos casos de pedras maiores, que não passam pelas vias urinárias. O procedimento pode ser feito para remover os cálculos ou reduzir o tamanho dos mesmos, através de ondas de choque, laser, cirurgia comum ou através de introdução de sonda pela uretra.

Em caso de dor nos rins, consulte um médico clínico geral ou médico de família para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Dor nas costas pode ser pedras nos rins?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dor nas costas pode ser sintoma de pedras nos rins ou nas vias urinárias. Nesse caso, a pessoa sente uma dor intensa na coluna lombar, que geralmente irradia para o abdômen e para a virilha, podendo ainda afetar a região genital. A cólica renal caracteriza-se como uma forte dor que começa subitamente, sentida na região lateral das costas, do lado em que está localizada a pedra no rim.

Além de dor nas costas (região lombar), os sinais e sintomas de pedra no rim podem incluir ainda presença de sangue na urina (urina avermelhada), saída de pequenos pedaços da pedra na urina, náusea, vômitos, febre, calafrios, dor ao urinar e urgência para urinar.

Contudo, muitas pessoas com pedras nos rins não apresentam sintomas e as pedras são encontradas em exames destinados para outros propósitos.

Em outros casos, os sintomas só se manifestam quando o cálculo desce pelos canais (ureteres) que levam a urina até a bexiga. Quando isso acontece, as pedras podem bloquear o fluxo de urina do rim, causando dilatação do órgão e dor intensa.

A cólica renal também pode ser causada por coágulos sanguíneos, ligadura cirúrgica do ureter, doença policística renal, infecção urinária ou ainda compressão provocada por tumor.

Saiba mais em: Quais são as causas da cólica renal?

Como saber se a dor nas costas é muscular ou no rim?

É importante diferenciar a dor lombar (lombalgia) da dor nos rins. A imensa maioria das dores nas costas tem origem em problemas ósseos ou musculares da coluna lombar e não em problemas renais.

A dor nas costas provocada por pedras nos rins é excruciante, não está relacionada com movimentos do tronco e não piora nem melhora se a pessoa mudar de posição.

Já na lombalgia, a dor geralmente piora quando a pessoa anda, levanta-se ou se senta, podendo melhorar em algumas posições.

Leia também: Quais são os sintomas de uma cólica renal?

O que é cálculo renal?

Os cálculos renais são massas sólidas compostas por pequenos cristais, que podem surgir no rim ou no ureter. Nesses casos, pode haver a formação de uma ou mais pedras.

Existem diferentes tipos de pedras nos rins e as causas dependem do tipo de cálculo. As pedras de cálcio são as mais comuns. Nesses casos, o cálcio pode ser combinado com outras substâncias para formar o cálculo, como fosfato, carbonato e oxalato. Dentre elas, o oxalato é a mais comum e está presente em certos alimentos, como espinafre, além de suplementos de vitamina C. Doenças do intestino delgado também aumentam o risco de formação dessas pedras.

Outros tipos de cálculos renais incluem:

  • Pedras de cistina: podem se formar em pessoas com cistinúria, um distúrbio hereditário que afeta homens e mulheres caracteriza-se pela eliminação de aminoácidos pela urina;
  • Pedras de estruvita: são encontradas principalmente em mulheres com infecção do trato urinário. Essas pedras podem crescer muito e bloquear os rins, ureteres ou bexiga;
  • Pedras de ácido úrico: são mais comuns em homens do que em mulheres e podem ocorrer devido a gota e quimioterapia.
O que causa pedra nos rins?

O cálculo renal pode se formar quando a urina tem um alto teor de certas substâncias que formam cristais, que podem se tornar pedras ao longo de semanas ou meses.

O principal fator de risco para desenvolver cálculo renal é não beber bastante líquido. As pedras nos rins têm maior probabilidade de se formar se a pessoa produzir menos de 1 litro de urina por dia.

Outras substâncias, como certos medicamentos, também podem formar pedras nos rins.

Quais os tratamentos para pedra no rim?

O tratamento do cálculo renal depende do tipo de pedra e da gravidade dos sintomas. Pedras pequenas quase sempre passam pelo trato urinário e são eliminadas com a urina. Para ajudar a eliminar o cálculo, recomenda-se beber pelo menos de 6 a 8 copos de água por dia, para aumentar a quantidade de urina.

Para aliviar a dor no rim, são usados medicamentos analgésicos. Se a dor for muito intensa, pode haver necessidade de hospitalização para administrar líquidos e medicação através da veia.

