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Unhas amareladas podem ser sinal de doença?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, unhas amareladas pode ser sinal de algumas doenças. Dentre elas, podemos destacar:

- Doenças do fígado, como hepatites e cirrose;

- Doenças autoimunes, como a diabetes, artrite reumatoide e tireoidites;

- Doenças do sistema sanguíneo, como as talassemia;

- Doenças pulmonares como a bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e

- Doença fúngica, a onicomicose (micose na unha) é causada por fungos que consomem a proteína que forma a unha, deixando-a mais grossa, fraca e quebradiça ou rígida. É uma das causas principais de unha amarelada.

Contudo, ter as unhas mais amarelas nem sempre indica sinal de doença. Por exemplo, os idosos podem apresentar unhas amareladas sem ser um sinal de anormalidade. São exemplos de causas passageiras e não perigosas:

- O uso prolongado de medicamentos, como os antibióticos;

- O contato frequente com água e produtos de limpeza;

- A ingestão excessiva de alimentos com caroteno, como a cenoura, abobora e batata-doce, chamada carotenemia, podem levar a coloração amarelada tanto nas unhas quanto na pele e

- Unhas compridas. Pessoas que têm as unhas dos pés muito compridas também podem ficar com as unhas amareladas. Nesse caso, a alteração da cor é causada pelo descolamento da unha que, por estar muito comprida, pode gerar uma alavanca e se descolar do seu leito.

As unhas saudáveis possuem uma aparência brilhante, não costumam lascar ou apresentar sinais de falta de hidratação. Unhas que mudam de coloração, descamam, escurecem, apresentam ranhuras ou manchas podem indicar diversos problemas de saúde.

Para avaliar se o amarelado da unha é ou não sinal de alguma doença, consulte um médico dermatologista.

Saiba mais em:

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Vontade de urinar a toda hora e não conseguir: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Vontade de urinar toda hora e não conseguir pode ser uma emergência urológica e deve ser avaliada com rapidez caso isso se instale de forma aguda. A maioria desses casos ocorre em homens acima dos 60 anos, resultante do aumento da próstata (Hiperplasia Benigna Prostática).

Nas mulheres, a vontade de urinar e não conseguir pode ser associada ao inchaço após o parto, obstrução da bexiga ou uretra, infecção urinária e tumores na vagina, uretra ou pelve. Na infecção urinária, a mulher sente vontade de urinar associada ao aumento da frequência urinária e dor durante a saída da urina.

Outras causas que podem explicar essa vontade de urinar e não conseguir, incluem obstipação intestinal, uso de medicamentos, câncer de próstata, cálculo renal, pós-operatório e desordens neurológicas.

Geralmente esse sintoma vêm associado com desconforto abdominal inferior e às vezes dor. Nas situações crônicas, a dor pode não estar presente.

Se a pessoa está com vontade de urinar e não consegue, é importante procurar um serviço de urgência para realização do alívio da urina e, após, seguir com a investigação clínica.

Veja também:

Soluço constante, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Soluços constantes geralmente são causados por distúrbios que levam à irritação dos nervos frênico e vago, que inervam o diafragma. O diafragma é um músculo que separa o tórax do abdômen e participa dos movimentos respiratórios. Distúrbios que irritam os nervos frênico e vago podem provocar movimentos irregulares no diafragma, causando os soluços.

Embora os soluços possam estar relacionados com doenças, algumas delas graves, a maioria deles surgem em situações comuns como após comer muito, ingestão de bebidas alcoólicas e refrigerantes, rir muito, mudanças repentinas de temperatura e ingestão de líquidos quentes ou frios. Nesses casos, ele é benigno e tende a desaparecer após algum tempo.

Algumas possíveis causas para o aparecimento de soluço constante:

  • Esofagite de refluxo;
  • Comer rápido ou comer muito;
  • Ansiedade;
  • Estresse;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Inchaço do estômago (distensão gástrica);
  • Distúrbios neurológicos ou metabólicos;
  • Realização de procedimentos cirúrgicos;
  • Anestesia;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Doença ou distúrbio que irrita os nervos que controlam o diafragma, incluindo pleurisia, pneumonia ou doenças do abdômen superior;
  • Alimentos ou líquidos quentes ou condimentados;
  • Derrame ou tumor cerebral.

Já o soluço constante pode resultar de problemas estruturais ou funcionais, distúrbios da medula espinhal ou de nervos dos músculos respiratórios. Pode ainda ser consequência de distúrbios endócrinos, uso de medicamentos e drogas, infecções do sistema nervoso central (encefalite, meningite, sífilis, encefalopatia por HIV).

Os soluços causados por distúrbios neurológicos indicam envolvimento da região da medula responsável pela respiração. Sua ocorrência pode antecipar o desenvolvimento de irregularidades do ritmo respiratório, culminando em parada respiratória.

Distúrbios do esôfago e de outras partes do trato gastrointestinal estão ocasionalmente relacionados a soluços prolongados, devido à estimulação do nervo vago. Dentre eles estão refluxo gastroesofágico, distúrbio da motilidade do esôfago, distensão gástrica, obstrução do esôfago ou do intestino delgado e doença pancreática ou biliar.

Outras causas de soluço constante podem incluir ainda:

  • Presença de corpo estranho no ouvido externo;
  • Tumores no tórax;
  • Aneurisma da aorta torácica;
  • Irritação do diafragma causada por doença hepática, derrame pleural ou pericárdico e infarto do miocárdio;
  • Distúrbios sistêmicos, incluindo diabetes, níveis elevados de ureia (uremia), pouca concentração de cálcio e sódio no sangue e doença de Addison.
O que é o soluço?

Os soluços são contrações musculares involuntárias (espasmos) do diafragma, músculo responsável pela inspiração. O resultado são breves explosões de intensa atividade inspiratória, envolvendo o diafragma e os músculos inspiratórios localizados entre as costelas.

O fechamento da glote ocorre quase imediatamente após o início da contração diafragmática, gerando o som característico e o desconforto do soluço.

Muitas vezes os soluços começam sem um motivo aparente e desaparecem após alguns minutos. São comuns em recém-nascidos e bebês. Contudo, em casos raros, os soluços podem durar dias, semanas ou meses.

O soluços estão frequentemente associados a distensão gástrica, mudanças repentinas de temperatura, emoção ou ingestão de álcool.

Em geral, os soluços se resolvem-se espontaneamente ou com medidas simples. Soluços que duram mais de 24 horas são raros e podem indicar doença subjacente grave.

O que fazer em caso de soluço constante?

A primeira coisa a fazer em caso de soluço constante é reverter ou tratar qualquer causa subjacente, incluindo alívio da obstrução do esôfago ou da distensão gástrica.

A estimulação da faringe pode inibir os soluços de forma considerável, embora o efeito possa ser apenas temporário. Essa estimulação pode ser obtida bebendo água gelada, fazendo gargarejo ou comendo açúcar granulado, por exemplo.

Respirar repetidamente em um saco de plástico e prender a respiração também pode ajudar a acabar com o soluço em algumas situações.

A introdução de um tubo no estômago através do nariz também pode funcionar. Contudo, esse é um procedimento médico e só pode ser feito por profissionais de saúde habilitados.

Muitos medicamentos têm sido usados para tratar soluços constantes, como a clorpromazina® e o haloperidol®. Outros remédios, incluindo metoclopramida®, clonazepam® e anticonvulsivantes (carbamazepina® e fenitoína®) podem ser úteis, principalmente em soluços causados por distúrbios neurológicos.

A interrupção de casos de soluços constantes também pode ser conseguida com a amitriptilina®, nifedipina®, amantadina® e baclofeno®.

Se os medicamentos ou outros métodos não funcionarem, pode ser indicado o bloqueio cirúrgico do nervo frênico, o nervo que controla o diafragma.

