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Tenho 16 anos e 1,61m o que preciso fazer para crescer mais?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Precisa ir ao médico (endocrinologista ou neuroendocrinologista ou pediatra ou qualquer médico) que possa começar uma investigação para apurar as causa de sua baixa estatura e a partir do diagnóstico planejar um tratamento.

Com qual idade o bebê começa a andar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quando falamos em desenvolvimento neurológico do bebê é importante lembrar duas coisas, a primeira é que não existem idades exatas para que a criança aprenda e adquira as habilidades que deverá desenvolver. Cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento e é importante não comparar uma criança com outras crianças.

A segunda coisa é que a idade gestacional (as semanas) que o bebê nasceu é essencial para determinar se o seu desenvolvimento está adequado ou não. Quando o bebê tem algum grau de prematuridade seu desenvolvimento e aquisição das habilidades não acontecerão nas mesmas idades que crianças que nasceram a termo, ou seja, não prematuras.

Dito isto, em relação ao desenvolvimento motor, o bebê começa a:

  • Sentar-se com apoio dos 4 aos 6 meses;
  • Sentar-se sem apoio dos 6 aos 9 meses;
  • Ficar em pé com apoio dos 5 aos 11 meses;
  • Ficar em pé sem apoio dos 10 aos 12 meses;
  • Engatinhar dos 8 aos 12 meses;
  • Adquirir a capacidade de andar com apoio dos 7 aos 12 meses e, por fim,
  • Apresentar marcha voluntária (andar) dos 11 aos 15 meses (1 ano e 3 meses).

O bebê deve fazer avaliação periódica com médico/a de saúde da família ou pediatra para avaliação de diversos aspectos do seu crescimento, desenvolvimento, alimentação, etc. Somente o/a médico/a capacitado/a para tal poderá dizer sobre qualquer tipo de atraso no desenvolvimento neurológico do bebê e encaminhar, quando necessário, para avaliação especializada.

Quando o bebê começa a falar? O que pode atrasar o início da fala?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A idade normal para um bebê começar a falar é por volta de um 1 ano de idade, quando começa a falar uma ou duas palavras, aplicadas corretamente.

Aos 2 anos de idade, a criança já é capaz de formar pequenas frases e aos 3 anos, responde perguntas simples. A partir dos 4 e 5 anos de idade, já é esperado que a criança saiba pronunciar o som de todas as letras, faça perguntas com "por que?" e conte até 10.

A aquisição da linguagem ocorre por fases. No início, a criança balbucia, depois começa a falar sílabas, em seguida forma algumas palavras, constrói frases, vai pronunciando os sons corretamente, e assim progressivamente.

Contudo, essa datas não são fixas e nem exatamente iguais para todas as crianças, além de ser normal e comum, que durante o aprendizado a criança troque algumas letras e omita outras.

A aquisição da fala e o desenvolvimento depende da capacidade do bebê para aprender, dos estímulos externos oferecidos e do funcionamento normal dos órgãos que participam da fala, os ouvidos, musculatura, boca, língua, laringe, nariz e os lábios.

O estímulo que ele recebe para falar tem um papel fundamental nesse desenvolvimento, por isso os irmãos mais novos, geralmente, começam a falar mais cedo que os mais velhos.

É comum observar um salto no desenvolvimento da fala quando a criança entra na escola, por volta dos 2 ou 3 anos, já que longe de casa ela é “obrigada” a se comunicar e interagir para conseguir o que precisa. O próprio contato com outras crianças e com os professores são formas de estímulo, que promovem o aumento do vocabulário e aprendizado.

Causas de atraso na fala

Existem diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da fala, com:

  • Falta de estímulos,
  • Problemas auditivos,
  • Problemas respiratórios,
  • Problemas neurológicos e
  • Sexo da criança (uma vez que as meninas têm uma tendência natural para começar a falar antes dos meninos).

Os problemas auditivos, respiratórios e neurológicos, são as principais causas do atraso no processo de aquisição da linguagem. A deficiência auditiva é a primeira alteração a ser investigada.

Problemas respiratórios fazem a criança respirar pela boca, como a rinite alérgica, interferem na musculatura, causando uma ligeira "fraqueza", que acaba por prejudicar a pronúncia correta das palavras. O uso de mamadeira e chupetas em excesso também provoca esse problema.

Vale lembrar que a maioria das crianças consegue falar normalmente, mesmo quando demoram muito para começar. Nem sempre um atraso na fala significa um problema neurológico.

No atraso da linguagem causado por problemas neurológicos, a criança pode apresentar atrasos em outras áreas, o que o pediatra poderá observar nas consultas periódicas da puericultura.

Na maioria dos casos, esse atraso não necessita de um longo tratamento. Porém, é importante estimular a criança de maneira adequada. Por exemplo, ao invés de entregar o que a criança está pedindo com sons ou apenas apontando, fazê-la esperar até que diga o que quer. Os familiares também devem ser orientados a não repetir as palavras erradas que a criança pronúncia, mas ensiná-la a forma correta.

