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Pamelor serve para enxaqueca?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Pamelor (cloridrato de nortriptilina) não está indicado para tratar os sintomas de enxaqueca. No entanto, pode ser usado para evitar que as crises de enxaqueca aconteçam. Para isso, deve ser usado continuamente, precisando de receita, orientação e acompanhamento de um médico.

O Pamelor é um antidepressivo tricíclico que evita as crises de enxaqueca devido aos efeitos que provoca nos vasos sanguíneos do cérebro.

Existem outros tipos de medicamentos específicos para tratar a enxaqueca. Um dos mais conhecidos é a sumatriptana. O ideal é usá-los na fase inicial da crise da enxaqueca, para evitar que a dor aumente. O médico pode indicar o uso por via oral ou endovenosa, dependendo dos sintomas que a enxaqueca costuma causar.

Você pode querer ler também:

Referências:

Pamelor. Bula do medicamento

XV SAM - A Medicina na Prática. UNISC 2022. MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DA ENXAQUECA: UMA REVISÃO BEHLING; Silvana Born , GRACIOLLI; Ana Maria , KÜSTER; Bruna Luísa , GRUENDLING; Carolina , WEISS; Jordana Carolina , CORNELLI; Laura , JUNIOR*; Antônio Manoel de Borba , BASTOS*; Marília Dorneles

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tosse do bebê pode ser aliviada com medidas simples que você pode adotar em casa como colocá-lo no colo, oferecer líquidos e inalação com soro fisiológico. Os xaropes para tosse infantil devem ser evitados.

Presenciar episódios repetidos de tosse de um bebê pode causar muita aflição. Entretanto, é importante que, antes de qualquer coisa, você mantenha a calma.

Saiba um pouco mais sobre como você pode fazer para aliviar a tosse do seu bebê:

1. Coloque o bebê no colo

Se o bebê está tossindo, coloque-o no colo com a cabeça um pouco mais elevada do que o restante do corpo. Esta posição alivia a tosse e favorece uma melhor respiração.

Uma outra dica é deixar que o bebê se coloque em uma posição confortável, o que também amenizará a tosse.

2. Ofereça líquidos

Oferecer água, sucos e chás ajuda a aliviar a tosse dos bebês. A água e os líquidos, em geral, hidratam as cordas vocais, amenizam a irritação causada pela tosse e auxiliam na fluidificação das secreções.

Oferte, principalmente água, durante todo o dia. O bebê deverá ingerir em torno de 100 ml de água por cada Kg de peso nas 24 horas. Se o seu bebê pesa 9 kg, ofereça 900 ml de água no decorrer do dia.

Se o seu bebê tem menos de 6 meses e se alimenta somente de leite materno, pode oferecê-lo mais leite. O leite materno também cumpre a função de hidratar o bebê.

3. Faça inalação com soro fisiológico

A inalação com soro fisiológico ajuda a hidratar as mucosas do sistema respiratório e assim, aliviar a tosse dos bebês. Essa prática tem o mesmo efeito da gotinha de soro fisiológico no nariz.

Além de aliviar a tosse, a inalação com soro fisiológico não oferece riscos à saúde do bebê. É importante não adicionar medicamentos ao soro fisiológico.

Pode ser realizada através de um nebulizador, onde coloca 3 ml de soro fisiológico e deixa o bebê próximo à máscara, inalando a fumaça produzida.

4. Aplique soro fisiológico nas narinas do bebê

Aplique uma gota de soro fisiológico em cada narina do bebê, 3 vezes ao dia. Esta é uma quantidade segura para o bebê e não provocará engasgo.

Para aplicar o soro, coloque o bebê no colo com a cabeça um pouco mais elevada que o restante do corpo. Utilize um conta gotas e soro fisiológico de farmácia.

A aplicação de soro fisiológico ajuda os cílios (pêlos) do interior das narinas a limpar impurezas do sistema respiratório que podem provocar a tosse. Deste modo, a tosse se torna mais amena e o organismo fica mais protegido contra agentes causadores de doenças.

5. Ofereça mel (crianças com mais de 1 ano de idade)

Estudo publicado em 2018 comprovou que a ingestão de uma colher de mel antes de dormir promove a redução do tempo de duração da tosse em crianças com mais de um ano de idade.

