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Dietas para emagrecer rápido são saudáveis? 5 dicas para emagrecer com saúde
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dietas que prometem e promovem emagrecimento rápido são muito restritivas, o que pode provocar carências nutricionais e, por este motivo não são consideradas saudáveis. Tais dietas como, por exemplo a dieta das proteínas, não podem ser seguidas por longos períodos de tempo e precisam de acompanhamento nutricional.

Além disso, após praticadas por certo período de tempo, também podem provocar a recuperação do peso perdido ou um maior ganho de peso. Emagrecer lentamente por meio da adoção de hábitos alimentares saudáveis se constitui na forma mais segura e eficaz de reduzir o peso corporal.

1. Adote uma alimentação saudável

Um plano alimentar saudável inclui a ingestão de cereais, sementes, grãos, hortaliças (legumes e verduras), frutas, leguminosas e carnes magras. É importante valorizar o consumo de alimentos mais próximos da forma como são encontrados na natureza, o que consiste em evitar produtos industrializados e processados.

Alguns dos alimentos que ingerimos contêm rótulos extensos com muitas informações e ingredientes que, muitas vezes, sequer conhecemos. Estes alimentos são elaborados por engenheiros químicos e processados em fábricas, o que pode trazer danos futuros à saúde

Por isto, para um emagrecimento saudável, preferira comer alimentos in natura e que pertençam aos diferentes grupos alimentares:

  • Cereais, sementes e grãos: arroz integral, massa integrais, milho, farinha de aveia, chia, semente de girassol;
  • Hortaliças (verduras e legumes): abóbora, alface, acelga, agrião, brócolis, cenoura, beterraba, espinafre, ervilha, batata doce, nabo, alho poró, rúcula, couve-flor, repolho;
  • Frutas: maçã, pera, mamão, laranja, kiwi, melancia, abacate;
  • Leguminosas: feijão preto, feijão branco, feijão de corda e outros, lentilha, grão de bico, vagem;
  • Oleaginosas: castanha de caju, castanha do pará, nozes.;
  • Carnes magras: peixes e frango. A carne vermelha deve ser consumida com moderação.
2. Reduza o consumo de alimentos calóricos

A ingestão de doces, gorduras e frituras em excesso promovem o aumento do peso corporal. Alimentos ricos em açúcar promovem o pico de insulina e desencadeia a sensação de fome constante, o que dificulta o processo de emagrecimento. Se você deseja emagrecer, evite alimentos como: doces em geral, chocolates, pizzas, pães brancos, refrigerantes.

3. Pratique atividade física

A prática regular de atividade física provoca a queima de gordura, uma vez que ajuda a acelerar o metabolismo e utiliza a gordura armazenada para produzir energia.

Além disso, os exercícios são capazes de reduzir a ansiedade que pode levar à ingerir mais alimentos do que precisamos e a controlar o apetite. Estes fatores acabam por ajudar na perda de peso.

4. Como menos do quê o que você gasta

Para efetuar as tarefas da nossa vida diária - trabalhar, estudar, praticar exercícios físicos - nós gastamos a energia que consumimos por meio da ingestão de alimentos. Se ingerimos mais calorias do quê gastamos, os excessos são armazenados no nosso corpo em forma de gordura e isto provoca ganho de peso.

Deste modo, é preciso o gasto de energia seja maior que o seu consumo para que o emagrecimento ocorra. Após perder o peso desejado, gasto e consumo de energia devem permanecer equilibrados.

5. Faça escolhas alimentares melhores

Ao se alimentar fora de casa, o que é bastante comum hoje em dia, dê preferência a carnes magras e grelhadas e alimentos cozidos ou crus. Estas escolhas possibilitam uma alimentação de melhor valor nutricional e, portanto, saudável.

Antes e adotar qualquer plano alimentar ou dieta, consulte um/a nutrólogo/o ou nutricionista.