Se houver dúvidas em relação ao desenvolvimento da fala do bebê, o/a pediatra ou fonoaudiólogo/a deverão ser consultados.

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Com qual idade o bebê começa a falar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da gagueira infantil normalmente aparecem na idade pré-escolar, entre 2 anos e meio e 3 anos de idade. A gagueira infantil caracteriza-se por repetições de sons ou sílabas das palavras, que resultam em bloqueios ou prolongamentos da fala, principalmente entre as palavras.

Crianças com gagueira infantil geralmente apresentam alguns tiques nos momentos de bloqueio e usam palavras de apoio muitas vezes nas frases, mesmo que essas palavras não se enquadrem no contexto. Também é comum que evitem falar na presença de outras pessoas.

Além de prejudicar a comunicação verbal, a gagueira muitas vezes vem acompanhada de timidez, medo associado à fala e ansiedade em algumas situações.

Contudo, crianças com idade entre 2 anos e meio e 3 anos podem gaguejar devido à ansiedade na hora de falar, o que pode alterar a fluidez da fala. Essa ansiedade é normal nessa fase de desenvolvimento da fala e aumento do vocabulário.

Nesses casos, a gagueira faz parte do desenvolvimento e muitas vezes desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento. Quanto mais nova for a criança e menor o tempo de duração da gagueira, maiores são as chances dela se recuperar espontaneamente.

Porém, se a criança começa a gaguejar quando está aprendendo a falar, o distúrbio durar mais de 12 meses e piorar com o tempo, a gagueira infantil já não é considerada parte do desenvolvimento. O distúrbio é classificado como crônico e patológico, e precisa ser tratado.

O tratamento da gagueira infantil é feito com fonoaudiologia. O objetivo é ajudar a criança a falar de forma mais lenta, suave e fluente. A inclusão da família no tratamento pode aumentar as chances de sucesso e deve ser estimulada.

Uma importante orientação que é dada aos familiares é para que falem devagar com a criança. Diminuir a velocidade da fala facilita a fluência de quem gagueja. Por outro lado, falar em ritmo acelerado exige mais do sistema de compreensão da fala e do sistema linguístico que elabora e produz a resposta, contribuindo para que haja bloqueios.

A gagueira é um distúrbio de fluência caracterizado por interrupções ou prolongamentos da fala que impedem que a pessoa fale de forma contínua, fluida e sem esforço. Pode ser causada por fatores hereditários, sociais, psicológicos, linguísticos ou ainda atraso no desenvolvimento da linguagem.

A gagueira infantil pode persistir até à fase adulta. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado e tiver início o tratamento, melhores e mais rápidos serão os resultados.

Leia também: Quando é que o bebê começa a falar, o que pode atrasar o início da fala?

Sífilis congênita (precoce e tardia): o que é, problemas, sintomas e tratamento
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez. A transmissão da gestante para o feto pode ocorrer pela passagem da bactéria através da placenta ou ainda no momento do parto.

Mulheres que engravidam com sífilis ou adquirem a doença depois de estarem grávidas e não fazem o tratamento adequado, podem transmitir sífilis para o bebê.

A sífilis congênita pode causar diversos problemas, como parto prematuro, má formação fetal, morte neonatal, baixo peso ao nascer, anomalias congênitas e sequelas neurológicas.

Sífilis congênita precoce

Quando os sinais e sintomas se manifestam logo após o nascimento ou durante os primeiros 2 anos de vida, a doença é denominada sífilis congênita precoce.

Nesses casos, as manifestações clínicas surgem logo nos primeiros meses de vida. Nos casos mais graves, pode haver sepse (infecção generalizada), anemia severa, hemorragia e icterícia.

A criança com sífilis congênita precoce apresenta ainda lesões em mucosas e pele, doenças ósseas, lesões cerebrais, problemas no aparelho respiratório, aumento do tamanho do fígado e do baço, paralisia dos membros, infecções no pâncreas e nos rins, entre outros problemas graves de saúde.

Sífilis congênita tardia

Quando a sífilis congênita se manifesta após os 2 anos de idade, ela é denominada sífilis congênita tardia. As características são semelhantes às da sífilis terciária do adulto, com lesões que se limitam a um órgão ou a alguns órgãos.

Tratamento

O tratamento da sífilis congênita é feito com antibiótico, normalmente penicilina. O bebê precisa ficar internado durante um tempo para o rastreio de possíveis complicações e deve ser acompanhado até os 18 meses para garantir que o tratamento foi concluído e a doença não deixou sequelas.

O exame de sangue para diagnosticar a sífilis faz parte dos exames que devem ser realizados pelas mulheres durante o acompanhamento pré-natal.

A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos nas relações sexuais.

Veja também:

Para que serve o exame de FSH?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de análise do FSH (hormônio folicular estimulante) é utilizado para diversas investigações, especialmente na dificuldade para engravidar e desenvolvimento anormal da puberdade.

Principais indicações do exame de FSH Nas Mulheres, serve para:
  • Investigar causas de infertilidade;
  • Investigar problemas relacionados a ciclos menstruais irregulares;
  • Pesquisar doenças na hipófise ou
  • Avaliar a função dos ovários.
Nos Homens, serve para:
  • Avaliar causas para uma contagem baixa de espermatozoides;
  • Avaliar função dos testículos, e se existe dificuldade de produzir hormônios sexuais masculinos (hipogonadismo ou insuficiência gonadal).
Nas Crianças, serve para:
  • Avaliar situações de desenvolvimento anormal, como puberdade precoce ou puberdade tardia. As taxas alteradas desse hormônio pode ser uma das causas.
O que é o FSH?

O FSH é um hormônio produzido pela hipófise, que significa hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante.

O principal papel do FSH é regular as funções das gônadas masculinas e femininas, os testículos e os ovários. São eles que produzem os hormônios masculinos e femininos, responsáveis por originar a puberdade, com as suas características sexuais específicas.

Na puberdade acontece o desenvolvimento do corpo, distribuição dos pelos, mudança do tom de voz nos meninos, aumento dos seios nas meninas, entre outras características, que dependem da ação desses hormônios.

Uma produção reduzida ou exagerada, pode causar problemas de saúde, por vezes, bastante preocupantes.

Além das características sexuais secundárias, o FSH é responsável por estimular os ovários, para produção de óvulos; e os testículos, na produção de espermatozoides, representando papel fundamental na reprodução humana.

Exames FSH e LH

Esse conjunto de funções também é responsabilidade do hormônio luteinizante, ou LH. Hormônio produzido pela hipófise, assim como o FSH e juntos, mantém esse equilíbrio de estímulo e inibição nas gônodas.

Por isso são exames solicitados, na maioria das vezes, ao mesmo tempo, com a finalidade de investigar causas de infertilidade e alterações no desenvolvimento da puberdade.

Para mais esclarecimentos sobre o assunto, agende uma consulta com médico(a) da família, endocrinologista, ginecologista (mulheres) ou urologista (homens).

Saiba mais:

Autismo tem cura?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento e é considerado uma doença crônica, ou seja, sem cura até o momento.

De maneira geral, o tratamento tem 4 objetivos:

  • Estimular o desenvolvimento social e a comunicação;
  • Melhorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
  • Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado;
  • Ajudar as famílias a lidarem com o autismo.

O autismo é um transtorno que nunca desaparece completamente, porém, com os cuidados adequado, o indivíduo se torna cada vez mais adaptado à sociedade.

O tratamento envolve diversos profissionais: pediatria, psiquiatria, psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo e terapeuta ocupacional, e é fundamental o papel dos familiares.

Em 2010, falou-se pela primeira vez em cura do autismo, a partir de uma pesquisa científica feita na Universidade da Califórnia, em que se conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. Contudo, apesar de trazer esperança às famílias de pacientes autistas, ainda não há aplicabilidade clínica até o momento e muitas pesquisas ainda devem ser feitas para poder se falar na cura do autismo.

Qual é o tratamento para quem tem lábio leporino?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do lábio leporino é feito através de cirurgia plástica. O objetivo é corrigir a fissura palatina, reconstituir o lábio superior e reposicionar o nariz. A primeira intervenção cirúrgica geralmente acontece nos primeiros 3 meses de vida do bebê. A segunda cirurgia é feita quando a criança tem cerca de 1 ano e meio de idade e tem como objetivo fechar o céu da boca (palato).

A cirurgia assegura a integridade da estrutura óssea, a funcionalidade da musculatura da boca e face, além de evitar a voz anasalada e deficiências na respiração.

Contudo, o número de operações depende do crescimento e da idade do paciente, bem como das estruturas envolvidas, como nariz, lábios e céu da boca.

É importante que a cirurgia de correção do lábio leporino seja realizada o mais breve possível para não afetar o desenvolvimento ósseo, o aleitamento, o desenvolvimento da fala, entre outras complicações.

Todo o processo de tratamento do lábio leporino é longo, levando de 16 a 20 anos para ser concluído. Durante a reabilitação, o crescimento dos ossos do crânio e da face devem ser observados com atenção para que a pessoa não fique com sequelas, como crescimento inadequado dos ossos craniofaciais. 

Apesar das cirurgias serem realizadas nos primeiros meses de vida, a criança com lábio leporino deverá ser acompanhada por diversos profissionais (fonoaudiologia, cirurgia plástica, odontologia, psicologia) ao longo do tratamento.

A atuação da equipe multidisciplinar é importante para estimular o desenvolvimento adequado da estrutura ortodôntica e evitar distúrbios respiratórios, infecções crônicas, má nutrição e problemas na dentição.

O tratamento para o lábio leporino acarreta profundas melhorias na qualidade de vida da criança, além de melhorar o aspecto estético. O processo terapêutico é individualizado, já que a resposta ao tratamento depende de diversos fatores que variam em cada caso.

É importante salientar que, além das cirurgias, os outros tratamentos são fundamentais para se ter bons resultados. Se o tratamento completo não for seguido até o fim, pode haver graves complicações para a pessoa.

Saiba mais em: 

O que é lábio leporino e quais são as causas?

Fenda palatina: Quais as causas e como tratar?