Os soluços que duram até 48 horas são considerados agudos. Se durarem mais de 48 horas, são considerados persistentes. Em qualquer dessas situações, o médico clínico geral ou médico de família deve ser procurado para a identificação da sua causa e indicar o tratamento.

É normal sentir enjoo e dor no período fértil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, enjoo e dor pélvica, ou no baixo ventre, durante o período fértil é normal para algumas mulheres. As variações hormonais desse período podem estar por trás das náuseas, enquanto que a dor tipo cólica é decorrente da própria ovulação em si.

A dor no período fértil pode ser em cólica ou em pontada, de leve a moderada intensidade, ocorre sempre na mesma fase do ciclo menstrual e geralmente dura de minutos a horas, podendo ainda persistir por 2 ou 3 dias em alguns casos. É também chamada de dor do meio ou Mittelschmerz.

Os sintomas do período fértil variam bastante de mulher para mulher. Algumas podem ficar com as mamas inchadas e doloridas ou podem apresentar alterações de humor, aumento do apetite e da libido, ou ainda leve sangramento. 

No entanto, os sintomas mais evidentes do período fértil são as modificações que ocorrem no muco vaginale o aumento da temperatura corporal. O muco fica mais abundante e transparente na ovulação, parecido com uma clara de ovo. Já o aumento da temperatura ocorre devido ao hormônio progesterona, que provoca uma ligeira elevação de 0,3ºC a 0,8ºC na temperatura do corpo.

A mulher pode verificar as alterações do muco introduzindo os dedos na vagina para obter uma amostra da secreção, enquanto que o aumento da temperatura deve ser medido com um termômetro logo pela manhã ao acordar, antes de sair da cama e fazer qualquer esforço.

Apesar dos enjoos e da dor serem normais no período fértil, eles também podem ser sintomas de diversos problemas de saúde, por isso é recomendável consultar um médico de família, clínico geral ou ginecologista caso eles persistam.

Leia também:

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Quais os sintomas do período fértil?

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O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bico de papagaio é o crescimento anormal de uma pequena saliência óssea (osteófito) entre duas vértebras da coluna cervical, torácica ou lombar. O nome "bico de papagaio" é devido à forma desse osteófito, que também é chamado de "esporão de galo".

O bico de papagaio é uma artrose que acomete a coluna vertebral. O osteófito surge em decorrência do desgaste do disco intervertebral, cuja função é estabilizar e absorver impactos na coluna. Com o desgaste, o disco perde essa capacidade e o organismo, como defesa, produz mais osso entre as vértebras para proteger e estabilizar a coluna.

Existem diversos fatores que podem causar esse desgaste no disco intervertebral, dentre eles o envelhecimento. Muitas vezes, o bico de papagaio está associado a outras doenças, como artrites.

A presença do bico de papagaio na coluna pode causar a compressão de raízes nervosas, provocando vários sintomas.

Quais os sintomas de bico de papagaio?

Os sintomas de bico de papagaio podem incluir dor intensa no pescoço ou nas costas, rigidez, limitação dos movimentos, contraturas musculares, alteração da sensibilidade, formigamento nos braços ou pernas e diminuição da força muscular.

A dor no pescoço ou nas costas pode irradiar para ombros, braços ou pernas.

Os osteófitos ocorrem sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade, devido ao desgaste natural que o disco intervertebral vai sofrendo ao longo da vida. Contudo, o bico de papagaio também pode surgir em indivíduos mais jovens.

Quais as causas do bico de papagaio?

Sedentarismo, má postura, obesidade, traumatismos na coluna, predisposição genética e envelhecimento estão entre as principais causas de bico de papagaio.

Qual é o tratamento para bico de papagaio?

O tratamento do bico de papagaio pode incluir repouso, uso de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares (orais ou injetáveis), fisioterapia e exercícios específicos para a musculatura da coluna, como Pilates. Casos mais graves podem precisar de cirurgia.

