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Coceira nos pés: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira nos pés pode ser sintoma de micose ("tinha", "frieira", "pé-de-atleta") ou ainda psoríase. Identificar a causa do comichão nos pés é fundamental para saber o que fazer e como tratar a doença.

Micose

No caso da micose nos pés, os sintomas incluem coceira no meio dos dedos, vermelhidão na pele, descamação, lesão com borda avermelhada, descamação esbranquiçada e fissuras entre os dedos.

Como aliviar a coceira nos pés causada por frieira?

O tratamento da micose é feito com medicamentos antifúngicos e aplicação de pomadas com antifúngicos nos pés. Deve-se ainda polvilhar os calçados com pó antifúngico.

Dentre os remédios usados no tratamento da micose estão: cetoconazol, miconazol, cotrimazol, butenafina, griseofulvina, terbinafina e fluconazol.

Psoríase

Já a psoríase é uma doença crônica da pele provocada por um processo inflamatório. Acredita-se que a doença seja desencadeada pelo ataque de células de defesa (linfócitos T) à pele.

A doença caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas que aparecem principalmente em joelhos, cotovelos e couro cabeludo, podendo afetar ainda unhas, palmas das mãos, plantas dos pés ou toda a superfície do corpo.

Se a coceira nos pés for causada por psoríase, a pessoa poderá apresentar ainda os seguintes sinais e sintomas:

  • Manchas vermelhas na pele com descamação esbranquiçada ou prateada;
  • Pequenas manchas agrupadas;
  • Pele seca e rachada, que pode sangrar em alguns casos;
  • Coceira;
  • Queimação;
  • Dor;
  • Unhas grossas, com sulcos ou caroços;
  • Inchaço e rigidez articular.
Como aliviar a coceira nos pés causada por psoríase?

O tratamento da psoríase é feito com aplicação de pomadas, géis e cremes, fototerapia e uso de medicamentos orais ou injetáveis. Também é importante ter alguns cuidados como manter a pele bem hidratada, usar água morna para tomar banho, tomar sol diariamente, não fumar e combater e controlar o estresse e a ansiedade.

Todos os medicamentos usados nos tratamentos devem ser usados sob orientação médica. Para que a origem da coceira nos pés seja identifica e receba um tratamento adequado, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou dermatologista.

Saiba mais em:

O que é psoríase?

A psoríase tem cura? Qual o tratamento?

Dor no quadril, o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Uma das principais causas de dor no quadril direito ou esquerdo é a artrose, uma doença que caracteriza-se pela perda progressiva da cartilagem da articulação entre o fêmur e a bacia. Com o tempo, a dor no quadril pode causar rigidez e tornar os movimentos muito dolorosos.

A dor no quadril também é comum em pessoas que praticam esportes ou atividades físicas que geram um maior esforço ou sobrecarga na articulação da coxa.

Nos esportes, as principais causas de dor no quadril estão relacionadas com traumatismos, como quedas e impactos intensos. As lesões também podem ocorrer devido a movimentos extensos e repetidos.

As dores no quadril podem ainda estar relacionadas com problemas na coluna lombar ou com a região dos glúteos. É comum a dor irradiar para a virilha. Há casos em que a dor no quadril tem origem nos joelhos.

Outras causas de dor no quadril incluem artrite reumatoide, osteoartrite e outras formas de artrite, tendinite, hérnia de disco, osteoporose, sacroileíte, sinovite, osteomalácia, dor ciática, câncer (metástases ósseas de outros tumores, leucemias), osteomielite e doença de Paget do osso.

Em geral, os problemas na articulação do quadril desencadeiam dor no interior da articulação ou na virilha. Normalmente, quando a dor está localizada na região externa do quadril, na porção superior da coxa ou nos glúteos, a causa está nos músculos, ligamentos, tendões ou nos tecidos moles adjacentes à articulação.

Estiramento ou ruptura de ligamentos e tendões

A dor no quadril também pode ter origem num estiramento ou numa ruptura de algum músculo ou tendão. Essas lesões podem ocorrer principalmente durante a prática de exercícios físicos.

