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Com quantos dias posso tirar os pontos cirúrgicos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os pontos cirúrgicos geralmente podem ser tirados após 7 a 14 dias do procedimento cirúrgico. No entanto, há casos em que é preciso esperar até 21 dias para poder remover os pontos.

Os pontos cirúrgicos absorvíveis não precisam ser removidos pois o próprio tecido do corpo absorve o ponto.

O tempo para retirar os pontos cirúrgicos pode ser determinado de acordo com a área do corpo e segue, em média:

  • Face e Pescoço: 5 a 8 dias;
  • Couro cabeludo e nuca: 14 dias;
  • Dorso da mão e do pé: 14 dias;
  • Planta do pé e palma da mão: 10 a 21 dias
  • Região glútea: 14 dias;
  • Braços e coxas: 14 a 18 dias;
  • Antebraço e pernas: 14 a 21 dias;
  • Tronco: 21 dias;
  • Ombro e dorso: 28 dias

Esse tempo pode modificar de acordo com a presença de certas infecções, capacidade de cicatrização, higiene realizada e outros fatores.

​​O/a médico/a cirurgião/a ou especialista que fez a cirurgia é quem irá determinar com quantos dias você poderá tirar os pontos cirúrgicos. Fique atento/a aos prazos e faça as consultas de retorno programadas.

Quantos dias após a cirurgia de hérnia inguinal posso ter relação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Você pode ter relação sexual cerca de 10 dias depois da cirurgia de hérnia inguinal, desde que esteja bem para isso e o/a médico/a já tenha liberado outras atividades, como trabalhar e dirigir.

Grande parte dos pacientes submetidos a uma cirurgia de hérnia inguinal pode realizar qualquer atividade, que não necessite erguer muito peso ou fazer grandes esforços, dentro de uma ou duas semanas depois da operação.

Normalmente, no 1º mês de pós-operatório é permitido erguer até 10 kg, passando para 20 kg no 2º e 3º mês. Após 3 meses, em geral, não há limitações quanto a esforços e pesos.

A prática de esportes e exercícios abdominais também só são permitidos depois de 3 meses que a cirurgia de hérnia inguinal foi realizada. Porém, o tempo para voltar às atividades físicas pode variar conforme a técnica utilizada.

Geralmente a recuperação da cirurgia é bastante rápida e a maioria dos pacientes retorna as suas atividades diárias em poucos dias.

Procure o/a médico/a em caso de:

  • Náuseas e vômitos;
  • Febre a partir de 38 graus;
  • Falta de ar;
  • Tosse constante;
  • Vermelhidão e saída de secreção com pus dos pontos;
  • Sangramentos constantes nos pontos;
  • Dor abdominal;
  • Inchaço persistente.

O/a médico/a cirurgião/ã geral poderá esclarecer as suas dúvidas e dar as orientações adequadas quanto ao pós-operatório da cirurgia de hérnia inguinal.

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Uma hérnia pode voltar depois da cirurgia?

Quem teve hérnia inguinal pode ter filhos?

Fiz uma cirurgia recentemente. Quando posso beber bebida alcoólica?

O que posso comer após cirurgia da apendicite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a cirurgia de apendicite você deve comer alimentos leves, fazendo uma dieta baseada em alimentos cozidos (legumes, carne branca, peixes). A ingestão de líquidos é permitida, devendo evitar bebidas alcoólicas e com gás.

O ideal é que nas primeiras 24 horas depois da cirurgia você tome líquidos (água e sucos) e coma apenas alimentos pastosos ou semissólidos, como mingau, iogurtes e cremes.

Depois do primeiro dia de pós-cirúrgico, o mais importante é evitar doces e alimentos gordurosos, como carne vermelha, frituras, chocolate, bolacha, sorvete, queijos, molhos, entre outros.

Coma alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, aveia, cereais integrais, pois favorecem o funcionamento do intestino.

É importante também manter uma boa hidratação para que o intestino trabalhe adequadamente, principalmente se aumentar a ingestão de fibras. Por isso, procure beber pelo menos 2 litros de água por dia.

