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Tomei benzetacil, quanto tempo posso tomar bebida alcoólica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. Se for uma quantidade pequena de bebida, pode tomar já no mesmo dia ou no dia seguinte, porque embora não seja o recomendado, não existe contraindicação absoluta. Entretanto o mais indicado seria após 30 dias da aplicação do antibiótico.

O benzetacil® como a maioria dos antibióticos, são metabolizados pelo fígado, assim como as bebidas alcoólicas (cerveja, whisky, vinhos entre outros), portanto podem interagir, sobrecarregando o fígado e reduzindo a ação do medicamento.

Outra razão para evitar o uso concomitante de antibióticos e bebidas alcoólicas, é devido ao risco de redução da eficácia do medicamento, pelo aumento da sua eliminação na urina. Isso acontece porque o consumo de grande quantidade de bebida, aumenta naturalmente a diurese, pelo estímulo renal, tanto o volume quanto a frequência da urina, com isso a medicação dura menos tempo do que o previsto no organismo.

Vale ressaltar ainda, que o uso de benzetacil® pode aumentar os níveis de açúcar no sangue e aumentar o risco de crise convulsiva em pacientes epilépticos; o que também pode ser ocasionado pelo uso de bebidas alcoólicas e por situações de estresse ou infecção. Sendo assim, especialmente para pessoas diabéticas e portadores de epilepsia, pode ser bastante prejudicial, associar vários fatores de risco ao mesmo tempo.

Quanto tempo dura a ação do Benzetacil®?

O tempo médio de vida do benzetacil® em pessoas com função renal normal, é de 15 a 30 dias, por isso, os médicos orientam a aguardar pelo menos esse tempo, que passem por uma reavaliação médica, e não sendo indicado novo ciclo de antibióticos, poderia retornar o consumo de bebidas alcoólicas com segurança.

Para mais esclarecimento, fale com seu médico assistente, ou o médico que lhe prescreveu a medicação.

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Tomar remédio com leite corta o efeito?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, na verdade tomar remédio com leite pode reduzir o efeito da medicação. Isso porque o leite, por ser um alimento, estimula a produção de sucos digestivos que podem degradar o remédio reduzindo o seu efeito. 

Além disso, o leite contém nutrientes, como o cálcio, que podem reagir com os compostos do medicamento e promover a perda do seu efeito terapêutico por inativação química.

Um exemplo são os antibióticos feitos à base de tetraciclina e quinolonas, que não devem ser tomados com leite pois esse composto liga-se ao cálcio e forma aglomerações, reduzindo seu efeito. Outra medicação que deve ser ingerida preferencialmente com água é a Levotiroxina, prescrito nos casos de doenças da tireoide.

Portanto, para não correr o risco de cortar o efeito do remédio, o mais indicado é tomar todos os medicamentos sempre com um copo de água, evitando-se qualquer outra bebida.

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Amamentação e Remédios
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A maioria das medicações é permitida durante a amamentação. Porém, algumas devem ser evitadas ou são proibidas. Para confirmar se a medicação a ser usada é permitida, informe ao/à profissional de saúde que você está amamentando para que ele/ela avalie e indique ou contra-indique o uso.

1 - Quais os remédios permitidos na Amamentação?
  • Amoxicilina;
  • Amoxicilina-Clavulanato;
  • Ampicilina;
  • Penicilina (Benzetacil);
  • Cefalexina;
  • Contracep;
  • Diclofenaco;
  • Metoclopramida;
  • Ibuprofeno;
  • Paracetamol;
  • Aceclofenaco (Proflam);
  • Ciprofloxacino;
  • Omeprazol;
  • Loratadina;
  • Hidroxizine;
  • Dexclorfeniramina (Polaramine);
  • Sertralina;
  • Fluoxetina;
  • Amitriptlina;
  • Citalopram;
  • Clonazepam.
2 - Quais os remédios proibidos na Amamentação?
  • Nimesulida;
  • Bromazepam;
  • Mesigyna;
  • Perlutan;
  • Sibutramina;
  • Nefazodona;
  • Tranilcipromina.
3 - Estou amamentando, posso tomar a pílula do dia seguinte?

Sim, seis semanas após o parto a mulher já pode fazer uso da pílula do dia seguinte.

Leia mais em:

Estou amamentando e tomei pílula do dia seguinte, devo suspender a amamentação?

