O anticoncepcional injetável pode causar irregularidade menstrual e é provavelmente por isso que sua menstruação vem por pouco tempo e vai embora.
Os anticoncepcionais injetáveis, principalmente os trimestrais (toma 1 injeção a cada 3 meses), causam sangramentos irregulares com mais frequência e isso muda o padrão da sua menstruação comparado com o período anterior em que usava a injeção.
Além disso, o anticoncepcional injetável trimestral provoca uma importante atrofia do endométrio (camada interna do útero), que pode causar ausência de menstruação (amenorreia), sendo esse o seu principal efeito colateral.
Todos essas alterações no padrão da menstruação são normais e esperados da injeção anticoncepcional. Mesmo com essas alterações o efeito anticoncepcional continua ativo e, por isso, você deve continuar o uso correto da medicação como indicado e no dia marcado.
Caso você queira, pode passar por uma consulta com o/a seu/sua médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação de outras possíveis causas dessa alteração menstrual.
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Dúvidas sobre anticoncepcional injetável
Alguns dos remédios que podem ser usados para cólicas menstruais são:
- Ibuprofeno (Buscofem®);
- Ácido Mefenâmico (Ponstan®);
- Escopolamina (Buscopan®);
- Cloridrato de Papaverina (Atroveran®).
O Ibuprofeno e o Ácido Mefenâmico são medicamentos anti-inflamatórios que também trabalham no alívio da dor da cólica menstrual.
Já a Escopolamina e o Cloridrato de Papaverina são remédios antiespasmódicos. O Atroveran® também tem ação analgésica.
O uso de medicamentos anticoncepcionais hormonais, seja em pílula, injeção, DIU (hormonal), anel vaginal ou adesivo transdérmico, também pode aliviar as cólicas menstruais e diminuir o fluxo menstrual.
Leia também: Como aliviar cólica menstrual?; Existem tratamentos naturais para cólicas menstruais?
É normal sentir cólica menstrual forte?Cólicas menstruais fortes e persistentes podem ou não serem normais, isto porque tanto podem ser causadas por doenças ginecológicas, quanto podem ser decorrentes do próprio funcionamento normal do útero durante o período menstrual.
A cólica menstrual quando é causada por doenças é chamada de dismenorreia secundária, e pode piorar com a idade. Geralmente, a dor desse tipo de cólica menstrual é severa e persiste durante todos os dias do período, além de estar associada a outros sintomas, como dor durante a relação sexual e sangramento menstrual prolongado. Pode ser causada por problemas como endometriose, pólipos uterinos, doença inflamatória pélvica, leiomioma uterino, entre outros.
Por outro lado, a cólica menstrual típica do período menstrual, que não está relacionada com doenças, é chamada pelos médicos de dismenorreia primária. Pode começar horas antes, ou logo no início do fluxo menstrual, e durar algumas horas ou dias. Com o passar da idade, a dismenorreia primária tende a ser menos frequente.
De qualquer forma, casos de cólica menstrual muito forte e persistente devem ser avaliados pelo médico de família ou ginecologista, para que seja feito o diagnóstico mais adequado e decidido qual o melhor tratamento a seguir, seja através de medicamentos ou mesmo de procedimentos.
Não. Sangramento de escape é diferente do sangramento menstrual e não é considerado menstruação.
Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento não é prolongado, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente. Geralmente é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino).
As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.
A maioria das mulheres apresenta resolução espontânea do problema, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para orientações.
Sim. A pílula do dia seguinte pode adiantar e reduzir a menstruação.
A pílula do dia seguinte contém hormônios que irá desregular o ciclo menstrual habitual da mulher. Com esse desequilíbrio, a menstruação poderá vir depois do esperado ou antes.
Principalmente no ciclo posterior à tomada da pílula do dia seguinte, pode haver alteração na característica do sangramento menstrual. A mulher pode apresentar um sangramento reduzido e antes do período esperado para vir a menstruação.
Isso ocorre por causa da desregulação provocada pela medicação. Depois desse ciclo desregulado, a menstruação da mulher voltará ao padrão anterior.
A pílula do dia seguinte não é abortiva, por isso ela não impede a gravidez que já esteja efetivada.
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O anticoncepcional injetável pode ser a causa desse sangramento contínuo. Dentre os efeitos colaterais mais comuns dos anticoncepcionais injetáveis estão os sangramentos e a irregularidade menstrual. As irregularidades podem surgir em forma de manchas ou sangramentos abundantes.
Cerca de 25% das mulheres que utilizam anticoncepcional injetável trimestral têm sangramentos irregulares, que ocorrem principalmente no 1º ano de uso, sobretudo nos primeiros 6 meses. Tratam-se de sangramentos que ocorrem entre as menstruações.
Esses sangramentos podem ser tratados com administração de estrogênio ou anti-inflamatórios não hormonais. Além disso, com a continuidade do uso do anticoncepcional injetável, os sangramentos costumam ser raros. Depois de 5 anos de uso, cerca de 80% das mulheres deixam de apresentar sangramentos.
É importante ressaltar que essas alterações menstruais são consideradas normais e são reações esperadas do anticoncepcional injetável. Essas alterações não interferem no efeito do anticoncepcional, pelo que você deve continuar usando o medicamento normalmente, conforme indicado pelo médico.