O repouso, durante algumas horas ou dias, pode ser útil para aliviar as dores ou pelo menos não piorar os sintomas, principalmente se a pessoa tiver um trabalho que requer esforço físico.

A aplicação de calor no local, durante 20 minutos, também pode ajudar a aliviar as dores do bico de papagaio.

A fisioterapia pode exercer um importante papel no tratamento do bico de papagaio, atuando no alívio da dor e da inflamação e na melhora dos movimentos e da flexibilidade. Técnicas como RPG e Pilates podem trazer bons resultados, pois tonificam, alongam e fortalecem a musculatura que sustenta a coluna vertebral.

Quando as demais formas de terapia não produzem respostas satisfatórias ou dependendo do grau de compressão e da gravidade dos sintomas, a cirurgia pode ser a opção de tratamento mais indicada.

Porém, mesmo com o tratamento, o disco intervertebral não se regenera. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ter cuidados com a coluna no dia-a-dia.

O/a médico/a ortopedista ou neurocirurgião/ã é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar bicos de papagaio.

O que é flebite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Flebite é um processo inflamatório que acomete a parede de uma veia superficial, sobretudo nas pernas. Sem um tratamento adequado, a flebite pode evoluir para uma tromboflebite, com a formação de coágulos sanguíneos (trombos).

Embora seja mais comum nas veias superficiais dos membros inferiores, sobretudo em pessoas com varizes, a flebite pode acometer também as veias dos braços, após a instalação de um soro, por exemplo.

Os sintomas mais frequentes da flebite são:

  • Vermelhidão;
  • Dor localizada;
  • Inchaço;
  • Sensação de ardor e calor na veia inflamada;
  • Febre;
  • Endurecimento da veia (quando evolui para tromboflebite).

São várias as causas de uma flebite. Entre elas estão:

  • Bactérias e outros micro-organismos patogênicos;
  • Reação a medicamentos;
  • Trauma físico;
  • Fatores genéticos;
  • Imobilização prolongada, após uma cirurgia ou durante uma viagem longa de carro ou avião.

Pessoas obesas, sedentárias, que fazem uso de anticoncepcionais e fumantes apresentam uma maior predisposição para desenvolver flebite.

O diagnóstico e o tratamento da flebite é da responsabilidade do/a médico/a que está acompanhando o/a paciente ou do/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.

Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de triglicerídeos altos são a ingestão excessiva de carboidratos e gorduras, o excesso de peso e a falta de atividade física. Se não forem utilizados pelo corpo como fonte de energia, os triglicerídeos se acumulam e os seus níveis ficam elevados, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e outros problemas, como pancreatite.

Os triglicerídeos altos também podem ter causa genética, uma condição chamada hipertrigliceridemia familiar. Vale lembrar que os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação, mas que também são produzidas pelo organismo. Se houver uma produção excessiva, os níveis se elevam.

Além disso, o aumento dos triglicerídeos também pode estar associado a distúrbios metabólicos, uso de medicamentos e outras condições, tais como:

  • Diabetes mellitus;
  • Hipotireoidismo;
  • Abuso de bebidas alcoólicas;
  • Doença renal;
  • Dieta hipercalórica;
  • HIV e drogas antirretrovirais;
  • Patologias hepáticas;
  • Gravidez;
  • Uso de medicamentos, como corticoides, anticoncepcionais hormonais, diuréticos, betabloqueadores (tratamento de doenças cardiovasculares), antirretrovirais, entre outros.

O valor ideal dos triglicerídeos deve ficar abaixo de 150 mg/dL. Valores entre 200-499 mg/dL são considerados altos e acima de 500 mg/dL são considerados muito altos.

Quais os sintomas de triglicerídeos altos?

Em geral, os triglicerídeos altos não provocam sintomas. No entanto, quando os valores estão muito elevados (acima de 500 mg/dl), pode causar xantomas (aglomerações de gordura na pele e nos tendões), lipemia retiniana (alteração da cor dos vasos sanguíneos da retina, que ficam com uma coloração que vai do amarelo-alaranjado ao branco), aumento do tamanho do fígado e pancreatite.

