Piroxicam é um anti-inflamatório não esteroide (AINE), que pode desempenhar ação anti-inflamatória e/ou analgésica no tratamento de diversos quadros clínicos como: artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações), distúrbios ósseos e musculares agudos, osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa), gota aguda, espondilite anquilosante (inflamação crônica na coluna vertebral que provoca rigidez), dor pós-operatória e pós-traumática e cólica menstrual em meninas e mulheres com mais de 12 anos (dismenorreia primária).
Além destas indicações, o piroxicam tem também atividade antipirética (reduz a febre).
Como tomar piroxicamO piroxicam é apresentado em cápsulas de 20 mg e deve ser ingerido inteiro com líquido.
A dosagem de medicamento deve ser obedecida de acordo com a recomendação médica para cada indicação do remédio. A dose diária varia de acordo com o quadro clínico apresentado pelo/a paciente.
Em condições de inflamação ou dor aguda, o tratamento não deve exceder 14 dias.
Os efeitos colaterais podem ser reduzidos ao se utilizar a menor dose eficaz por um período menor de tratamento.
Contraindicações de piroxicamPiroxicam é contraindicado em casos de:
- Alergia ao piroxicam e/ou componentes da fórmula;
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
- Crianças menores de 12 anos;
- Pessoas com história de úlcera, sangramento ou perfuração gastrointestinais;
- Pacientes com úlcera péptica ativa ou hemorragia gastrintestinal;
- Pessoas que desenvolveram asma, pólipo nasal, angioedema ou urticária induzidas pelo uso de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides;
- Dor durante o peri-operatório de cirurgia para revascularização do miocárdio;
- Portadores de insuficiência renal e hepática grave;
- Pacientes com insuficiência cardíaca grave.
O medicamento é, de forma geral, bem tolerado. Os efeitos colaterais mais comuns são:
- Náuseas;
- Vômitos.
As reações adversas mais raras são:
- Anafilaxia (reação alérgica grave);
- Anorexia (falta de apetite);
- Hiperglicemia (aumento do nível de glicose no sangue);
- Hipoglicemia (redução da concentração de glicose no sangue);
- Retenção de líquidos;
- Insônia;
- Confusão mental;
- Alterações de humor;
- Irritação;
- Tontura;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Vertigem;
- Visão turva;
- Edema nos olhos.
Piroxicam deve ser utilizado com cautela nos casos de:
- Pessoas idosas;
- Portadores de doenças cardiovasculares;
- Hipertensão (pressão alta);
- Condições que predisponham à retenção de líquidos como comprometimento da função cardíaca;
- Pessoas com insuficiência hepática, Insuficiência Cardíaca Congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica;
- Doença renal.
Não utilize piroxicam sem orientação médica.
Ascite é o acúmulo anormal de líquido dentro do abdome.
Pode ocorrer por diversas causas, como cirrose hepática (fibrose do fígado), esquistossomose (doença infecciosa conhecida popularmente como barriga d'água), tumores no ovário ou no peritônio (membrana que envolve o abdome) e insuficiência cardíaca e/ou renal.
O sintoma mais característico da ascite é o aumento anormal e progressivo do volume abdominal. Outro sintoma pode ser dor no abdome.
Além disso, outros sintomas como icterícia, perda de pelos, inchaço generalizado, aumento das veias do pescoço, antecedente de câncer, hepatite ou perda de peso devem ser pesquisados e podem ser pistas para se descobrir a causa da ascite.
Os tratamentos para a ascite podem ser diversos, e têm o objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade abdominal e controlar sua produção e extravasamento. Incluem o uso de diuréticos, a restrição de sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de albumina.
Saiba mais em: Ascite tem cura? Como é o tratamento?
No caso de suspeita de ascite, deve-se procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigação da causa e tratamento associado.
A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.
Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.
Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.
Como saber se a dor no peito é infarto?Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:
- Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
- Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
- Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
- A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
- Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.
Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.
Tipos de dores no peitoNa avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.
Tipos de dor | O que pode ser? |
Dor no peito à esquerda |
Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases. |
Dor no meio do peito | Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases. |
Dor no peito à direita | Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases. |
Dor no peito que piora com a respiração profunda | Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite. |
A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).
A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.
Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.
No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.
2. EndocarditeA endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.
Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.
O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.
3. PericarditeA pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).
Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).
O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.
4. Derrame pericárdicoO derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.
O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.
5. Dissecção de aortaA dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.
Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.
Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.
O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.
6. PneumoniaA pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.
O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.
7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.
A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.
Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.
8. PneumotóraxO pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.
O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.
9. Derrame pleuralO derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.
A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.
O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.
10. TraumaNo trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.
No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.
11. Tuberculose pulmonarA tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.
A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.
O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.
12. Embolia pulmonarA embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.
É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.
O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.
13. Excesso de gasesOs sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.
As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.
Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.
Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.
14. Refluxo gástrico / aziaA doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.
Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.
Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.
O refluxo é popularmente conhecido por azia.
Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.