As refeições devem ser fracionadas e pequenas. Não repita o prato. O ideal é fazer 6 refeições ao longo do dia, procurando comer a cada 3 horas: Café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia.

Uma semana após a cirurgia de apendicite, a alimentação já pode voltar ao normal. Contudo, é recomendável que a reintrodução de carne vermelha e outros alimentos mais gordurosos seja feita aos poucos.

Para mais informações, converse com o/a médico/a cirurgiã/o que vai lhe acompanhar para realização da cirurgia e pós operatório.

Fiz uma cirurgia de apêndice há 30 dias e estou com dores, fisgadas na barriga e dor para evacuar. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a cirurgia de apendicite é normal sentir alguma dor e fisgada no local da cirurgia pois a região da cicatriz pode ficar sensível. Além disso, o processo de cicatrização pode formar cicatrizes internas que unem partes diferentes do intestino (bridas intestinais), causando desconforto, dores e dificuldade para evacuar.

Contudo, sintomas como diarreia, dor para evacuar e urinar, além da dor nas pernas, 30 dias depois da cirurgia de apendicite, devem ser avaliados por um/a médico/a da urgência, pois podem indicar alguma infecção ou complicação decorrente da operação.

Quais as possíveis complicações da cirurgia de apendicite?

Algumas das complicações que podem ocorrer durante ou após uma apendicectomia incluem hemorragia, infecção no local do corte ou no abdômen, lesões na bexiga, no intestino, em vasos sanguíneos ou nos nervos próximos ao local da cirurgia.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de apendicite?

O tempo de recuperação total da cirurgia de apendicite varia entre 15 e 40 dias, conforme o tipo de cirurgia. Se a operação for feita por laparoscopia, o retorno às atividades diárias pode ocorrer dentro de 15 a 20 dias. Quando a cirurgia é feita por laparotomia, o tempo de recuperação pode ser de mais de 40 dias.

Em geral, depois da consulta de retorno, o paciente já pode retornar ao trabalho e às suas atividades diárias, mas sem realizar esforços. Atividades que necessitam de esforços geralmente só são permitidas depois de 1 mês.

O que pode interferir na recuperação da cirurgia de apendicite?

Dentre os fatores que podem influenciar a recuperação após a cirurgia de apendicite estão a idade, a complexidade da cirurgia, a técnica cirúrgica, a presença de doenças associadas (diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares), entre outros.

Se as dores abdominais forem muito fortes e não houver alívio com os medicamentos prescritos, procure o/a seu/sua médico/a ou vá a um serviço de urgência.

Como saber se tenho uma hérnia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você tiver uma hérnia, irá notar uma protuberância bem localizada e amolecida na pele, que pode surgir na região abdominal, na virilha (inguinal), no umbigo ou na raiz da coxa. Também poderá sentir uma dor aguda em queimação ou contínua, que tende a piorar no fim dia.

Esse sinais e sintomas da hérnia poderão se manifestar principalmente ao levantar objetos pesados, tossir, fazer esforço para urinar ou evacuar e ficar em pé por muito tempo.

Procure imediatamente um serviço de urgência se apresentar os seguintes sintomas:

  • Dor forte e contínua no local da hérnia;
  • Aumento do tamanho da hérnia, que não diminui;
  • Vermelhidão local.

Esses sinais podem indicar que a hérnia está estrangulada e pode "estourar". Trata-se de uma situação muito grave que pode levar à morte e só pode ser resolvida com cirurgia.

Quais são os sintomas de hérnia abdominal?

A hérnia abdominal pode ser notada sob a forma de uma saliência por baixo da pele do abdômen. Geralmente não causa dor, mas pode provocar desconforto e tende a ficar mais evidente ao realizar esforço físico ou tossir.

Ao se deitar, a hérnia normalmente fica menos saliente e pode não ser percebida. No início, é possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal. Contudo, se aumentar de tamanho, pode ficar “estrangulada” e isso já não é possível.

Em caso de estrangulamento, a circulação sanguínea pode ficar interrompida. Nesses casos, os sintomas podem incluir dor, náuseas, vômitos e prisão de ventre. A pele no local da hérnia fica vermelha e pode haver febre.

