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Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Redução no nível de beta-hCG deve ser analisada com cuidado. Pode ser normal, se ocorrer após 12 semanas de gravidez, ou indicar um problema, como gravidez ectópica ou perda da gestação.

Precisa centrar o seu tratamento médico em apenas um profissional, a segunda opinião sempre é válida, mas precisa de um único médico para conduzir o seu pré-natal, caso contrário as coisas vão ficar confusas e você vai se sentir perdida.

Por que beta-hCG diminuiu, mas a gravidez evolui normalmente?

A partir da 12ª semana de gestação, é normal que o seu exame de beta-hCG comece a diminuir. Isto acontece devido ao aumento da progesterona, um dos hormônios responsáveis pela nutrição do feto.

Deste modo, a gravidez evolui sem complicações e você deve seguir com o seu acompanhamento pré-natal.

Meu exame de beta-hCG diminuiu e eu tive sangramento, o que pode ser?- Gravidez Ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se implanta fora do útero, sendo as tubas uterinas o local mais comum desta implantação anormal.

Nestes casos, os sintomas mais comuns são:

  • sangramento vaginal ou manchas de sangue na calcinha e
  • cólicas e/ou dor no baixo ventre.

Trata-s de uma emergência médica que coloca em risco a vida da mãe e, infelizmente, o feto não sobrevive. Por este motivo, na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de emergência.

- Aborto espontâneo

O aborto espontâneo é caracterizado pela perda do feto devido a causas naturais antes de 20 semanas de gestação. Acontece com maior frequência, nos 3 primeiros meses de gestação.

Os sintomas de aborto espontâneo incluem:

  • No início da gestação: pequeno sangramento vaginal, de coloração vermelho vivo ou vermelho escuro.
  • No final da gravidez: o sangramento se torna abundante e pode vir acompanhado de coágulos ou muco e cólicas intensas.

É importante que os seus exames de beta-hCG sejam sempre avaliados pelo obstetra que a acompanha, ou médico de família durante as consultas de pré-natal no SUS.

No caso de anormalidades, pode ser necessário a realização de uma ultrassonografia transvaginal para avaliar o estado de saúde do bebê.

Para saber mais sobre o exame de beta-hCG, você pode ler:

Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?

Como entender os resultados do exame de gravidez Beta-hCG?

Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

7 Coisas que uma grávida não deve fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Conheça sete coisas que uma mulher grávida não pode fazer de jeito nenhum, para evitar complicações durante a gravidez e não prejudicar o bebê.

1. Tomar remédio sem indicação médica

Uma grávida nunca deve se automedicar, pois irá colocar em risco a sua saúde e a vida do bebê. Cabe ao médico avaliar o risco-benefício em tomar o medicamento e se existe ou não contraindicação durante a gravidez.

2. Consumir bebidas alcoólicas

O álcool prejudica o desenvolvimento do feto e pode inclusive alterar o desenvolvimento do bebê após o parto. O consumo de bebidas alcoólicas na gravidez também restringe o crescimento do feto, podendo resultar em baixo peso ao nascimento.

3. Fumar

O cigarro pode causar problemas graves para o bebê, pois restringe o oxigênio que chega ao feto. Fumar durante a gravidez aumenta os riscos de parto prematuro, ruptura da bolsa, placenta prévia, restrição de crescimento do feto, baixo peso ao nascimento e morte neonatal.

Mesmo que a grávida não seja fumante, ficar próxima de pessoas que fumam ou em ambientes com fumaça de cigarro (fumante passiva) também é prejudicial para ela e para o bebê, por isso ela deve evitar essa exposição.

4. Comer alimentos crus

Uma grávida deve evitar ovos, carnes (frango, porco, vaca), peixes e frutos do mar crus, bem como leite e derivados não pasteurizados. As saladas e as frutas devem ser muito bem lavadas com água corrente e devidamente desinfetadas numa solução própria e segura.

O objetivo é evitar a toxoplasmose e a listeriose, que podem trazer sérias complicações para o bebê.

Leia também:

No caso do sushi e do sashimi, eles podem ser consumidos por grávidas, desde que o peixe tenha boa procedência, o restaurante tenha regras rígidas de armazenamento e manuseio dos alimentos e o peixe tenha sido congelado.

