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Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser sim perigoso, quando a causa for, por exemplo, um quadro de infecção pulmonar (pneumonia), ou derivado de uma obstrução intestinal. Outras causas graves de vômito amarelo são casos de meningite e inflamação aguda da vesícula (colangite).

Para parar o vômito pode tomar uma medicação, como o Meclin®, Plasil®, Digesan® e ou Zofran®, mas é fundamental descobrir a causa e tratar em definitivo o problema.

Felizmente as causas mais comuns de vômitos amarelados e dores abdominais, são relacionados a problemas mais simples, como cálculo na vesícula e acúmulo de bile no estômago. Pode ocorrer ainda como sintoma inicial de gravidez, viroses ou intoxicação alimentar.

Vomitar amarelo - sinais de perigo!

Embora seja menos frequente, alguns casos de vômito amarelo são perigosos, por isso precisam ser rapidamente identificados e avaliados por um médico em caráter de urgência, são os casos de:

1. Vomito amarelo e febre alta

O vômito acompanhado de febre alta sugere alguma infecção, que pode ser pulmonar ou no sistema gastrointestinal. Na pneumonia é comum engolir o catarro produzido no pulmão e causar irritação no estômago. Nesses casos, o vomito é amarelado devido a presença de catarro.

Na infecção intestinal, pode haver ainda cólicas e diarreia. Ambas as situações precisam de tratamento com antibióticos, por isso é preciso procurar um atendimento médico o quanto antes.

2. Vômito amarelo e dor na barriga

O vômito de odor fétido e associado a prisão de ventre, sugere uma obstrução no intestino. A obstrução intestinal é uma causa bastante perigosa, porque por algum motivo não permite a passagem das fezes, que se acumulam e pode retornar até o estômago, sendo expulso na forma de vômitos.

Por isso, além do vômito com mau cheiro, pode apresentar também a distensão da barriga, dores e cólicas abdominais, ausência de eliminação de gases pelo ânus, ausência de evacuação e febre. Trata-se de uma emergência médica.

Na suspeita de obstrução intestinal, procure um atendimento imediatamente.

3. Vômito amarelo e dor de cabeça

O reflexo do vômito é controlado por uma região localizada dentro do crânio, no bulbo, portanto, doenças que aumentam a pressão dentro da cabeça, comprimem essa estrutura e causam o vomito biliar, com uma característica que chamamos "em jato", pela força com que o conteúdo é expelido.

O tumor cerebral, meningite ou ruptura de aneurisma cerebral, são exemplos de doenças neurológicas que desenvolvem os sintomas de dor de cabeça intensa, rigidez na nuca (pescoço duro, não consegue encostar o queixo no peito), febre e os vômitos amarelos em jato. A confusão mental e desmaio, ocorrem nas situações mais graves.

4. Olhos amarelados ou pele amarelada

A presença de coloração amarelada na parte branca dos olhos ou mesmo na pele, indica um aumento da bilirrubina no sangue, o que sugere um problema no fígado, vesícula biliar, ou ainda, no pâncreas.

Assim como a obstrução intestinal, ou suspeita de infecção grave, se apresentar coloração amarelada em uma região do corpo, procure imediatamente uma emergência médica.

O que fazer para parar de vomitar?

Na grande maioria das vezes, para parar de vomitar é preciso: hidratar-se bem, cuidar da alimentação e quando indicado, tomar um medicamento antiemético, como Meclin®, Plasil®, Digesan® e ou Zofran®.

Dicas que auxiliam na melhora dos sintomas, principalmente nas primeiras horas do enjoo são:

  • Limitar a ingestão de alimentos ou bebidas até o vômito parar;
  • Fazer pequenas refeições ao longo do dia, com intervalos curtos entre elas;
  • Dar preferência a alimentos preparados à temperatura ambiente ou frios;
  • Procurar manter a alimentação habitual;
  • Evitar alimentos gordurosos, azedos, salgados, condimentados, ácidos, com açúcar ou com odor forte;
  • Evitar deitar-se imediatamente depois das refeições, procurando manter a cabeça levantada por uma a duas horas depois de comer.
Causas de vômitos amarelos

As causas mais frequentes incluem:

  • Enjoo de movimento,
  • Intoxicação alimentar,
  • Gripe, Resfriado,
  • Pneumonia,
  • Gastroenterite,
  • Gravidez e
  • Obstrução intestinal.

Outras causas possíveis, embora menos frequentes são: o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, insolação (calor excessivo), refluxo biliar (retorno de bile para o estômago por deficiência na válvula que separa o duodeno do estômago), crises de labirintite, crise de enxaqueca, câncer colorretal, uso de medicamentos, ansiedade e estresse.

Vomito amarelo pode ser gravidez?

Sim. Nas primeiras semanas de gestação, o aumento da produção de hormônios, como o beta-HCG, desencadeia sintomas desagradáveis como os enjoos e os vômitos, em geral, pela manhã.

Portanto, na presença de vômitos amarelos e amargos (bile), junto a outros sinais de gravidez como o atraso menstrual, maior sensibilidade das mamas, ou sonolência, procure o seu médico de família ou um ginecologista.

Para mais esclarecimentos sobre os tipos e causas de vômitos, procure o médico de família ou o gastroenterologista.

Conheça ainda mais sobre esse assunto nos artigos:

O que causa o vômito amarelo e amargo e o que fazer

O que fazer para parar de vomitar?