Para alguns tipos de pedras, podem ser prescritos medicamentos para impedir a formação do cálculo ou ajudar a dissolver e eliminar o material que está causando o mesmo. Essas medicações podem incluir alopurinol (cálculos de ácido úrico), antibióticos (pedras de estruvita), diuréticos, soluções de fosfato, bicarbonato de sódio ou citrato de sódio e tansulosina, para relaxar o ureter e ajudar a passagem da pedra.

A cirurgia para retirar pedras do rim pode ser necessária se:

  • O cálculo for muito grande para ser eliminado pela urina;
  • O cálculo estiver crescendo;
  • A pedra estiver bloqueando o fluxo de urina e causando infecção ou danos aos rins;
  • A dor for incontrolável.

A maioria dos tratamentos para eliminar os cálculos renais é pouco invasiva. A litotripsia é utilizada para remover pedras com menos de 1,25 cm, localizadas próximas ao rim ou ureter. Esse método usa ondas de ultrassom ou ondas de choque para quebrar as pedras em pequenos fragmentos, para depois serem eliminados pela urina. É também chamada litotripsia extracorpórea por onda de choque.

Para retirar cálculos renais grandes, é utilizada uma sonda (endoscópio), que é introduzida através de uma pequena incisão cirúrgica nas costas e chega até o interior do rim ou dos ureteres. A ureteroscopia pode ser usada para cálculos renais localizados no trato urinário inferior.

Quando todas as outras formas de tratamento falham ou não são possíveis de serem executadas, pode haver necessidade de realizar uma cirurgia aberta.

A expulsão da pedra deve ser confirmada através de uma radiografia de acompanhamento ou filtrando a urina após cada micção. Vale lembrar que a ausência de dor nas costas não confirma que o cálculo foi eliminado.

Como prevenir pedras nos rins?

Para prevenir a formação de pedras nos rins, recomenda-se beber bastante líquido (pelo menos 6 a 8 copos de água por dia) para produzir urina suficiente. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos ou fazer alterações na dieta.

Se você está com algum dos sintomas de pedra no rim, procure um serviço de saúde para avaliação.

Quais são os sintomas de prisão de ventre?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma da prisão de ventre é a dificuldade de evacuar. Se o intestino estiver muito preso, a pessoa pode ficar vários dias sem ir ao banheiro. Outros sintomas incluem fezes endurecidas, perda de peso, sensação de que o intestino não esvaziou e ainda há fezes para sair, presença de sangue nas fezes ou perceptível no papel higiênico, sensação de fraqueza e até febre.

Contudo, é importante referir que ficar até 3 dias sem evacuar pode ser considerado normal para algumas pessoas, desde que não haja desconforto e outros sintomas desagradáveis.

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre é uma alteração no funcionamento do intestino que provoca dificuldade para evacuar ou diminuição da frequência de evacuações para menos de 3 vezes por semana.

Quais são as causas da prisão de ventre?

O baixo consumo de fibras e água e a falta de atividade física estão entre as principais causas de prisão de ventre. A constipação intestinal também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos e doenças do aparelho digestivo.

O intestino preso afeta sobretudo as mulheres e os idosos, sendo também comum durante a gravidez, sobretudo a partir do 4º mês de gestação. Neste último caso, a constipação intestinal tem como causas as alterações hormonais e o aumento do tamanho do útero.

Saiba mais em: Prisão de ventre na gravidez é normal? O que devo fazer?

O que fazer em caso de prisão de ventre?

Para combater a prisão de ventre, recomenda-se iniciar pequenas mudanças nos hábitos alimentares diários para ajudar a soltar o intestino naturalmente. Isso inclui principalmente um aumento do consumo de alimentos ricos em fibras (frutas, vegetais, cereais) e uma maior ingestão de água. Em alguns casos de prisão de ventre, podem ser indicados laxantes e supositórios.

Além da alimentação, a prática regular de atividade física também contribui para um funcionamento adequado do intestino.

As fibras são importante para tratar a prisão de ventre pois aumentam o volume das fezes e favorecem a passagem do bolo fecal pelo intestino. Alguns alimentos ricos em fibras indicados em casos de prisão de ventre:

  • Frutas (laranja, mamão, manga, ameixa);
  • Legumes (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha, cenoura);
  • Hortaliças (couve, alface e folhas de um modo geral);
  • Cereais integrais, aveia, linhaça.

O aumento da ingestão de água é fundamental para ajudar a soltar o intestino, pois deixa as fezes mais úmidas e amolecidas. Além disso, um maior consumo de fibras implica também um maior consumo de água, pois as fibras secas podem piorar a prisão de ventre.