5. Doar sangue

Durante a gestação ocorre uma espécie de anemia devido ao maior volume de plasma sanguíneo e a uma alteração nos glóbulos vermelhos. Trata-se de uma adaptação que o corpo da gestante sofre para garantir o fornecimento de nutrientes necessários para o feto crescer e se desenvolver.

Doar sangue obriga o organismo a repor os nutrientes e as células sanguíneas e pode não haver tempo suficiente para que ocorra essa reposição durante a gravidez, o que poderia prejudicar o aporte sanguíneo necessário para a mulher e para o feto.

6. Fazer tatuagem

Grávida não deve fazer tatuagem principalmente porque a imunidade fica mais baixa durante a gravidez, o que aumenta o risco de infecções e complicações no local da tatuagem.

Leia também: fazer tatuagem durante a gravidez faz mal? E durante a amamentação?

Além disso, como durante a gestação a pele fica mais esticada, a tatuagem pode sofrer alterações na sua forma quando a pele voltar ao seu estado normal, podendo também provocar estrias na tatuagem que precisarão de retoques posteriores.

7) Fazer luzes, alisamento ou pintar o cabelo

Durante a gravidez, os produtos químicos usados nas luzes, nos alisamentos ou para pintar os cabelos podem ser absorvidos pela pele e prejudicar o desenvolvimento do feto, sobretudo no primeiro trimestre de gestação.

Produtos com amônia, formol e metais pesados, como o chumbo, são extremamente tóxicos e devem ser evitados durante a gravidez.

Saiba mais em:

Para maiores esclarecimentos sobre o que a grávida pode e não pode fazer, fale com o seu médico obstetra.

Veja também:

Quanto tempo depois da cesárea posso voltar para a academia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mulheres que fizeram cesárea, em geral, podem voltar para a academia cerca de 40 dias depois do parto. Porém, esse tempo pode variar, dependendo do estado físico da mulher e do quão ativa ela era antes e durante a gravidez.

O importante é voltar aos exercícios físicos apenas quando o corpo permitir e estiver tudo seguro em relação à parte médica.

Durante o primeiro mês após a cesárea, a mulher deve evitar correr, levantar pesos ou realizar qualquer atividade mais intensa. Depois dos primeiros 30 dias, já é possível fazer caminhadas leves, de 20 a 30 minutos, dependendo do condicionamento físico.

A atividade física depois do parto, seja ele cesárea ou normal, traz muitos benefícios físicos e mentais para a mulher, ajudando a eliminar o peso ganho durante a gestação, melhorar o bem estar físico e emocional, melhorar o desempenho cardiovascular, diminuir a ansiedade e a depressão, entre outros.

Antes de voltar à academia depois da cesárea, a mulher deve falar primeiro com o/a seu/sua médico/a obstetra sobre os cuidados que deve ter ao voltar a malhar.

Leia também: Os pontos da cesárea estão inflamados. O que fazer?

O que significa TSH alto na gravidez?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O TSH alto, na gravidez, ou em outras situações, reflete que o funcionamento da glândula tiróide pode não estar adequado (hipotireoidismo).

O TSH, sigla para "hormônio estimulador da tireóide" é um hormônio fabricado por uma glândula que fica dentro do crânio, e que se chama hipófise. Esta glândula controla o funcionamento de diversas outras glândulas do corpo, sendo a tireóide uma delas. A produção de TSH está inversamente relacionada à quantidade de hormônio tireoidiano produzido (T3 e T4), ou seja, se a tireóide produzir hormônios em quantidade inferior à necessária, haverá aumento do TSH e vice-versa. A causa mais comum para menor produção dos hormônios pela tireóide é a inflamação auto-imune da glândula, conhecida como tireoidite de Hashimoto.

O hipotireoidismo durante a gravidez é potencialmente perigoso, porque pode acarretar consequências tanto para a mãe quanto para o bebê. Faz parte dos exames de pré-natal a dosagem do TSH.

Quando o tratamento é seguido corretamente, os riscos do hipotireoidismo na gravidez são virtualmente inexistentes. Se não foi iniciado o tratamento, há risco para o bebê de:

  • parto prematuro,
  • arritmias,
  • problemas cognitivos e de inteligência,
  • óbito fetal.

para a gestante, há risco de:

  • pré-eclâmpsia, quando a pressão arterial sobe na gestação,
  • diminuição da fertilidade e dificuldade para engravidar.