Não esqueça de associar a sua alimentação saudável à prática de atividade física para que seu processo de emagrecimento seja seguro para a sua saúde.

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Carbamazepina: para que serve, corta o efeito do anticoncepcional? Como usar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Carbamazepina é um medicamento anticonvulsivo. É indicado no tratamento de alguns tipos de crises convulsivas (epilepsias), de algumas doenças neurológicas (neuralgia do trigêmeo - dor facial) e de alguns distúrbios psiquiátricos, como a fase maníaca do distúrbio afetivo do bipolar, e em um tipo específico de depressão. É também utilizado em casos de síndrome de abstinência alcoólica e neuropatia diabética dolorosa.

O uso de carbamazepina pode interferir na eficácia dos anticoncepcionais orais.

Carbamazepina e uso de anticoncepcionais

O uso de carbamazepina pode tornar ineficaz a ação do anticoncepcional oral. Neste caso, para prevenir uma gravidez indesejada é importante conversar com seu médico para a escolha de outro método contraceptivo.

Como usar carbamazepina

A dosagem diária de carbamazepina depende do quadro clínico apresentado: epilepsia, fase de mania aguda dos distúrbios afetivos bipolares, síndrome de abstinência alcoólica, neurologia do trigêmeo, neuropatia diabética, entre outras.

O medicamento deve ser administrado durante, entre ou após as refeições acompanhado de um pouco de líquido.

É importante que a dose diária de medicamento seja respeitada.

Se alguma das doses for esquecida, deve tomar o comprimido logo que possível e respeitar os horários das doses seguintes.

Não suspenda o medicamento sem orientação médica.

Não consuma bebidas alcoólicas durante o tratamento com carbamazepina.

Os comprimidos podem ser tomados durante, após ou entre as refeições. Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido. É importante tomar o medicamento regularmente.

Se o paciente esquecer de tomar uma das doses, deverá tomá-la logo que possível e então, voltar ao esquema habitual. Se já for a hora de tomar a próxima dose, deve tomá-la normalmente sem dobrar o número de comprimidos. A retirada do medicamento deve ser gradual e de acordo com a orientação médica.

Contraindicações da carbamazepina

Carbamazepina é contraindicada em casos de:

  • Alergia à carbamazepina e demais componentes da fórmula;
  • Pessoas com bloqueio átrio-ventricular;
  • Portadores de doenças hepáticas;
  • Pacientes com histórico de depressão da medula óssea;
  • Pessoa em uso de medicamentos inibidores da monoamino-oxidase.
Efeitos colaterais da carbamazepina

São reações adversas comuns:

  • Vertigem;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Ataxia (perda do controle muscular durante movimentos voluntários);
  • Sonolência;
  • Fadiga;
  • Diplopia (visão dupla);
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Boca seca;
  • Edema;
  • Retenção de líquido;
  • Aumento de peso;
  • Letargia.
Cuidados quanto ao uso de carbamazepina

Carbamazepina deve ser utilizado com cautela nos seguintes casos:

Distúrbios sanguíneos;

  • Pessoas com histórico de distúrbios renais, hepáticos e cardíacos;
  • Portadores de glaucoma (pressão do olho aumentada);
  • Pessoas em quadros de psicose.

Respeite a dose prescrita pelo/a seu/sua médico/a.

Não tome carbamazepina sem orientação médica.

Qual exame detecta nervo ciático inflamado?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A inflamação do nervo ciático é geralmente identificada através do exame físico e dos sintomas apresentados. O exame físico serve para verificar se os reflexos e a força dos músculos estimulados pelo nervo estão afetados.

Em algumas situações específicas, o médico pode ainda pedir outros exames, como ressonância magnética, tomografia ou eletromiografia.

Se quiser saber mais sobre a dor no nervo ciático, leia também:

Referência:

Moley PJ. Ciática - Diagnóstico. Manual MSD

Dor neuropática: saiba os sintomas e tratamentos
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor neuropática, ou dor neurogênica, é uma dor crônica que se caracteriza pela sensibilidade alterada. Como, por exemplo, um maço de algodão desencadear uma dor forte em queimação.

