A dor no pé da barriga em homens é comum quando envolve a próstata e os testículos. Também pode ser provocada por problemas do sistema urinário, intestinal ou outros órgãos do sistema reprodutivo.
O tratamento da dor no baixo ventre nos homens é feito de acordo com a sua causa. O médico urologista é o responsável por avaliar as causas e definir o tratamento mais indicado.
A seguir detalhamos um pouco mais as causas frequentes, para ajudar na identificação de sinais e sintomas que possam auxiliar o médico nesse diagnóstico.
1. ProstatiteA prostatite é uma inflamação da próstata, uma glândula que fica logo abaixo da bexiga que é responsável pela produção do sêmen.
Sintomas: É comum que os homens sintam dor no pé da barriga, na parte inferior das costas, no pênis, nos testículos e no períneo (região entre o escroto e o ânus). Além disso, pode ocorrer:
- Vontade de urinar frequentemente e com urgência
- Dor ao urinar
- Dificuldade ou dor com a ereção ou ejaculação
- Dor ao defecar
Quando causada por bactéria, o homem pode ainda apresentar febre, calafrios e sangue na urina.
Como tratar?
O tratamento feito para aliviar os sintomas e tratar a inflamação incluem:
- Massagem periódica da próstata: é feita pelo médico proctologista que coloca o dedo no reto para massagear a próstata,
- Banhos de assento quente: conforme orientação médica,
- Técnicas de relaxamento dos músculos pélvicos para aliviar as dores, de preferência, com acompanhamento de um fisioterapeuta,
- Uso de laxantes, para aliviar a dor ao defecar,
- Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e inflamação e
- Antibióticos, em casos de prostatite bacteriana.
Quando a prostatite não é causada por bactérias, a sua cura é mais difícil e nem sempre acontece.
Em último caso, se mesmo com os tratamentos os sintomas piorarem, pode ser necessária a retirada parcial da próstata. Para escolher o tratamento mais adequado e seguro consulte um proctologista.
A orquite é uma inflamação nos testículos que geralmente é provocada pelo vírus da caxumba e pode afetar ambos os testículos ou apenas um deles.
Sintomas: dor intensa no testículo afetado que irradia para o baixo ventre do mesmo lado, por exemplo, se o testículo inflamado for o esquerdo a dor é sentida no pé na barriga deste mesmo lado. Além da dor o homem pode sentir inchaço, vermelhidão, calor e sensação de peso nos testículos.
Como tratar?
A orquite é tratada com:
- Repouso no leito,
- Aplicação de bolsas de gelo sobre os testículos,
- Analgésicos para aliviar a dor e antibióticos, quando causada por bactérias.
Devido à dor intensa, a orquite pode ser considerada uma urgência urológica. Nestes casos, procure uma unidade de emergência para alívio da dor e avaliação médica, de preferência, de um urologista.
3. EpididimiteA epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão que tem forma de “C” que se localiza atrás do testículo. Ele funciona como um ducto que coleta, armazena e transporta os espermatozoides produzidos no testículo até a próstata.
Sintomas: dor forte na região dos testículos que irradia para o pé da barriga acompanhada de:
- Inchaço
- Febre baixa e constante
- Calafrios
- Dor ao urinar e durante o ato sexual
- Ínguas na virilha
- Presença de sangue no sêmen.
Como tratar?
O tratamento da epididimite envolve uso de medicamentos e alguns cuidados simples como:
- Manter o repouso,
- Evitar pegar peso,
- Aplicar compressas de gelo na área dos testículos,
- Anti-inflamatórios e analgésicos para tratar a inflamação e amenizar a dor,
- Antibióticos em caso de infecção bacteriana.
Como pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis, para prevenir a doença, use sempre camisinha nas relações sexuais. A avaliação de um urologista é indispensável ao tratamento da epididimite.
4. VesiculiteA vesiculite (vesiculite aguda seminal) é a inflamação das vesículas seminais, glândulas que produzem o líquido seminal. Geralmente ocorre por infecção bacteriana, ou quando o homem desenvolve uma prostatite e não efetua o tratamento adequado.