Uma outra recomendação é ir ao banheiro sempre que tiver vontade de evacuar. Segurar a vontade faz com que a água das fezes seja reabsorvida, tornando mais difícil a evacuação. Para facilitar a evacuação, sente-se no vaso sanitário com as pernas para trás e o tronco inclinado para frente para esticar o intestino e favorecer a saída das fezes. Outra opção, é a utilização de um suporte ou uma caixa para elevar a posição dos pés e facilitar a evacuação.

Se a prisão de ventre continuar, procure o/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Venho sentindo uma dor no lado esquerdo do umbigo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser algum problema da parte urinária, mas o mais provável é que seja intestinal, pode procurar um clínico geral mesmo, que ele começará a sua investigação e tratamento e caso haja necessidade encaminhará você a outro especialista.

Como aliviar a cólica renal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cólica renal pode ser aliviada com uso de medicação anti-inflamatória e analgésica.

Nos casos de pedra nos rins, além de usar essas medicações, a pessoa deve aumentar a ingestão de água e outros líquidos para facilitar a passagem da pedra.

Quando o cálculo (pedra) é volumoso e não consegue atravessar o canal da urina, outros procedimentos podem ser necessários como cirurgia (para retirada do cálculo) ou aplicação de laser que permite a quebra do cálculo.

A medicação a ser utilizada para aliviar irá depender da intensidade da cólica renal. A pessoa pode, a princípio, utilizar anti-inflamatórios comuns, porém, em alguns casos, há necessidade de internamento hospitalar provisório para administração de medicação intra-venosa capaz de controlar a dor.

Procure um clínico geral ou médico de família para uma avaliação detalhada da origem da cólica renal, bem como da indicação das medicações apropriadas.

Leia também:

Dor do lado direito da barriga: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor do lado direito da barriga pode ser um sintoma de apendicite. Nesses casos, a pessoa sente uma dor abdominal que começa ao redor do umbigo e depois migra para o quadrante inferior direito do abdômen. Os pacientes geralmente se queixam de uma “dor no pé da barriga do lado direito”.

O primeiro sintoma da apendicite costuma ser a dor ao redor do umbigo ou na parte média do abdômen superior. A dor abdominal pode ser leve no início, mas se torna mais aguda e intensa. É possível que também haja perda de apetite, náusea, vômito e febre baixa.

A dor tende a se mover para o lado direito da barriga, mais especificamente para parte inferior direita do abdômen, podendo piorar ao tossir ou fazer movimentos bruscos.

A dor abdominal do lado direito ocorre com mais frequência depois de 12 a 14 horas do início da crise de apendicite. Após esse período, podem surgir outros sinais e sintomas, como calafrios, tremores, endurecimento das fezes e diarreia.

Os sintomas de apendicite podem variar, podendo ser difícil de detectar em crianças pequenas, adultos mais velhos e mulheres em idade reprodutiva.

Dor do lado direito ou esquerdo da barriga: o que pode ser?

A dor do lado direito ou esquerdo da barriga pode ter várias causas. A dor abdominal pode ocorrer em qualquer área entre o tórax e a virilha.

Quase todas as pessoas experimentam dor no abdômen do lado direito ou esquerdo alguma vez na vida e, na maioria das vezes, não é nada grave.

Além disso, a intensidade da dor na barriga nem sempre reflete a gravidade da condição que a causa. Por exemplo, a pessoa pode sentir uma dor abdominal intensa se tiver cólicas ou gases no estômago devido a uma gastroenterite viral. No entanto, condições fatais, como câncer de cólon ou apendicite precoce, podem causar apenas dor leve ou nenhuma dor.

Dor abdominal generalizada

Esse tipo de dor é mais típico em casos de infecção estomacal causada por vírus, indigestão ou gases. Se a dor no abdômen se tornar mais intensa, pode ser causada por uma obstrução do intestino.

Dor abdominal localizada:

Ocorre em apenas uma área do abdômen. É provável que esse tipo de dor seja sinal de um problema em algum órgão, como apêndice, vesícula biliar ou estômago.

Dor abdominal tipo câimbra

Na maioria das vezes, essa dor abdominal não é grave e é mais provável que ocorra devido a gases e inchaço. Geralmente, é seguida por diarreia. Os sinais mais preocupantes incluem dor que ocorre com mais frequência, dura mais de 24 horas ou é acompanhada de febre.

Dor abdominal tipo cólica

Esse tipo de dor costuma ser intensa, ocorre em surtos e geralmente começa e termina subitamente. Rins e cálculos biliares são causas comuns desse tipo de dor abdominal.

