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Altura da pessoa só depende da genética?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A altura de uma pessoa depende da sua herança genética, mas pode sofrer interferência de outros fatores que impedem o crescimento adequado.

Alguns distúrbios que podem interferir no crescimento são:

  • doenças crônicas, como asma, insuficiência renal e hepática,
  • doenças ósseas,
  • desnutrição,
  • doenças endocrinológicas, como deficiência do hormônio do crescimento (GH), hipotiroidismo, diabetes e doença de Cushing,
  • síndromes genéticas, como síndrome de Turner e Prader-Willi.

A altura final que uma pessoa poderá atingir depende das suas características genéticas, que são herdadas dos pais. Porém, nem sempre filhos de pais de estatura elevada serão altos, pois fatores ambientais e sócio-econômicos, como a desnutrição proteico-calórica (deficiência de proteínas e calorias), podem interferir negativamente no crescimento, fazendo com que crianças que tenham uma carga genética favorável para atingir uma estatura elevada, não consigam atingi-la, por causa da falta de alimentos. No outro extremo, embora seja menos frequente, pais com estatura baixa podem ter filhos com estatura elevada, desde que estes filhos tenham condições sócio-econômicas favoráveis, que permitam uma nutrição adequada e o acesso aos cuidados de saúde durante a infância que previnam doenças crônicas, como diarreias ou asma, permitindo que essas crianças atinjam o máximo do seu potencial de crescimento.

O pediatra e o endocrinologista são os médicos indicados para avaliar os distúrbios do crescimento.

Homem pode tomar cabergolina?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A cabergolina pode ser usada em homens, especialmente para tratar os seguintes problemas de saúde:

  • Hiperprolactinemia (nível alto de prolactina no sangue);
  • Síndrome de Cushing.

Uma das causas para o aumento da prolactina é o tumor da hipófise (adenoma hipofisário). O tumor tem células que produzem principalmente prolactina e, por isso, o nível do hormônio fica aumentado no sangue. A cabergolina é um dos medicamentos que pode ser indicado para tratar esse problema.

A cabergolina só é indicada para tratar a Síndrome de Cushing quando ela é causada por um tumor hipofisário. Isso porque o medicamento diminui a capacidade do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) de estimular a produção de cortisol pelas glândulas adrenais.

Sempre que for possível, o tratamento com cabergolina deve ser evitado em pessoas com doenças cardiovasculares, úlcera, hemorragias gastrointestinais ou distúrbios mentais. Nesses casos, quando ela for realmente necessária, é indicado um acompanhamento médico mais cuidadoso ao usar a cabergolina.

Leia também:

Referências:

Cabergolina. Bula do medicamento

Grossman AB. Síndrome de Cushing. Manual MSD

Carmichael JD. Prolactinoma. Manual MSD

Quais os sintomas da insuficiência adrenal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas da insuficiência adrenal são variados e dependem da causa e do tempo de doença. Pode ser dividida em insuficiência adrenal Primária ou Secundária, além de aguda ou crônica.

Geralmente os sintomas são inespecíficos, como fraqueza, cansaço e falta de apetite. Na insuficiência adrenal primária, um dos sinais característicos é a presença de manchas escuras na pele, especialmente em regiões expostas como o rosto, e dobras, como nas axilas. A essa pele escurecida, chamamos de hiperpigmentação.

Quanto ao tempo de doença, aguda ou crônica, na forma aguda também conhecida por "crise adrenal", os sintomas são mais graves e com maior risco de complicações para a saúde, incluindo o risco de óbito.

Sintomas da Insuficiência adrenal
  • Náuseas, vômitos
  • Dor abdominal (por vezes intensa)
  • Falta de apetite
  • Perda de peso
  • Pressão baixa
  • Glicose baixa
  • Sinais de desidratação (boca seca, muita sede, pele ressecada)
  • Amenorreia (alterações no ciclo menstrual)
  • Avidez por comida salgada
  • Redução de pelos, nas mulheres
  • Sintomas psiquiátricos e confusão (nos casos mais avançados)
  • Hiperpigmentação cutâneo-mucosa (sinal clássico de áreas com escurecimento da pele, porém apenas na insuficiência adrenal primária)

Os sintomas gastrointestinais costumam ser a primeira manifestação na doença. Por vezes a dor abdominal é tão intensa que sugere quadro de abdome agudo, ou seja, urgência médica cirúrgica.