Isso ocorre porque a dor neuropática tem como origem o comprometimento de um (ou mais) nervo(s). Danificados, esses nervos transmitem uma mensagem alterada ao cérebro e assim o estímulo não é compreendido de forma correta.

A essa alteração da sensibilidade damos o nome de alodinia.

Sintomas da dor neuropática

Os sintomas podem ser constantes, quando nunca param de incomodar, ou intermitente, quando a dor vai e volta. Além da alodinia, a dor neuropática tem como características:

  • Dor espontânea ou iniciada após um estímulo (toque, frio ou movimento)
  • Dor descrita como: queimação, choque, agulhadas, dormência ou formigamento
  • Distúrbios do sono
  • Distúrbios de humor
Tratamento da dor neuropática

As possibilidades de tratamento atualmente são muitas, e variam de acordo com o tipo da dor, a localização e preferência da equipe médica.

Na grande maioria das vezes os medicamentos são suficientes para melhorar os sintomas. Os mais indicados são os antidepressivos, analgésicos potentes e anticonvulsivantes, como a amitriptilina, carbamazepina, topiramato e gabapentina. É também possível aplicar medicamentos diretamente na pele (tópicos) em creme ou adesivos (emplastros), porém parecem aliviar apenas parcialmente a dor.

Os procedimentos médicos são indicados nos casos de compressão do nervo ou para a dor que não melhora com os medicamentos. Por exemplo, na síndrome do túnel do carpo e na hérnia de disco. Os procedimentos utilizados são a aplicação de toxina botulínica tipo A, bloqueio cirúrgico do nervo comprometido ou cirurgia para descomprimir um nervo.

O tratamento com fisioterapia e/ou terapia ocupacional são essenciais para as pessoas com dor neuropática para promover alívio dos sintomas, manter o movimento da parte dolorida do corpo, evitando assim a atrofia da musculatura, já que a dor faz com que a pessoa movimente menos aquele local.

Como aliviar os sintomas?

Para aliviar os sintomas é importante controlar a causa do problema. Na diabetes, o controle do açúcar alivia os sintomas, sem que seja preciso fazer uso de mais algum remédio.

Na dor por compressão do nervo, é indicado repouso, analgésicos ou relaxante muscular e fisioterapia ou terapia ocupacional. Nas terapias, pode ser indicado material externo, como as órteses, que mantém aquela articulação paralisada e na posição correta, promovendo o alivio da dor.

Práticas de relaxamento, meditação e yoga, também apresentam importante alívio dos sintomas de dor crônica.

Que médico devo procurar? Como é feito o diagnóstico?

O médico especialista em dor neuropática é o neurologista. No caso de dor crônica (dor que dura mais de 3 meses), não demore procurar um especialista, porque embora a dor não seja uma doença visível, tem complicações graves, psicológicas e físicas, que podem ser evitadas com o tratamento correto.

O diagnóstico é feito com base no exame médico e exame neurológico, além de exames complementares.

Os exames mais solicitados são: exames de sangue, com análise de vitaminas, função renal e hepática, exame de imagem (ressonância magnética) e os estudos de condução dos nervos, a eletroneuromiogrfia (ENMG).

Causas de dor neuropática

As causas mais comuns de dor neuropática são:

  • Compressão de nervo: Síndrome do túnel do carpo, hérnia de disco;
  • Trauma
  • Diabetes mellitus
  • Alcoolismo
  • Infecção: HIV, herpes zoster, pós-zika e chikungunya
  • Carência de vitaminas (complexo de vitamina B)
  • Pós quimioterapia (tratamento de câncer)
  • Genética (doenças hereditárias - ex.: Charcot-Marie-Tooth)
A fibromialgia é uma dor neuropática?