Bursite

A bursite no trocanter do fêmur também pode provocar dor no quadril. Trata-se da inflamação de uma bolsa localizada na lateral do fêmur que ocorre pelo atrito do tecido com o osso. A dor localiza-se na região lateral da coxa e geralmente é notada ao deitar-se sobre o lado afetado. A dor no quadril também pode surgir quando a pessoa permanece muito tempo em pé ou sobe escadas e geralmente piora à noite.

Diminuição da irrigação sanguínea

Problemas circulatórios na cabeça do fêmur podem provocar a morte de células ósseas devido à falta de fluxo sanguíneo, causando dor e limitações de movimento.

Fraturas

Pessoas com mais de 65 anos, principalmente mulheres, podem ter dor no quadril devido a uma fratura, geralmente após uma queda.

Qual o tratamento para dor no quadril?

O tratamento para a dor no quadril depende da causa, podendo incluir anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia e até cirurgia.

Recomenda-se procurar /a médico/a ortopedista em caso de dor intensa no quadril, principalmente se houver rigidez da articulação ou limitação dos movimentos.

Também pode lhe interessar: Dor nas articulações durante a gravidez é normal?

Corrimento branco, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Corrimento branco na mulher pode ter muitas causas diferentes, inclusive as oscilações hormonais que ocorrem normalmente durante o ciclo menstrual podem causar um corrimento branco mais ou menos espesso, que é normal e não corresponde a nenhum problema.

Outras causas incluem vulvovaginites, uso de certas medicações, inclusive anticoncepcionais, problemas imunológicos, estresse e gravidez.

Entre as vulvovaginites, ou seja doenças infecciosas que acometem a região vaginal ou vulva, a mais comum causadora de corrimento branco é a candidíase, mas outras vulvovaginites como a vaginose bacteriana também podem causar esse problema.

Candidíase

Se o corrimento branco tiver aspecto grumoso, espesso ou pastoso, parecido com nata ou queijo ricota, pode ser um sinal de candidíase, uma infecção causada pelo fungo Candida albicans.

Nesses casos, o corrimento vaginal pode formar placas esbranquiçadas que ficam aderidas à mucosa vaginal. Além do corrimento vaginal branco, a candidíase normalmente causa sintomas como coceira, irritação da vulva, ardência ao urinar e vermelhidão.

Na candidíase, o corrimento pode apresentar pouco ou nenhum odor.

Leia mais em: O que é Candidíase?

Vaginose bacteriana

Outra causa de corrimento branco é a vaginose bacteriana. A vaginose é mais frequente em mulheres sexualmente ativas e o corrimento vaginal também pode apresentar coloração acinzentada, amarelada ou esverdeada.

O corrimento da vaginose bacteriana é homogêneo, pouco viscoso e também pode vir acompanhado de coceira, inflamação e irritação no local.

Leia também: Qual o tratamento para vaginose?

Para diagnosticar a origem do corrimento e receber um tratamento adequado, consulte um médico ginecologista.

Quais os sintomas de calcificação no cérebro?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As calcificações encontradas no cérebro, podem não apresentar nenhum sintoma, como acontece na maioria das vezes, ou pode desenvolver sintomas de:

  • Crises convulsivas;
  • Tremores e dificuldade de caminhar (semelhante ao Parkinson);
  • Confusão mental, problemas de memória;
  • Alterações de humor ou de personalidade (irritabilidade, agressividade).

Os sintomas tendem a aparecer quando a quantidade de calcificações é grande, ou dependendo da causa desse depósito e da sua localização.

Como os sintomas são semelhantes a outras doenças neurológicas e psiquiátricas, como o Mal de Alzheimer, a doença de Parkinson, esquizofrenia, depressão ou ainda transtorno bipolar, o diagnóstico pode demorar a ser feito, o que permite a evolução da doença e menor resposta ao tratamento.

Tratamento das calcificações cerebrais

O tratamento é direcionado para a causa do problema e nem sempre existe um tratamento eficaz, porém, nos casos de calcificações por hipoparatireoidismo, por exemplo, o tratamento com reposição de cálcio e vitamina D, iniciando de forma precoce, evita problemas neurológicas graves e inclusive, a morte do paciente.

O neurologista é o médico capacitado para fazer essa avaliação e determinar a melhor opção de tratamento para cada caso.