Outro sintoma bastante comum, o desejo voraz por alimentos salgados, ocorre devido a pouca concentração de sal (sódio) no plasma decorrente da doença, uma forma de compensação desenvolvida pelo próprio organismo.

Também pode haver perda do desejo sexual e perda de pelos na região genital e nas axilas.

Insuficiência adrenal aguda

Os sintomas da insuficiência adrenal geralmente começam a se manifestar gradualmente. Contudo, situações de estresse, presença de infecção, traumatismos e procedimentos cirúrgicos podem causar uma crise aguda de insuficiência adrenal que pode levar à morte se não for devidamente tratada.

Nesses casos, além dos sintomas acima descritos estão presentes também febre alta, dor abdominal intensa, depressão, confusão mental, hipotensão grave e refratária.

Insuficiência adrenal crônica

Casos crônicos ou graves de insuficiência adrenal podem causar anda dores musculares e articulares, depressão, delírios, perda de memória e psicose.

Os sinais e sintomas da insuficiência adrenal podem ser discretos e variados. As manifestações são decorrentes da pouca produção de glicocorticoides ou mineralocorticoides e ainda da própria doença que originou a insuficiência adrenal.

Sem tratamento, a insuficiência adrenal pode ser fatal, sobretudo nos casos agudos.

O que é Doença de Addison?

A doença de Addison é a uma das formas mais comuns de insuficiência adrenal primária, onde a baixa produção de cortisol e aldosterona, levam aos sintomas de fraqueza, fadiga e pressão baixa.

Com a evolução da doença ou mediante uma situação de estresse, como pós-operatório ou infecção, os sintomas se agravam, podendo haver queda importante do sódio e da pressão arterial, com risco de morte se não tratado rapidamente.

Na presença dos sintomas relatados é importante que procure o quanto antes um médico de família, clínico geral ou um endocrinologista na presença desses sintomas.

Saiba mais em:

LDL e HDL altos ou baixos: o que significa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol LDL alto significa maior risco de doenças cardiovasculares, como o infarto e o derrame cerebral. O LDL baixo, também não é adequado, porque participa de funções essenciais do organismo.

O HDL alto representa um fator de proteção para o organismo, enquanto o HDL baixo, aumenta o risco de doenças vasculares, já que uma das suas funções é retirar da parede das artérias, as placas de gordura.

Quais os valores normais de LDL e HDL?

Os valores de referência variam de acordo com alguns critérios. Para homens é um pouco diferente dos valores para as mulheres, variam com a idade e principalmente, com a quantidade de fatores de risco que a pessoa apresente.

Quanto mais risco, menor deve ser o valor do colesterol ruim. Mas, em geral, podemos dizer que os valores adotados como adequados, mundialmente, são:

Valores normais de LDL e HDL
LDL HDL
ótimo abaixo de 100 mg/dl acima de 40 ou 50 mg/dl
normal 101 - 130 mg/dl 41 - 60 mg/dl
alto 130 - 190 mg/dl acima de 60 mg/dl
muito alto acima de 190 mg/dl acima de 60 mg/dl
O que é LDL e HDL?

O LDL e HDL são tipos de colesterol que recebem o nome de acordo com a lipoproteina que o carreia pelo sangue. Por ser uma substância gordurosa, o colesterol não consegue transitar sem a ajuda dessas lipoproteínas pela circulação sanguínea.

Produzidas no fígado, as lipoproteínas são classificadas de acordo com a sua densidade, em:

  • Lipoproteínas de baixa densidade - LDL
  • Lipoproteínas de alta densidade - HDL
  • Lipoproteínas de muito baixa densidade - VLDL
  • Lipoproteínas de densidade intermediária - IDL

As proteínas mais leves (LDL ou VLDL), conseguem se depositar mais facilmente nas artérias. A proteína de maior peso (HDL), além de não se depositar, quando passa pela artéria, carrega aquelas placas aderidas na parede, e leva até o fígado para ser eliminada.

Por isso o LDL e VLDL são considerados os tipos de colesterol ruim, com maior propensão a se acumular dentro da artéria e causar as placas de gordura que impedem o fluxo normal de sangue. O HDL, considerado o "bom colesterol", limpa as artérias quando passa.

O que é colesterol não-HDL?

O colesterol não-HDL é a soma de colesterol ruim, aquelas frações que não são o HDL.

Os exames de sangue que avaliam o colesterol, podem descrever apenas como HDL e Não-HDL (LDL + VLDL + IDL). O valor de colesterol não-HDL considerado ótimo é abaixo de 130.