Não. A fibromialgia é uma doença crônica, caracterizada por dor muscular generalizada, associada a sono não reparador, distúrbios de humor e dificuldade de memória, sem causa ainda conhecida. O tratamento pode ser feito com reumatologista ou neurologista.

A dor neuropática é o comprometimento de um ou mais nervos, que levam uma resposta anormal para o cérebro. Com isso desencadeiam um distúrbio na sensibilidade.

Referência:

  • ABN - Academia Brasileira de Neurologia
  • Lilian Hennemann-Krause et al.; Systemic drug therapy for neuropathic pain. Revista Dor. Rev. dor vol.17 supl.1 São Paulo 2016.
Exame de colesterol: O que é? Para que serve? Quais os valores normais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de colesterol, também conhecido por lipidograma ou perfil lipídico, é um exame que avalia as concentrações de gordura no sangue.

A sua principal função é ajudar na prevenção de doenças vasculares, como o infarto cardíaco e o derrame cerebral (AVC). O colesterol ruim alto, aumenta o risco para essas doenças. O exame permite identificar essas alterações e iniciar um tratamento preventivo, que reduz esse risco.

Os valores normais de colesterol variam de acordo com os fatores de risco e estilo de vida de cada um, porém é fundamental que o colesterol ruim (LDL), esteja pelo menos abaixo de 130 mg/dl, enquanto o colesterol bom (HDL), deve estar acima de 40mg/dl.

Não é preciso de jejum para realizar o exame de colesterol!

Atualmente já não é mais recomendado o jejum de 12 horas para a realização de diversos exames, um deles é o exame de colesterol.

Sendo assim, deve manter a alimentação habitual até o dia do exame, evitando apenas:

  • Consumo de bebidas alcoólicas pelo menos 3 dias antes e
  • Prática de exercícios físicos, no dia anterior à coleta do sangue.

A única exceção é quando o exame de triglicerídeos encontra-se alterado. Se o valor dos triglicerideos estiver acima de 440 mg/dl, é preciso repetir esse exame, com o jejum de 12 horas, para reavaliação.

Valor normal de colesterol

Recentemente foram atualizados os valores considerados ideais de colesterol, que variam de acordo com os fatores de risco, estilo de vida e condições de saúde de cada um. O médico deverá calcular esse valor de risco na consulta médica e através de exames clínicos e laboratoriais.

Dessa forma, pessoas consideradas com alto risco para doenças vasculares, precisam manter as taxas de colesterol ruim (LDL) mais baixas do que aqueles considerados de baixo risco.

VALORES IDEAIS DE COLESTEROL
Tipo de colesterol Valor ideal
Colesterol total Abaixo de 190 mg/dl
LDL
Muito alto risco Abaixo de 50 mg/dl
Alto risco Abaixo de 70 mg/dl
Médio risco Abaixo de 100 mg/dl
Baixo risco Abaixo de 130 mg/dl
HDL Acima de 40 mg/dl
Triglicerideos (sem jejum) Abaixo de 175 mg/dl
Triglicerideos (com jejum de 12 h) Abaixo de 150 mg/dl
Quais são os fatores de risco para doenças vasculares?
  • Idade (Homens a partir de 45 anos e Mulheres a partir dos 55 anos);
  • Tabagismo;
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • História familiar de colesterol aumentado;
  • Sedentarismo;
  • Obesidade e
  • Doença cardíaca prévia, especialmente história de infarto agudo do miocárdio.

Quanto mais fatores de risco apresentar, maior a exigência de controle do colesterol ruim, e os níveis considerados normais, devem ser mais baixos.

A mudança de hábitos de vida, é a principal medida para diminuir o colesterol ruim (LDL).

O tratamento e medidas para diminuir a taxa de colesterol ruim começa na mudança de hábitos de vida.

