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Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:

  • Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
  • Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
  • Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
  • Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
  • Pacientes oncológicos.

Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.

O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.

Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.

Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?

A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.

Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.

Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.

Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.

A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?

Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
  • Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
  • Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
  • Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
  • Sintomas de gripe, resfriado e febre.

Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.

O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.

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A morfina tem efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o uso de morfina pode provocar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são: tontura, vertigem, sonolência, náuseas, vômitos e aumento da transpiração. Os efeitos colaterais do sulfato de morfina vão depender de cada pessoa e de acordo com a dosagem da medicação. 

Os maiores riscos do uso de morfina são a ocorrência de depressão respiratória e circulatória, com parada respiratória, choque e parada cardíaca.

Outras reações adversas da morfina:

⇒ Efeitos colaterais da morfina no sistema nervoso central: euforia, desconforto, fraqueza, dor de cabeça, insônia, agitação, desorientação e distúrbios visuais.

⇒ Efeitos colaterais da morfina no aparelho digestivo: boca seca, falta de apetite, prisão de ventre e espasmos biliares.

⇒ Efeitos colaterais da morfina no sistema cardiovascular: vermelhidão no rosto, diminuição ou aumento da frequência cardíaca e desmaio.

⇒ Efeitos colaterais da morfina no sistema genital e urinário: retenção urinária, aumento do número de micções, diminuição da libido e impotência.

⇒ Efeitos colaterais da morfina relacionados com alergias: coceira, urticária, erupções cutâneas, inchaço e, raramente, urticária hemorrágica.

Por conta da possibilidade desses efeitos colaterais, é aconselhável não dirigir e não realizar atividades que prendam muito a atenção da pessoa e necessite um nível de alerta mais elevado para executar tal ação.

O que é morfina?

A morfina (sulfato de morfina pentaidratado) é um poderoso analgésico usado para aliviar dores agudas intensas ou dores crônicas. Usada adequadamente, segundo a orientação médica, ela não causa dependência.

O sulfato de morfina atua sobre o sistema nervoso central e outros órgãos do corpo, sendo o seu principal efeito o alívio de dores fortes.

Quanto tempo a morfina demora para fazer efeito?

Após a ingestão da morfina, o seu efeito começa a ser sentido após 1 a 2 horas. A duração do seu efeito analgésico varia entre 4 e 5 horas.

Na presença de algum efeito colateral, entre em contato com o/a médico/a que receitou a morfina para possíveis adequações na dosagem, introdução de outros componentes na dieta ou uso de medicações adicionais.

Quais os efeitos secundários da risperidona?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos secundários da risperidona são:

  • Ganho de peso;
  • Sedação;
  • Hipotensão;
  • Aumento da prolactina e
  • Inquietação motora.

Outros efeitos comuns são: aumento do apetite; sonolência, insônia, dor de cabeça, ansiedade, tonturas; náusea, dor abdominal, constipação; incontinência urinária; tremores; febre, tosse.

É possível ter outros efeitos secundários que são bem menos comuns: letargia, agitação, vermelhidão, secura e coceira na pele, acne, aumento da sede, diminuição da libido, distúrbios menstruais, aumento das mamas, disfunção erétil, infecção urinária, sangramento nasal, entre outros.

Se você está usando risperidona, observe possíveis efeitos secundários e converse com o/a médico/a que prescreveu a medicação.

Pode tomar losartana potássica com besilato de anlodipino?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A losartana e o besilato de anlodipina podem ser utilizados em conjunto e alguns médicos fazem esta combinação com frequência. Inclusive existe no mercado medicamento já com esta formulação dupla.

A associação de losartana e anlodipina é utilizada para tratamento de hipertensão arterial leve com ótimos resultados. Ambas as substâncias causam no organismo, por meios distintos, a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o aporte de sangue e oxigênio para o músculo do coração, reduzindo assim seu esforço em bombear o sangue para todo o corpo, consequentemente reduzindo a pressão arterial.

Lembre-se que a hipertensão arterial é uma doença muito comum na nossa população e de tratamento simples, entretanto ainda é responsável pela maioria dos casos de Acidente vascular cerebral (derrame) e infarto agudo do miocárdio, devido ao alto índice de tratamento irregular.

Portanto a hipertensão deve ser tratada com mais seriedade, seguindo as orientações não só quanto aos medicamentos, mas também orientações alimentares, atividade física regular e hábitos de vida mais saudáveis.

O médico/a cardiologista é o responsável pelo tratamento da hipertensão arterial e esclarecimentos quanto às medicações que prescreve. No caso de dúvidas agende uma consulta com seu médico/a.

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Ranitidina: para que serve e qual é a indicação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A ranitidina é uma medicação indicada para tratamento de úlceras ativas no estômago e intestino, excesso na produção de ácido no estômago, inflamação no esôfago (esofagite), tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, prevenção de úlceras gástricas causadas por estresse ou pelo uso de medicações, prevenção de azia, alívio na queimação e auxiliar na erradicação do H. pylori juntamente com outras medicações.

O cloridrato de ranitidina serve para tratar úlcera duodenal e úlcera gástrica. O medicamento também é usado para prevenir úlcera duodenal relacionado com o uso de medicamentos anti-inflamatórios, sobretudo em pessoas que já tiveram ou têm úlcera péptica causada por H. pylori, úlcera de pós-operatório e esofagite de refluxo.