Quais são os sintomas de hérnia inguinal?

Na hérnia inguinal, pode-se ver ou sentir uma saliência na virilha ao ficar em pé, realizar esforço físico ou tossir. Também pode haver dor, ardência, desconforto, sensação de peso ou fraqueza na região da virilha.

No caso dos homens, os testículos podem ficar mais sensíveis e inchados se o intestino descer até ao saco escrotal.

Assim como na hérnia abdominal, pode ser possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal ao se deitar. Caso a hérnia permaneça saliente, mesmo depois dessa manobra, pode ser que haja um estrangulamento, o que requer cirurgia com urgência.

Em caso de encarceramento da hérnia inguinal, pode haver dor súbita que aumenta rapidamente, náuseas, vômitos e febre. O local da hérnia fica avermelhado ou mais escuro que o normal.

Quais são os tipos de hérnia mais comuns?
  • Hérnia incisional (pode surgir em qualquer local do abdômen que já sofreu uma incisão cirúrgica);
  • Hérnia epigástrica (entre o umbigo e o tórax);
  • Hérnia umbilical (cicatriz do umbigo);
  • Hérnia inguinal (virilha);
  • Hérnia femoral (raiz da coxa).

Saiba mais em: Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?

Como é feito o diagnóstico da hérnia?

O diagnóstico das hérnias abdominais é feito basicamente através do exame físico, em que o/a médico/a pede à/ao paciente para tossir ou soprar a mão sem deixar o ar sair. Essa manobra aumenta a pressão dentro do abdômen e faz a hérnia "sair" pela parede abdominal.

Quando as hérnias são muito pequenas ou a/o paciente é obesa/o pode ser necessário utilizar ultrassom ou tomografia para diagnosticar a hérnia.

O/a gastrocirurgião/a é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento das hérnias.

Que cuidados devo ter com os pontos cirúrgicos?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Os cuidados com os pontos cirúrgicos são citados abaixo:

  • Manter a ferida limpa e seca;
  • Observar os sinais de infecção: dor, calor local, vermelhidão, edema (inchaço),  drenagem de secreção;
  • Manter a ferida coberta com o curativo – ele ajuda a proteger a ferida de microrganismos. Se o seu médico permitir, a ferida operatória pode ficar sem curativo e deve ser lavada com água corrente e sabão neutro, e logo após, secá-la cuidadosamente para evitar fricção ou pressão sob o local;
  • Higienizar a ferida com água corrente e sabão neutro;
  • Usar corretamente as medicações prescritas pelo seu médico.

É possível, a depender da cirurgia realizada, que sejam necessários outros cuidados, como o uso de cintas específicas. Siga as orientações dadas pelo médico que realizou seu procedimento cirúrgico e, em caso de rotura de pontos ou sinais de infecção ou sangramento, procure-o.

Também pode lhe interessar: Os pontos da cesárea estão inflamados. O que fazer?

Uma hérnia pode estourar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, uma hérnia pode estourar em consequência de um estrangulamento herniário. O estrangulamento ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, dificultando o vai-e-vem do órgão extravasado, como o intestino, por exemplo.

Como resultado, a alça intestinal estrangulada sofre uma torção e deixa de receber sangue e oxigênio, entrando em falência essa porção do intestino.

A parte afetada, então, se rompe e ocorre uma perfuração do intestino, com extravasamento de fezes e líquido intestinal para o interior do abdômen. Como consequência, o/a paciente pode ir à óbito.

A torção da alça intestinal pode causar sintomas como cólicas abdominais e dificuldade para eliminar gases e fezes.

O estrangulamento da hérnia é um quadro muito grave e só pode ser resolvido com uma cirurgia em caráter de urgência, devido ao sério risco de morte.

Leia também:

Toda hérnia tem que ser operada?

Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?

Quais são os tipos de hérnia?

É possível conviver com uma hérnia durante muitos anos sem qualquer complicação ou sintoma, mas a qualquer momento pode ocorrer um estrangulamento e a hérnia pode "estourar".