A atividade física regular, alimentação balanceada, evitar bebidas alcoólicas e abandonar hábitos ruins como o cigarro, são fundamentais para reduzir o colesterol ruim.

A prática regular de exercícios, também favorece o aumento do colesterol bom (HDL), colesterol que contribui para a redução do LDL.

Quando é indicado fazer o exame de colesterol? O primeiro exame de colesterol deve ser feito ainda na infância.

De acordo com as diretrizes atuais das associações de cardiologia, o primeiro exame de colesterol já deve ser feito na infância, entre os 9 e 11 anos de idade. No caso de crianças com história familiar de hipercolesterolemia ou diabetes, deve ser feito ainda antes dos 9 anos.

Para adultos, é indicado começar o rastreio aos 20 anos, repetindo a cada 5 anos, enquanto mantiver valores dentro dos limites adequados. Contudo, se o exame se apresentar alterado, esse acompanhamento deve ser anual e não mais a cada 5 anos.

Para realizar o exame do colesterol é preciso um pedido médico. Converse com o médico da família para avaliar a sua necessidade, calcular o risco real e valores adequados de colesterol no sangue.

Saiba como se alimentar de forma saudável e contribuir para a redução do colesterol ruim, no seguinte artigo: Como deve ser a dieta para baixar o colesterol?

Referências:

  • American Heart Association - What Your Cholesterol Levels Mean. May 22, 2020.
  • Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2017.
  • Sociedade Brasileira de Diabetes.
Existe risco em perder o bebê e engravidar no mês seguinte?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Engravidar depois de uma perda espontânea não é considerado um risco. A maioria das mulheres consegue ter uma gravidez normal e um bebê saudável nessa situação.

No entanto, caso o aborto tenha ficado retido e tenha sido necessário algum procedimento médico, existe um risco aumentado de problemas na gravidez atual. As complicações que podem acontecer são:

  • Sangramento no primeiro trimestre;
  • Parto prematuro;
  • Morte fetal.

Outra questão a ser considerada para se saber se existe risco de uma nova perda na gravidez atual é quantas perdas já ocorreram. Quando os abortos são repetidos, o risco de uma nova perda é maior. Nesses casos, é preciso ter um acompanhamento mais cuidadoso no pré-natal.

No caso de ainda não ter se recuperado emocionalmente da perda anterior ou sentir muito medo de perder novamente o bebê, procure cuidados emocionais (como terapia). Isso também vale para o seu parceiro. Além disso, é importante conversar com seu médico sobre os seus medos.

Você pode querer ler também:

Referências:

Febrasgo Notícias. Tratamento ambulatorial do abortamento retido. 16 de março de 2018.

Dulay AT. Aborto espontâneo. Manual MSD.

Kashanian M, Akbarian AR, Baradaran H, Shabandoust SH. Pregnancy outcome following a previous spontaneous abortion (miscarriage). Gynecol Obstet Invest. 2006; 61(3): 167-70.

Hale S, Shkodzik K. How Soon After an Abortion Can You Get Pregnant?

Mira Insights. Mira Blog

Grávida pode beber chá de camomila?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não parece haver problema em tomar chá de camomila durante a gravidez, desde que não seja algo muito frequente. A camomila é considerada segura, mas é importante que o chá seja de boa procedência, para evitar contaminações com outras ervas que podem causar problemas para a gestante.

Entretanto, tomar qualquer chá de forma diária ou muito frequente não é aconselhável. As substâncias dos chás, quando ingeridas em excesso, podem causar intoxicação. No caso dos chás em sachês, eles podem aumentar os níveis de fluoreto do sangue da gestante e o excesso de fluoreto pode afetar o desenvolvimento cognitivo do bebê.

O chá de camomila tem propriedade anti-inflamatória e moderada ação antioxidante e antimicrobiana. É indicado para aliviar cólicas e diarreia, principalmente. A ação calmante que lhe é atribuída popularmente não é comprovada.