O tratamento para o hipotireoidismo na gravidez passa pela ingestão de hormônios sintéticos todos os dias. A dose pode ser revista e mudada algumas vezes de modo a que o bebê não se ressinta mantendo-se um equilíbrio hormonal correto. O controle da dose adequada deve ser feita a cada 6 a 8 semanas, através da dosagem do TSH e do T4 livre.

Vale ressaltar que o hipotireoidismo bem controlado não trará qualquer prejuízo ao feto ou à mãe.

O pré-natal deve ser feito pelo gineco-obstetra e, na alteração da função tireoidiana, é necessário seguimento com o endocrinologista. Na alteração de exames laboratoriais, consulte um médico.

Tomei o anticoncepcional com falhas. Posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A pílula anticoncepcional usada com falhas diminui a sua eficácia em prevenir a gravidez e, portanto, quando não usada corretamente, a possibilidade de engravidar aumenta.

As falhas do uso do anticoncepcional costumam ser:

  • Esquecimento de comprimido;
  • Tomada do comprimido fora do horário habitual;
  • Intervalo prolongado da pausa entre as cartelas;
  • Tomada do comprimido em horário diferente a cada dia.

Todas essas falhas podem diminuir a eficácia da pílula e, consequentemente, aumentar a chance de engravidar.

O que fazer se esquecer o anticoncepcional?

O esquecimento por menos de 12h, não interfere na eficácia da pilula, por isso, nesse caso, basta tomar a pílula que foi esquecida assim que se lembre, e continuar tomando a cartela como antes.

Se passou mais de 12 horas, a eficácia do medicamento pode ter diminuído, por isso é recomendado conversar com o médico que receitou a pílula, ou ler a bula do medicamento, e seguir as orientações do fabricante.

Quando a mulher apresentou alguma falha no método, é recomendado o uso de outro método contraceptivo associado (por exemplo, o preservativo) para garantir que não engravide.

Conheça mais sobre esse tema, nos artigos:

Gestação: Idade Gestacional e Data do Bebê Nascer
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

1 - Como saber com quantas semanas estou?

Somente existe duas maneiras de saber: data da última menstruação (se a mulher é regular) ou ultrassom feito no primeiro trimestre da gestação, a partir desses dois indicadores o médico do pré-natal vai calcular a idade gestacional, caso haja muita diferença entre as datas o ultrassom do primeiro trimestre é o mais confiável que a menstruação. Ultrassom feito no final da gestação não serve para saber a idade gestacional. Beta-HCG não serve para calcular idade gestacional.

2 - Como saber com quantos meses estou?

Não sei,  médico só conta a gestação em semanas... O bebê deve nascer quando completar as 40 semanas.

3 - Como é feito o cálculo a partir da data da última menstruação?

O cálculo pé feito a partir da data da última menstruação e contado em semanas, não contamos a partir do dia que a mulher realmente engravidou porque quase nunca conseguimos saber o dia que a mulher engravidou, mas o cálculo a partir da menstruação é muito confiável (se a mulher era regulada).

4 - Como é feito o cálculo a partir do ultrassom?

Utiliza-se parâmetros biométricos para fazer esse cálculo, o próprio computador do ultrassom já da esses valores prontos.

5 - As semanas data do parto do ultrassom está diferente da data da menstruação, em qual devo acreditar?

Isto é uma situação comum, dificilmente o cálculo a partir da data da última menstruação e o cálculo a partir do ultrassom vão dar a mesma data geralmente elas são próxima, mas quase nunca idênticas.

6 - Mas as semanas e data do parto deram muito diferentes em qual me baseio?

Em ordem de escolha:

  • 1) Ultrassom feito nos primeiros três meses de gestação;
  • 2) Data da última menstruação;
  • 3) Ultrassom feito entre o 4 e 6 mês de gestação;

7 - A data do parto que o médico calculou é realmente o dia que o bebê vai nascer?

Não. Esta é uma data aproximada e serve exclusivamente para o médico saber quando é cedo demais para o bebê nascer e quando esta ficando tarde demais. Na verdade o bebê pode nascer até 3 semanas antes dessa data e no máximo até 2 semanas depois dessa data.

8 - Com quantas semanas de gravidez estou pelo valor do Beta-HCG?

Beta-HCG não serve para saber a idade gestacional.

Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga pode ser causada por várias doenças e condições. Também chamada de dor pélvica ou dor no baixo ventre, é uma dor abdominal inferior, localizada abaixo do umbigo, que pode indicar um problema no trato urinário, nos órgãos reprodutivos ou no aparelho digestivo. O pé da barriga, baixo ventre ou pelve, é a região entre o abdômen e as coxas. Inclui a parte inferior do abdômen, a virilha e os órgãos genitais. Homens e mulheres podem sentir dor nessa parte do corpo.

Algumas causas de dores no pé da barriga, incluindo cólicas menstruais em mulheres, são normais e não são motivo de preocupação. Outras podem ser sérias e graves, necessitando de tratamento urgente e específico.

O que pode causar dor no pé da barriga? 1. Infecção do trato urinário

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário. Isso inclui uretra, bexiga, ureteres e rins. As infecções urinárias afetam sobretudo as mulheres, mas também podem ocorrer em homens. A bexiga costuma ser o órgão mais acometido, o que chamamos de cistite.

Os sinais e sintomas de infecção urinária incluem dor no pé da barriga, sensação de pressão ou peso no baixo ventre, urina turva, escura ou com mau cheiro, vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e dor ou ardência ao urinar.

A maioria das infecções urinárias afeta a bexiga. Além das infecções bacterianas, a cistite também pode ser causada por reação a medicamentos ou a produtos químicos, radioterapia e uso prolongado de cateter.

2. Infecção sexualmente transmissível

Uma infecção sexualmente transmissível é uma infecção transmitida por contato sexual. Dentre as mais comuns estão a clamídia e a gonorreia. Essas infecções são causadas por bactérias e geralmente aparecem juntas.

Em muitos casos, a gonorreia e a clamídia não causam sintomas, porém quando causam dor, nas mulheres a queixa é localizada no pé da barriga, especialmente ao urinar ou evacuar. Nos homens, a dor pode se localizar nos testículos.

Além da dor pélvica e da dor abdominal, os sintomas de uma infecção sexualmente transmissível podem incluir:

  • Secreção pela uretra
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Sangramentos entre os ciclos menstruais
  • Corrimento
  • Dor ou sangramento no reto
  • Pus na urina
  • Aumento da frequência urinária
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sensibilidade e inchaço nos testículos (homens)
3. Hérnia

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, que ocorre quando o intestino empurra o músculo abdominal e uma parte do órgão extravasa através de uma área enfraquecida do músculo.

As hérnias inguinais frequentemente afetam os homens. A hérnia pode ser sentida através de um caroço doloroso na porção inferior do abdômen ou na virilha. O caroço desaparece quando o indivíduo se deita e pode ser empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal.

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem dor no pé da barriga, que piora ao rir, tossir ou inclinar-se para frente. Outros sintomas são fraqueza na virilha, presença de protuberância que cresce lentamente na parede do abdômen (ou virilha) e sensação de plenitude (“barriga cheia”).

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio gastrointestinal que afeta o funcionamento do intestino grosso. A causa exata não está clara, mas parece estar relacionada a distúrbios psicológicos, associado a problemas nos músculos intestinais e presença de bactérias intestinais.

A síndrome do intestino irritável causa problemas digestivos, incluindo dores no pé da barriga, dor abdominal, cólicas, alteração no trânsito intestinal (diarreia / prisão de ventre), inchaço abdominal, gases e presença de muco branco nas fezes.

5. Apendicite

Apendicite é uma inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno saco em forma de dedo anexado à primeira parte do intestino grosso. Está localizado no lado inferior direito do abdômen, ou seja, no pé da barriga do lado direito.

A apendicite pode causar dor abdominal intensa, que geralmente começa no umbigo e depois irradia para a porção inferior direita do abdômen. A dor tende a piorar, especialmente ao tossir ou espirrar.

Os sintomas da apendicite incluem forte dor no pé da barriga do lado direito, perda de apetite, prisão de ventre, diarreia, náusea, vômito, inchaço abdominal, febre baixa e incapacidade de eliminar gases.

A apendicite é uma urgência cirúrgica! Na sua suspeita, procure imediatamente um atendimento médico.

6. Cálculo renal (pedra no rim)

Os cálculos renais são pedras formadas por depósitos minerais que se desenvolvem no trato urinário. As pedras podem se formar nos rins ou na bexiga. Também é possível que pequenas pedras nos rins entrem na bexiga.