Outras possíveis causas de dor abdominal:

  • Prisão de ventre;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Alergias ou intolerância a medicamentos e alimentos;
  • Intoxicação alimentar;
  • Gastroenterite viral;
  • Aneurisma da aorta abdominal;
  • Oclusão ou bloqueio intestinal;
  • Câncer do estômago, cólon (intestino grosso) e outros órgãos;
  • Colecistite (inflamação da vesícula biliar) com ou sem cálculos;
  • Diminuição do suprimento sanguíneo para os intestinos (isquemia intestinal);
  • Diverticulite (inflamação e infecção do cólon);
  • Acidez gástrica, indigestão ou refluxo gastroesofágico;
  • Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa);
  • Cálculos renais;
  • Pancreatite (inflamação ou infecção do pâncreas);
  • Úlcera.

Às vezes, a dor abdominal pode ter origem em outro lugar do corpo, como tórax ou região pélvica. Por exemplo, uma pessoa pode ter dor abdominal se tiver:

  • Cólicas menstruais intensas;
  • Endometriose;
  • Fadiga muscular;
  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Gravidez tubária (ectópica);
  • Ruptura de um cisto no ovário;
  • Infecções do trato urinário.

Em caso de dor do lado esquerdo ou direito da barriga, sobretudo se vier acompanhada de outros sinais e sintomas, procure um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

Para saber mais sobre dor na barriga, você pode ler:

Sinto dores abdominais do lado direito abaixo as costelas. Pode ser hepatite?

Dor abdominal: diferentes lados e suas causas

Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Dor no pescoço: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no pescoço surge devido a alterações ou anomalias em músculos, ligamentos, nervos ou em ossos e estruturas da coluna cervical. As principais causas de dor no pescoço são as dores miofasciais, decorrente muitas vezes de tensão muscular, traumatismos e sobrecarga da coluna cervical.

Em casos mais raros, a dor no pescoço pode ser causada por tumores, infecções ou anomalias presentes desde o nascimento.

Se a dor no pescoço não for causada por traumatismos, for persistente, intensa e irradiar para os braços ou vier acompanhada de dor de cabeça, dormência, formigamento ou fraqueza, é provável que exista alguma compressão na medula espinhal ou em algum nervo.

Tensão muscular

Dor no pescoço pode ser sintoma de tensão muscular provocada por estresse, má postura, bruxismo, colchão ou travesseiro inadequados, má posição ao dormir, entre outras causas.

A musculatura cervical fica muito contraída e diminui o fluxo sanguíneo na região, causando dor. Em alguns casos, a dor pode irradiar do pescoço para os ombros e a tensão pode até provocar dor de cabeça.

Traumatismos

Pessoas que sofreram acidente de trânsito, bateram a cabeça ao mergulhar em água pouco profunda, sofreram quedas ou se acidentaram praticando algum esporte de contato, por exemplo, também podem ter dor no pescoço devido ao estiramento dos músculos e ligamentos cervicais provocados pelo trauma.

Hérnia de disco

As dores no pescoço também podem ter origem na coluna cervical. O desgaste dos discos intervertebrais (amortecedores da coluna localizados entre as vértebras) pode gerar dor, pois diminui o espaço entre as vértebras.

Quando o núcleo do disco intervertebral extravasa (hérnia de disco), pode comprimir as raízes nervosas da medula espinhal. Nesse caso, a dor no pescoço costuma irradiar para o braço e a pessoa também pode sentir dormência ou formigamento nas mãos, além de fraqueza muscular em alguns casos.

Bico-de-papagaio e artrose

A dor no pescoço também pode ser causada por "bico de papagaio" (osteofitose) e artrose. A osteofitose caracteriza-se pelo crescimento ósseo anormal entre duas vértebras, enquanto que a artrose é um desgaste da articulação entre as vértebras.

O que fazer em caso de dor no pescoço?

O tratamento para aliviar a dor no pescoço dependo da sua causa e pode incluir medicamentos anti-inflamatórios, relaxantes musculares e analgésicos, fisioterapia, massagem, aplicação de calor ou frio, acupuntura, exercícios de alongamento, além de cuidados com a postura durante o dia e ao dormir.

A escolha de um colchão que não seja muito mole e de um travesseiro que não seja muito alto ou muito baixo também pode ajudar a aliviar a dor.

Casos mais graves de hérnia de disco e bico de papagaio podem necessitar de tratamento cirúrgico.

Traumatismos que envolvem o pescoço merecem sempre uma atenção especial e uma imobilização adequada da coluna cervical para evitar lesões na medula espinhal.

Em caso de dor no pescoço, consulte um médico clínico geral ou médico de família para que a causa do dor seja identificada e tratada.