Sintomas:
- Dor no baixo ventre, que piora após a ejaculação e irradia para virilha e região do períneo
- Vontade de urinar urgentemente
- Ardor ao urinar
- Dificuldade de esvaziar a bexiga
- Ejaculação prematura
- Presença de sangue no sêmen e na urina
- Febre e calafrios
- Redução do desejo sexual.
Como tratar?
O tratamento da vesiculite envolve:
- Repouso: para manter os movimentos intestinais e evitar a piora do quadro,
- Manter uma dieta equilibrada e saudável sem alimentos condimentados e álcool,
- Evitar relações sexuais durante o tratamento,
- Uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos conforme recomendação médica, a fim de tratar a infecção, inflamação e amenizar a dor.
Nos casos em que os sintomas persistem ou pioram, é necessário tratamento cirúrgico.
5. Estenose uretralA estenose uretral é o estreitamento de uma parte da uretra que pode resultar em redução ou interrupção do fluxo urinário. As causas mais comuns são o trauma ou lesões na uretra e as infecções sexualmente transmissíveis.
Sintomas:
- Diminuição do fluxo de urina
- Dificuldade e ardor ao urinar
- Jato espalhado ou duplo, gotejamento de urina após a micção
- Necessidade de urinar mais vezes ao dia, acordar à noite para urinar e, em alguns casos, incontinência urinária.
Como tratar?
A estenose uretral deve ser tratada em ambiente hospitalar. O procedimento mais simples para o seu tratamento consiste na introdução de uma sonda de plástico na uretra para causar a sua dilatação. Se este procedimento não tiver resultados positivos, pode ser necessária a realização de cirurgia.
Somente a avaliação de um urologista poderá definir a melhor forma de tratamento.
6. Torção testicularA torção testicular ocorre quando o testículo torce sobre o cordão espermático e bloqueia a circulação sanguínea para o testículo. É uma emergência urológica que deve ser tratada em até 12 horas, pois este quadro pode causar lesão grave ou perda do testículo.
Sintomas: dor súbita e intensa em um dos testículos, inchaço do testículo afetado e dor na região do pé da barriga são os principais sintomas. O paciente também pode apresentar náuseas, vômitos, febre e vontade frequente de urinar.
Como tratar?
Por ser uma emergência em que, além da dor intensa, o homem corre o risco de perder o testículo é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico e consiste em destorcer o cordão espermático para recuperar a circulação sanguínea para o testículo.
7. Hiperplasia prostática benignaA hiperplasia prostática é um aumento do tamanho da próstata que não tem relação com câncer e, por este motivo, se diz que é benigna. O homem começa a sentir os sintomas quando a próstata bloqueia a fluxo de urina.
Sintomas:
- Dor no pé da barriga
- Dificuldade de iniciar a micção ou sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga
- Dor no pé da barriga ou na região da pelve
- Necessidade de urinar mais vezes - geralmente, durante a noite (noctúria)
Na medida em que a próstata vai crescendo, os sintomas se tornam mais intensos e o paciente pode apresentar aumento da dor, presença de sangue urina e infecções frequentes.
Como tratar?
Geralmente, quando o homem apresenta poucos sintomas e acordam uma ou duas vezes à noite para urinar, não é necessário tratamento. Entretanto, é preciso acompanhamento com urologista para verificar o crescimento da próstata e realizar exame de PSA periodicamente.
Se houver sangue na urina, dor intensa no pé da barriga e infecção as opções de tratamento são:
- Medicamentos para melhorar o fluxo de urina e para inibir os hormônios masculinos responsáveis pelo aumento do tamanho da próstata e
- Cirurgia: é feita em último caso nos casos em que os medicamentos não tiveram eficácia e consiste na retirada de parte da próstata.
A síndrome da dor pós-vasectomia é uma complicação da cirurgia de vasectomia, um método anticoncepcional definitivo efetuado nos homens que consiste em bloquear ou cortar os ductos que transportam os espermatozoides.
Sintomas: os homens com esta síndrome sentem dor constante ou intermitente (dor que vai e volta) em um ou em ambos os testículos. Esta dor irradia para o baixo ventre e pelve e se torna mais forte durante relação sexual, ereção e ejaculação e esforços físicos intensos. Pode causar disfunção erétil.
Como tratar?