Tossir muito e vomitar um líquido amarelo, O que fazer?

O que causa o vômito amarelo e amargo? O que fazer?

Falta de ar, tontura, dor de cabeça e sensação de cansaço?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tanto doenças físicas como algumas doenças da esfera emocional podem causar os sintomas de falta de ar, tonturas, dores de cabeça e cansaço.

Entretanto, esses sintomas na maioria das vezes, sugerem uma diminuição de oxigênio para o cérebro, que pode ser causado por problemas de pressão alta, entupimento das carótidas e problemas pulmonares, como as crises de asma, bronquite ou enfisema pulmonar.

Outras causas que podem reduzir a oxigenação cerebral são: a falta de condicionamento físico, anemia, ansiedade e uso de certos medicamentos. Para definir a causa e iniciar o tratamento, procure um médico de família ou um cardiologista.

1. Pressão alta e entupimento de carótidas

A pressão alta sempre deve ser investigada, porque é uma doença muito frequente na população e pode causar esses sintomas, especialmente pela manhã, quando a pressão aumento pelo tempo prolongado sem medicação.

Além da pressão alta, o coração grande, placas de colesterol (dislipidemia) nas artérias carótidas e angina (princípio de infarto), podem resultar nos mesmos sintomas.

As carótidas são as artérias responsáveis pela maior parte da circulação que chega ao cérebro. Quando o colesterol ruim está elevado e forma placas de gordura nesses vasos, a circulação do sangue diminui e com isso o oxigênio para o órgão. Os sintomas são principalmente de tonturas e dores de cabeça.

No entupimento do coração, a pessoa apresenta dor no peito, suor frio e mal-estar associados a falta de ar. Sempre que houver possibilidade de problemas do coração, procure mediatamente um serviço de emergência para avaliação.

2. Problemas pulmonares

As doenças pulmonares mais frequentes na população são a asma e bronquite. Doenças crônicas que causam falta de ar, cansaço, tontura, dores de cabeça e chiado, devido à redução de oxigênio no sangue, e no cérebro.

Uma causa menos comum, porém mais grave, é o trombo embolismo pulmonar (TEP), também deve ser excluída, principalmente se os sintomas iniciaram de maneira súbita e a falta de ar é muito importante.

3. Falta de condicionamento físico

A falta de atividades físicas enfraquece a musculatura e faz parte das causas mais comuns de falta de ar, cansaço e desânimo. Geralmente tem como consequências o aumento das taxas de glicose e colesterol, o que pode resultar em outros problemas físicos, como a pressão alta e diabetes, levando aos sintomas relacionados à essas doenças.

4. Anemia

A anemia pode causar falta de ar porque são os glóbulos vermelhos do sangue (hemácias) que transportam o oxigênio para todas as células do corpo. Quando o volume de hemácias está menor, seja por algum sangramento ou uma doença hematológica, um dos sintomas será a falta de ar e cansaço diariamente.

5. Ansiedade

A ansiedade e depressão também são capazes de desenvolver esses sintomas. Durante uma crise de ansiedade, além da falta de ar, tonturas e dores de cabeça, são comuns os sintomas de dor no peito, suor frio e palpitação, o que pode sugerir um problema de coração.

Na dúvida, é importante procurar um atendimento médico de urgência. A ansiedade não tem exames ou sintoma específico, por isso é um diagnóstico de exclusão, o recomendado é sempre excluir outras causas para evitar um problema grave. Até porque a crise de ansiedade pode originar um pico hipertensivo, que também deverá ser tratado com urgência.

6. Medicamentos

O uso de certos medicamentos podem causar falta de ar, tonturas e cansaço, especialmente quando se toma muitas medicações ao mesmo tempo. As substâncias podem interagir e como consequência desencadear esses efeitos colaterais. São exemplos, os ansiolíticos, remédios para emagrecer, estimulantes e os anti-hipertensivos, quando estão em doses elevadas e a pressão diminui além do desejado.

Quando procurar um atendimento médico?

Importante conhecer alguns sinais e sintomas que indicam urgência em procurar atendimento médico. Se apresentar um ou mais desses sintomas, procure imediatamente uma emergência:

  • Falta de ar mesmo em repouso, ou que persista por mais de 30 minutos
  • Falta de ar associada a febre
  • Desorientação ou Confusão mental
  • Falta de ar e Dor no peito
  • Coração disparado
  • Cansaço aos pequenos esforços, como, por exemplo, escovar os dentes, ou pentear o cabelo.
O que fazer para melhorar falta de ar?

O tratamento para a falta de ar vai depender da causa do problema.

Problemas cardiológicos

Para os casos cardiológicos, é fundamental procurar um cardiologista para diagnosticar o problema, solicitar exames quando achar necessário e no caso de pressão alta, ajustar as doses dos medicamentos.

Nos casos de placas de gordura nas artérias carótidas, artérias coronárias, ou risco de infarto, o tratamento será baseado no uso de remédios para reduzir o colesterol, e se preciso, cirurgia para desobstruir os vasos comprometidos.

Problemas pulmonares

Os problemas pulmonares crônicos (asma, bronquite e enfisema) devem ser orientados por profissionais capacitados nesta área, como o pneumologista e fisioterapeuta.

Nos casos de emergência, com crise de falta de ar e queda da saturação de oxigênio (abaixo de 93%), é preciso procurar uma emrgência para receber oxigênio e avaliação médica.