Causas de calcificação cerebral

Dentre as causas mais comuns de calcificações no cérebro estão:

  • Idiopática (quando não é possível determinar a causa - causa desconhecida),
  • Doenças Genéticas (doença de Fahr, esclerose tuberosa),
  • Hipoparatireoidismo (deficiência de produção de hormônios pela glândula paratireoide),
  • Hipotireoidismo (baixa produção de hormônio pela glândula tireoide),
  • Pós-radioterapia (especialmente na região do pescoço e tórax),
  • Infecções: zika, citomegalovírus, toxoplasmose, rubéola e cisticercose,
  • Pós-hemorragia cerebral (por depósito de hemossiderina).
O que são as calcificações cerebrais?

As calcificações cerebrais, são depósitos de minerais no cérebro, como sais de cálcio, ferro e outros. As calcificações podem nunca causar sintomas, ou podem desencadear sintomas neurológicos graves e irreversíveis se não for diagnosticado a tempo de um tratamento adequado.

O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como o RX ou TC (tomografia de crânio). A RM (ressonância magnética) também pode ser indicada, com objetivo de avaliar a extensão das calcificações e comprometimento das regiões próximas.

Uma vez diagnosticado o problema, deve ser feito um acompanhamento com um neurologista, para tratamento adequado.

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Referência:

Academia Brasileira de Neurologia.

Manchas roxas aparecendo nas duas pernas... o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de manchas roxas na pele significa que houve extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos em baixo da pele.

Trauma, fragilidade capilar, doenças dos vasos sanguíneos e doenças relacionadas com a coagulação sanguínea são as principais causas de manchas roxas.

Algumas características individuais também aumentam o risco de equimoses (manchas roxas). Idosos tem maior tendência a apresentarem manchas roxas na pele, devido a maior fragilidade da pele e dos vasos sanguíneos.

Mulheres também costumam apresentar mais casos de equimoses e hematomas do que os homens. Algumas pessoas apresentam uma história familiar de hematomas, por isso também são mais suscetíveis a apresentar manchas roxas.

Essas manchas são chamadas de equimoses quando ocorrem devido ao rompimento de pequenos vasos, e deixam a pele roxa.

Quando ocorrem devido à rutura de vasos maiores, levando a formação de grandes coleções sanguínea são chamadas de hematomas, nesse caso além do aparecimento de uma mancha roxa também pode ocorrer abaulamento da região.

Manchas roxas sem razão aparente

Algumas pessoas podem apresentar manchas roxas na perna sem razão aparente, diferentes condições podem levar a esse sintoma, como:

  • Traumas: a principal causa de hematomas é a ocorrência de pancadas na pele;
  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem apresentar como efeitos colaterais a presença de sangramento, levando ao surgimento de equimoses e hematomas. Os principais medicamentos associados a esses efeitos são a aspirina, clopidogrel, varvarina e outros anticoagulantes. O uso de corticoesteroides também pode aumentar o risco de hematomas;
  • Tabagismo;
  • Uso abusivo de álcool;
  • Desnutrição e deficiências de vitaminas: a deficiência de vitaminas K e C pode levar a quadros hemorrágicos, provocando manchas roxas;
  • Consumo excessivo de suplementos alimentares contendo ginkgo biloba, alho ou óleo de peixe.
Doenças que podem provar manchas roxas

Diferentes doenças também podem provocar sangramento, que levam ao aparecimento de hematomas:

  • Distúrbios hemorrágicos ou da coagulação: como a hemofilia, a doença de Von Willebrand, a trombocitopenia também podem ocasionar esses sintomas.
  • Desnutrição e deficiências de vitaminas: a deficiência de vitaminas K e C pode levar a quadros hemorrágicos, provocando manchas roxas.
  • Doenças hepáticas: como a cirrose.
  • Doenças autoimune: como a trombocitopenia imune primária e o lúpus.
  • Vasculite: uma doença que leva uma inflamação dos vasos sanguíneos que ocorre de origem autoimune.
  • Alguns tipos de câncer: como a leucemia, o mieloma múltiplo ou o linfoma de Hodgkin.
  • Sepse: reação grave do corpo a processos infecciosos.
Quando devo procurar um médico?