Portanto, se você tem algum tipo de hérnia, deve procurar o/a médico/a cirurgião/ã geral para uma avaliação minuciosa e prevenção de possíveis complicações.

Veja aqui como saber se você tem uma hérnia.

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga em homens é comum quando envolve a próstata e os testículos. Também pode ser provocada por problemas do sistema urinário, intestinal ou outros órgãos do sistema reprodutivo.

O tratamento da dor no baixo ventre nos homens é feito de acordo com a sua causa. O médico urologista é o responsável por avaliar as causas e definir o tratamento mais indicado.

A seguir detalhamos um pouco mais as causas frequentes, para ajudar na identificação de sinais e sintomas que possam auxiliar o médico nesse diagnóstico.

1. Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata, uma glândula que fica logo abaixo da bexiga que é responsável pela produção do sêmen.

Sintomas: É comum que os homens sintam dor no pé da barriga, na parte inferior das costas, no pênis, nos testículos e no períneo (região entre o escroto e o ânus). Além disso, pode ocorrer:

  • Vontade de urinar frequentemente e com urgência
  • Dor ao urinar
  • Dificuldade ou dor com a ereção ou ejaculação
  • Dor ao defecar

Quando causada por bactéria, o homem pode ainda apresentar febre, calafrios e sangue na urina.

Como tratar?

O tratamento feito para aliviar os sintomas e tratar a inflamação incluem:

  • Massagem periódica da próstata: é feita pelo médico proctologista que coloca o dedo no reto para massagear a próstata,
  • Banhos de assento quente: conforme orientação médica,
  • Técnicas de relaxamento dos músculos pélvicos para aliviar as dores, de preferência, com acompanhamento de um fisioterapeuta,
  • Uso de laxantes, para aliviar a dor ao defecar,
  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e inflamação e
  • Antibióticos, em casos de prostatite bacteriana.

Quando a prostatite não é causada por bactérias, a sua cura é mais difícil e nem sempre acontece.

Em último caso, se mesmo com os tratamentos os sintomas piorarem, pode ser necessária a retirada parcial da próstata. Para escolher o tratamento mais adequado e seguro consulte um proctologista.

2. Orquite

A orquite é uma inflamação nos testículos que geralmente é provocada pelo vírus da caxumba e pode afetar ambos os testículos ou apenas um deles.

Sintomas: dor intensa no testículo afetado que irradia para o baixo ventre do mesmo lado, por exemplo, se o testículo inflamado for o esquerdo a dor é sentida no pé na barriga deste mesmo lado. Além da dor o homem pode sentir inchaço, vermelhidão, calor e sensação de peso nos testículos.

Como tratar?

A orquite é tratada com:

  • Repouso no leito,
  • Aplicação de bolsas de gelo sobre os testículos,
  • Analgésicos para aliviar a dor e antibióticos, quando causada por bactérias.

Devido à dor intensa, a orquite pode ser considerada uma urgência urológica. Nestes casos, procure uma unidade de emergência para alívio da dor e avaliação médica, de preferência, de um urologista.

3. Epididimite

A epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão que tem forma de “C” que se localiza atrás do testículo. Ele funciona como um ducto que coleta, armazena e transporta os espermatozoides produzidos no testículo até a próstata.

Sintomas: dor forte na região dos testículos que irradia para o pé da barriga acompanhada de:

  • Inchaço
  • Febre baixa e constante
  • Calafrios
  • Dor ao urinar e durante o ato sexual
  • Ínguas na virilha
  • Presença de sangue no sêmen.

Como tratar?

O tratamento da epididimite envolve uso de medicamentos e alguns cuidados simples como:

  • Manter o repouso,
  • Evitar pegar peso,
  • Aplicar compressas de gelo na área dos testículos,
  • Anti-inflamatórios e analgésicos para tratar a inflamação e amenizar a dor,
  • Antibióticos em caso de infecção bacteriana.

Como pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis, para prevenir a doença, use sempre camisinha nas relações sexuais. A avaliação de um urologista é indispensável ao tratamento da epididimite.