A dor pós-vasectomia tende a diminuir e desaparecer com o tempo e resultado de uma adaptação do corpo à cirurgia. Neste caso, recomenda-se:
- Repouso,
- Evitar esforço físico e
- Evitar relações sexual.
- Se a dor persistir é importante consultar o urologista para avaliar a região da cirurgia.
A hérnia inguinal se caracteriza pela saída de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. É mais comum em homens e pode se estender pela virilha e entrar no escroto.
Sintomas: as hérnias provocam uma protuberância na virilha ou no escroto que, inicialmente, não causam dor. Entretanto, a dor pode ocorrer de forma moderada no pé da barriga ou escroto na medida em que a pessoa se movimenta ou faz esforço físico.
Como tratar?
O tratamento da hérnia inguinal é feito com cirurgia. É importante que a hérnia seja avaliada o mais rapidamente possível por um cirurgião para evitar complicações com estrangulamento da hérnia e morte de parte do intestino.
10. Síndrome da dor pélvicaA síndrome da dor pélvica só ocorre em homens e é a dor, pressão ou desconforto localizada no baixo ventre, períneo, genitais que apresenta duração de mais de 3 meses. É também chamada de prostatite crônica não bacteriana, devido à longa duração da dor e pelo fato de não ser causada por bactérias.
Sintomas: dor no pé da barriga, pênis, testículos e região do períneo, dor ao urinar e ejacular, disfunção erétil, fluxo urinário lento e aumento da frequência urinária. Alguns pacientes também podem apresentar dores musculares e nas articulações e fadiga sem causa aparente.
Como tratar?
O tratamento da síndrome da dor pélvica é feito com base na avaliação, principalmente, da dor e da disfunção sexual. Além disso é indicado:
- Aplicar compressas mornas na região genital,
- Praticar exercícios de baixo impacto como natação e caminhadas,
- Alimentar-se de forma saudável e equilibrada e
- Usar medicamentos para dor neuropática (antidepressivos, opioides), antibióticos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, de acordo com a indicação médica.
Alguns sintomas são sinais de alerta para que você busque rapidamente um serviço de saúde. Estes sintomas indicam situações que necessitam de intervenção rápida e incluem:
- Dor intensa e de início súbito, principalmente, se afetar um ou ambos os testículos,
- Inchaço (edema) nos testículos e/ou pênis,
- Presença de sangue no sêmen ou urina,
- Dor ao ejacular e
- Dor durante ou depois do ato sexual.
Ao perceber estes sintomas procure uma emergência hospitalar o mais rápido possível. Os profissionais mais indicados para tratar estas doenças são o proctologista, urologista ou cirurgião geral.
Lembre-se que alguns destes problemas são causados por infecções sexualmente transmissíveis e podem ser evitados com o uso de camisinha.
Se você quer saber mais sobre dor no pé da barriga, leia
Dor incômoda no pé na barriga e vontade de urinar: o que pode ser?
Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Referências
- Bigan, T.; Wilson, N.; Bindler, R.; Daratha, K. Examining Risk for Persistent Pain among Adults with Overweight Status. Pain Management Nursing, 19(5): 549-556, 2018.
- Federação Brasileira de Urologia
- Kamboj, A.K.; Hoversten, P.; Oxentenko, A.S. Chronic Abdominal Wall Pain: A Common Yet Overlooked Etiology of Chronic Abdominal Pain. Mayo Clinic Proceedings, 94(1): 139-144, 2019.
- Sociedade Brasileira de Proctologia
Dor de cabeça frequente pode ter diversas causas. Entre elas estão cefaleia tensional, enxaqueca e aneurisma cerebral. A dor pode ser ainda sintoma de doenças como sinusite, meningite, anemia, hipotireoidismo, tumor cerebral, entre tantas outras.
Uma dor de cabeça constante e frequente também pode ter como causa fatores emocionais e psicológicos, como ansiedade e estresse.
Dor de cabeça frequente pode ser cefaleia tensional?Sim. A cefaleia tensional é uma dor de cabeça provocada por tensão muscular nos músculos do pescoço e da cabeça (juntos ao crânio).
A cefaleia tensional tem os seguintes sintomas: dor de cabeça do lado direito e esquerdo (a dor é difusa por todo o crânio), com sensação de peso ou aperto, com se houvesse um capacete apertado na cabeça.