Entretanto, o mel não é indicado para crianças com menos de 1 ano por causa do risco de botulismo, uma doença neurológica causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Posso dar xaropes infantis para o meu bebê?

Não. Embora exista uma grande oferta de xaropes que prometem o alívio da tosse, não há comprovação científica de que eles realmente funcionam. Além disso, nem todos são indicados para crianças.

Alguns xaropes descongestionantes, antialérgicos ou expectorantes somente devem ser utilizados se prescritos pelo médico de família, pediatra ou pneumologista.

O ideal é que bebês e crianças até 2 anos de idade só utilizem medicamentos se apresentarem febre (temperatura acima de 38º) e/ou dificuldade respiratória após avaliação médica.

Umidificadores de ar podem ser utilizados para aliviar a tosse do bebê?

Os benefícios do uso do umidificador de ar para o alívio da tosse são controversos. O umidificador pode ser indicado para ajudar a hidratar as vias aéreas, mas também pode ser prejudicial para bebês de famílias alérgicas.

O excesso de umidade do ar aumenta a proliferação de ácaros e mofo causadores de alergias. Por este motivo, se há alérgicos na família, evite o uso de umidificadores e converse com o médico de família ou pneumologista.

Bebê com tosse seca, o que posso fazer?

A tosse seca nos bebês é geralmente causada por gripes ou resfriados simples e pode vir acompanhada de dor de garganta e nariz entupido. Alguns bebês podem apresentar tosse seca e nariz escorrendo, entretanto, a secreção tende a ser fluida e transparente.

Neste caso ofereça água ao seu bebê na quantidade de 100 ml por cada quilo de peso. Por exemplo, se o seu bebê pesa 8kg, ofereça a ele 800 ml de água em pequenas quantidades no decorrer do dia.

O repouso é importante para a recuperação do bebê. Deixe-o descansar e dormir.

Colocar o bebê no colo ajuda a aliviar a tosse. Enquanto estiver no colo, mantenha a cabeça do bebê elevada e não ofereça xaropes infantis.

Se a tosse permanecer por mais de 5 dias, se for uma tosse muito forte ou se o seu bebê tiver febre (temperara superior 38o) é importante levá-lo à uma emergência hospitalar para avaliação médica.

Bebê com tosse com catarro (tosse produtiva), o que devo fazer?

A tosse com catarro em bebês pode ocorrer por infecções virais ou bacterianas. A tosse seca, característica dos resfriados e gripes, pode se tornar produtiva após alguns dias.

A tosse produtiva causada por infecção bacteriana costuma ser uma tosse molhada com secreções esverdeadas ou amareladas, além de vir acompanhada de febre.

Nestes casos, especialmente se houver febre, recomenda-se procurar um médico de família, pediatra ou o serviço de emergência.

Alívio da tosse durante a noite

Se o seu bebê apresentar tosse durante a noite, coloque um travesseiro ou toalhas dobradas embaixo da cabeceira do berço para elevar a cabeceira. A cabeceira elevada mantém as vias aéreas livres, facilita os movimentos respiratórios, ajuda a reduzir o refluxo e aliviar a tosse do bebê.

Nesta posição seu bebê terá uma noite de sono mais tranquila.

Tosse por aspiração de objetos, o que posso fazer?

Entre os bebês é comum a aspiração de alimentos ou de pequenos brinquedos, o que pode provocar asfixia (dificuldade de respirar, sufocação). Os principais sintomas de aspiração de alimentos ou objetos estranhos incluem tosse persistente e ofegante.

Se você perceber que o bebê ficou ofegante ou começou a tossir repentinamente enquanto se alimenta, ou brinca com brinquedos pequenos que cabem na boca, verifique se há algo estranho. Olhe dentro da boca do bebê.

Se você consegue ver e pegar com segurança o objeto ou alimento na boca do seu bebê, retire o corpo estranho com os seus dedos em formato de pinça. Ao retirar o objeto, a tosse cessa e o bebê deve voltar a respirar normalmente.

