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Como é feito o exame do HIV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame do HIV é feito a partir da coleta de sangue. O exame de sangue solicitado com esse fim específico, o anti-HIV, detecta os anticorpos produzidos contra o vírus. Quando o exame de sangue anti-HIV é positivo, há necessidade de realização de um outro tipo de exame a título de confirmação. Esse tipo de exame detecta a presença do RNA do vírus.

Outro exame disponível é o teste rápido de detecção do HIV realizado a partir de uma gota de sangue tirada do dedo da pessoa.        

Outra opção atualmente disponível é o exame a partir do fluído oral da pessoa. Nesse exame, o/a profissional de saúde orienta a coleta da secreção do interior da boca da pessoa utilizando uma haste que deve ser friccionada na gengiva superior e inferior dos dentes.

A coleta de sangue realizada em laboratório segue o procedimento de um outro exame qualquer em que o sangue é retirado do braço da pessoa em menos de 5 minutos. O resultado do exame geralmente é liberado em 24 horas a depender do laboratório.

Os testes rápidos (gota de sangue e fluído oral) é indicado em apenas algumas situações. O tempo para liberar o resultado em geral não excede os 30 minutos.

Todos eles são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado nas unidades de saúde do sistema.

Leia também:

Como é feito o diagnóstico do HIV?

Para que serve o exame ELISA?

Quais os sintomas do HIV?

Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?

Estou com medo de ter pego HIV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A única forma de saber se pegou a doença é realizando os exames de sangue específicos para pesquisa do vírus, o teste para HIV. Assim como pesquisar outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).

O quanto antes identificar essas doenças, maior a chance de evitar a sua evolução e complicações conhecidas. Embora não haja cura para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis, existem tratamentos eficazes, principalmente se começar a tratar de forma precoce. Por isso é preciso não ter medo de realizar o teste.

Além disso, mesmo que o teste seja negativo, é importante que o exame seja repetido após 6 meses, para confirmar. No início da infecção pode não haver resposta imunológica suficiente para ser detectada no exame.

Os sinais e sintomas de contaminação são semelhantes a uma virose, e pode ter início logo nos primeiros dias ou anos depois, varia de pessoa para pessoa. Existem casos que nunca apresentaram sintomas, e a doença é descoberta acidentalmente.

Entretanto, durante todo esse tempo, são transmissores do vírus HIV.

Sintomas iniciais de HIV

Os sintomas iniciais de contaminação pelo HIV são:

  • Febre (entre 38º e 40ºC),
  • Dor de cabeça,
  • Dores articulares,
  • Mal-estar,
  • Náuseas, vômitos,
  • Ínguas (aumento de gânglios, principalmente na região do pescoço),
  • Tosse,
  • Dor de garganta,
  • Falta de apetite,
  • Perda de peso e
  • Fraqueza ou fadiga, sem motivo aparente.

Com o passar dos anos portador da doença, começam a surgir sinais de baixa imunidade, como as infecções de repetição, meningite, tuberculose, candidíase e doenças típicas da AIDS (sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência adquirida).

Qual é o tratamento para contaminação por HIV?

Apesar de não haver tratamento definitivo para o vírus HIV, existem diversos tratamentos eficazes atualmente, com objetivo de retardar a evolução da doença e/ou controlar os sintomas da AIDS, para os portadores do vírus.

Também existem tratamentos e cura para algumas das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), quando são diagnosticadas e tratadas de forma precoce.

Por isso procure um atendimento médico, converse sobre a sua situação, para possibilitar uma investigação completa e tratamento adequado.

Saiba mais sobre esse tema nos artigos abaixo:

Portador do vírus hiv pode não apresentar sintomas?

Como é feito o diagnóstico do HIV?

Como saber se tenho uma DST?

Há alguns meses venho suspeitando ter adquirido o HIV!
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hemograma, nem a presença de linfócitos atípicos são capazes de sugerir ou confirmar a infecção pelo HIV, por isso nenhuma alteração neste exame pode sugerir a doença.

O único modo de confirmar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é através dos testes disponíveis na rede de saúde para pesquisa de anticorpos contra o vírus ou na pesquisa de RNA do HIV.

Quais são os testes para HIV?

Os testes para diagnóstico de HIV disponíveis são:

Testes de triagem. Aonde é colhida uma gota de sangue, em geral na ponta do dedo, ou também uma quantidade pequena de saliva, através de um dispositivo, os quais são colocados em um solvente que sinaliza a presença dos anticorpos contra HIV em menos de 30 minutos.

O exame é gratuito e pode ser realizado em postos de saúde e unidades básicas de saúde. Para saber aonde pode realizar o teste basta ligar para o Disque Saúde (136).

Como o teste é de triagem, em casos positivos, o paciente é encaminhado para realizar o exame confirmatório.