Após a resolução da crise, o paciente deve ser mantido em tratamento de reabilitação pulmonar, para receber as orientações e medicamentos necessários, que evitam crises e risco de complicações. Além de receber treinamento para na crise, realizar manobras que reduzem a frequência respiratória, promovendo uma respiração mais profunda, chamado "plano de ação".

Problemas de condicionamento físico

No caso de falta de condicionamento físico, o mais indicado é procurar um profissional de educação física ou fisioterapia, para montar um plano de fortalecimento muscular, dentro das suas limitações e preferências, que será regularmente acompanhado e adaptado.

O treino físico, além de ajudar nas condições físicas, promove bem-estar, melhora da autoestima e estabilização de humor. Procurar ajuda, aumenta as possibilidades de adesão e continuidade do tratamento.

Ansiedade

O tratamento e resolução desses sintomas, no caso de ansiedade, tem melhor resposta quando tratado de forma multidisciplinar. O psiquiatra deverá confirmar esse diagnóstico e definir se tem necessidade de começar uma medicação antidepressiva ou ansiolítica.

A equipe de psicologia organiza um tratamento não medicamentoso e orientações sobre medidas para uma situação de emergência. O preparador físico auxilia na atividade física que promove bem-estar, melhora de sintomas físicos como a dor crônica e com isso, fornece energia para dar sequência no tratamento na totalidade.

Medicamentos

Quando os sintomas forem confirmados como efeito colateral de medicamentos, o médico que os prescreve deverá ser informado, para ajustar, sem prejudicar o tratamento da pessoa, as doses ou quando possível, substituir a medicação. Gradativamente os sintomas desaparecerão.

Para maiores esclarecimentos, converse com o seu médico da família ou cardiologista.

Entenda melhor o que é a tontura e as possíveis causas: Tontura: saiba as principais causas e o que pode ser o mal-estar

Leia também quais são os principais sintomas de pressão alta, que o ajudará a reconhecer esse problema, no artigo: Quais os sintomas da pressão alta?

Referências:

  • AHA - American Heart Association
  • SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Que remédios posso usar para corrimento vaginal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O remédio que você pode utilizar para tratar o corrimento vaginal depende do agente causador da inflamação e/ou infecção.

Corrimento com mau cheiro e coloração amarelada ou esverdeada, sugere infecção, e nesses casos, de forma geral, deverá ser tratada com medicamentos antibióticos, na forma de aplicação vaginal, como cremes ou comprimidos vaginais.

Dependendo do grau da infecção, podem ser ainda necessários remédios por via oral, de forma associada. Para definir esse medicamento procure um ginecologista.

Remédios para corrimento com mau cheiro

Não existe um tratamento único para todos os tipos de corrimento. O tratamento é efetuado conforme a causa da inflamação e/ou infecção.

Nos casos de infecção bacteriana, como tricomoníase, gardnerella, o corrimento costuma ser abundante, malcheiroso e causar coceira e ardência. O metronidazol é um dos antibióticos mais indicados, na forma de pomada vaginal, com aplicadores, por pelo menos 7 dias, associado ou não a comprimidos.

Remédio para corrimento branco

Para infecção fúngica, como a candidíase, que apresenta corrimento mais esbranquiçado, coceira intensa, porém com pouco ou nenhum odor, são indicados medicamentos antifúngicos, como o clotrimazol®.

Geralmente, o parceiro sexual também deve ser tratado, mesmo que não apresente sinais ou sintomas. O tratamento do parceiro impede a reinfecção e o prolongamento da doença ginecológica.

Se você está apresentando corrimento vaginal e/ou sinais de irritação, como dor, ardor, coceira ou vermelhidão, não deixe de procurar um/a ginecologista. Não utilize medicamentos orais ou vaginais sem indicação médica.

Principais causas de corrimento vaginal
  • Corrimento normal — Lembre-se que, é a mucosa da vagina produz uma secreção natural, durante todo o ciclo menstrual. Inclusive mais evidente no período fértil, de aspecto espesso, aquoso ou elástico, de cor branca leitosa ou transparente e sem odor ou com odor muito suave. Secreção que não indica presença de doenças;
  • Infecção bacteriana — corrimento amarelado ou esverdeado, com mau cheiro, irritação como ardência, dor, prurido (coceira) e vermelhidão na vagina e/ou vulva;
  • Infecção fúngica — corrimento esbranquiçado, branco, com grumos, sem cheiro ou cheiro discreto, com coceira intensa.

Ao usar pomadas ou cremes e comprimidos vaginais evite relações sexuais.

Existem ainda outras formas e causas de corrimento vaginal, que devem ser analisadas caso a caso, pelo ginecologista. É importante relatar ao/a médico/a o início dos sintomas, há quanto tempo eles estão presentes, se usou algum produto diferente na região genital ou durante o ato sexual (lubrificantes, espermicida).

Conheça mais sobre esse tema, nos seguintes artigos:

Corrimento tipo clara de ovo: secreção vaginal normal que pode indicar o período fértil

Corrimento vaginal: o que significam as diferentes cores

Corrimento Vaginal é Normal?

Corrimento branco pastoso, é normal? Quando devo me preocupar?

Quando o corrimento rosado antes da menstruação é normal?

Fungos na pele: Como identificar e tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas de fungos na pele que causam micoses variam conforme o tipo de infecção. As manifestações podem incluir a presença de manchas brancas, escuras ou vermelhas na pele, descamação ou coceira nas regiões afetadas, formação de crostas ou fissuras, entre outras.