A dor de cabeça geralmente é fraca ou moderada, podendo durar apenas meia hora ou se estender por até uma semana. A luz ou o barulho também podem causar incômodo.
Dor de cabeça frequente pode ser enxaqueca?Sim. A enxaqueca, que é um tipo de dor de cabeça, caracteriza-se por sintomas como:
⇒ Dor de cabeça forte, do tipo pulsátil ou latejante, geralmente apenas do lado direito ou esquerdo da cabeça, que piora ao realizar esforços;
⇒ Náuseas e vômitos;
⇒ Visão embaçada, aura visual (pontos ou riscos luminosos na visão);
⇒ Tontura, sensibilidade à luz, ruídos e cheiros;
Os sintomas da enxaqueca podem durar até 3 dias.
Leia também: Enxaqueca e Cefaleia
Uma dor de cabeça frequente pode ter inúmeras causas. O/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista poderá fazer uma avaliação completa da sua dor de cabeça na tentativa de identificar a causa. Além disso, poderá fazer o correto diagnóstico e indicar o melhor tratamento para o seu caso.
As principais causas de dor nas pernas são a má circulação e os problemas osteomusculares, sobretudo a dor miofascial. Outras causas de dor nas pernas podem incluir cisto de Baker, traumas, lesões esportivas, excesso de esforço físico, compressão de nervo, entre outras. Os principais sinais e sintomas de má circulação incluem inchaço nos tornozelos e pés, varizes, dor nas pernas ao caminhar ou em repouso, sensação de dormência, formigamento ou queimação, coceira, alterações na temperatura, presença de feridas e manchas nas pernas. A má circulação também é a maior responsável pela dor nas pernas durante a gravidez. Isso ocorre porque o aumento do útero provoca uma compressão das veias da pelve, o que dificulta o retorno do sangue para o coração. O resultado é a insuficiência venosa, que além de causar dor nas pernas, aumenta o risco de trombose venosa.
Dor nas pernas pode ser sintoma de insuficiência venosa?Sim, a insuficiência venosa dificulta o retorno do sangue, que fica acumulado em pernas e pés. Nesses casos, a dor nas pernas ocorre mais ao final do dia, podendo surgir em repouso. A pessoa sente as pernas cansadas e pesadas, os pés e os tornozelos ficam inchados e geralmente são observadas varizes. Também pode haver coceira, sensação de queimação e formigamento, feridas e manchas nas pernas. A insuficiência venosa afeta principalmente mulheres. O problema está relacionado com a idade, gravidez, posturas (passar muitas horas em pé ou sentada), falta de atividade física, excesso de peso, fatores hormonais e genéticos.
Dor nas pernas é sintoma de insuficiência arterial?Sim, quando a má circulação afeta as artérias, temos um quadro de insuficiência arterial. A irrigação sanguínea diminui, causando dor nas pernas ao caminhar, diminuição da sensibilidade e da temperatura nas pernas e nos pés, além de feridas que demoram para cicatrizar. Esse tipo de má circulação afeta sobretudo indivíduos sedentários, fumantes, com pressão alta, diabetes, colesterol alto e história de problemas de circulação na família.
O que é a dor miofascial?A dor miofascial é um distúrbio local de origem nervosa e muscular. A síndrome dolorosa miofascial, como é chamada a doença, caracteriza-se pela dor muscular em áreas endurecidas do músculo. A dor normalmente surge e se agrava com esforços físicos, com tendência a aliviar com o repouso. Essa dor miofascial é decorrente de tensão e contraturas em um músculo. As áreas afetadas apresentam tensão palpável na musculatura, que pode ser sentida pela presença de nódulos dolorosos. Um sintoma muito característico da síndrome dolorosa miofascial é a presença de pontos que podem desencadear uma forte dor se forem pressionados.
Esses pontos estão presentes em lugares bem definidos, cujas áreas são pequenas e apresentam muita sensibilidade à dor. Quando pressionados, despoletam uma dor local que pode inclusive irradiar para outra parte do corpo, mais distante do seu local de origem. A síndrome dolorosa miofascial afeta não só os músculos, mas também ligamentos, tendões, bursas (bolsas que recobrem as articulações), fáscias (tecido que recobre o músculo) e ainda tecidos ao redor da articulação. A dor miofascial pode ter como causa traumatismos, mau condicionamento físico, diabetes, alterações na tireoide, doenças reumatológicas, estresse, má postura, distúrbios no metabolismo, movimentos repetitivos, processos degenerativos, inflamações, infecções, câncer, entre outras. Contudo, a sua causa mais comum é o esforço muscular intenso.
Se a dor nas pernas não passar ou vier acompanhada de algum dos sintomas mencionados no artigo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um cirurgião vascular.
Veja também: É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?
Alguns dos remédios que podem ser usados para cólicas menstruais são:
- Ibuprofeno (Buscofem®);
- Ácido Mefenâmico (Ponstan®);
- Escopolamina (Buscopan®);
- Cloridrato de Papaverina (Atroveran®).
O Ibuprofeno e o Ácido Mefenâmico são medicamentos anti-inflamatórios que também trabalham no alívio da dor da cólica menstrual.
Já a Escopolamina e o Cloridrato de Papaverina são remédios antiespasmódicos. O Atroveran® também tem ação analgésica.
O uso de medicamentos anticoncepcionais hormonais, seja em pílula, injeção, DIU (hormonal), anel vaginal ou adesivo transdérmico, também pode aliviar as cólicas menstruais e diminuir o fluxo menstrual.
Leia também: Como aliviar cólica menstrual?; Existem tratamentos naturais para cólicas menstruais?
É normal sentir cólica menstrual forte?Cólicas menstruais fortes e persistentes podem ou não serem normais, isto porque tanto podem ser causadas por doenças ginecológicas, quanto podem ser decorrentes do próprio funcionamento normal do útero durante o período menstrual.
A cólica menstrual quando é causada por doenças é chamada de dismenorreia secundária, e pode piorar com a idade. Geralmente, a dor desse tipo de cólica menstrual é severa e persiste durante todos os dias do período, além de estar associada a outros sintomas, como dor durante a relação sexual e sangramento menstrual prolongado. Pode ser causada por problemas como endometriose, pólipos uterinos, doença inflamatória pélvica, leiomioma uterino, entre outros.
Por outro lado, a cólica menstrual típica do período menstrual, que não está relacionada com doenças, é chamada pelos médicos de dismenorreia primária. Pode começar horas antes, ou logo no início do fluxo menstrual, e durar algumas horas ou dias. Com o passar da idade, a dismenorreia primária tende a ser menos frequente.
De qualquer forma, casos de cólica menstrual muito forte e persistente devem ser avaliados pelo médico de família ou ginecologista, para que seja feito o diagnóstico mais adequado e decidido qual o melhor tratamento a seguir, seja através de medicamentos ou mesmo de procedimentos.
Existem diversas doenças e condições que podem causar ardência ao urinar no homem e na mulher. Dentre as mais comuns estão: infecções urinárias, vulvovaginites, cálculos renais, doenças da próstata, epididimite e irritação no canal da urina (uretra).
Infecção urináriaA infecção urinária é a principal causa de dor e ardência ao urinar nas mulheres. A infecção pode ocorrer na uretra (uretrite), na bexiga (cistite) ou nos rins (pielonefrite). Os sinais e sintomas da infecção urinária podem incluir ainda dor na porção inferior do abdômen, febre e presença de sangue na urina. Grande parte dos casos é causada pela bactéria Escherichia coli e o tratamento é geralmente feito com medicamentos antibióticos.
Doenças e alterações na próstataA infecção (prostatite), o aumento de tamanho (hiperplasia benigna da próstata) e o câncer de próstata estão entre as principais causas de ardência para urinar no homem. Os tratamentos podem incluir uso de antibióticos e outros medicamentos, ou ainda cirurgia, quimioterapia e radioterapia nos casos de tumores malignos.
UretriteA uretrite é uma inflamação da uretra, o canal que a urina percorre desde a bexiga até ser eliminada. Trata-se de um tipo de infecção urinária provocada quase sempre por bactérias. Além de ardência ao urinar, a pessoa pode apresentar um corrimento purulento que pode ser notado na roupa. O tratamento não incide sobre a dor ou a ardência, mas sim sobre a infecção, que é tratada com antibióticos.
Leia também: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
Contudo, a uretra não precisa estar necessariamente inflamada ou infeccionada para que a pessoa sinta dor ou queimação na hora de urinar. Se o canal da urina estiver irritado devido ao contato ou uso de sabonetes, amaciantes de roupa, perfumes ou certas medicações, esses sintomas também podem estar presentes.
EpididimiteA epididimite é uma inflamação ou infecção do epidídimo, um órgão localizado junto aos testículos. Além de ardência na hora de urinar, pode deixar a região do saco escrotal dolorida e inchada. O tratamento é realizado com medicamentos antibióticos.
VulvovaginiteAs vulvovaginites estão entre as principais causas de ardência ao urinar nas mulheres. São infecções da vagina causadas por bactérias, fungos ou protozoários. Podem causar dor ou ardência ao urinar, além de coceira intensa e corrimento vaginal. A vulvovaginite pode ser tratada com pomadas vaginas ou medicamentos orais, de acordo com a causa.
Saiba mais em: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?
Cálculos renais (pedra nos rins)O cálculo renal pode provocar dor e queimação intensa ao urinar devido aos ferimentos que pode causar na uretra ao passar pelo canal. As pedras podem ser removidas por meio de cirurgia ou expelidas pela urina depois de serem pulverizadas, conforme o tamanho e o número de cálculos.
Veja também: Cálculo renal: como saber se tenho pedra nos rins?
Em caso de ardência ao urinar, recomenda-se que a pessoa aumente a ingestão de água para pelo menos 2 litros por dia. Se após 24 horas o sintoma não desaparecer, ela deve procurar um clínico geral, médico de família para receber uma avaliação.
Saiba mais em:
- Não conseguir ou ter dificuldade em urinar: o que pode ser e como tratar?
- Muita vontade de urinar e pouca urina, o que pode ser?
- Vontade de urinar a toda hora e não conseguir. O que pode ser?
- Sensação de bexiga cheia mesmo depois de urinar, o que pode ser?
- Dificuldade para urinar: o que pode ser e o que fazer?
- É normal sentir constantemente vontade de urinar?
- Vontade de urinar toda hora, o que pode ser?
Uma das principais causas de dor no quadril direito ou esquerdo é a artrose, uma doença que caracteriza-se pela perda progressiva da cartilagem da articulação entre o fêmur e a bacia. Com o tempo, a dor no quadril pode causar rigidez e tornar os movimentos muito dolorosos.
A dor no quadril também é comum em pessoas que praticam esportes ou atividades físicas que geram um maior esforço ou sobrecarga na articulação da coxa.
Nos esportes, as principais causas de dor no quadril estão relacionadas com traumatismos, como quedas e impactos intensos. As lesões também podem ocorrer devido a movimentos extensos e repetidos.
As dores no quadril podem ainda estar relacionadas com problemas na coluna lombar ou com a região dos glúteos. É comum a dor irradiar para a virilha. Há casos em que a dor no quadril tem origem nos joelhos.
Outras causas de dor no quadril incluem artrite reumatoide, osteoartrite e outras formas de artrite, tendinite, hérnia de disco, osteoporose, sacroileíte, sinovite, osteomalácia, dor ciática, câncer (metástases ósseas de outros tumores, leucemias), osteomielite e doença de Paget do osso.
Em geral, os problemas na articulação do quadril desencadeiam dor no interior da articulação ou na virilha. Normalmente, quando a dor está localizada na região externa do quadril, na porção superior da coxa ou nos glúteos, a causa está nos músculos, ligamentos, tendões ou nos tecidos moles adjacentes à articulação.
Estiramento ou ruptura de ligamentos e tendõesA dor no quadril também pode ter origem num estiramento ou numa ruptura de algum músculo ou tendão. Essas lesões podem ocorrer principalmente durante a prática de exercícios físicos.
BursiteA bursite no trocanter do fêmur também pode provocar dor no quadril. Trata-se da inflamação de uma bolsa localizada na lateral do fêmur que ocorre pelo atrito do tecido com o osso. A dor localiza-se na região lateral da coxa e geralmente é notada ao deitar-se sobre o lado afetado. A dor no quadril também pode surgir quando a pessoa permanece muito tempo em pé ou sobe escadas e geralmente piora à noite.
Diminuição da irrigação sanguíneaProblemas circulatórios na cabeça do fêmur podem provocar a morte de células ósseas devido à falta de fluxo sanguíneo, causando dor e limitações de movimento.
FraturasPessoas com mais de 65 anos, principalmente mulheres, podem ter dor no quadril devido a uma fratura, geralmente após uma queda.
Qual o tratamento para dor no quadril?O tratamento para a dor no quadril depende da causa, podendo incluir anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia e até cirurgia.
Recomenda-se procurar /a médico/a ortopedista em caso de dor intensa no quadril, principalmente se houver rigidez da articulação ou limitação dos movimentos.
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Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos podem ser sintomas de dengue, intoxicação alimentar (virose), apendicite, entre outras doenças. O melhor a fazer nesses casos é não se automedicar e procurar atendimento médico o mais rápido possível.
No caso da dengue, a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas:
- Febre alta, em torno de 40ºC;
- Dores musculares;
- Dor nas articulações;
- Dor abdominal;
- Dor de cabeça e nos olhos;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Indisposição;
- Manchas vermelhas no corpo.
Já a intoxicação alimentar é um tipo de virose do aparelho digestivo, que pode ser causada por vírus (enterovírus) ou bactérias, como a Escherichia coli. São mais comuns no verão e podem causar sintomas como:
- Diarreia;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre;
- Mal estar;
- Cólicas intestinais.
As dores no abdômen, a febre, o vômito e os enjoos também podem ser sinais de apendicite e, neste caso, o paciente deve ser submetido a uma cirurgia de emergência o mais rápido possível.
Se o apêndice (porção do intestino que está inflamada) "romper", pode haver extravasamento de fezes para a cavidade abdominal evoluindo com sepse, conhecida por infecção generalizada que pode levar à morte.
Os sintomas típicos da apendicite são:
- Dor abdominal, por vezes localizada no lado inferior direito (mas nem sempre);
- Náuseas;
- Vômitos;
- Febre;
- Perda de apetite.
Porém, a apendicite também pode provocar outros sintomas, como:
- Dor na "boca do estômago" ou ao redor do umbigo;
- Gases;
- Indigestão;
- Diarreia ou prisão de ventre;
- Mal estar geral;
- A febre pode não estar presente no início dos sintomas, mas pode ocorrer com a evolução do problema.
Por isso, devemos ressaltar que nesse caso o mais adequado é procurar atendimento médico o mais rápido possível para identificar e tratar a causa desse problema.
Sim, enjoo e dor pélvica, ou no baixo ventre, durante o período fértil é normal para algumas mulheres. As variações hormonais desse período podem estar por trás das náuseas, enquanto que a dor tipo cólica é decorrente da própria ovulação em si.
A dor no período fértil pode ser em cólica ou em pontada, de leve a moderada intensidade, ocorre sempre na mesma fase do ciclo menstrual e geralmente dura de minutos a horas, podendo ainda persistir por 2 ou 3 dias em alguns casos. É também chamada de dor do meio ou Mittelschmerz.
Os sintomas do período fértil variam bastante de mulher para mulher. Algumas podem ficar com as mamas inchadas e doloridas ou podem apresentar alterações de humor, aumento do apetite e da libido, ou ainda leve sangramento.
No entanto, os sintomas mais evidentes do período fértil são as modificações que ocorrem no muco vaginale o aumento da temperatura corporal. O muco fica mais abundante e transparente na ovulação, parecido com uma clara de ovo. Já o aumento da temperatura ocorre devido ao hormônio progesterona, que provoca uma ligeira elevação de 0,3ºC a 0,8ºC na temperatura do corpo.
A mulher pode verificar as alterações do muco introduzindo os dedos na vagina para obter uma amostra da secreção, enquanto que o aumento da temperatura deve ser medido com um termômetro logo pela manhã ao acordar, antes de sair da cama e fazer qualquer esforço.
Apesar dos enjoos e da dor serem normais no período fértil, eles também podem ser sintomas de diversos problemas de saúde, por isso é recomendável consultar um médico de família, clínico geral ou ginecologista caso eles persistam.
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