Caso apresente frequentemente hematomas sem motivo aparente, ou que não apresentam melhora após 1 a 2 semanas, ou que surgiram após o início de um novo medicamento consulte um médico para uma avaliação.

Se notar o surgimento de hematomas graves, desproporcionais após trauma ou pequenas lesões também consulte um clínico geral, ou médico de família, para uma avaliação inicial.

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Manchas roxas no corpo, podem ser leucemia?

O que são estrias no pulmão e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Estrias no pulmão são cicatrizes decorrentes de alguma infecção ou processo inflamatório pulmonar. Tratam-se de sequelas pulmonares de lesões antigas ou atuais. O próprio cigarro pode lesionar os pulmões e deixar cicatrizes nesses órgãos.

As estrias no pulmão são compostas por tecido conjuntivo fibroso, o mesmo tecido presente nas cicatrizes da pele. Da mesma forma que os cortes e as lesões na pele deixam cicatriz, assim também acontece nos órgãos internos. A função do tecido cicatricial é preencher o espaço deixado pelo tecido do órgão que foi destruído.

Portanto, as estrias pulmonares observadas na tomografia computadorizada de tórax não são uma doença que requeira tratamento, mas sim uma marca deixada por inflamações pulmonares. Assim como ocorre na pele, essas cicatrizes muitas vezes já estão bem definidas e não há muito o que fazer. Contudo, em situações muito específicas, as estrias podem ser removidas através de cirurgia.

Quando necessário, o médico pneumologista poderá avaliar o caso e indicar o tratamento.

Pode lhe interessar também: Água no pulmão: quais as causas, sintomas e como é o tratamento?

Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos podem ser sintomas de dengue, intoxicação alimentar (virose), apendicite, entre outras doenças. O melhor a fazer nesses casos é não se automedicar e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

No caso da dengue, a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Febre alta, em torno de 40ºC;
  • Dores musculares;
  • Dor nas articulações;
  • Dor abdominal;
  • Dor de cabeça e nos olhos;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Indisposição;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Já a intoxicação alimentar é um tipo de virose do aparelho digestivo, que pode ser causada por vírus (enterovírus) ou bactérias, como a Escherichia coli. São mais comuns no verão e podem causar sintomas como:

  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Mal estar;
  • Cólicas intestinais.

As dores no abdômen, a febre, o vômito e os enjoos também podem ser sinais de apendicite e, neste caso, o paciente deve ser submetido a uma cirurgia de emergência o mais rápido possível.

Se o apêndice (porção do intestino que está inflamada) "romper", pode haver extravasamento de fezes para a cavidade abdominal evoluindo com sepse, conhecida por infecção generalizada que pode levar à morte.

Os sintomas típicos da apendicite são:

  • Dor abdominal, por vezes localizada no lado inferior direito (mas nem sempre);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Perda de apetite.

Porém, a apendicite também pode provocar outros sintomas, como:

  • Dor na "boca do estômago" ou ao redor do umbigo;
  • Gases;
  • Indigestão;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Mal estar geral;
  • A febre pode não estar presente no início dos sintomas, mas pode ocorrer com a evolução do problema.

Por isso, devemos ressaltar que nesse caso o mais adequado é procurar atendimento médico o mais rápido possível para identificar e tratar a causa desse problema.

Como saber se tenho meningite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sinais e sintomas da meningite, seja viral, bacteriana ou fúngica, incluem:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas, vômitos;
  • Dor no pescoço, rigidez de nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito);
  • Mal-estar;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Manchas roxas na pele (fase mais grave, geralmente na meningite meningocócica).

Os sintomas mais comuns e que costumam aparecer na fase inicial da doença são a dor de cabeça intensa, febre, náuseas e rigidez de nuca, embora nem sempre estão presentes ao mesmo tempo, o que dificulta um diagnóstico rápido.

As manchas arroxeadas surgem nas fases mais avançadas da meningite bacteriana e indicam que as bactérias estão circulando pelo corpo, e a sua disseminação pode levar ao processo grave de infecção generalizada (sepse).