Os cálculos renais e da bexiga nem sempre causam sintomas. Podem causar>

  • Dor abaixo do umbigo (dor pélvica, dor no baixo ventre ou no pé da barriga)
  • Dor nas laterais do tronco e nas costas (abaixo das costelas)
  • Dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Sangue ou escurecimento da urina
7. Aprisionamento do nervo pudendo

O nervo pudendo é o principal nervo pélvico. O aprisionamento do nervo pudendo ou neuralgia do pudendo ocorre quando o nervo pudendo está irritado ou danificado. O sintoma inicial é a dor pélvica constante, que pode piorar ao se sentar.

A dor no pé da barriga pode ser sentida em queimação, aperto, formigamento ou tipo "facadas". Outros sintomas incluem dormência, aumento da sensibilidade à dor na pelve, micção frequente, desejo repentino de urinar, dor durante as relações e disfunção erétil.

8. Aderência abdominal

As aderências abdominais são bandas fibrosas de tecido cicatricial que se formam no abdômen. As bandas podem se desenvolver entre as superfícies dos órgãos ou entre os órgãos e a parede abdominal. Essas aderências podem torcer, puxar ou pressionar os órgãos próximos, localizados na pelve.

Geralmente, a aderência abdominal ocorre em pessoas que fizeram cirurgia no abdômen. A maioria das aderências não causam sintomas. Contudo, quando presentes, causam dor abdominal que se espalha para o baixo ventre.

As aderências abdominais podem levar à obstrução intestinal. Nesses casos, além de causar dor no pé da barriga, pode haver inchaço abdominal, prisão de ventre, náusea, vômito, retenção de gases e interrupção dos movimentos intestinais.

O que pode causar dor no pé da barriga em homem?

A dor no pé da barriga em homem pode ser causada por problemas urinários, reprodutivos ou intestinais. Contudo, existem muitas causas possíveis para a dor no baixo ventre em homem. É importante observar outros sintomas, que podem ajudar a determinar a causa da dor.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata. A próstata é uma glândula que produz o líquido que compõe o sêmen. A prostatite pode ser causada por infecção bacteriana ou por danos nos nervos do trato urinário inferior. Às vezes, a inflamação não tem uma causa aparente.

Além de dor no pé da barriga, os sinais e sintomas da prostatite incluem:

  • Dor genital (pênis e testículos);
  • Dor abdominal ou na região lombar;
  • Dor entre o saco escrotal e o reto;
  • Sangue na urina;
  • Urina turva;
  • Micção frequente;
  • Dor ao urinar;
  • Ejaculação dolorosa;
  • Sintomas gripais (prostatite bacteriana).
Estenose uretral

Nos homens, a uretra é um tubo fino que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo, além de transportar o sêmen. A uretra pode desenvolver cicatrizes devido a inflamação, infecção ou lesão. As cicatrizes estreitam o tubo, o que reduz o fluxo de urina. Isso é chamado de estenose uretral.

A dor no pé da barriga é um sintoma comum da estenose uretral. Pode também haver dor ao urinar, urina com sangue ou escura, fluxo lento de urina, perda de urina, pênis inchado e sangue no sêmen.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, ou seja, não é um câncer. Uma próstata aumentada pode pressionar a uretra e a bexiga. Isso reduz o fluxo de urina e causa dor no pé da barriga e na pelve.

Outros sintomas da HPB incluem dor ao urinar, micção frequente (especialmente durante a noite), vontade constante de urinar, com sensação de esvaziamento incompleto, fluxo de urina fraco, urina com mau cheiro e dor após a ejaculação.

Síndrome da dor pélvica crônica

A síndrome da dor pélvica crônica é uma causa comum de dores no pé da barriga em homens. É frequentemente chamada de prostatite não bacteriana crônica, porque torna a próstata sensível, mas não é causada por bactérias.

A síndrome da dor pélvica crônica geralmente causa dor intermitente. Outros sintomas incluem dor na região lombar, dor nos órgãos genitais, micção frequente, dor ao urinar ou evacuar, piora da dor durante relações sexuais e disfunção erétil.

Síndrome da dor pós-vasectomia

A vasectomia é um método anticoncepcional definitivo masculino. Trata-se de um procedimento cirúrgico no qual o ducto deferente (tubos que transportam os espermatozoides) são cortados ou bloqueados. Até 2% dos homens que fazem vasectomia desenvolvem dor crônica. Isso é chamado de síndrome da dor pós-vasectomia.

A síndrome causa dor genital que se espalha para a pelve e para o abdômen. Outros sintomas incluem: dor durante a relação, na ereção e ejaculação, além de disfunção erétil.