Saiba mais: Teste rápido de HIV é confiável? Como funciona e onde posso fazer?

Teste de ELISA (anti-HIV). Um teste mais específico, altamente sensível, aonde a amostra de sangue é colhida em laboratório e o resultado leva em média 4h para ser liberado.

Teste de RNA (para HIV). Esse é o teste definitivo, também colhida amostra de sangue em laboratório, que confirma a presença do vírus através da detecção do próprio RNA.

Entretanto, é importante lembrar que existe uma janela imunológica, período que o vírus leva para se multiplicar e o organismo produzir os anticorpos contra o HIV, possibilitando sua detecção nos exames.

Em média, essa janela imunológica dura 30 dias. Portanto, antes desses 30 dias pós exposição, ou evento que considere de risco, não é recomendado realizar os testes, visto que pode gerar um falso negativo, e não ser útil. Alguns serviços mostram que os resultados são mais fidedignos após 1 a 3 meses de infecção.

Contudo, no caso de forte suspeita de infecção, como uma relação com pessoas sabidamente portadoras de HIV, sem proteção, você deve procurar dentro das primeiras horas, um atendimento médico, para fazer uso da profilaxia da infecção.

Tenho como prevenir a infecção por HIV após o contato?

Sim. Existe hoje um tratamento conhecido por profilaxia pós-exposição (PEP), aonde são prescritos medicamentos antirretrovirais, para pessoas que foram expostas ao vírus, dentro das primeiras 72h do contato.

Quanto antes for tomada a medicação, maior a chance de prevenir a infecção, visto que o vírus leva de 24 a 48 horas para alcançar os gânglios linfáticos e 72 horas, para se disseminar no sangue.

Saiba mais no artigo: Como funciona a PEP? É eficaz?

Qual a importância do diagnóstico precoce de infecção pelo HIV?

A importância do diagnóstico precoce da infecção por HIV, permite que o paciente inicie rapidamente um tratamento direcionado, possibilitando a interrupção da infecção ou controle da multiplicação do vírus.

O tratamento proporciona melhor qualidade de vida, além de retardar ou até impedir, a evolução da infecção para a síndrome do HIV, a AIDS.

Leia também: O que é AIDS e quais os seus sintomas?

O que é PEP?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

PEP é a sigla em inglês para profilaxia pós-exposição. Trata-se da prescrição de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV, em caso de contato recente com o vírus.

Esses remédios devem ser tomados em até 72 horas depois do contato com o vírus HIV, embora o ideal seja começar a profilaxia pós-exposição (PEP) nas duas horas seguintes à contaminação. O tratamento dura 28 dias consecutivos e não deve ser interrompido.

Os medicamentos usados na PEP (tenofovir, lamivudina, atazanavir, ritonavir) também podem compor uma opção terapêutica para o HIV.

O objetivo da profilaxia pós-exposição é evitar a infecção pelo HIV após a contaminação pelo vírus. Isso é possível porque existe uma breve "lacuna" entre a exposição e a infecção definitiva.

O vírus demora entre 24 e 48 horas para alcançar os gânglios linfáticos e infectar os linfócitos T CD4+ (células de defesa que o vírus utiliza para se multiplicar). Após 72 horas, o HIV dissemina-se pelo sangue.

Por isso é fundamental iniciar a PEP o mais rápido possível e não deixar passar as 72 horas para começar o tratamento. 

A PEP pode ser solicitada por qualquer pessoa que tenha tido uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de preservativo e suspeite de contaminação pelo vírus HIV.

Também é utilizada em casos de violência sexual e acidentes de trabalho que envolvem o contato com seringas, agulhas e outros objetos contaminados, pelos quais é possível haver a transmissão do vírus.

Para mais informações sobre a PEP consulte um médico de família, clínico geral ou infectologista.

Saiba mais sobre a PEP em:

Como funciona a PEP, é eficaz?

O que é AIDS e quais os seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

AIDS ( do inglês: Acquired Immuno Deficiency Syndrome, SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida​) é uma doença que acomete o sistema imunológico, causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).

A AIDS pode ser definida como um conjunto de sintomas e infecções que surgem devido aos danos causados ao sistema imunológico pelo HIV, que tem como principal alvo os linfócitos T-CD4, células fundamentais para as defesas do organismo.

Quando o número dessas células diminui, o sistema imunológico fica fraco e não consegue combater infecções simples e proteger completamente o organismo. Então, algumas doenças oportunistas se instalam reduzindo ainda mais o potencial do sistema imunológico.