Dentre os principais tipos de micose de pele estão as tineas, a pitiríase versicolor (pano branco) e a candidíase. Os fungos causadores dessas infecções podem estar presentes no solo, em animais ou ainda em outras pessoas.

Sintomas Tineas

Essa micose pode afetar a pele, o cabelo e as unhas. Os seus principais sintomas são o aparecimento de manchas vermelhas que apresentam bolhas ou crostas e a coceira.

Tineas na unha Pitiríase versicolor (pano branco)

Provoca o aparecimento de manchas brancas na pele que podem surgir em grupos ou isoladas. As manchas podem descamar e tendem a se manifestar no tronco, nos braços, no rosto e no pescoço. As manchas também podem ser escuras ou avermelhadas e ficar mais evidentes com a exposição ao sol.

O seu nome popular "pano branco" é devido a um sinal comum desse tipo de fungo, que normalmente deixa a pele ao redor da área afetada mais clara.

Pano branco no couro cabeludo Candidíase

A candidíase pode acometer qualquer parte do corpo, principalmente quando a imunidade se encontra diminuída; causando lesões como fissuras nos cantos da boca e nas regiões de dobras da pele, como axilas, virilha e embaixo das mamas.

Na região genital, esse fungo manifesta sintomas que incluem manchas avermelhadas, coceira e presença de secreção vaginal de coloração esbranquiçada. Na mucosa da boda se manifesta com placas esbranquiçadas.

Candidíase na língua Tratamento

Pitiríase versicolor: Medicamentos antifúngicos aplicados diretamente no local ou administrados via oral;

⇒ Tineas: Antifúngicos tópicos ou orais;

⇒ Candidíase: Medicamentos antifúngicos de aplicação local ou tomados por via oral.

Em caso de sintomas de fungos na pele que causam micoses, consulte um médico dermatologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Saiba mais em: Fungos na pele podem causar micose?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga pode ser causada por várias doenças e condições. Também chamada de dor pélvica ou dor no baixo ventre, é uma dor abdominal inferior, localizada abaixo do umbigo, que pode indicar um problema no trato urinário, nos órgãos reprodutivos ou no aparelho digestivo. O pé da barriga, baixo ventre ou pelve, é a região entre o abdômen e as coxas. Inclui a parte inferior do abdômen, a virilha e os órgãos genitais. Homens e mulheres podem sentir dor nessa parte do corpo.

Algumas causas de dores no pé da barriga, incluindo cólicas menstruais em mulheres, são normais e não são motivo de preocupação. Outras podem ser sérias e graves, necessitando de tratamento urgente e específico.

O que pode causar dor no pé da barriga? 1. Infecção do trato urinário

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário. Isso inclui uretra, bexiga, ureteres e rins. As infecções urinárias afetam sobretudo as mulheres, mas também podem ocorrer em homens. A bexiga costuma ser o órgão mais acometido, o que chamamos de cistite.

Os sinais e sintomas de infecção urinária incluem dor no pé da barriga, sensação de pressão ou peso no baixo ventre, urina turva, escura ou com mau cheiro, vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e dor ou ardência ao urinar.

A maioria das infecções urinárias afeta a bexiga. Além das infecções bacterianas, a cistite também pode ser causada por reação a medicamentos ou a produtos químicos, radioterapia e uso prolongado de cateter.

2. Infecção sexualmente transmissível

Uma infecção sexualmente transmissível é uma infecção transmitida por contato sexual. Dentre as mais comuns estão a clamídia e a gonorreia. Essas infecções são causadas por bactérias e geralmente aparecem juntas.

Em muitos casos, a gonorreia e a clamídia não causam sintomas, porém quando causam dor, nas mulheres a queixa é localizada no pé da barriga, especialmente ao urinar ou evacuar. Nos homens, a dor pode se localizar nos testículos.

Além da dor pélvica e da dor abdominal, os sintomas de uma infecção sexualmente transmissível podem incluir:

  • Secreção pela uretra
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Sangramentos entre os ciclos menstruais
  • Corrimento
  • Dor ou sangramento no reto
  • Pus na urina
  • Aumento da frequência urinária
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sensibilidade e inchaço nos testículos (homens)
3. Hérnia

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, que ocorre quando o intestino empurra o músculo abdominal e uma parte do órgão extravasa através de uma área enfraquecida do músculo.

As hérnias inguinais frequentemente afetam os homens. A hérnia pode ser sentida através de um caroço doloroso na porção inferior do abdômen ou na virilha. O caroço desaparece quando o indivíduo se deita e pode ser empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal.

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem dor no pé da barriga, que piora ao rir, tossir ou inclinar-se para frente. Outros sintomas são fraqueza na virilha, presença de protuberância que cresce lentamente na parede do abdômen (ou virilha) e sensação de plenitude (“barriga cheia”).

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio gastrointestinal que afeta o funcionamento do intestino grosso. A causa exata não está clara, mas parece estar relacionada a distúrbios psicológicos, associado a problemas nos músculos intestinais e presença de bactérias intestinais.

A síndrome do intestino irritável causa problemas digestivos, incluindo dores no pé da barriga, dor abdominal, cólicas, alteração no trânsito intestinal (diarreia / prisão de ventre), inchaço abdominal, gases e presença de muco branco nas fezes.