Quais os efeitos colaterais do anticoncepcional injetável?É muito comum a ocorrência de ausência de menstruação por até 18 meses ou mais com o uso do anticoncepcional injetável. Isso ocorre devido à atrofia da camada interna do útero (endométrio) e é o principal efeito colateral do medicamento.
Outras reações adversas comuns da injeção anticoncepcional incluem: dor nas mamas, dor de cabeça, tonturas, perda de cabelos e aumento de peso.
Apesar do anticoncepcional injetável trimestral não afetar a produção e a qualidade do leite materno, sendo indicado para mulheres que estão amamentando, a irregularidade menstrual pode determinar a interrupção do seu uso.
Por isso, você deve falar com o/a médico/a de família ou ginecologista, pois pode ser necessário trocar de anticoncepcional.
Não há evidências de que o chá de canela gelado faça parar a menstruação. O que se sabe sobre o chá de canela em relação à menstruação é que, na verdade, ele faz o contrário, ou seja, ele pode fazer a menstruação descer e não deve ser usado durante a gravidez.
Para a menstruação não ocorrer a mulher precisa estar grávida ou não ovular. Mulheres em idade fértil que não pretendem menstruar devem procurar orientações com um ginecologista, pois é possível ficar sem menstruar usando métodos anticoncepcionais hormonais.
Alguns estudos indicam que o chá de canela pode estar relacionado com aborto, embora não haja um consenso sobre os seus efeitos na gravidez.
Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não recomenda o uso do chá de canela durante a gestação, bem como a maioria dos nutricionistas e médicos obstetras.
Em excesso, o chá de canela pode causar reações alérgicas na pele e nas mucosas em algumas pessoas.
Uma vez que a parede interna do útero é recoberta por uma mucosa, acredita-se que o chá possa interferir com a menstruação e a gestação, mas não faz a menstruação "parar".
Para maiores esclarecimentos sobre menstruação e formas de não menstruar, consulte um médico clínico geral, médico de família ou ginecologista.
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Não. O ciclo menstrual não muda depois da primeira relação sexual.
O ciclo menstrual é coordenado por vários hormônios do corpo feminino. A liberação desses hormônios pela glândula hipófise e pelos ovários determinará a duração do ciclo menstrual.
Quando a mulher inicia-se na vida sexual ativa, não ocorre alteração na produção e liberação desses hormônios. Por isso, o ciclo menstrual não muda depois da primeira relação.
O ciclo menstrual muda com o passar dos anos e após a gestação.
Em geral, após a menarca (primeira menstruação), a adolescente apresenta ciclo menstrual longo e sangramentos mais prolongados durante a menstruação. Isso vai mudando ao longo da vida da mulher e, perto da menopausa, os ciclos vão tornando curtos e o sangramento escasso.
A realização de relações sexuais não irá alterar esse equilíbrio hormonal capaz de fazer funcionar o ciclo menstrual.
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É difícil saber qual o seu período fértil se menstruou duas vezes no mês. Pode ser que nem tenha tido ovulação neste mês e, por consequência, não houve período fértil.
Regra geral, para saber qual o período fértil, a mulher deve verificar qual o tempo médio de intervalo entre uma menstruação e outra e observar qual é o dia central desse período. Partindo deste dia, deve-se contar 3 dias antes e 3 dias depois. Este é o período fértil.
A duração de um ciclo menstrual regular é, em geral, de 28 a 35 dias. Quando o intervalo entre duas menstruações está dentro desse período, geralmente o ciclo é ovulatório e, portanto, o período fértil está presente. Nos casos em que esse intervalo é pequeno e há mais de uma menstruação no mesmo mês, há indícios de que a mulher não está ovulando e, dessa forma, não apresenta período fértil.
Como calcular o período fértil com ciclos menstruais irregulares?Mulheres com ciclos menstruais irregulares e que pretendem calcular o período fértil, devem contar os dias dos ciclos menstruais durante pelo menos 6 meses. Vale lembrar que o dia em que a mulher amanhece com a menstruação é considerado o 1º dia do ciclo menstrual.
Após saber o tempo de duração dos últimos 6 ciclos menstruais, deve-se subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto e subtrair 11 do ciclo menstrual mais longo. O resultado do primeiro cálculo serve para encontrar o 1º dia do período fértil e o segundo cálculo irá determinar o último dia do período fértil.
Por exemplo: Se o ciclo mais longo foi de 32 dias e o mais curto foi de 25 dias, subtraia 18 do ciclo mais curto (25 - 18 = 7) e subtraia 11 do ciclo mais longo (32 - 11 = 21). Nesse caso, pode-se concluir que o período fértil pode variar desde o 7º ao 21º dia do ciclo menstrual.
Contudo, é importante ressaltar que essa forma de calcular o período fértil não é considerada segura. Por isso, mulheres com ciclos menstruais com mais de 6 dias de variação entre eles não devem utilizar esse método.
Menstruar duas vezes no mesmo mês pode ter várias causas, desde estresse à gravidez. Por isso, o mais indicado é procurar um/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para realizar uma avaliação e identificar as possíveis causas dessa desregulação no seu ciclo menstrual.