O mais importante é saber que os valores de colesterol não-HDL, ou colesterol ruim, acima dos valores normais, são prejudiciais à saúde. Aumentam o risco de doenças cardiovasculares que representam a principal causa de morte súbita na população, o infarto do coração e o derrame cerebral (AVC).

Por isso é fundamental cuidar da saúde, adotar estilos de vida saudáveis e realizar o check-up com exames de rotina, pelo menos uma vez por ano, ou menos, de acordo com o que o seu médico da família orientar.

Como reduzir as taxas de LDL e aumentar as taxas de HDL?

Adotando medidas adequadas de alimentação, atividade física regular, hábitos de vida saudável, como não fumar, não beber e tomar regularmente as suas medicações, é possível reduzir as taxas de LDL e aumentar o HDL.

Sempre que possível, mantenha acompanhamento com os profissionais da área, nutricionista, nutrólogo, e educador físico. As tarefas bem orientadas por esses profissionais, tornam a atividade mais prazerosa e os resultados são mais eficazes

Algumas dicas para ajudar na redução de colesterol ruim e aumentar o colesterol bom:

  • Adotar um plano alimentar pobre em açúcares e gorduras;
  • Aumentar o consumo de vegetais e frutas;
  • Trocar cereais refinados por cereais integrais;
  • Reduzir o consumo de carne vermelha e aumentar o consumo de peixes e carnes brancas sem a pele e retirando a gordura visível;
  • Ingerir oleaginosas, sementes e leguminosas;
  • Evitar uso de óleo e manteiga trocando-os, sempre que possível, por azeite ou óleos vegetais em pouca quantidade;
  • Praticar atividade física, pelo menos, 4 vezes por semana;
  • Evitar hábitos como: fumar, consumir bebida alcoólica em excesso, sedentarismo.

O hábito de fumar cigarro, reduz o HDL e aumenta o LDL, aumentando diretamente o risco de doenças cardiovasculares.

O uso de medicamentos para regular as taxas de colesterol deve ser efetuado sob orientação médica após consulta e avaliação de exames laboratoriais e/ou de imagem.

Referências:

  • SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia
O que é adrenalina e quais os seus efeitos no nosso corpo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A adrenalina ou epinefrina é um hormônio produzido por glândulas localizadas sobre os rins (glândulas suprarrenais), responsáveis por preparar o corpo para reagir em situações de euforia, medo ou estresse emocional.

Este hormônio tem concentração muito baixa no sangue em condições normais, porém quando sentimos excitação, medo ou sensação de perigo, é secretado em maior quantidade no sangue para que o nosso corpo se prepare para correr, pular ou efetuar movimentos que exigem reflexos rápidos.

Efeitos da adrenalina

Em momentos de grande empolgação ou em situações de luta ou fuga do perigo, real ou imaginário, a adrenalina é secretada em maior quantidade e produz no corpo diversos efeitos:

  • Estimula o coração aumentando a frequência cardíaca;
  • Aumenta o fluxo sanguíneo para a musculatura;
  • Amplia o estado de atenção do cérebro, o que provoca reações mais rápidas e estimulam a memória;
  • Acelera a frequência respiratória;
  • Aumenta a pressão arterial;
  • Nos pulmões, provoca a abertura dos brônquios;
  • Promove a dilatação das pupilas, o que facilita a visão quando nos encontramos em locais escuros;
  • Aumenta a concentração de glicose no sangue pela transformação do glicogênio e gordura em açúcar;
  • Produz energia extra por meio do aumento da glicemia (açúcar no sangue);
  • Inibe a atividade digestiva e excretora para economizar energia;
  • Aumenta a sudorese (suor).
O que estimula a produção de adrenalina?

A produção de adrenalina é estimulada quando passamos por situações que demandam respostas rápidas tanto do nosso cérebro, como do nosso corpo.

Prática de esportes

Praticar esportes, especialmente os esportes radicais, como voo livre, rapel, salto de paraquedas e escalada aumentam os níveis de adrenalina no sangue.

Lembre-se que a alta concentração de adrenalina na corrente sanguínea aumenta a pressão arterial, o que se constitui em um risco para quem tem problemas cardíacos. Por este motivo, antes de iniciar a prática de qualquer esporte radical efetue exames médicos que avaliem a saúde do seu coração.

Momentos importantes da vida e vivência de emoções fortes

Situações que podem acarretar mudança na sua vida, como a realização de um concurso, provas em geral, entrevistas ou momentos nos quais você será avaliado, provocam no corpo o aumento da excreção de adrenalina.

Do mesmo modo, a vivência de emoções fortes como alegria intensa, excitação, ansiedade e raiva também fazem com que seja aumentada a produção de adrenalina pelo organismo.

Medo, perigo e estresse

Diante de ocasiões que nos causam medo, sensação de perigo iminente, preocupação e estresse intensos com situações que possam vir a acontecer, somos colocados em estado de luta ou fuga, para enfrentar tais situações, pela ação da adrenalina. Estes estados – luta ou fuga – são desencadeados exatamente pelo aumento da quantidade de adrenalina lançados na nossa corrente sanguínea.

Redução da glicemia

A redução dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) aumenta a produção de adrenalina para que ocorra a transformação de gorduras e glicogênio em glicose.

Adrenalina e estresse

Pessoas que vivem sob estresse constante mantém elevadas as concentrações de adrenalina no sangue, uma vez que seu corpo e seu cérebro se encontram sempre em estado de alerta.

Este estado permanente de atenção e de ativação dos mecanismos de reação rápida do corpo trazem diversos riscos para a saúde. Entre eles estão: doenças cardiovasculares, pressão alta, arritmias cardíacas, desenvolvimento de distúrbios hormonais, neurológicos, psiquiátricos e auto-imunes.

Neste caso, busque realizar atividades que auxiliam no relaxamento e na redução do estresse. Você pode praticar atividade física em academias ou ao ar livre, fazer yoga, meditação, dança ou qualquer atividade que ajude a mediar o estresse diário. Se necessário, não tenha vergonha de procurar atendimento psicológico ou psiquiátrico. Estes profissionais podem ser muito importantes quando estamos submetidos a situação de estresse elevado.

Adrenalina pode ser usada como medicamento?

Sim. A adrenalina pode ser usada em sua forma sintética como medicamento. Entretanto, o uso da adrenalina sintética é efetuado somente em ambiente hospitalar e não é encontrado para compra livre em farmácias.

O medicamento é indicado em casos de:

  • Asma grave;
  • Parada cardiorrespiratória: como estimulante do coração e vasoconstritor (provoca a contração dos vasos sanguíneos);
  • Reações alérgicas graves (reações anafiláticas);
  • Redução intensa da pressão arterial.

Para mais informações sobre a ação da adrenalina no organismo, converse com seu médico de família ou clínico geral.

O que pode deixar o corpo quente, mas sem febre?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Alguns fatores que podem dar a sensação de que o corpo está quente sem que se tenha febre são:

  • Alterações hormonais, como as que acontecem na menopausa;
  • Prática de exercício físico intenso;
  • Calor externo extremo;
  • Uso de drogas, como cocaína;
  • Uso de roupas muito quentes / que conservam o calor.

Nosso corpo tem mecanismos para manter a temperatura adequada ao seu funcionamento, independente da temperatura ambiente. Quando existem fatores que alteram essa regulação, o corpo fica muito quente e vem a sensação de exaustão, causando grande desconforto.

Se a sensação de corpo quente persistir, trouxer desconforto ou não for possível identificar a causa, procure um médico de família ou clínico geral.

Leia mais sobre assuntos relacionados a esse em:

Referências:

Kronenberg F. Menopausal hot flashes: Randomness or rhythmicity. Chaos. 1991; 1(3): 271-8.

Cheung SS. Interconnections between thermal perception and exercise capacity in the heat. Scand J Med Sci Sports. . 2010; ;20 (Suppl 3): 53-9.

Gallagher Jr M, Robertson RJ, Goss FL, Nagle-Stilley EF, Schafer MA, Suyama J, Hostler D. Development of a perceptual hyperthermia index to evaluate heat strain during treadmill exercise. Eur J Appl Physiol. 2012; 112(6): 2025-34.

Crandall CG, Vongpatanasin W, Victor RG. Mechanism of cocaine-induced hyperthermia in humans. Ann Intern Med. 2002; 136(11): 785-91.

Auriculoterapia: o que é, para que serve e quais os benefícios?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Auriculoterapia ou acupuntura auricular é uma técnica terapêutica que considera a orelha como um microssistema em que cada um de seus pontos representa um órgão ou região corporal. É empregada no tratamento de várias enfermidades.

É uma prática integrativa e complementar que pode ser desenvolvida por profissionais de saúde especializados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A auriculoterapia não deve substituir medicamentos ou outros tratamentos convencionais indicados para o tratamento da disfunção de saúde que você apresenta.