Estudos mostraram que o uso de ranitidina combinado com amoxicilina e metronidazol pode eliminar a bactéria H. pylori em quase todas as pessoas, sendo assim eficaz para prevenir o reaparecimento das úlceras.

O cloridrato de ranitidina serve também para aliviar os sintomas de refluxo gastroesofágico, síndrome de Zollinger-Ellison e a dor estomacal durante e após as refeições.

A ranitidina é indicada ainda para diminuir a produção de suco gástrico pelo estômago em casos de úlcera, hemorragia gástrica ou duodenal e ainda para prevenir aspiração de ácido estomacal.

Uma dose de 150 mg de cloridrato de ranitidina pode inibir a secreção de ácido gástrico durante um período de 12 horas.

O cloridrato de ranitidina pode curar, em média, 80% dos casos de úlcera duodenal em até 4 semanas. A eficácia para tratar úlcera gástrica é maior, chegando aos 89% dos casos em 3 meses de tratamento. 

No tratamento da esofagite erosiva, a ranitidina também é muito eficaz, com taxas de cura de aproximadamente 82%.

Como tomar ranitidina?Adultos

Em adultos com úlcera duodenal e úlcera gástrica, a dose geralmente indicada é de 150 mg, 2 vezes ao dia, ou uma única dose de 300 mg, à noite.

Grande parte das úlceras cicatrizam em até 4 semanas de tratamento com cloridrato de ranitidina. Contudo, em alguns casos, dependendo da doença, o tempo de tratamento pode ser de até 3 meses.

Nos tratamentos mais prolongados, a dose de ranitidina normalmente usada é de 150 mg, à noite. Para prevenir úlceras provocadas por anti-inflamatórios, a dose administrada geralmente é de 150 mg, 2 vezes ao dia.

Os comprimidos de ranitidina devem ser ingeridos com 1 copo de água. No caso de se esquecer de tomar alguma dose, o medicamento deve ser tomado o quanto antes, mantendo o horário normal das doses seguintes.

Crianças

Para crianças, a dose de cloridrato de ranitidina indicada é de 2 a 4 mg/kg, 2 vezes ao dia. A dose máxima diária não deve ultrapassar 300 mg.

Quais são os efeitos colaterais da ranitidina?

Os efeitos colaterais da ranitidina são raros. As reações observadas incluem urticária, febre, broncoespasmo, pressão baixa, dor no peito, alterações transitórias e reversíveis nos exames para o fígado e erupções cutâneas.

Outros efeitos colaterais da ranitidina, considerados muito raros (menos de 1 caso em cada 10.000 pessoas que tomam o medicamento):

⇒ diminuição do número de células do sangue, choque anafilático, confusão mental;

⇒ depressão, alucinações, dor de cabeça forte, vertigem;

⇒ movimentos involuntários, visão turva, inflamação de vasos sanguíneos;

⇒ pancreatite, diarreia, hepatite, dores musculares e articulares;

⇒ nefrite, impotência e crescimento das mamas em homens.

É importante usar a ranitidina apenas com orientação médica, na dosagem e horários indicados e pelo período de tempo prescrito.

Caso não haja melhora dos sintomas com o uso da medicação, retorne em consulta com o/a médico/a para uma nova avaliação.

Faço uso de cafeína anidra 420mg, mas estou preocupado...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A cafeína é um estimulante e como tal pode interferir no sono e causar insônia. O uso regular da cafeína pode levar ao vício e a descontinuidade da ingestão de café nessas situações leva a sintomas de abstinência como dor de cabeça, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração e rigidez muscular.

O consumo exagerado pode levar a alguns malefícios que são atribuídos ao uso do café. Efeito diurético e perda de minerais e vitaminas, causando enfraquecimento do organismo. Possui uma relação direta com a doença fibrocística que é precursora do câncer de mama.

Veja também: Cafeína tira a dor de cabeça?

Pode causar irritação da pele e outras doenças dermatológicas como verrugas e psoríase e favorecer o aparecimento de pólipos intestinais. Provoca aumento da secreção de ácido cloridrico (azia constante) no estômago levando ao aparecimento de gastrite e úlcera.

Vitamina B12 engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A vitamina B12 normalmente não faz engordar. Porém, pode haver aumento do apetite em algumas pessoas, o que pode fazer aumentar a ingestão de alimentos e, consequentemente, aumentar de peso.

A vitamina B12 não tem calorias, por isso, não engorda. Se você faz o tratamento com vitamina B12 e está engordando, provavelmente é por outros motivos que precisam ser investigados.

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Referências:

Vitamina B12. Bula do medicamento

eHealthMe. Vitamin B12 and Appetite increased - a phase IV clinical study of FDA data.

Oxalato de escitalopram emagrece?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O oxalato de escitalopram não é um medicamento para emagrecer. No entanto, existem algumas pessoas que podem apresentar perda de peso, embora seja um efeito raro do medicamento.

Já o aumento do apetite ou o aumento de peso são reações adversas mais comuns para quem usa o oxalato de escitalopram.

Caso continue emagrecendo, deve comunicar ao médico para investigar se é alguma reação que possa estar relacionada ao uso do medicamento.

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Referência:

Oxalato de escitalopram. Bula do medicamento.