4. Vesiculite

A vesiculite (vesiculite aguda seminal) é a inflamação das vesículas seminais, glândulas que produzem o líquido seminal. Geralmente ocorre por infecção bacteriana, ou quando o homem desenvolve uma prostatite e não efetua o tratamento adequado.

Sintomas:

  • Dor no baixo ventre, que piora após a ejaculação e irradia para virilha e região do períneo
  • Vontade de urinar urgentemente
  • Ardor ao urinar
  • Dificuldade de esvaziar a bexiga
  • Ejaculação prematura
  • Presença de sangue no sêmen e na urina
  • Febre e calafrios
  • Redução do desejo sexual.

Como tratar?

O tratamento da vesiculite envolve:

  • Repouso: para manter os movimentos intestinais e evitar a piora do quadro,
  • Manter uma dieta equilibrada e saudável sem alimentos condimentados e álcool,
  • Evitar relações sexuais durante o tratamento,
  • Uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos conforme recomendação médica, a fim de tratar a infecção, inflamação e amenizar a dor.

Nos casos em que os sintomas persistem ou pioram, é necessário tratamento cirúrgico.

5. Estenose uretral

A estenose uretral é o estreitamento de uma parte da uretra que pode resultar em redução ou interrupção do fluxo urinário. As causas mais comuns são o trauma ou lesões na uretra e as infecções sexualmente transmissíveis.

Sintomas:

  • Diminuição do fluxo de urina
  • Dificuldade e ardor ao urinar
  • Jato espalhado ou duplo, gotejamento de urina após a micção
  • Necessidade de urinar mais vezes ao dia, acordar à noite para urinar e, em alguns casos, incontinência urinária.

Como tratar?

A estenose uretral deve ser tratada em ambiente hospitalar. O procedimento mais simples para o seu tratamento consiste na introdução de uma sonda de plástico na uretra para causar a sua dilatação. Se este procedimento não tiver resultados positivos, pode ser necessária a realização de cirurgia.

Somente a avaliação de um urologista poderá definir a melhor forma de tratamento.

6. Torção testicular

A torção testicular ocorre quando o testículo torce sobre o cordão espermático e bloqueia a circulação sanguínea para o testículo. É uma emergência urológica que deve ser tratada em até 12 horas, pois este quadro pode causar lesão grave ou perda do testículo.

Sintomas: dor súbita e intensa em um dos testículos, inchaço do testículo afetado e dor na região do pé da barriga são os principais sintomas. O paciente também pode apresentar náuseas, vômitos, febre e vontade frequente de urinar.

Como tratar?

Por ser uma emergência em que, além da dor intensa, o homem corre o risco de perder o testículo é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico e consiste em destorcer o cordão espermático para recuperar a circulação sanguínea para o testículo.

7. Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática é um aumento do tamanho da próstata que não tem relação com câncer e, por este motivo, se diz que é benigna. O homem começa a sentir os sintomas quando a próstata bloqueia a fluxo de urina.

Sintomas:

  • Dor no pé da barriga
  • Dificuldade de iniciar a micção ou sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga
  • Dor no pé da barriga ou na região da pelve
  • Necessidade de urinar mais vezes - geralmente, durante a noite (noctúria)

Na medida em que a próstata vai crescendo, os sintomas se tornam mais intensos e o paciente pode apresentar aumento da dor, presença de sangue urina e infecções frequentes.

Como tratar?

Geralmente, quando o homem apresenta poucos sintomas e acordam uma ou duas vezes à noite para urinar, não é necessário tratamento. Entretanto, é preciso acompanhamento com urologista para verificar o crescimento da próstata e realizar exame de PSA periodicamente.

Se houver sangue na urina, dor intensa no pé da barriga e infecção as opções de tratamento são:

  • Medicamentos para melhorar o fluxo de urina e para inibir os hormônios masculinos responsáveis pelo aumento do tamanho da próstata e
  • Cirurgia: é feita em último caso nos casos em que os medicamentos não tiveram eficácia e consiste na retirada de parte da próstata.
8. Síndrome da dor pós-vasectomia

A síndrome da dor pós-vasectomia é uma complicação da cirurgia de vasectomia, um método anticoncepcional definitivo efetuado nos homens que consiste em bloquear ou cortar os ductos que transportam os espermatozoides.