Se o corpo estranho bloquear completamente as vias aéreas (garganta) do bebê, ele pode ficar pálido, não emitir sons e apresentar dificuldade de respirar. Neste caso, você deve ligar para 192 (SAMU) ou 193 (corpo de bombeiros) ou leva-lo imediatamente a uma emergência.

Quando devo levar o meu bebê ao médico ou hospital?

Na maior parte dos casos a tosse não deve causar preocupação, entretanto fique alerta se ela vier acompanhada dos seguintes sinais:

  • Duração de mais de 5 dias;
  • Dificuldade de respirar mesmo quando não há tosse;
  • Bebê com menos de 3 meses;
  • Febre superior a 38º;
  • Pele azulada em torno da boca;
  • Respiração mais rápida que o normal;
  • Tosse com muita secreção ou secreção com sangue;
  • Barulho ou chiado no peito ao respirar;
  • Se o bebê tiver alguma doença cardíaca ou pulmonar.

Se você perceber algum destes sinais, leve o bebê o mais rapidamente possível à um serviço de emergência.

Causas mais comuns de tosse nos bebês

A causas mais frequentes de tosse em bebês são:

  • Gripes e resfriados;
  • Asma;
  • Bronquiolite;
  • Laringite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Aspiração de objetos.

O alívio da tosse do seu bebê deve ser feito preferencialmente com medidas naturais e sem uso de medicamentos, especialmente se estes não foram prescritos por um médico.

Para o tratamento adequado e seguro da tosse consulte um médico de família, pediatra ou pneumologista e não deixe de seguir as orientações destes profissionais.

Para saber mais sobre tosse infantil, você pode ler:

O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?

Tosse persistente: o que fazer?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?

Referência

ODUWOLE O.; UDOL E.E.; OYO-ITA, A.; MEREMIKWU, M.N. Haney for acute cough in chlidren (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, v.4, 2018.

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Homem pode tomar cabergolina?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A cabergolina pode ser usada em homens, especialmente para tratar os seguintes problemas de saúde:

  • Hiperprolactinemia (nível alto de prolactina no sangue);
  • Síndrome de Cushing.

Uma das causas para o aumento da prolactina é o tumor da hipófise (adenoma hipofisário). O tumor tem células que produzem principalmente prolactina e, por isso, o nível do hormônio fica aumentado no sangue. A cabergolina é um dos medicamentos que pode ser indicado para tratar esse problema.

A cabergolina só é indicada para tratar a Síndrome de Cushing quando ela é causada por um tumor hipofisário. Isso porque o medicamento diminui a capacidade do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) de estimular a produção de cortisol pelas glândulas adrenais.

Sempre que for possível, o tratamento com cabergolina deve ser evitado em pessoas com doenças cardiovasculares, úlcera, hemorragias gastrointestinais ou distúrbios mentais. Nesses casos, quando ela for realmente necessária, é indicado um acompanhamento médico mais cuidadoso ao usar a cabergolina.

Leia também:

Referências:

Cabergolina. Bula do medicamento

Grossman AB. Síndrome de Cushing. Manual MSD

Carmichael JD. Prolactinoma. Manual MSD

Secnidazol serve para candidíase?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O secnidazol não é indicado para tratar candidíase. Esse medicamento é destinado ao tratamento de giardíase, amebíase intestinal, amebíase hepática e tricomoníase.

Os medicamentos mais utilizados para o tratamento da candidíase são:

  • Fluconazol;
  • Cetoconazol;
  • Itraconazol;
  • Miconazol;
  • Clotrimazol;
  • Terconazol;
  • Ácido bórico.

Algumas alternativas de tratamento são a terapia fotodinâmica, a desinfecção por microondas, o uso de soluções desinfetantes ou o uso de produtos fitoterápicos.

Para saber como tratar a candidíase, procure um médico de família. Se a candidíase for oral e ele considerar necessário, pode encaminhar para um dentista ou um gastroenterologista. Se for vaginal, pode encaminhar para um ginecologista.

Leia também:

Referências:

Secnidazol. Bula do medicamento.