Auriculoterapia com agulhas filiformes. Indicações e benefícios do tratamento com auriculoterapia

A auriculoterapia é indicada no tratamento de enfermidades dolorosas, inflamatórias, endocrinometabólicas, geniturinárias e doenças crônicas. Além destas, estudos realizados demonstram que a auriculoterapia também tem se mostrado eficaz na melhora de diversos quadros psicoemocionais. Dentre os benefícios podemos citar:

  • Redução do estresse;
  • Melhoria dos transtornos generalizados de ansiedade;
  • Tratamento de enxaquecas;
  • Melhora de quadros depressivos;
  • Diminuição da dor em casos de fibromialgia;
  • Redução de lombalgias (dores em região lombar);
  • Tratamento da obesidade;
  • Tratamento de contraturas musculares.
Como funciona a auriculoterapia

Para a auriculoterapia, o pavilhão auricular se relaciona com todas as partes do corpo humano onde se localizam pontos específicos para estimulação neural e tratamento de diversas doenças.

Antes de realizar tratamento com auriculoterapia você passará por uma consulta na qual o terapeuta especializado buscará compreender os sinais e sintomas que você apresenta e identificará os órgãos corporais afetados.

A partir da consulta, o profissional especializado definirá os pontos mais indicados para estimulação neural e fará pressão sobre estes pontos. Para isto, pode utilizar:

  • Agulhas filiformes: estas agulhas são aplicadas sobre os pontos correspondentes das regiões corporais afetadas por um intervalo de 10 a 30 minutos.
  • Agulhas intradérmicas: esses dispositivos são inseridos debaixo da pele e deve, permanecer na orelha por cerca de 7 dias.
  • Esferas magnéticas: as esperas são colocadas nos pontos auriculares por 5 dias, em média.
  • Sementes de mostarda: as sementes de mostarda, aquecidas ou não, são posicionadas sobre a pele por 5 dias.

A auriculoterapia é um tratamento adicional que pode auxiliar na melhora do quadro clínico apresentado e na prevenção de doenças.

Pontos auriculares

Os pontos auriculares correspondem a áreas específicas na superfície da orelha que refletem todas as partes do corpo humano, o que propicia a realização do diagnóstico e tratamento de doenças a partir da intervenção clínica nestes pontos específicos.

O conhecimento da localização e da função destes pontos é de fundamental importância para o profissional que atua na área de auriculoterapia. É preciso, portanto, que este profissional seja especializado na área.

O mapa da Medicina Tradicional Chinesa, base da auriculoterapia, preconiza a distribuição dos pontos auriculares de acordo com a anatomia da orelha. Um estudo estabeleceu ainda a correlação entre a orelha e o feto na posição invertida. Por analogia, o lóbulo da orelha representa a cabeça do feto em posição intrauterina.

Vantagens da auriculoterapia

Algumas vantagens podem ser apontadas quanto ao uso da auriculoterapia:

  • Técnica pouco invasiva
  • Segura
  • Aplicação simples
  • Baixo custo econômico

A prática da auriculoterapia ou acupuntura auricular foi aprovada, a partir de 2006, pela Portaria nº 971. Esta portaria aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde.

A auriculoterapia pode ser empregada como terapia coadjuvante de diversas doenças. Medicamentos e demais tratamentos convencionais não devem ser suspensos ou substituídos pela auriculoterapia.

Busque sempre um profissional especializado em auriculoterapia para realizar, acompanhar e avaliar o seu tratamento.

Colesterol total alto significa que o colesterol HDL e LDL estão altos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Na verdade o aumento do colesterol total pode ser resultado da elevação de qualquer fração de colesterol.

O colesterol total é representado pela soma das quatro frações de colesterol no sangue, que são: LDL, VLDL, IDL e HDL. Quando está relacionado ao LDL (colesterol ruim), significa um risco aumentado para doenças cardiovasculares, como o infarto do coração e o derrame.

No entanto, quando o colesterol total está alto às custas do HDL, o colesterol bom, passa a ser um fator de proteção para o organismo, significa um bom resultado. Por isso, o mais importante é avaliar os valores separadamente.

O que causa colesterol alto?