O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.
15. Espasmo esofagianoOs distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.
O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.
O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.
16. Tumor de esôfagoNos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.
Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.
Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.
17. GastriteA gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.
A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.
A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.
O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.
Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos
18. Hérnia de hiatoA hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.
O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.
19. Pedras na vesículaA vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.
No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.
Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.
O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.
O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.
20. Crises de ansiedadeA dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.
Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.
No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".
No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.
21. Dor muscularA dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.
A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.
O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.
Quando deve procurar uma emergência / urgência?Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:
- A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
- A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
- A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
- É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
- Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
- História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
- Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
- A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.
Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.
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A disúria é um sintoma caracterizado por dor, ardência ou desconforto ao urinar. É comum acontecer em pessoas sexualmente ativas, sendo mais frequente em mulheres.
Geralmente está relacionado a infeções da via urinária, mas pode ser originada por outras causas como deficiência hormonal, ou fatores psicológicos.
O tratamento deverá ser baseado na causa do problema, conforme detalhamos a seguir.
Sistema Urinário: rins ureter direito e ureter esquerdo (ligam os rins à bexiga) e bexiga. Quais as causas da disúria?As causas mais frequentes de disúria são:
- Cistite (infecção de bexiga);
- Uretrite (infecção da uretra);
- Pielonefrite (infecção dos rins);
- Prostatite (infecção da próstata);
- Infeções sexualmente transmissíveis que acometem a uretra, vagina, pênis, bexiga e ou próstata;
- Deficiência hormonal, por exemplo na menopausa devido a diminuição de estrogênio e ressecamento da mucosa da vagina, pode haver incômodo e ardência local;
- Fatores psicológicos, como a crise de ansiedade e estresse, podem causar sintomas urinários, como urgência urinário e ardor.
Para encontrar a causa da disúria, o/a médico/a investigará a sua história clínica. Serão perguntados aspectos relacionados ao estado de saúde e sintomas detalhados dessa queixa.
O exame físico, que deve incluir a avaliação do abdome, dos órgãos genitais externos e, no caso da mulheres, pode ainda haver a necessidade de um exame ginecológico para algumas situações. É importante informar se houver secreção vaginal ou peniana e descrever o seu aspecto e características identificadas.
Exames laboratoriais como o exame de urina e a urocultura podem complementar essa investigação, pois determinam a presença ou ausência de bactérias na urina. Na suspeita de outras doenças associadas, poderá ser solicitado ainda exames de imagem, como ultrassonografia da via urinária e renal.
Os exames complementares serão solicitados de acordo com a sua história clínica, exame físico e hipóteses diagnósticas.
Como tratar a disúria?O tratamento da disúria, quando identificada a infecção, se baseia no uso de antibióticos orais. Quando a infecção já atinge a via urinária alta, ureteres e rim, é necessário internação hospitalar e antibioticoterapia venosa. Quando não há infecção, é indicado apenas antissépticos de via urinária.
Se o motivo da ardência for ressecamento da mucosa vaginal, ou questões psicológicas, o tratamento pode ser a base de cremes ou pomadas lubrificantes e orientações gerais.
E por fim, quando a disúria for secundária a doenças sexualmente transmissíveis (DST), o tratamento será específico para cada tipo de DST. O médico da família, urologista (no caso dos homens) ou ginecologista (no caso das mulheres), deverá identificar e prescrever a medicação adequada.
Como prevenir a disúria?Para prevenir a disúria, é necessário prevenir as infeções urinárias e sexualmente transmissíveis. Algumas recomendações podem ajudar nessa prevenção:
- Beber muito líquido diariamente, especialmente água;
- Urinar sempre que tiver vontade, evitando "prender a urina";
- Urinar antes de dormir e após as relações sexuais;
- Realizar uma boa higiene genital;
- Praticar relações sexuais protegidas para evitar infeções sexualmente transmissíveis (uso de preservativo masculino ou feminino).
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Infecção urinária no homem: quais os sintomas e como é o tratamento?
A dor na barriga do lado direito é uma queixa bastante frequente e na maioria das vezes está relacionada a situações simples, como o excesso de gases ou prisão de ventre.
No entanto, algumas vezes pode representar um problema mais grave como uma hepatite, apendicite ou um tumor.
Sendo assim, é importante ter atenção aos sintomas, e se a dor piorar ou vir associada a outros sintomas como febre alta, vômitos ou perda de peso, o ideal é que procure um clínico geral ou gastroenterologista para avaliação médica.