Outros sintomas menos específicos, mas que podem estar presentes em casos de meningite são: dor de estômago, diarreia, fadiga, calafrios (especialmente em recém-nascidos e crianças), alterações do estado mental, agitação, fontanelas abauladas (bebês), dificuldade para se alimentar ou irritabilidade (crianças), respiração ofegante, cabeça e pescoço arqueados para trás.

Meningite é a inflamação ou infecção da meninge (em azul na imagem)

É importante lembrar que os sintomas dos 3 tipos de meningite são semelhantes. O que os diferencia é a intensidade e a rapidez com que o quadro evolui. Os tipos mais comuns são as meningites virais e as bacterianas.

As meningites virais manifestam sintomas mais brandos, parecidos com os de uma gripe. Esse tipo de meningite costuma apresentar melhora dos sintomas de forma espontânea, dentro de 2 semanas, sem sequelas ou complicações.

Já as meningites bacterianas são mais graves, devido à rápida e intensa evolução do quadro, podendo até levar à morte ou deixar sequelas se não forem tratadas a tempo. Daí a importância em procurar um médico logo que suspeite da doença. O diagnóstico e o tratamento precoce da meningite bacteriana são essenciais para evitar danos neurológicos permanentes.

O que é meningite?

A meningite é uma infecção das meninges, que são membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal.

Saiba mais em: O que é meningite?

O que causa meningite?

As causas mais comuns de meningite são as infecções virais. Essas infecções geralmente melhoram sem tratamento. Contudo, a meningite bacteriana é muito grave, podendo resultar em morte ou danos cerebrais, mesmo com tratamento.

Existem muitos tipos de vírus que podem causar meningite. Dentre eles estão:

  • Enterovírus: também podem causar doenças intestinais;
  • Vírus do herpes: são os mesmos vírus que podem causar herpes labial e herpes genital. No entanto, pessoas com esses tipos de herpes não têm mais chances de desenvolver meningite;
  • Vírus da caxumba;
  • HIV;
  • Vírus do Nilo Ocidental: vírus transmitido por picadas de mosquito.

A meningite também pode ser causada por irritação química, alergias a medicamentos, fungos, parasitas e tumores.

Como diagnosticar a meningite?

O diagnóstico da meningite é feito inicialmente pela história do paciente e exame clínico, sendo confirmado através da coleta de amostras de sangue e do líquido cefalorraquidiano, que é coletado através de uma punção na coluna lombar.

Esses exames permitem identificar o agente causador da meningite (vírus, bactéria, fungo) e direcionar o tratamento para aquele tipo específico de meningite.

Qual é o tratamento para meningite?

O tratamento da meningite bacteriana é feito com antibióticos, de acordo com o tipo de bactéria e à sensibilidade ao tratamento. Essas informações são obtidas pelos exames, algumas horas depois da realização dos mesmos. Porém, o tratamento nunca deve ser adiado pelos riscos ao paciente e pode ser alterado após os resultados dos exames.

As meningites virais não necessitam de antibióticos, apenas medicamentos analgésicos e antitérmicos para alívio dos sintomas. Na meningite causada por herpes, podem ser usados medicamentos antivirais.

O tratamento da meningite também pode incluir: administração de soro através da veia e medicamentos para controlar sintomas como inchaço cerebral, choque e convulsões.

Sem tratamento imediato, a meningite pode causar dano cerebral irreversível, perda de audição, hidrocefalia, isquemia distal, com necessidade de amputações de extremidades de membros, convulsões e morte.

Existe prevenção para meningite?

Sim. A prevenção de alguns tipos de meningite bacteriana pode ser feita com vacinas. Algumas já fazem parte do calendário vacinal, outras devem ser prescritas pelo médico assistente.

A vacina contra Haemophilus é administrada em crianças. As vacinas pneumocócica e meningocócica são administradas tanto em crianças quanto em adultos.

Entretanto, na suspeita de meningite, apenas o médico, através dos exames clínico e laboratoriais, poderá identificar o tipo de meningite e prescrever o tratamento mais adequado para o caso.

Em caso de suspeita de meningite, não se automedique e procure atendimento médico o mais rápido possível. "Tempo é cérebro".

Saiba mais em: Quais são os tipos de meningite?