Os sintomas iniciais da AIDS são:

  • Febre entre 38º e 40ºC;
  • Dor de cabeça, dor nas articulações;
  • Aumento de gânglios (ínguas) principalmente na região do pescoço, atrás das orelhas e axilas;
  • Tosse e dor de garganta;
  • Náusea, diarreia, diminuição do apetite, perda de peso (em média 5Kg);
  • Cansaço;
  • Vermelhidão na pele.

Com a progressão da doença e o comprometimento do sistema imunológico, começam a aparecer doenças oportunistas como:

  • Tuberculose;
  • Pneumonia;
  • Alguns tipos de câncer;
  • Candidíase;
  • Infecções do sistema nervoso (toxoplasmose, meningites).

Apesar de não existir um tratamento especifico para a AIDS capaz de eliminar o vírus do organismo, há vários medicamentos que mantêm a doença sob controle e assim, o paciente pode manter sua qualidade de vida.

O tratamento da AIDS é da responsabilidade do/a médico/a infectologista.

É possível pegar HIV através de uma mordida de pessoa infetada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. O vírus HIV não é transmitido pela saliva, portanto não pode ser transmitido por uma mordida de pessoa infectada.

Apesar de testes recentes serem capazes de identificar anticorpos contra HIV na mucosa da boca e saliva, estudos comprovam que a quantidade desse vírus é baixa e outros fatores como o contato constante com ar, alimentos e presença de enzimas digestivas, impedem a transmissão do HIV.

Entretanto vale ressaltar, que o número de pessoas contaminadas pelo vírus HIV vem aumentando mais uma vez no Brasil. Esse tema está sendo discutido, principalmente para que novas campanhas sejam iniciadas e efetivas, tanto para esclarecimentos e incentivo na prevenção, como para estabilizar mais uma vez os índices de contaminação no país.

As formas de contaminação de HIV são:

  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Transfusão de sangue;
  • Transmissão de mãe para filha/o durante gestação, parto, ou aleitamento materno;
  • Compartilhamento de agulhas ou
  • Acidente de trabalho com material perfuro-cortante (agulhas e seringas) contaminado.

Portanto, atualmente está indicado a realização do teste anti-HIV para todas as pessoas, principalmente sexualmente ativas, ou com comportamento de maior risco, por exemplo, quem não usa regularmente preservativos ou usuário de drogas injetáveis.

O teste é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Saiba mais em:

Como pode ocorrer a transmissão do HIV?

Como é feito o exame do HIV?

Estou com muitos sintomas e suspeito de HIV?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É um quadro compatível com uma infecção viral aguda e não dá para descartar a possibilidade de HIV agudo, precisa ir ao médico. Toda relação sexual desprotegida tem algum risco de contaminação pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Na dúvida é importante a realização de um teste sorológico, os exames mais modernos como o Elisa de 4º geração já conseguem detectar o HIV mesmo na sua infecção aguda. Mesmo que o exame venha negativo está indicado a sua repetição após cerca de 30 dias da sua realização.

Quais são os sintomas da infecção aguda pelo HIV?

A infecção aguda por HIV, também chamada de síndrome retroviral aguda, pode causar alguns sintomas inespecíficos, sendo por isso em algumas situações difícil de suspeitar dessa síndrome. Os sintomas podem surgir entre 5 a 30 dias após a contaminação e durar de 3 a 4 semanas, podendo desaparecer espontaneamente.

Entre os sintomas que podem estar presentes, tem-se:

  • Febre;
  • Inchaço e aumento dos gânglios (ínguas);
  • Dor de garganta;
  • Perda de peso;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Sintomas digestivos como náuseas, vômitos e diarreia;
  • Suores noturnos;
  • Rash cutâneo (manchas avermelhadas na pele).

Vale ressaltar que nem sempre a infecção pelo HIV causa sintomas, cerca de 50 a 90% das pessoas contaminadas desenvolvem a síndrome retroviral aguda e apenas metade das pessoas desenvolvem sintomas logo após a contaminação pelo vírus, por isso, a realização da sorologia é importante na suspeita de contaminação pelo HIV.

Além disso, os sintomas acima descritos podem ser causados por outras doenças infecciosas como mononucleose, gripe entre outras, por isso é essencial procurar um médico para orientação e avaliação diagnóstica.

HIV tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A AIDS (doença causada pelo vírus HIV) não tem cura. Apesar dos avanços nos tratamentos, ainda não há cura para a doença.

Apesar de não haver cura, os tratamentos disponíveis permitem à pessoa portadora do vírus uma boa qualidade de vida.

HIV é o vírus que afeta o sistema imune das pessoas podendo causar a AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Nem toda pessoa que tem o vírus HIV irá desenvolver a AIDS.

A pessoa portadora do vírus HIV deve ser acompanhada pela equipe de infectologia em ambulatório especializado com o devido monitoramento dos sintomas e realização de exames complementares com frequência.

Leia também:

Como pode ocorrer a transmissão do HIV?

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