Quando a taxa de triglicérides estão muito elevada, acima de 600 mg/dl, pode haver inflamação do pâncreas, o que requer tratamento imediato e intensivo, com mudanças na alimentação, atividade física e uso de medicamentos.

O que são triglicerídeos?

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação e produzidas pelo organismo. Os triglicerídeos servem como reserva de energia, sendo utilizados pelo corpo quando necessário.

Por si só, os triglicerídeos não oferecem riscos para a saúde. Porém, quando essas gorduras não são usadas pelo corpo como fonte de energia, principalmente devido à falta de atividade física, os seus níveis se elevam. Em excesso, os triglicerídeos se acumulam na parede das artérias, aumentando o risco de infarto e derrame cerebral.

Em geral, quando os triglicerídeos estão altos, o colesterol HDL (“bom colesterol”) está baixo, o que agrava a situação. Isso porque o colesterol HDL, apesar de também ser um tipo de gordura, remove o colesterol LDL (“mau colesterol”) e os triglicérides da circulação sanguínea, impedindo que essas gorduras “más” se acumulem nas artérias. Por isso ele é conhecido como “bom colesterol”.

Dessa forma, quando os triglicerídeos estão altos, o colesterol bom (HDL) está baixo e o colesterol mau (LDL) está alto, o risco de doenças cardiovasculares é maior, principalmente se a pessoa tiver diabetes.

Como baixar os triglicerídeos?

O tratamento para triglicerídeos altos é feito sobretudo através de mudanças na alimentação, principalmente pela redução da ingestão de carboidratos, e no estilo de vida. Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos.

Crises de falta de ar e formigamento no corpo. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Falta de ar e formigamento no corpo podem ser sintomas de crises de ansiedade ou síndrome do pânico. Esses sinais podem ocorrer sem um motivo aparente ou podem ser uma reação exagerada a algum problema específico.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes nesses transtornos de ansiedade incluem:

  • Sensação de aperto no peito;
  • Taquicardia ("batedeira");
  • Boca seca;
  • Dificuldade de engolir ("bolo na garganta");
  • Suor nas mãos;
  • Tremores;
  • Tonturas;
  • Estado de alerta constante;
  • Medo de morrer ou medos sem razão aparente;
  • Irritabilidade;
  • Insônia;
  • Déficit de memória;
  • Náuseas.

Leia também: quais os sintomas dos transtornos de ansiedade?

A ansiedade é uma reação natural do corpo para proteger a pessoa de algum risco iminente ou situações que ainda estão por vir, sintomas que preparam o indivíduo para uma situação de "luta ou fuga", o que é necessário e até saudável, quando não é exagerado ou incontrolável.

Contudo, quando esse estado de alerta deixa de ser momentâneo e a preocupação passa a ser constante, a ansiedade torna-se crônica e passa a atrapalhar as atividades básicas do seu dia a dia, sendo então considerada uma doença, as mais frequentes na nossa população são o Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), ou a Síndrome do pânico.

Por se tratar de uma doença que não é "visível", como feridas, infecções ou fraturas, nem o paciente nem seus familiares se preocupam como deveriam no início dos sintomas, porém trata-se de uma doença que pode trazer até mais prejuízo para sua vida social e profissional. A grande maioria quando procura o médico, já apresenta os sintomas de ansiedade por pelo menos 6 meses, ou mais. É comum se queixarem de insônia, dificuldade de concentração, déficit de memória, distúrbios intestinais, "nervos à flor da pele", irritabilidade, entre outros.

Por isso o mais indicado no seu caso é consultar um médico clínico geral ou médico de família para descartar outras causas, ou confirmar as doenças aqui citadas, iniciando o quanto antes o seu tratamento. Se achar necessário, o médico poderá te encaminhar para um especialista.

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