Sintomas: os homens com esta síndrome sentem dor constante ou intermitente (dor que vai e volta) em um ou em ambos os testículos. Esta dor irradia para o baixo ventre e pelve e se torna mais forte durante relação sexual, ereção e ejaculação e esforços físicos intensos. Pode causar disfunção erétil.

Como tratar?

A dor pós-vasectomia tende a diminuir e desaparecer com o tempo e resultado de uma adaptação do corpo à cirurgia. Neste caso, recomenda-se:

  • Repouso,
  • Evitar esforço físico e
  • Evitar relações sexual.
  • Se a dor persistir é importante consultar o urologista para avaliar a região da cirurgia.
9. Hérnia inguinal

A hérnia inguinal se caracteriza pela saída de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. É mais comum em homens e pode se estender pela virilha e entrar no escroto.

Sintomas: as hérnias provocam uma protuberância na virilha ou no escroto que, inicialmente, não causam dor. Entretanto, a dor pode ocorrer de forma moderada no pé da barriga ou escroto na medida em que a pessoa se movimenta ou faz esforço físico.

Como tratar?

O tratamento da hérnia inguinal é feito com cirurgia. É importante que a hérnia seja avaliada o mais rapidamente possível por um cirurgião para evitar complicações com estrangulamento da hérnia e morte de parte do intestino.

10. Síndrome da dor pélvica

A síndrome da dor pélvica só ocorre em homens e é a dor, pressão ou desconforto localizada no baixo ventre, períneo, genitais que apresenta duração de mais de 3 meses. É também chamada de prostatite crônica não bacteriana, devido à longa duração da dor e pelo fato de não ser causada por bactérias.

Sintomas: dor no pé da barriga, pênis, testículos e região do períneo, dor ao urinar e ejacular, disfunção erétil, fluxo urinário lento e aumento da frequência urinária. Alguns pacientes também podem apresentar dores musculares e nas articulações e fadiga sem causa aparente.

Como tratar?

O tratamento da síndrome da dor pélvica é feito com base na avaliação, principalmente, da dor e da disfunção sexual. Além disso é indicado:

  • Aplicar compressas mornas na região genital,
  • Praticar exercícios de baixo impacto como natação e caminhadas,
  • Alimentar-se de forma saudável e equilibrada e
  • Usar medicamentos para dor neuropática (antidepressivos, opioides), antibióticos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, de acordo com a indicação médica.
Quando devo me preocupar?

Alguns sintomas são sinais de alerta para que você busque rapidamente um serviço de saúde. Estes sintomas indicam situações que necessitam de intervenção rápida e incluem:

  • Dor intensa e de início súbito, principalmente, se afetar um ou ambos os testículos,
  • Inchaço (edema) nos testículos e/ou pênis,
  • Presença de sangue no sêmen ou urina,
  • Dor ao ejacular e
  • Dor durante ou depois do ato sexual.

Ao perceber estes sintomas procure uma emergência hospitalar o mais rápido possível. Os profissionais mais indicados para tratar estas doenças são o proctologista, urologista ou cirurgião geral.

Lembre-se que alguns destes problemas são causados por infecções sexualmente transmissíveis e podem ser evitados com o uso de camisinha.

Se você quer saber mais sobre dor no pé da barriga, leia

Dor incômoda no pé na barriga e vontade de urinar: o que pode ser?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

  • Bigan, T.; Wilson, N.; Bindler, R.; Daratha, K. Examining Risk for Persistent Pain among Adults with Overweight Status. Pain Management Nursing, 19(5): 549-556, 2018.
  • Federação Brasileira de Urologia
  • Kamboj, A.K.; Hoversten, P.; Oxentenko, A.S. Chronic Abdominal Wall Pain: A Common Yet Overlooked Etiology of Chronic Abdominal Pain. Mayo Clinic Proceedings, 94(1): 139-144, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Proctologia