Vasconcelos CNE, Silva NNP, Batista PN, Kalil JH. Estudo comparativo entre terapia oral e local no tratamento de corrimentos vaginais: candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana. BJSCR. 2016; 15(1):.123-8

Abaulamento discal: o que é, quais os sintomas e como tratar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Abaulamento discal difuso ou protrusão discal é o desgaste associado à perda de elasticidade do disco intervertebral, disco gelatinoso que fica localizado entre uma vértebra e tem como função amortecer impactos na coluna vertebral e facilitar os movimentos.

Seus principais sintomas incluem dor, dormência e sensação de formigamento.

O tratamento da protusão discal consiste no de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. A cirurgia somente é indicada quando a dor e a limitação de movimentos compromete a realização das atividades da rotina diária e não melhoram com outros tratamentos.

Abaulamento discal difuso: área de desgaste e perda de elasticidade do disco intervertebral. É também o início da formação da hérnia discal. Sintomas de abaulamento (protusão) discal difusa

Os sintomas de abaulamento (protusão) discal variam de acordo com o local em que ela ocorre e se manifestam no trajeto do nervo que está sendo comprimido, por exemplo, se a protusão atingir a região lombar do lado direito, o comum é que os sintomas ocorram na perna direita.

De forma geral os sintomas incluem:

  • Dor,
  • Dormência,
  • Sensação de formigamento,
  • Redução da força muscular.

É comum que o abaulamento aconteça na região lombar ou região cervical.

Abaulamento na coluna lombar

Ao ocorrer abaulamento na coluna lombar, a dor pode irradiar desta região para a perna do mesmo lado da protusão. Além da dor, a pessoa sentirá formigamento, dormência e perda de força muscular no membro afetado. São comuns a dificuldade de manter-se em pé ou sentado por longo período e de praticar atividades que requeiram força nas pernas.

O abaulamento discal L4-L5 ocorre especificamente entre a 4ª vértebra lombar e 5ª lombar 5 (L4 – L5) e entre a quinta lombar e primeira sacral 1 (L5 - S1).

O abaulamento discal L5-S1 se dá entre as vértebras da região lombar e sacra da coluna vertebral, particularmente entre a quinta vértebra lombar e a primeira sacral 1 (L5 - S1). Neste tipo de protusão, pode ocorrer compressão do nervo ciático e a pessoa pode apresentar dor lombar e dor ciática.

Abaulamento na coluna cervical

No abaulamento na coluna cervical (pescoço), a dor irradia para o braço do mesmo lado da protusão e pode ocorrer perda de força muscular, dificuldade de movimentar o braço, além de formigamento.

Neste caso, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, conhecida como dor cervical ou cervicalgia.

Tratamento do abaulamento discal

O tratamento do abaulamento ou protusão discal, depende do grau de desconforto e limitação que ele provoca, da sua localização e da sua gravidade. Pode ser efetuado com medicamentos, exercícios de alongamento, fisioterapia e cirurgia.

  • Medicamentos: os analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser indicados pelo médico para reduzir a dor, inchaço e reduzir a tensão muscular. É possível também o uso de medicamentos tópicos como sprays de gelo e adesivos anestésicos para alívio da dor e inflamação.
  • Aplicação de calor: o uso de bolsas de água quente serve para reduzir o espasmo muscular e produzir o efeito anestésico para redução da dor.
  • Fisioterapia: indicada para corrigir a postura e estrutura da coluna, fortalecer a musculatura e alongamento da região posterior do corpo para que a dor não se torne crônica.
  • Cirurgia: é efetuada em casos mais severos, especialmente quando a hérnia de disco está presente. Pode ser indicada também quando há muitas limitações de movimentos e quando as outras formas de tratamento não tiveram efeito.

A protusão discal corresponde à fase inicial das hérnias de disco. Isto indica que, quando não tratado, o abaulamento discal difuso pode evoluir para a hérnia de disco.

Ao sentir os sintomas de abaulamento ou protusão discal, procure o médico de família, ortopedista ou reumatologista para avaliação e tratamento adequados.

Para saber mais sobre abaulamento discal e hérnia de disco, você pode ler:

O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?

Abaulamento discal tem cura? Como é o tratamento?

Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?

Quando a cirurgia de hérnia de disco é indicada?

Referências

Peng B, DePalma MJ. Cervical disc degeneration and neck pain. Journal of pain research. 2018;11:2853.