Para que serve o diprospan?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Diprospan® é uma medicação injetável indicada no tratamento de várias doenças e situações que induzem processos inflamatórios, entre elas:

  • alergias,
  • inchaços,
  • asma,
  • bronquite,
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),
  • Artrites e osteoartrite,
  • Colite ulcerativa,
  • Lesões musculares, torcicolo e lombalgia,
  • Bursite,
  • Dermatite,
  • Lúpus e
  • Psoríase.

O princípio ativo do Diprospan® é a betametasona, um corticoide com efeito anti-inflamatório, antirreumático e antialérgico.

Diprospan® é também utilizado em algumas mulheres grávidas que vão ter parto prematuro e usam a medicação para maturação dos pulmões do feto.

Indicações de Diprospan®

O usode Diprospan® é bastante variado sendo indicado para tratar doenças agudas e crônicas que respondem aos corticoides. A injeção de Diprospan® serve para:

  1. Alterações em músculos, ossos e tecidos moles: artrite reumatoide, osteoartrite, bursite, espondilite anquilosante, espondilite radiculite, dor no cóccix, dor ciática, lombalgia, torcicolo, fascite,
  2. Alergias: asma, rinite alérgica, doença do soro, picadas de insetos,
  3. Doenças que afetam a pele: dermatites, urticária, líquen plano hipertrófico, necrobiose lipoídica associada com diabetes mellitus, alopecia areata, lúpus eritematoso discoide, psoríase, queloides, pênfigo, dermatite herpetiforme, acne cística,
  4. Doenças do colágeno: lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, dermatomiosite, poliarterite nodosa e
  5. Câncer: (leucemia, linfoma).
Quais são os efeitos colaterais do Diprospan®

As taxas de efeitos colaterais do Diprospan® são baixas. Porém, o uso do medicamento pode ocasionar reações adversas em alguns casos.

Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais comuns do Diprospan® ocorrem em até 10% das pessoas que tomam o medicamento e incluem insônia, má digestão, aumento de apetite e infecções frequentes.

Efeitos colaterais incomuns

Os efeitos colaterais incomuns do Diprospan® ocorrem em até 1% das pessoas que tomam a medicação. Dentre essas reações estão: dificuldade de cicatrização da pele, atrofia da pele, foliculites, coceira, diabetes, osteoporose, sangramento gastrointestinal, irregularidade menstrual, entre outras.

Efeitos colaterais raros

Os efeitos adversos raros do Diprospan® são observados em até 0,001% das pessoas que usam o medicamento. Dentre as reações raras estão:

  • Estrias, hematomas, alergias;
  • Acne, urticária, transpiração excessiva;
  • Vermelhidão na pele, face e pescoço;
  • Depressão, convulsões, dor de cabeça;
  • Tontura, confusão mental, alteração de humor;
  • Úlcera, distensão abdominal, alteração em exames de fígado;
  • Diminuição do número de espermatozoides, dores musculares e articulares;
  • Aumento da pressão intraocular, catarata.

Na presença de algum efeito colateral, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser informado. É importante usar a medicação apenas com indicação médica e na frequência recomendada na receita.

Referência

Comissão de Farmácia e Terapêutica Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Manual Farmacêutico 2106 - 2017. São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, 2018.

Tenho sangramento de escape, posso engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O sangramento de escape é comum em quem usa o anticoncepcional hormonal como Diane 35. Ao fazer o uso regular do anticoncepcional, sem esquecimento de pílulas e sem falhas, ele terá seu efeito garantido mesmo havendo esses escapes.

Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento é diferente do sangramento da menstruação pois tem uma coloração de sangue menos vivo, não é prolongado, costuma durar alguns dias ou mesmo apenas 1 dia, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente.

O risco de gravidez em quem usa anticoncepcional é reduzido, em torno de 1%. Ou seja, quem faz uso regular da medicação, mesmo apresentando o sangramento de escape, tem um baixo risco de engravidar.

Caso você tenha alguma dúvida, consulte o/a médico/a de família, ginecologista ou clínico/a geral para uma avaliação.

É normal ter sangramento de escape por causa do anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é normal ter sangramento de escape (spotting) por causa do anticoncepcional. Muitas vezes esses sangramentos de escape estão associados ao uso de anticoncepcionais hormonais como pílula, adesivo, anel vaginal, implante e DIU (Dispositivo intra uterino).