O que pode causar dor no pé da barriga em mulheres?

Existem muitas causas de dor no pé da barriga em mulheres. A dor pélvica pode ser aguda ou crônica. Uma dor aguda refere-se a uma dor súbita ou nova. A dor crônica refere-se a uma condição duradoura, que pode permanecer constante ou ir e vir, há mais de 3 meses.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada, como clamídia ou gonorreia. As mulheres geralmente não apresentam sintomas quando são infectadas pela primeira vez.

Se não tratada, a DIP pode causar complicações sérias, incluindo dor crônica e intensa na pelve (pé da barriga) ou no abdômen. Outros sintomas podem incluir sangramento durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal intenso com odor desagradável, dificuldade ou dor para urinar.

A doença inflamatória pélvica requer atenção médica imediata para evitar complicações adicionais, como gravidez ectópica, cicatrizes nos órgãos reprodutivos, abscessos e infertilidade.

Endometriose

A endometriose pode ocorrer em qualquer mulher em idade reprodutiva. É causada pelo crescimento de tecido uterino fora do útero. Porém, esse tecido continua a agir da maneira que faria se estivesse dentro do útero, incluindo espessamento e descamação com sangramento durante a menstruação.

A endometriose geralmente causa graus variados de dor pélvica, que variam de leve a debilitante. Essa dor no baixo ventre costuma ser mais forte durante a menstruação. Também pode ocorrer durante a relação sexual e com os movimentos intestinais ou da bexiga. A dor geralmente é localizada no pé da barriga, mas pode se estender para o abdômen.

Além da dor pélvica, a endometriose também pode causar fluxos menstruais mais intensos, náusea e inchaço. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade.

Ovulação

Algumas mulheres experimentam dores no pé da barriga agudas e temporárias durante a ovulação, quando um óvulo é liberado de um ovário. Essas dores geralmente duram apenas algumas horas.

Menstruação

A dor pélvica pode ocorrer antes e durante a menstruação e é geralmente descrita como cãibras na pelve ou no pé da barriga. A intensidade da dor pode variar de mês para mês.

Além de dor no baixo ventre, a menstruação pode provocar inchaço, irritabilidade, insônia, ansiedade, aumento da sensibilidade das mamas, mudanças de humor, dor de cabeça e dor nas articulações. Esses sintomas geralmente desaparecem quando vem a menstruação.

A dor no pé da barriga durante a menstruação é chamada dismenorreia. Essa dor pode parecer com cãibras no abdômen ou se manifestar como uma dor persistente nas coxas e na região lombar. Pode ser acompanhada por náusea, dor de cabeça, tontura e vômito.

Torção ovariana

Se o ovário torcer repentinamente sobre o seu eixo, pode haver uma dor imediata, aguda e insuportável no pé da barriga. Às vezes, a dor pélvica é acompanhada de náusea e vômito. Essa dor também pode começar dias antes como cólicas intermitentes.

A torção ovariana é uma emergência médica que geralmente requer cirurgia imediata.

Cisto no ovário

Cistos no ovário geralmente não causam sintomas. Contudo, se forem grandes, a mulher pode sentir uma forte dor no quadrante inferior esquerdo ou direito do abdômen e dor abdominal difusa. Também pode haver inchaço e sensação de peso no baixo ventre. Se o cisto se romper, pode haver uma dor repentina e aguda no pé da barriga.

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores benignos do útero. Os sintomas variam de acordo com o tamanho e a localização, ou nem causam sintomas.

Porém, miomas grandes podem causar sensação de pressão ou dor abaixo do umbigo, sangramento durante a relação sexual, períodos menstruais intensos, problemas com a micção, dor na perna, prisão de ventre e dor nas costas. Miomas também podem dificultar uma gravidez.

Câncer ginecológico

O câncer ginecológico pode surgir no útero, no endométrio (camada interna do útero), no colo do útero ou nos ovários. Os sinais e sintomas variam, mas geralmente incluem dor abaixo da barriga ou dor abdominal difusa, dor durante a relação sexual e corrimento vaginal.

Síndrome de congestão pélvica

A síndrome de congestão pélvica caracteriza-se pelo desenvolvimento de varizes nos ovários. Ocorre quando as válvulas que normalmente mantêm o sangue fluindo na direção correta pelas veias não funcionam mais. Isso faz com que o sangue retorne nas veias, que incham.