Will JS, Bury DC, Miller JA. Mechanical low back pain. American family physician. 2018 Oct 1;98(7):421-8.

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Sintomas do câncer de boca:saiba como identificar e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O câncer de boca pode afetar qualquer região da boca incluindo os lábios, céu da boca, gengivas, bochechas, língua (especialmente as suas bordas) e assoalho da boca (região embaixo da língua).

Os sintomas iniciais de câncer de boca incluem:

  • Feridas em qualquer região da boca e dos lábios de difícil cicatrização que duram 15 dias ou mais,
  • Feridas que não cicatrizam e ainda sangram facilmente, ou que estão em crescimento,
  • Manchas de cor avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, bochechas ou céu da boca,
  • Caroços, nódulos ou "espessamento" nas bochechas,
  • Ínguas nos pescoço e
  • Rouquidão persistente.
Lesão de câncer bucal: feridas e placas de avermelhadas e esbranquiçadas na lateral da língua

Ao perceber qualquer um destes sintomas, você deve consultar um médico de família ou dentista. Não utilize nenhum medicamento para tratar as feridas sem indicação de um destes profissionais.

Quanto mais cedo for detectado e tratado o câncer bucal, maiores são as chances de cura. Por este motivo, é importante que você consulte um dentista ou médico de família, caso perceba algum destes sintomas.

Quais os sintomas câncer de boca na fase avançada?

Na medida em que as lesões (feridas, manchas, placas ou caroços) permanecem na boca sem avaliação e tratamento adequados, a doença se agrava e os sintomas da fase avançada do câncer de boca se instalam.

Os sintomas mais frequentes da fase avançada da doença são:

  • Dificuldade de falar,
  • Dor na boca que não passa,
  • Dificuldade ou dor para mastigar e/ou engolir,
  • Dificuldade ou dor para movimentar a língua e/ou a mandíbula,
  • Sensação de que há algo preso na garganta ou de entalo,
  • Inchaço na mandíbula,
  • Dentes frouxos ou moles na gengiva,
  • Dor em volta dos dentes,
  • Mudança persistente na voz,
  • Respiração ruidosa (respiração com barulho ou ruído indicam que algo está atrapalhando a passagem do ar);
  • Perda de peso.
Tenho uma ferida na boca, que devo fazer?

O principal sinal de alerta é a presença de qualquer lesão – feridas, nódulos, manchas – que não cicatriza há mais de 15 dias.

É importante que você esteja atento a este sintoma, especialmente, se você é fumante ou consome álcool frequentemente.

Nestes casos, você deve buscar um médico de família ou o dentista para avaliação da lesão.

Além da avaliação visual da lesão, estes profissionais poderão solicitar a realização de uma biópsia (exame de um fragmento da lesão) para confirmar se a lesão é benigna ou se se trata de um câncer de boca.

Perceber qualquer alteração permite que a detecção precoce do câncer de boca, o que aumentam as chances de sucesso no tratamento.

Para saber mais sobre câncer de boca, leia

Quais são os sintomas de câncer de língua?

Referência:

SBOC. Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica

Para que serve, como tomar e quais as contraindicações do piroxicam?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Piroxicam é um anti-inflamatório não esteroide (AINE), que pode desempenhar ação anti-inflamatória e/ou analgésica no tratamento de diversos quadros clínicos como: artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações), distúrbios ósseos e musculares agudos, osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa), gota aguda, espondilite anquilosante (inflamação crônica na coluna vertebral que provoca rigidez), dor pós-operatória e pós-traumática e cólica menstrual em meninas e mulheres com mais de 12 anos (dismenorreia primária).

Além destas indicações, o piroxicam tem também atividade antipirética (reduz a febre).

Como tomar piroxicam

O piroxicam é apresentado em cápsulas de 20 mg e deve ser ingerido inteiro com líquido.

A dosagem de medicamento deve ser obedecida de acordo com a recomendação médica para cada indicação do remédio. A dose diária varia de acordo com o quadro clínico apresentado pelo/a paciente.

Em condições de inflamação ou dor aguda, o tratamento não deve exceder 14 dias.