O spotting é mais comum e frequente quando se faz uso da pílula continuamente, sem intervalos e quando se faz uso de anticoncepcionais com menor dosagem de estrogênio, além disso costuma ocorrer spotting nos primeiros meses de uso do anticoncepcional, com o decorrer do tempo é comum cessar esse sintoma.

Vale ressaltar que o sangramento de escape não indica falha da pílula, portanto é importante continuar fazendo uso do método contraceptivo normalmente mesmo caso ocorra esse tipo de sangramento.

Em algumas situações principalmente quando o uso da pilula é contínuo pode ocorrer a cessação da menstruação e de qualquer sangramento, com o decorrer do tempo, o que também é um efeito esperado do anticoncepcional.

Grande parte dos casos de sangramento de escape decorrentes do uso de anticoncepcional apresenta resolução espontânea, sem necessidade de uso de outros medicamentos ou mudança da pílula ou do método contraceptivo.

Contudo, se o sangramento de escape for muito incômodo, fale com o seu médico ginecologista ou médico de família para receber orientações ou mudar a sua pílula.

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Quais os efeitos colaterais do topiramato?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos colaterais mais frequentes do topiramato são:

  • Sonolência, tontura, fadiga (cansaço);
  • Irritabilidade, lentificação do pensamento;
  • Parestesia (formigamento), diplopia (visão dupla), diminuição da coordenação motora;
  • Náusea, nistagmo (movimentos oculares oscilatórios);
  • Letargia (perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento);
  • Dificuldade para falar, visão turva;
  • Diminuição do apetite, perda de peso, comprometimento de memória e diarreia.

Alguns desses efeitos colaterais são dependentes da dose utilizada, ou seja, podem estar presentes apenas com doses elevadas.

O topiramato aumenta o risco de cálculos renais, por isso, orienta o aumento da ingestão de água durante o tratamento.

Outro cuidado deve ser feito com relação à direção e controle de máquinas, pois a medicação pode lentificar a coordenação motora, causar tontura, formigamento e visão embaçada.

O aparecimento de efeitos colaterais ou reações indesejáveis pelo uso do topiramato deve ser informado ao/à médico/a que receitou o medicamento para avaliar o ajuste na dosagem ou a modificação da medicação.

Quem tem dengue pode tomar dipirona e paracetamol?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem está com dengue pode tomar tanto Dipirona quanto Paracetamol. Os medicamentos que não devem ser usados quando está com dengue são os medicamentos à base de ácido acetil salicílico, presentes no AAS ou Aspirina. Essas medicações aumentam a chance de provocar hemorragias e, por isso, devem ser evitadas durante a dengue.

Outros medicamentos que devem ser evitados em casos de dengue são os anti-inflamatórios, como Ibuprofeno, Nimesulida e Diclofenaco.

Contudo, o Paracetamol é uma medicação que usada cronicamente induz hemorragia (sangramento). Por ser tóxica ao fígado e pelo fígado ser o órgão responsável pela produção dos fatores de coagulação, o uso crônico do Paracetamol concomitante no momento da dengue pode agravar a hemorragia.

Mosquito Aedes aegypti Quais são os sintomas da dengue?

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Na dengue clássica, os sintomas são semelhantes a um resfriado: febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, cansaço, manchas vermelhas pelo corpo, entre outros.

A dengue hemorrágica pode causar dores abdominais fortes e contínuas que não melhoram com Dipirona ou Paracetamol. A febre costuma cessar subitamente até o 5º dia da doença.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes na dengue hemorrágica incluem vômitos persistentes, agitação ou letargia, pulsação rápida e fraca, extremidades frias e arroxeadas, sangramentos espontâneos, queda da pressão arterial, aumento da transpiração, aumento da frequência cardíaca e da transpiração, entre outros.

Qual é o tratamento para dengue?

Não existe um tratamento ou medicamento específico para a dengue clássica. O tratamento em geral é realizado com repouso, hidratação e medicamentos analgésicos e antitérmicos para aliviar a febre e a dor no corpo, como o Paracetamol e a Dipirona.

Na dengue hemorrágica, a pessoa deve ser observada com cuidado para que sejam identificados os primeiros sinais de choque. O período de maior risco é a transição da fase febril para a fase sem febre, o que geralmente acontece depois do 3º dia do início dos sintomas.

Assim que se verificarem os primeiros sinais de choque, a pessoa deve ser internada para corrigir rapidamente os líquidos perdidos e a acidose metabólica.

Na presença desses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde. Não tome medicamentos sem prescrição médica.

Saiba mais em: Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?