5. Apendicite

Apendicite é uma inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno saco em forma de dedo anexado à primeira parte do intestino grosso. Está localizado no lado inferior direito do abdômen, ou seja, no pé da barriga do lado direito.

A apendicite pode causar dor abdominal intensa, que geralmente começa no umbigo e depois irradia para a porção inferior direita do abdômen. A dor tende a piorar, especialmente ao tossir ou espirrar.

Os sintomas da apendicite incluem forte dor no pé da barriga do lado direito, perda de apetite, prisão de ventre, diarreia, náusea, vômito, inchaço abdominal, febre baixa e incapacidade de eliminar gases.

A apendicite é uma urgência cirúrgica! Na sua suspeita, procure imediatamente um atendimento médico.

6. Cálculo renal (pedra no rim)

Os cálculos renais são pedras formadas por depósitos minerais que se desenvolvem no trato urinário. As pedras podem se formar nos rins ou na bexiga. Também é possível que pequenas pedras nos rins entrem na bexiga.

Os cálculos renais e da bexiga nem sempre causam sintomas. Podem causar>

  • Dor abaixo do umbigo (dor pélvica, dor no baixo ventre ou no pé da barriga)
  • Dor nas laterais do tronco e nas costas (abaixo das costelas)
  • Dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Sangue ou escurecimento da urina
7. Aprisionamento do nervo pudendo

O nervo pudendo é o principal nervo pélvico. O aprisionamento do nervo pudendo ou neuralgia do pudendo ocorre quando o nervo pudendo está irritado ou danificado. O sintoma inicial é a dor pélvica constante, que pode piorar ao se sentar.

A dor no pé da barriga pode ser sentida em queimação, aperto, formigamento ou tipo "facadas". Outros sintomas incluem dormência, aumento da sensibilidade à dor na pelve, micção frequente, desejo repentino de urinar, dor durante as relações e disfunção erétil.

8. Aderência abdominal

As aderências abdominais são bandas fibrosas de tecido cicatricial que se formam no abdômen. As bandas podem se desenvolver entre as superfícies dos órgãos ou entre os órgãos e a parede abdominal. Essas aderências podem torcer, puxar ou pressionar os órgãos próximos, localizados na pelve.

Geralmente, a aderência abdominal ocorre em pessoas que fizeram cirurgia no abdômen. A maioria das aderências não causam sintomas. Contudo, quando presentes, causam dor abdominal que se espalha para o baixo ventre.

As aderências abdominais podem levar à obstrução intestinal. Nesses casos, além de causar dor no pé da barriga, pode haver inchaço abdominal, prisão de ventre, náusea, vômito, retenção de gases e interrupção dos movimentos intestinais.

O que pode causar dor no pé da barriga em homem?

A dor no pé da barriga em homem pode ser causada por problemas urinários, reprodutivos ou intestinais. Contudo, existem muitas causas possíveis para a dor no baixo ventre em homem. É importante observar outros sintomas, que podem ajudar a determinar a causa da dor.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata. A próstata é uma glândula que produz o líquido que compõe o sêmen. A prostatite pode ser causada por infecção bacteriana ou por danos nos nervos do trato urinário inferior. Às vezes, a inflamação não tem uma causa aparente.

Além de dor no pé da barriga, os sinais e sintomas da prostatite incluem:

  • Dor genital (pênis e testículos);
  • Dor abdominal ou na região lombar;
  • Dor entre o saco escrotal e o reto;
  • Sangue na urina;
  • Urina turva;
  • Micção frequente;
  • Dor ao urinar;
  • Ejaculação dolorosa;
  • Sintomas gripais (prostatite bacteriana).
Estenose uretral

Nos homens, a uretra é um tubo fino que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo, além de transportar o sêmen. A uretra pode desenvolver cicatrizes devido a inflamação, infecção ou lesão. As cicatrizes estreitam o tubo, o que reduz o fluxo de urina. Isso é chamado de estenose uretral.

A dor no pé da barriga é um sintoma comum da estenose uretral. Pode também haver dor ao urinar, urina com sangue ou escura, fluxo lento de urina, perda de urina, pênis inchado e sangue no sêmen.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, ou seja, não é um câncer. Uma próstata aumentada pode pressionar a uretra e a bexiga. Isso reduz o fluxo de urina e causa dor no pé da barriga e na pelve.

Outros sintomas da HPB incluem dor ao urinar, micção frequente (especialmente durante a noite), vontade constante de urinar, com sensação de esvaziamento incompleto, fluxo de urina fraco, urina com mau cheiro e dor após a ejaculação.

Síndrome da dor pélvica crônica

A síndrome da dor pélvica crônica é uma causa comum de dores no pé da barriga em homens. É frequentemente chamada de prostatite não bacteriana crônica, porque torna a próstata sensível, mas não é causada por bactérias.

A síndrome da dor pélvica crônica geralmente causa dor intermitente. Outros sintomas incluem dor na região lombar, dor nos órgãos genitais, micção frequente, dor ao urinar ou evacuar, piora da dor durante relações sexuais e disfunção erétil.

Síndrome da dor pós-vasectomia

A vasectomia é um método anticoncepcional definitivo masculino. Trata-se de um procedimento cirúrgico no qual o ducto deferente (tubos que transportam os espermatozoides) são cortados ou bloqueados. Até 2% dos homens que fazem vasectomia desenvolvem dor crônica. Isso é chamado de síndrome da dor pós-vasectomia.

A síndrome causa dor genital que se espalha para a pelve e para o abdômen. Outros sintomas incluem: dor durante a relação, na ereção e ejaculação, além de disfunção erétil.

O que pode causar dor no pé da barriga em mulheres?

Existem muitas causas de dor no pé da barriga em mulheres. A dor pélvica pode ser aguda ou crônica. Uma dor aguda refere-se a uma dor súbita ou nova. A dor crônica refere-se a uma condição duradoura, que pode permanecer constante ou ir e vir, há mais de 3 meses.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada, como clamídia ou gonorreia. As mulheres geralmente não apresentam sintomas quando são infectadas pela primeira vez.

Se não tratada, a DIP pode causar complicações sérias, incluindo dor crônica e intensa na pelve (pé da barriga) ou no abdômen. Outros sintomas podem incluir sangramento durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal intenso com odor desagradável, dificuldade ou dor para urinar.

A doença inflamatória pélvica requer atenção médica imediata para evitar complicações adicionais, como gravidez ectópica, cicatrizes nos órgãos reprodutivos, abscessos e infertilidade.

Endometriose

A endometriose pode ocorrer em qualquer mulher em idade reprodutiva. É causada pelo crescimento de tecido uterino fora do útero. Porém, esse tecido continua a agir da maneira que faria se estivesse dentro do útero, incluindo espessamento e descamação com sangramento durante a menstruação.

A endometriose geralmente causa graus variados de dor pélvica, que variam de leve a debilitante. Essa dor no baixo ventre costuma ser mais forte durante a menstruação. Também pode ocorrer durante a relação sexual e com os movimentos intestinais ou da bexiga. A dor geralmente é localizada no pé da barriga, mas pode se estender para o abdômen.

Além da dor pélvica, a endometriose também pode causar fluxos menstruais mais intensos, náusea e inchaço. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade.

Ovulação

Algumas mulheres experimentam dores no pé da barriga agudas e temporárias durante a ovulação, quando um óvulo é liberado de um ovário. Essas dores geralmente duram apenas algumas horas.

Menstruação

A dor pélvica pode ocorrer antes e durante a menstruação e é geralmente descrita como cãibras na pelve ou no pé da barriga. A intensidade da dor pode variar de mês para mês.

Além de dor no baixo ventre, a menstruação pode provocar inchaço, irritabilidade, insônia, ansiedade, aumento da sensibilidade das mamas, mudanças de humor, dor de cabeça e dor nas articulações. Esses sintomas geralmente desaparecem quando vem a menstruação.

A dor no pé da barriga durante a menstruação é chamada dismenorreia. Essa dor pode parecer com cãibras no abdômen ou se manifestar como uma dor persistente nas coxas e na região lombar. Pode ser acompanhada por náusea, dor de cabeça, tontura e vômito.

Torção ovariana

Se o ovário torcer repentinamente sobre o seu eixo, pode haver uma dor imediata, aguda e insuportável no pé da barriga. Às vezes, a dor pélvica é acompanhada de náusea e vômito. Essa dor também pode começar dias antes como cólicas intermitentes.

A torção ovariana é uma emergência médica que geralmente requer cirurgia imediata.

Cisto no ovário

Cistos no ovário geralmente não causam sintomas. Contudo, se forem grandes, a mulher pode sentir uma forte dor no quadrante inferior esquerdo ou direito do abdômen e dor abdominal difusa. Também pode haver inchaço e sensação de peso no baixo ventre. Se o cisto se romper, pode haver uma dor repentina e aguda no pé da barriga.

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores benignos do útero. Os sintomas variam de acordo com o tamanho e a localização, ou nem causam sintomas.

Porém, miomas grandes podem causar sensação de pressão ou dor abaixo do umbigo, sangramento durante a relação sexual, períodos menstruais intensos, problemas com a micção, dor na perna, prisão de ventre e dor nas costas. Miomas também podem dificultar uma gravidez.

Câncer ginecológico

O câncer ginecológico pode surgir no útero, no endométrio (camada interna do útero), no colo do útero ou nos ovários. Os sinais e sintomas variam, mas geralmente incluem dor abaixo da barriga ou dor abdominal difusa, dor durante a relação sexual e corrimento vaginal.

Síndrome de congestão pélvica

A síndrome de congestão pélvica caracteriza-se pelo desenvolvimento de varizes nos ovários. Ocorre quando as válvulas que normalmente mantêm o sangue fluindo na direção correta pelas veias não funcionam mais. Isso faz com que o sangue retorne nas veias, que incham.

A dor no pé da barriga é o principal sintoma da síndrome de congestão pélvica. A dor muitas vezes piora durante o dia, especialmente se a mulher estiver sentada ou em pé por muito tempo. Também pode haver dor durante a relação sexual e na época da menstruação.

Outros sintomas incluem diarreia, prisão de ventre, varizes nas coxas e dificuldade em controlar a micção.

Prolapso de órgão pélvico

Os órgãos pélvicos femininos permanecem no lugar devido a uma rede de músculos e outros tecidos que os sustentam. Devido ao parto e à idade, esses músculos podem enfraquecer e permitir que a bexiga e o útero caiam.

O prolapso de órgão pélvico pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Esta condição pode causar uma sensação de pressão ou peso no baixo ventre. A mulher também pode sentir um caroço saindo da vagina.

Gravidez

Dor no pé da barriga pode ser gravidez. A dor pélvica é comum durante a gestação. À medida que o corpo da mulher se ajusta e cresce, seus ossos e ligamentos se esticam. Isso pode causar dor ou desconforto.