A dor no pé da barriga é o principal sintoma da síndrome de congestão pélvica. A dor muitas vezes piora durante o dia, especialmente se a mulher estiver sentada ou em pé por muito tempo. Também pode haver dor durante a relação sexual e na época da menstruação.

Outros sintomas incluem diarreia, prisão de ventre, varizes nas coxas e dificuldade em controlar a micção.

Prolapso de órgão pélvico

Os órgãos pélvicos femininos permanecem no lugar devido a uma rede de músculos e outros tecidos que os sustentam. Devido ao parto e à idade, esses músculos podem enfraquecer e permitir que a bexiga e o útero caiam.

O prolapso de órgão pélvico pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Esta condição pode causar uma sensação de pressão ou peso no baixo ventre. A mulher também pode sentir um caroço saindo da vagina.

Gravidez

Dor no pé da barriga pode ser gravidez. A dor pélvica é comum durante a gestação. À medida que o corpo da mulher se ajusta e cresce, seus ossos e ligamentos se esticam. Isso pode causar dor ou desconforto.

Porém, uma dor pélvica na gravidez acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, ou se não desaparecer ou durar um longo período de tempo, deve ser avaliada pelo médico obstetra.

Algumas possíveis causas de dor no pé da barriga durante a gravidez incluem:

Contrações de Braxton-Hicks

Essas contrações ocorrem com mais frequência no 3º trimestre de gravidez, causando dores no pé da barriga. Elas podem ser provocados por esforço físico, movimentos do bebê ou desidratação.

As contrações de Braxton-Hicks não são uma emergência médica, mas a gestante deve informar o médico na próxima consulta pré-natal.

Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana de gestação. A maioria dos abortos ocorre durante o 1º trimestre, antes da 13ª semana de gravidez. Eles são frequentemente acompanhados por: Sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores no pé da barriga, dor abdominal ou na região lombar e fluxo de fluidos ou tecidos pela vagina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto que ocorre antes da 37ª semana de gravidez é considerado trabalho de parto prematuro. Os sintomas incluem:

  • Dor abaixo do umbigo, que pode parecer contrações agudas e cronometradas;
  • Dor na região lombar;
  • Fadiga;
  • Corrimento vaginal mais intenso que o normal;
  • Cãibras no estômago com ou sem diarreia;
  • Saída do tampão mucoso;
  • Febre (se o parto estiver sendo causado por uma infecção).
Descolamento da placenta

A placenta se forma e se liga à parede uterina no início da gravidez. Ela foi projetada para fornecer oxigênio e nutrir o bebê até o momento do parto. Em situações raras, a placenta se descola parcialmente ou totalmente da parede do útero.

O descolamento da placenta pode causar sangramento vaginal, acompanhado por súbitas sensações de dor ou sensibilidade no abdômen ou nas costas. É mais comum no 3º trimestre, mas pode ocorrer a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre se um óvulo fecundado se implantar em uma das trompa ou em outra parte do aparelho reprodutivo que não seja o útero. Esse tipo de gravidez nunca é viável e pode resultar em ruptura da trompa de Falópio e sangramento interno, com risco de morte para a mãe.

Os principais sintomas são a dor aguda e intensa no pé da barriga e o sangramento vaginal. A dor pode ocorrer no abdômen ou na pelve, pode irradiar para o ombro ou pescoço se houver sangramento interno e o sangue se acumular sob o diafragma.

Em caso de dor no pé da barriga intensa ou que não passa, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas, procure um atendimento de emergência para avaliação.

Saiba mais em:

O que é a síndrome do intestino irritável?

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer

As 5 principais causas de dor abaixo do umbigo e o que fazer

Sou‌ ‌mulher‌ ‌e‌ ‌estou‌ ‌com‌ ‌dor‌ ‌na‌ ‌virilha.‌ ‌O‌ ‌que‌ ‌pode‌ ‌ser?‌

Minha barriga está dolorida quando aperto. O que pode ser?

O que pode causar dor no pé da barriga e corrimento?

Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Como calcular tempo de gravidez em meses?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Usualmente, calcula-se o tempo de gravidez em semanas. Contudo, para obter a idade gestacional em meses, basta dividir o valor por 4.

Para iniciar o cálculo, utilize como primeiro dia, o último dia da menstruação e marque-o num calendário. A cada 7 dias, a partir desta data, o bebê terá mais uma semana de vida.

O cálculo do tempo de gravidez é feito a partir da data da última menstruação, já que é muito difícil de saber o dia exato que a mulher engravidou, ou seja, o dia que houve a fecundação (encontro do espermatozoide com o óvulo). Essa forma de calcular a idade gestacional é bastante fiável, desde que a mulher tenha ciclos regulares.

Mesmo sabendo o dia exato da relação, a concepção não ocorre necessariamente na mesma data, já que o espermatozoide pode permanecer vivo durante dias dentro do corpo da mulher.

A idade gestacional também pode ser descrita por trimestre, ou seja, subdividindo a gravidez de 3 em 3 meses, da seguinte forma:

Primeiro trimestre de gravidez 1 a 4 semanas de gestação: 1 mês

É no primeiro mês de gestação que é feita a 1ª consulta pré-natal, preferencialmente entre a 2ª e a 4ª semana de atraso menstrual. O embrião tem cerca de 5 mm. Também são feitos exames de sangue e urina. A partir da 4ª semana, é comum a gestante sentir sonolência.

5 a 9 semanas de gestação: 2 meses

A partir do 2º mês de gravidez, já é possível identificar a cabeça, os olhos e os membros do feto, a partir do exame de ultrassonografia. Órgãos como rins, estômago e fígado já estão em funcionamento. Na 8ª semana, começam a se diferenciar os órgãos genitais.

10 a 13 semanas de gestação: 3 meses

Com 3 meses, o rosto do feto começa a ser formado, já possui olhos, orelhas e pálpebras, embora os olhos não se abram. As unhas já estão formadas e todos os órgãos internos estão praticamente desenvolvidos.

Segundo trimestre de gravidez 14 a 17 semanas de gestação: 4 meses

A partir do 4º mês de gravidez, os batimentos cardíacos do bebê já podem ser ouvidos no exame de ultrassom. É nessa fase da gestação que é feita a amniocentese, quando indicada. Entre o 4º e o 5º mês, a gestante normalmente já consegue sentir o bebê.

18 a 22 semanas de gestação: 5 meses

Com 5 meses, o bebê já utiliza com intensidade os músculos e a sua pele está mais grossa. Nessa fase da gravidez, a gestante pode ter aumento do apetite e deve controlar o peso.

23 a 26 semanas de gestação: 6 meses

No 6º mês de gravidez, o bebê já se movimenta bastante, dorme muito e já pode reconhecer as vozes do pai e da mãe.

Terceiro trimestre de gravidez 27 a 31 semanas de gestação: 7 meses

Passados 7 meses de gravidez, o bebê tem cerca de 1 quilo e meio e mede aproximadamente 28 centímetros. É possível que esteja de cabeça para baixo, posicionando-se para o parto.

Devido ao tamanho do útero, a gestante pode sentir azia e falta de ar.

32 a 35 semanas de gestação: 8 meses

No 8º mês de gravidez, o útero materno começa a ficar apertado para o bebê. As alterações naturais do organismo da mãe podem causar cansaço e dor nas costas.

36 a 40 semanas de gestação: 9 meses

Com 36 semanas, o bebê está encaixado. A partir da 37ª semana de gravidez, as consultas de pré-natal passam a ser semanais. Pode acontecer o início do trabalho de parto a qualquer momento.

Quanto tempo pode durar uma gravidez?

A gravidez pode durar até 41 semanas e 6 dias. Considera-se prematuro o bebê que nascer antes de completar as 37 semanas de gestação.

É possível saber o dia do parto?

Por norma, a data prevista do parto é aquela onde se completa 40 semanas, contadas a partir do 1º dia da última menstruação. O bebê pode nascer 2 semanas antes ou até 2 semanas depois desta data, sendo totalmente normal.

À medida que a gravidez avança e a data prevista para o parto se aproxima a gestante deve permanecer em alerta para os sinais de trabalho de parto como aumento da intensidade e frequência das contrações uterinas, a ruptura da bolsa ou saída do "tampão mucoso". Alguns sinais de alarme como sangramento ou o bebê deixar de se movimentar também são motivos para a gravida procurar o serviço de urgência mais próximo.

Saiba mais no link: Como é o tampão mucoso e quais os primeiros sintomas de parto?

Para maiores esclarecimentos sobre como calcular o tempo de gravidez, fale com o médico obstetra que está acompanhando a sua gravidez.