Para saber mais sobre o uso de chás na gravidez, leia também:

Referências:

Krishnankutty N, Jensen TS, Kjae rJ, Jorgensen JS, Nielsen F, Grandjean P. Public-health risks from tea drinking: Fluoride exposure. Scand J Public Health. 2022; 50(3): 355-61.

Chamomile. In: Drugs and Lactation Database (LactMed) [Internet]

McKay DL, Blumberg JB. A review of the bioactivity and potential health benefits of chamomile tea (Matricaria recutita L.). Bethesda (MD): National Institute of Child Health and Human Development; 2006.

Phytother Res. 2006; 20(7): 519-30.

Jejum intermitente emagrece? 3 dicas para emagrecer com jejum intermitente
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O jejum intermitente pode sim promover o emagrecimento. Entretanto, deve ser efetuado de forma correta tendo como base uma alimentação saudável. Algumas dicas podem ajudar a ter sucesso no processo de emagrecimento:

1. Implemente uma alimentação saudável Alimentação saudável: salada de folhas, pedacinhos de frango grelhado e legumes

Adotar hábitos alimentares são fundamentais para obter sucesso no emagrecimento com jejum intermitente. Sua alimentação deve incluir alimentos naturais, com o mínimo de produtos industrializados.

A alimentação rica em carboidratos refinados e processados (pães, massas, doces, bebidas açucaradas e gorduras), oferece gordura suficiente ao organismo, dificultando o consumo da gordura já armazenada, o que pode comprometer os resultados do jejum intermitente. Este tipo de alimentação também provoca a sensação de fome com maior frequência.

Portanto, antes de iniciar o jejum intermitente, adote hábitos alimentares saudáveis que incluam o consumo de carnes magras, verduras, frutas e legumes.

Veja também: Dietas para emagrecer rápido são saudáveis? 5 dicas para emagrecer com saúde

2. Comece com jejum intermitente de 12 horas

O jejum intermitente de 12 horas é o mais fácil de ser implementado. Neste protocolo você pode, por exemplo, jantar às 20 horas e só comer novamente às 8 da manhã. Neste caso, a noite de sono está incluída no período de jejum, o que torna mais fácil a sua execução. Inicie fazendo uma ou duas vezes por semana, avaliando como se sente.

Depois da adaptação ao protocolo de 12 horas é possível estender as horas de jejum. Entretanto, é importante que todos os protocolos de jejum intermitente feitos por você sejam orientados por nutricionista ou nutrólogo/a.

Leia mais: Jejum Intermitente: o que é, como fazer, o que devo comer?

3. Conheça a sua fome real

Não confunda a sua fome real com a fome emocional. De forma geral, a fome real faz o seu estômago "roncar" e pode ser saciada com qualquer alimento. Quando temos fome emocional, desejamos alguns tipos de alimentos específicos que são geralmente mais açucarados ou gordurosos. É a famosa vontade que temos de "comer algo gostoso". É importante identificar a presença de fome emocional para evitar o processo de fuga de uma alimentação saudável, uma vez que alimentos saudáveis reduzem a frequência de fome real.

A fome real também pode ser confundida, por exemplo, com o hábito de se alimentar de 3 em 3 horas, o que não faz parte de nenhum protocolo de jejum intermitente. Se você se alimenta de 3 em 3 horas, a fome virá nestes horários apenas pelo hábito. Por este motivo, é preciso saber reconhecer a sua fome real e se for decidido pela mudança de hábito, fazê-la de forma gradativa e bem orientada.

Não inicie dietas, novos planos alimentares ou qualquer estratégia de emagrecimento sem orientação nutricional.

Portanto recomendamos agendar uma consulta com o nutricionista e médico nutrólogo, para que seja avaliado o seu caso, discutido os males e benefícios dessa forma de emagrecimento, aumentando assim a chance de alcançar os objetivos desejados, de maneira segura.

Veja também: Perder peso muito rápido faz mal?

7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer