Sim, quem tem amenorreia pode engravidar, dependendo da causa da ausência de menstruação.
Em algumas situações específicas a mulher pode estar ovulando e não menstruar, como acontece na amenorreia primária causada por hímen imperfurado ou na amenorreia secundária, durante o período pós-parto.
A amenorreia primária é a ausência de menstruação até os 16 anos de idade. Uma de suas causas é o hímen imperfurado, uma membrana fina que recobre a entrada da vagina, obstruindo a passagem do fluxo de sangue. Nesse caso, a menina já está ovulando e a primeira menstruação (menarca) só não foi percebida pela obstrução. Portanto, ela pode sim engravidar.
Mulheres com amenorreia secundária (ausência de menstruação por pelo menos 3 meses) após o parto também podem ficar grávidas. Nesse período, a mulher fica sem menstruar durante algum tempo devido aos hormônios da amamentação. No entanto, a sua primeira ovulação depois do parto ocorre antes do retorno da menstruação. Dessa forma, ela pode engravidar, mesmo que ainda não tenha ficado menstruada no pós parto.
Contudo, tirando essas duas situações específicas, uma mulher com amenorreia dificilmente irá engravidar. Se ela não está menstruando, significa que existe algum distúrbio na sua ovulação, ciclo menstrual ou mesmo física. Caso contrário, a menstruação teria que acontecer.
Veja também: Uma mulher pode ovular sem menstruar?
A amenorreia ou irregularidades no ciclo menstrual devem ser investigados pelo/a médico/a ginecologista.
Também podem lhe interessar:
É possível engravidar sem ter menstruação?
Provavelmente sim. Em pouco tempo independente do resultado com o tratamento (que provavelmente vai regular sua menstruação), você entrará na menopausa.
O Ciclo 21 não corta a menstruação se você já estiver menstruada e quiser tomar o medicamento apenas com essa finalidade. Porém, se você já toma Ciclo 21 como anticoncepcional, a ausência da menstruação (amenorreia) é um efeito comum, mesmo no período de pausa. É por esse motivo que o Ciclo 21 é conhecido por “cortar a menstruação”.
Não dá para fazer a menstruação parar de repente se você já estiver menstruada. No entanto, existem algumas coisas que você pode fazer para tentar diminuir o fluxo ou fazê-lo acabar antes do esperado. São elas:
- Tomar chá de folha de framboesa, raiz de angélica, canela ou gengibre, 2 a 3 vezes ao dia;
- Massagear a barriga com óleo de amêndoas morno com algumas gotas de óleo de sálvia e de lavanda, algumas vezes ao dia (ajuda a relaxar o útero);
- Aplicar compressas ou bolsas de água quente na barriga (ajuda a fazer a menstruação acabar mais rápido, mas aumenta o fluxo);
- Ter relações sexuais (as contrações causadas pelo orgasmo fazem a menstruação parar mais rápido).
Agora, é possível evitar que a menstruação venha (se você ainda não está menstruada) e já toma a Ciclo 21 ou qualquer outra pílula que precise de pausa entre uma cartela e outra. Para isso, basta começar a nova cartela no dia seguinte ao último comprimido da cartela (sem fazer a pausa). Isso mantém os níveis dos hormônios e, por isso, você acabará por não menstruar.
Ainda que seja eficaz, esta técnica não deve ser repetida muito frequentemente, devendo-se realizar as pausas entre cada cartela como indicado pelo médico e pela bula, para evitar alterações hormonais.
Leia também:
- A pílula Ciclo 21 é boa?
- Minha menstruação está atrasada. Tenho que esperar descer para voltar a tomar o anticoncepcional?
Referências:
Managing an episode of acute uterine bleeding. UpToDate
Natural ways to stop your period: https://www.theaccessproject.org/10-best-herbs-to-stop-your-period/
Can I make my period end faster?: http://www.healthline.com/health/womens-health/how-to-make-your-period-end-faster
Sim, existe remédio para diminuir a menstruação. Porém o remédio, ou procedimento indicados, vão depender da causa do sangramento.
Os tratamentos podem ser desde apenas uma observação, uso de medicamentos como anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroides ou antifibrinolíticos, até procedimentos cirúrgicos.
Talvez mais importante do que o remédio ou tratamento indicados, seja identificar os sinais e sintomas de um fluxo menstrual anormal, fluxo considerado aumentado (menorragia), para que nesses casos procure rapidamente um médico ginecologista, que saberá definir a causa e iniciar um tratamento, evitando maiores riscos e complicações para a saúde da mulher.
Sinais e sintomas de fluxo menstrual aumentadoOs sinais e sintomas que sinalizam que fluxo menstrual aumentado de maneira anormal, são principalmente, quando:
- O absorvente íntimo ou tampão vaginal duram menos de 2h;
- O sangramento ultrapassa a roupa de cama, mancha o colchão, ou roupa em uso, regularmente;
- Quando o sangramento vem acompanhado de coágulos grandes (maior do que 1 cm);
- O sangramento é abundante desde a primeira menstruação;
- Menstruação dura mais de 7 dias;
- Quando é preciso a troca de mais de 7 absorventes cheios por dia.
A principal causa de sangramento uterino aumentado, chamado de menorragia nos termos médicos, é a anovulação, situação que necessita de tratamento específico, podendo ser feito com anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroidais ou procedimentos cirúrgicos.
Outras causas para fluxo menstrual anormal são:
- Distúrbios hematológicos,
- Presença de pólipos, miomas ou outros tipos de tumores,
- Doença inflamatória pélvica,
- Uso crônico de certos tipos de medicamentos,
- Gestação ectópica.
É o ciclo aonde os ovários não liberam um óvulo, assim não é formado o corpo lúteo (resquício do óvulo dentro do ovário). O corpo lúteo por sua vez, tem a função de produzir progesterona, que se opõe ao estrogênio, não permitindo que estimule de maneira excessiva o útero. Quando não ocorre a ovulação e formação do corpo lúteo, o estrogênio age sozinho no ciclo, aumentando ainda mais a parede do útero, que quando descama leva a um sangramento aumentado.
Algumas vezes a quantidade de sangue é tão grande, que necessita de abordagem cirúrgica para controlar a hemorragia e evitar maior risco para a mulher.
Uma das causas comuns de ciclo anovulatório é a síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Tratamento para diminuir o fluxo menstrualO tratamento, será sempre baseado na causa do problema.
No caso de anovulação, como descrito mais acima, o tratamento será com medicamentos anticoncepcionais, anti-inflamatórios não esteroides ou cirurgia, quando indicado.
Para caso de distúrbios hematológicos será preciso uma investigação pormenorizada pelo médico hematologista.
Nos casos de presença de pólipos, miomas e tumores, provavelmente será indicado cirurgia para sua retirada e estudo histopatológico da peça.
Na doença inflamatória pélvica será preciso o uso de antibióticos orais e tópicos. O uso crônicos de medicações, devem ser suspensas pelo médico.
E a gravidez ectópica é uma emergência médica que leva a risco de morte para a mulher, por isso devemos estar atentas aos sinais dessa condição.
Existem ainda casos de distúrbios metabólicos, como doenças do fígado, rins e outros órgãos, que podem apresentar como primeiros sintomas, o distúrbio do ciclo menstrual.
Portanto, recomendamos que procure um médico ginecologista, profissional responsável por avaliar esse transtorno e capacitado para definir a causa e planejar o melhor tratamento para o seu caso.
Leia também:
Tenho menstruação abundante: posso fazer alguma coisa para diminuir?
As 8 principais causas de menstruação prolongada e como parar o sangramento
Sim.
O diabetes, principalmente o do tipo 2, está quase sempre relacionado à obesidade e à resistência a insulina, ou seja, a alterações no efeito da insulina sobre as células do corpo.
Esses dois fatores podem levar a irregularidades menstruais e, consequentemente, a algum grau de infertilidade.
Porém, o contrário também é verdade: o ciclo menstrual pode interferir no controle do diabetes. Isso porque, ao longo do ciclo, os níveis de hormônios como estrógeno e progesterona variam. E eles também interferem no funcionamento da insulina.
Sendo assim, pode ocorrer flutuações nos níveis de glicemia, o que pode favorecer ou prejudicar o controle do diabetes ao longo do mês.
Consulte seu endocrinologista e seu ginecologista para saber mais detalhes.
Pode sim. Quando a mulher começa a tomar anticoncepcional, geralmente sua menstruação muda de características (tanto em número de dias, quantidade e aspecto do fluxo menstrual.
Não é normal ou esperado que a menstruação só desça ao urinar. Se for de fato o sangue menstrual que desce ao urinar é possível que a sua menstruação venha em tão pouca quantidade que fica retida no fundo da vagina e o sangue apenas sai ao forçar os músculos pélvicos para urinar.
Entretanto, também é possível que o sangramento tenha outra causa. Considerando esta hipótese, existem duas possibilidades:
- O sangue é na verdade da própria urina, podendo ter origem em uma possível infecção urinária;
- O sangramento tem origem no útero, porém não está relacionado à menstruação. Algumas doenças como pólipos uterinos, miomatose ou mesmo o simples uso de anticoncepcionais hormonais podem causar sangramentos uterinos fora do período menstrual.
Para descobrir a causa do sangramento ao urinar é essencial consultar o seu médico de família ou ginecologista para ser examinada e chegar no diagnóstico correto.
Também pode ser do seu interesse:
Não. O sangramento de escape não pode ser contado como menstruação.
Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento não é prolongado, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente. Geralmente é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino). No seu caso, é bem provável que seja associado ao uso do anticoncepcional.
As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.
A maioria das mulheres apresenta resolução espontânea do problema, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para orientações.