Os efeitos colaterais podem ser reduzidos ao se utilizar a menor dose eficaz por um período menor de tratamento.

Contraindicações de piroxicam

Piroxicam é contraindicado em casos de:

  • Alergia ao piroxicam e/ou componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 12 anos;
  • Pessoas com história de úlcera, sangramento ou perfuração gastrointestinais;
  • Pacientes com úlcera péptica ativa ou hemorragia gastrintestinal;
  • Pessoas que desenvolveram asma, pólipo nasal, angioedema ou urticária induzidas pelo uso de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroides;
  • Dor durante o peri-operatório de cirurgia para revascularização do miocárdio;
  • Portadores de insuficiência renal e hepática grave;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca grave.
Efeito colaterais de piroxicam

O medicamento é, de forma geral, bem tolerado. Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Náuseas;
  • Vômitos.

As reações adversas mais raras são:

  • Anafilaxia (reação alérgica grave);
  • Anorexia (falta de apetite);
  • Hiperglicemia (aumento do nível de glicose no sangue);
  • Hipoglicemia (redução da concentração de glicose no sangue);
  • Retenção de líquidos;
  • Insônia;
  • Confusão mental;
  • Alterações de humor;
  • Irritação;
  • Tontura;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Vertigem;
  • Visão turva;
  • Edema nos olhos.
Precauções quanto ao uso de piroxicam

Piroxicam deve ser utilizado com cautela nos casos de:

  • Pessoas idosas;
  • Portadores de doenças cardiovasculares;
  • Hipertensão (pressão alta);
  • Condições que predisponham à retenção de líquidos como comprometimento da função cardíaca;
  • Pessoas com insuficiência hepática, Insuficiência Cardíaca Congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica;
  • Doença renal.

Não utilize piroxicam sem orientação médica.

Dor nas costas do lado direito, o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os problemas musculares são a causa mais comum de dor de um lá só das costas, seja do lado direito ou do lado esquerdo. A má postura, falta de atividade física e peso excessivo nas bolsas e mochilas, aumentam os problemas de coluna e dores nas costas.

Entretanto, outras situações como problemas de coluna, pedra nos rins e doenças pulmonares também podem desencadear esse tipo de dor.

O tratamento inicial deve ser feito com repouso e compressa morna no local da dor. Se a dor permanecer ou apresentar outros sintomas, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para identificar a causa e orientar o tratamento mais adequado.

1. Dor nas costas por problemas musculares

Os problemas musculares são a principal causa de dores nas costas, que pode se apresentar a direita ou a esquerda, de acordo com a situação.

O envelhecimento natural, a postura ruim durante o dia e a falta de exercícios, contribuem para o enfraquecimento da musculatura das costas, dando origem a dor e tensão muscular.

Pegar um peso de mau jeito ou além da sua capacidade física também pode desencadear estiramento dessa musculatura e com isso, apresentar dor e edema nas costas.

Como tratar?

O tratamento inicialmente deve ser feito com:

  • Repouso,
  • Compressa morna e
  • Remédios para aliviar a dor: de preferência relaxante muscular como a ciclobenzaprina e/ou anti inflamatórios como o ibuprofeno.

Após passar a crise de dor, é preciso iniciar tratamento para fortalecimento muscular e reeducação postural, evitando assim novas crises. Para isso é recomendado:

  • Fisioterapia,
  • Osteopatia ou
  • RPG (reeducação postural global).

O médico clínico geral ou ortopedista são capacitados para essa avaliação, planejamento do tratamento caso a caso, e manter o acompanhamento até quando for necessário.

2. Dor nas costas por problemas na coluna

Os problemas de coluna vem logo a seguir aos problemas musculares, sendo os mais comuns, os desvios de coluna (lordose, cifose, escoliose) e a hérnia de disco.

Por vezes são doenças de origem hereditária, já nascemos com essas alterações, e outras vezes, situações que ocorrem no decorrer da vida como hábitos ruins, posturas inadequadas, aumento de peso ou mesmo durante a gravidez, pelas modificações naturais desse período.

Como tratar?

O tratamento vai depender da causa e da gravidade da situação. Inicialmente é sempre recomendado tentar métodos pouco invasivos, como:

  • Repouso,
  • FIsioterapia, RPG,
  • Relaxante muscular e Antiinflamatórios.