Porém, uma dor pélvica na gravidez acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, ou se não desaparecer ou durar um longo período de tempo, deve ser avaliada pelo médico obstetra.

Algumas possíveis causas de dor no pé da barriga durante a gravidez incluem:

Contrações de Braxton-Hicks

Essas contrações ocorrem com mais frequência no 3º trimestre de gravidez, causando dores no pé da barriga. Elas podem ser provocados por esforço físico, movimentos do bebê ou desidratação.

As contrações de Braxton-Hicks não são uma emergência médica, mas a gestante deve informar o médico na próxima consulta pré-natal.

Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana de gestação. A maioria dos abortos ocorre durante o 1º trimestre, antes da 13ª semana de gravidez. Eles são frequentemente acompanhados por: Sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores no pé da barriga, dor abdominal ou na região lombar e fluxo de fluidos ou tecidos pela vagina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto que ocorre antes da 37ª semana de gravidez é considerado trabalho de parto prematuro. Os sintomas incluem:

  • Dor abaixo do umbigo, que pode parecer contrações agudas e cronometradas;
  • Dor na região lombar;
  • Fadiga;
  • Corrimento vaginal mais intenso que o normal;
  • Cãibras no estômago com ou sem diarreia;
  • Saída do tampão mucoso;
  • Febre (se o parto estiver sendo causado por uma infecção).
Descolamento da placenta

A placenta se forma e se liga à parede uterina no início da gravidez. Ela foi projetada para fornecer oxigênio e nutrir o bebê até o momento do parto. Em situações raras, a placenta se descola parcialmente ou totalmente da parede do útero.

O descolamento da placenta pode causar sangramento vaginal, acompanhado por súbitas sensações de dor ou sensibilidade no abdômen ou nas costas. É mais comum no 3º trimestre, mas pode ocorrer a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre se um óvulo fecundado se implantar em uma das trompa ou em outra parte do aparelho reprodutivo que não seja o útero. Esse tipo de gravidez nunca é viável e pode resultar em ruptura da trompa de Falópio e sangramento interno, com risco de morte para a mãe.

Os principais sintomas são a dor aguda e intensa no pé da barriga e o sangramento vaginal. A dor pode ocorrer no abdômen ou na pelve, pode irradiar para o ombro ou pescoço se houver sangramento interno e o sangue se acumular sob o diafragma.

Em caso de dor no pé da barriga intensa ou que não passa, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas, procure um atendimento de emergência para avaliação.

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Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Cólica, menstruação atrasada e enjoo pode ser gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esses sintomas (menstruação atrasada, cólicas e enjoos) podem ser indicação de uma gravidez.

início da gravidez é marcado pelo aparecimento de alguns sintomas e sinais como:

  • Atraso da menstruação;
  • Náuseas com ou sem vômitos;
  • Cólicas no baixo ventre;
  • Tensão nos seios;
  • Aumento da frequência urinária.

intensidade e a forma de percepção pode variar em cada mulher.

É importante observar quando os enjoos são mais frequentes, qual a frequência dessa cólica, a localização e a associação com outros sintomas como constipação intestinal.

As cólicas do início da gravidez são, em geral, de leve intensidade e localizada no baixo ventre.

Após a detecção da gravidez, é importante realizar as consultas de pré-natal para acompanhamento da evolução da gestação e do desenvolvimento do feto.

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Quais os sintomas de câncer no colo do útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas do câncer no colo do útero normalmente são observados quando o câncer já está em uma fase mais avançada. Um dos sintomas mais comuns do câncer de colo de útero é o sangramento vaginal ou corrimento vaginal com presença de sangramento logo após a relação sexual, após a menopausa ou de forma espontânea.

Outros sintomas que podem estar incluídos:

  • Sangramento vaginal durante ou após as relações sexuais;
  • Sangramentos vaginais após a menopausa;
  • Sangramento excessivo durante a menstruação;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Sensação de peso na região entre o ânus e a vagina (períneo);
  • Corrimento vaginal mucoso, que pode ser avermelhado e ter mau cheiro;
  • Dor pélvica ou abdominal;
  • Presença de sangue na urina.

Nos casos mais avançados, os sintomas podem vir acompanhados de alterações urinárias ou intestinais.

Porém, vale lembrar que no início, o câncer no colo do útero geralmente não apresenta sintomas. O desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e os sinais tendem a surgir com a evolução do quadro.

Quais são os fatores de risco para câncer no colo do útero?

A causa do câncer de colo uterino não está totalmente definida. Porém, sabe-se que o principal fator de risco para o câncer no colo do útero é a infecção pelo vírus HPV, que pode ser transmitido sexualmente e pode ser prevenido. A infecção por HPV provoca modificações nas células do colo do útero que podem evoluir para câncer.

Há ainda outros fatores que podem aumentar as chances da mulher desenvolver esse tipo de câncer, tais como: ter muitos filhos, ter vários parceiros sexuais, início precoce da vida sexual, fumar, história de infecções sexualmente transmissíveis, ter mais de 40 anos de idade e tomar pílula anticoncepcional durante 5 anos ou mais.

Como é feito o diagnóstico do câncer no colo do útero?

O diagnóstico do câncer de colo de útero é feito pelo exame físico e confirmado por uma biópsia. Os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada são importantes para definir o grau de avanço do câncer e detectar possíveis comprometimentos de outros órgãos.