O que causa dor do lado direito da barriga?As causas mais relacionadas à dor na barriga no lado direito são:
- Gases: Dor de intensidade variada, do tipo cólicas (dor que vai e vem), ou do tipo pontadas, associada a "barulhos" na barriga e história de má alimentação;
- Prisão de ventre: Dor tipo cólica, mais localizada, inchaço na barriga, dificuldade de evacuar, com ou sem massa palpável na barriga (fezes endurecidas);
- Hepatite aguda: Dor forte do lado direito do abdome, próximo das costelas, associado a náuseas, vômitos, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
- Pedras na vesícula (Colecistite ou colelitíase): Dor tipo cólica, de forte intensidade, do lado direito da barriga, associada a náuseas e vômitos, que piora após uma alimentação gordurosa;
- Apendicite aguda: Dor na barriga, que pode ter início no umbigo e mais leve, que depois se mantém fixa na região mais baixa da barriga, à direita, associada a febre, náuseas e vômitos;
- Endometriose: Dor na barriga, que pode se localizar em diversas regiões, não só a direita, associada ao ciclo menstrual, quando os hormônios agem para a realização da ovulação;
- Gravidez ectópica à direita - Mulher em idade reprodutiva como dor intensa no baixo ventre, apenas de um lado (direito ou esquerdo), suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos, com história de atraso menstrual, sugere a gravidez nas trompas;
- Tumor - Dor localizada, febre baixa e perda de peso. Os tumores em geral, são doenças silenciosas, que quando desenvolvem sintomas já estão em estágios avançados, dificultando um tratamento adequado.
Além destas, situações como cólicas menstruais, infecção urinária, pedra nos rins, gastroenterite, obstrução intestinal (fecaloma), vermes ou ansiedade podem causar uma dor localizada à direita.
O mais importante, deve ser compreender os sinais de perigo que indicam a necessidade de procurar um atendimento de urgência. Para outros casos, procure o seu médico de família ou gastroenterologista, que deverá iniciar uma avaliação mais criteriosa.
Quando devo procurar uma emergência?Os sinais de risco, que indicam a necessidade de procurar uma emergência imediatamente, são:
- Febre alta (maior que 38,5º),
- Náuseas e vômitos que não melhoram com a medicação habitual,
- Piora da diarreia,
- Sinais de desidratação (muita sede, boca seca, urina pouco),
- Presença de sangue na urina ou nas fezes,
- Coloração amarelada na pele ou nos olhos (parte branca) ou
- Confusão mental ou desorientação.
Referência:
FBG - Federação Brasileira de gastroenterologia.
O tratamento da fase aguda da Doença de Chagas é feito com uso de medicamento específico. Quando não há cura da doença na fase aguda, a doença evolui para a fase crônica e, nessa fase, não há tratamento específico, mas controle dos sintomas e das complicações da doença.
Na fase aguda, o tratamento é realizado com medicação anti-tripanossomial com objetivo de prevenir a evolução para a forma crônica da doença.
Uma vez instalada a forma crônica da Doença de Chagas, o tratamento visa controlar a doença cardíaca causada pelo parasita. Nessa fase, pode haver problemas gastrointestinais que afetam o esôfago e o intestino. O tratamento de cada um dos problemas será feito de forma específica, podendo contemplar:
- Uso de certas medicações;
- Realização de determinadas cirurgias;
- Uso de marcapasso;
- Dieta alimentar.
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O tempo de cura da gonorreia em um tratamento bem-sucedido é de 24 a 48 horas a partir do uso do antibiótico. A cura pode ser verificada ao realizar um exame de urina, sêmen ou de uma amostra coletada da uretra (no homem) ou da vagina (na mulher). Os sintomas normalmente desaparecem com o fim da infecção.
No caso de realizar um exame diferente (que investigue a presença de DNA da bactéria), o recomendado é realizá-lo no mínimo 10 dias após o uso do antibiótico. Antes desse prazo, o exame pode dar positivo mesmo quando a infecção já foi eliminada e a pessoa está curada.
O tratamento utilizado para gonorreia normalmente é uma dose única de antibiótico. No entanto, alguns casos de infecção podem não responder ao tratamento — a bactéria pode ser resistente ao antibiótico. Quando isso acontece, é preciso usar outro antibiótico para conseguir se curar. Outra situação em que é necessário tratar novamente é no caso de reinfecção, que acontece quando se tem novamente relações com um parceiro/a com gonorreia não tratada.
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Referência:
Bachmann LH, Desmond RA, Stephens J, Hughes A, Hook EW. Duration of Persistence of Gonococcal DNA Detected by Ligase Chain Reaction in Men and Women following Recommended Therapy for Uncomplicated Gonorrhea. J Clinical Microbiology. 2002; 40(10): 3596–3601.
Doença de Chagas é a doença causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi transmitido pelas fezes do barbeiro.
A transmissão da Doença de Chagas pode ocorrer por via vetorial (pelas fezes do barbeiro depositadas quando ele suga o sangue da pessoa), por transfusão sanguínea; transmissão vertical (de mãe para filho via placentária) e oral (pela ingestão de alimentos contaminados pelas fezes do barbeiro).
A doença, quando não diagnosticada na fase aguda, pode evoluir para uma fase crônica acarretando diversas complicações, principalmente no coração, no intestino e no esôfago.
Como não há vacina disponível, para evitar a Doença de Chagas é necessário uma melhoria nas condições habitacionais, combate ao barbeiro, atenção no consumo de alimentos.