Em especial, as mulheres grávidas não devem usar medicamentos sem recomendação médica para resguardar a sua saúde e a do bebê.

A cirurgia pode ser indicada nos casos mais graves, de hérnia de disco extrusa ou dor intratável.

O médico ortopedista ou neurocirurgião são os responsáveis por essa avaliação.

3. Dor nas costas por pedra nos rins

A dor nas costas, à direita ou à esquerda, por pedra nos rins, tem como características principais, ser uma dor de início súbito, de forte intensidade, descrita como a "pior dor da vida", associada a suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos.

É comum ainda a queixa de ardência na urina, urina mais amarelada, com ou sem a presença de sangue.

Como tratar?

O tratamento varia de acordo com a sua gravidade. Em geral, inclui:

  • Analgésicos potentes por via venosa, para o alívio mais rápido da dor,
  • Coleta de exames de sangue e de urina, para investigar infecção e
  • Exame de imagem para identificar a presença e localização de cálculos, que podem ser ultrassonografia, raio-X ou tomografia. O exame possibilita avaliar se o cálculo está obstruindo ou não o fluxo de urina, o que interfere no tratamento.

Após essas avaliações, é possível planejar o tratamento definitivo, que pode incluir:

  • Antibióticos (via venosa), no caso de infecção urinária
  • Cirurgia para retirada de cálculos, de maneira urgente no caso de inflamação dessa via, ou ambulatorial, quando possível.

O médico urologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento nestes casos.

4. Dor nas costas por problemas pulmonares

Os problemas pulmonares como a asma, crise de bronquite e tumores pulmonares não costumam causar dor nas costas, a não ser que haja tosse frequente ou um processo infecciosos, como a pneumonia.

Como tratar?

Nas crises de asma, a esforço repetitivo de tosse, leva a uma contratura muscular e dores nas costas por esse esforço. Neste caso o tratamento deve ser:

  • Resolver a crise de asma, com os medicamentos apropriados, nebulização, aerolin, corticoide, entre outros,
  • Repouso,
  • Hidratação e
  • Fisioterapia ou Terapias alternativas para evitar novas crises.

No caso de pneumonia, ou doenças da pleura (película que recobre os pulmões), a dor virá associada a piora quando respira fundo, tosse com catarro e/ou febre alta. Neste caso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente, com:

  • Antibióticos e
  • Fisioterapia respiratória.

Mais raramente, um tumor no pulmão pode causar dor nas costas, e quando ocorre é comum a associação com queixas de falta de apetite, emagrecimento e tosse seca esporádica.

Dicas para aliviar a dor nas costas
  1. Praticar atividade física regularmente - a prática de exercício favorece o fortalecimento muscular, com isso diminui a tensão e dores localizadas;
  2. Adaptar o ambiente de trabalho - Procure usar uma cadeira que mantenha a sua postura adequada durante o trabalho, assim como o apoio de braços e pés. Movimentar-se várias vezes durante o dia e se alongar também ajuda a reduzir consideravelmente as dores nas costas;
  3. Escolher um bom colchão e travesseiro - como passamos muitas horas dormindo, é importante que seja confortável, para um relaxamento muscular suficiente;
  4. Manter um estilo de vida saudável - a alimentação adequada possibilita manter um peso e metabolismo adequado, com isso evita a sobrecarga na coluna, uma outra causa frequente de dor nas costas e
  5. Evitar o estresse - situações de estresse levam a contratura muscular involuntária, principalmente na região do pescoço e costas, por isso deve ser evitado sempre que possível. Quando os sintomas de tensão e ansiedade forem frequentes, é importante procurar um psiquiatra para avaliação e tratamento.

Leia também o artigo sobre a dor nas costas do lado esquerdo: Dor nas costas do lado esquerdo, o que pode ser?

Referências:

  • Stephanie G Wheeler,, et al.; Evaluation of low back pain in adults. UpToDate: Jun 25, 2019.
  • Peter A Nigrovic, et al.; Back pain in children and adolescents: Causes. UpToDate: May 13, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Urologia - Portal da Urologia.