O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero pode ser feito através do exame preventivo papanicolau, que detecta o HPV e a presença de células anormais, uma vez que a infecção pelo vírus é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Se o papanicolau detectar a presença de alterações nas células, o tratamento pode incluir crioterapia, procedimentos para queimar a lesão, retirada da lesão e ainda medicamentos.

Câncer no colo do útero tem cura? Como é o tratamento?

Sim, câncer no colo do útero tem cura. Se for diagnosticado precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%. O tratamento depende do grau de avanço da doença.

Se o câncer estiver numa fase inicial, é feita uma cirurgia, que pode ou não ser complementada com radioterapia ou quimioterapia. A associação de radioterapia e quimioterapia permite manter o câncer de colo de útero bem controlado em casos mais avançados.

Nos casos mais graves de câncer de colo uterino, é feito primeiro o tratamento com quimioterapia e radioterapia, que permite depois a realização da cirurgia. O procedimento cirúrgico pode remover o útero, as trompas e o ovário.

A radioterapia pode ser aplicada externamente ou internamente:

Na radiação externa, utiliza-se um aparelho que emite um feixe de radiação para a área a ser tratada. Nesses casos, geralmente são feitas 5 sessões de radioterapia, durante um período que varia entre 5 e 7 semanas.

Na radioterapia aplicada internamente, a radiação é administrada pela colocação de implantes com substâncias radioativas na vagina. Os implantes permanecem no corpo durante algumas horas ou até por 3 dias. Essa forma de radioterapia necessita de internamento hospitalar e o tratamento pode precisar ser repetido, às vezes por algumas semanas.

Se o câncer já tiver alcançado outros órgãos, o tratamento com quimioterapia terá como objetivo tentar conter a doença e melhorar os sintomas.

Quanto mais cedo o câncer no colo do útero for detectado, maiores são as chances de cura. Por isso é muito importante visitar regularmente a/o médico/a de família ou ginecologista e fazer o exame preventivo papanicolau com a regularidade indicada pelo/a médico/a.

Dor ao urinar, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor ao urinar é um sintoma muito comum, que pode estar presente em diversas doenças e condições, citadas abaixo:

1. Infecção do trato urinário

É a causa mais comum. Pode acometer a bexiga, quando é conhecida como cistite, ou os rins, quando é chamada pielonefrite. Normalmente, associa-se com dor no baixo ventre, sensação de bexiga cheia o tempo todo e saída de sangue na urina. É causada por bactérias, na maioria das vezes a Escherichia coli, e o tratamento deverá ser feito com antibióticos.

2. Uretrite

É uma inflamação da uretra, canal que leva a urina da bexiga para o meio externo, usualmente causada por bactérias como clamídia e gonococo. Pode ocorrer de sair uma secreção purulenta que mancha a roupa íntima. O tratamento deverá ser efetuado com medicamentos antibióticos.

Veja também: Sensação de bexiga cheia mesmo depois de urinar, o que pode ser?

3. Vulvovaginite

É a infecção da vagina, que pode ser causada por bactéria (Gardnerella vaginalis), protozoário (Trichomonas vaginalis) ou fungo (cândida). Está associada a corrimento vaginal e pode ocorrer prurido intenso. O tratamento é feito com pomadas tópicas, no caso da candidíase, ou antibióticos, no caso da tricomoníase e vaginose bacteriana.

4. Doenças da próstata

Prostatite (infecção da próstata), hiperplasia benigna da próstata, que usualmente leva a dificuldades para urinar, e câncer de próstata, que pode não se associar a outros sintomas.

5. Cálculo renal

Quando a pedra passa pela uretra, pode feri-la, causando a dor para urinar. Pode ser necessário tratamento com litotripsia e até mesmo cirurgia, a depender da quantidade, tamanho, tipo e número de cálculos.

6. Epididimite

Inflamação do epidídimo, órgão que se localiza "colado" ao testículo, que pode estar inchado e doloroso. O tratamento é feito com antibióticos.

Veja também: Epididimite: Quais os sintomas e como é o tratamento?

7. Irritação da uretra

O canal da urina pode ficar irritado por produtos químicos, como amaciantes de roupa, sabão/sabonetes, perfumes ou medicamentos, causando dor para urinar.

8. Urina muito concentrada

A pouca ingestão de líquidos, sobretudo nos dias mais quentes, pode deixar a urina muito concentrada, causando dor ou queimação durante a sua passagem pela uretra.

Veja também: Dor na bexiga, o que pode ser?

9. Gravidez

As causas de dor para urinar durante a gravidez são as mesmas das outras situações, ou seja, infecção do trato urinário, uretrite, vulvovaginite, cálculo renal, irritação local e urina muito concentrada.

Leia também: Dor ao urinar pode ser gravidez?

Na presença de ardência para urinar, deve-se aumentar a ingesta de líquidos para, no mínimo, dois litros por dia e observar por 24 horas.

Na ausência de melhora, deverá ser procurado uma unidade de saúde para avaliação clínica e coleta de exame de urina se o médico julgar necessário, assim como outros exames.

Se você apresentar outros sintomas associados, como dor no baixo ventre, febre, corrimento uretral ou vaginal, deverá procurar o pronto atendimento imediatamente.

Não é recomendado o uso de remédios analgésicos sem prescrição médica, como Pyridium® (fenazopiridina), pois este mascara os sintomas e pode atrasar o tratamento adequado.

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