Para muitas pessoas, o colesterol alto está relacionado com um estilo de vida pouco saudável. Isso inclui ter dieta rica em gordura, estar acima do peso e falta de exercício físico. Embora sejam os fatores mais comuns, outros problemas de saúde também podem causar esse aumento, como, por exemplo:

  • Diabetes;
  • Doença renal;
  • Síndrome do ovário policístico;
  • Gravidez e condições que aumentam os níveis hormonais femininos;
  • Hipotireoidismo;
  • Medicamentos, como alguns contraceptivos, diuréticos, betabloqueadores e alguns medicamentos usados para tratar a depressão.
  • Doenças genéticas (Hiperlipidemia familiar combinada, Hipercolesterolemia familiar, Hipertrigliceridemia familiar).
O que é colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura encontrada em todas as células do corpo. Grande parte do colesterol do nosso corpo é produzido pelo fígado, ou absorvidos por alimentos que consumimos, como as carnes e laticínios.

A gordura é essencial para diferentes funções do organismo, como a formação dos hormônios, vitamina D, membranas celulares e formação de sais biliares.

O que é colesterol LDL?

O colesterol LDL é conhecido como colesterol ruim porque se acumula dentro das artérias, formando placas de gordura, interrompendo a circulação sanguínea. Com isso, aumenta o risco de tromboses, doenças vasculares, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o AVC (acidente vascular cerebral).

O que é colesterol VLDL e IDL?

Embora menos conhecidos, o VLDL e o IDL também são tipos de colesterol considerados “ruins”, pois pode se depositar na parede das artérias se estiver com um valor alto.

O que é colesterol HDL?

O colesterol HDL é chamado de colesterol bom porque não se acumula na parede das artérias e ainda ajuda a eliminar o colesterol ruim (LDL) do sangue.

Quais são os valores de referência do colesterol?

Os valores normais de colesterol variam um pouco de acordo a idade e também entre homens e mulheres.

Pessoas com até 19 anos de idade
Tipo de colesterol Valores de referência
Colesterol total Menos de 170 mg/dL
LDL Menos de 100 mg/dL
HDL Mais de 45 mg/dL
Homens a partir dos 20 anos
Tipo de colesterol Valores de referência
Colesterol total 125 a 200 mg/dL
LDL Menos de 100 mg/dL
HDL 40 mg/dL ou mais
Mulheres a partir dos 20 anos
Tipo de colesterol Valores de referência
Colesterol total 125 a 200 mg/dL
LDL Menos de 100 mg/dL
HDL 50 mg/dL ou superior
Como baixar o colesterol total?

Para baixar o colesterol total alto, são recomendadas: mudanças no estilo de vida, que incluem dieta adequada, perda de peso, prática de atividade física, não fumar e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. Quando essas medidas não são suficientes para baixar o colesterol, é necessário tomar medicamentos.

1. Dieta

A gordura saturada e o colesterol dos alimentos aumentam o nível de colesterol total no sangue. A gordura saturada é a principal culpada, mas o colesterol dos alimentos também são importantes.

Diminuir a quantidade de gorduras saturadas na dieta ajuda a reduzir o nível de colesterol. Os alimentos que apresentam altos níveis de gorduras saturadas incluem algumas carnes, laticínios, chocolate, produtos de panificação e alimentos processados e fritos.

2. Perda de peso

O excesso de peso aumenta o colesterol total. Perder peso pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL), colesterol total e triglicerídeos. Também ajuda a aumentar o colesterol bom (HDL).

3. Prática regular de atividade física

A atividade física regular pode ajudar a diminuir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL). Também ajuda a perder peso. Para baixar o colesterol, recomenda-se praticar pelo menos 30 minutos de exercícios, no mínimo 4 vezes por semana.

4. Evitar cigarro e bebidas alcoólicas

Fumar não aumenta o colesterol, mas contribui para a redução do colesterol bom (HDL), que ajuda a eliminar o colesterol ruim das artérias. Assim como o consumo de bebidas alcoólicas. Portanto, é importante evitar ou se possível, interromper completamente esses hábitos ruins.

5. Medicamentos

Se as mudanças no estilo de vida, por si só, não forem capazes de baixar o colesterol total, a pessoa pode precisar tomar medicamentos. Existem vários tipos de medicamentos disponíveis para baixar o colesterol, incluindo as estatinas.

Vale ressaltar que ao tomar medicações para baixar o colesterol, a pessoa deve continuar com as mudanças no estilo de vida.

O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável por interpretar os valores de colesterol apresentados no resultado, e oferecer as orientações e tratamento adequados.

Conheça também alguns alimentos que podem ajudar a reduzir o colesterol no artigo: 10 alimentos que vão ajudar a baixar o colesterol

Referência:

  • Sociedade Brasileira de Cardiologia.
  • AHA - American Heart Association.