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Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais tipos de anemia são as anemias ferropriva, hemolítica, falciforme, microcítica, sideroblástica, de Fanconi, perniciosa, aplástica, aplásica e megaloblástica. Os sintomas podem incluir fraqueza, dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, dificuldade para realizar atividades físicas, entre outros.

As anemias caracterizam-se pela diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como eritrócitos ou hemácias.

A hemoglobina é uma proteína de cor vermelha que se liga ao oxigênio, permitindo que os glóbulos vermelhos transportem esse gás para os tecidos do corpo.

Por isso, os sintomas da anemia estão relacionados com a falta de oxigenação do corpo, já que essas pessoas têm menos hemoglobina ou hemácias na circulação sanguínea.

Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro e é o tipo mais comum de anemia. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo também muito frequente durante a gravidez.

Sintomas de anemia ferropriva

Os principais sintomas da anemia ferropriva podem incluir: cansaço, aumento da frequência cardíaca, palpitações, falta de apetite, falta de ânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, falta de ar ao realizar esforços, dores abdominais, vontade de comer coisas pouco comuns ou estranhas, como terra, queda de cabelos, alisamento da língua, unhas quebradiças, feridas nos cantos da boca, palidez.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica é um tipo de anemia provocada pela destruição precoce das hemácias (glóbulos vermelhos), o que impossibilita a medula óssea de repor essas células sanguíneas na quantidade adequada.

Pode ocorrer devido ao uso de certos medicamentos, fatores genéticos, processos crônicos e agudos, resposta inadequada do sistema imunológico, picadas de cobra, problemas na coagulação sanguínea, reações após transfusões de sangue e malária.

Pode tratar-se de uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da pessoa produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos do próprio corpo, destruindo essas células.

Leia também: O que é anemia hemolítica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia hemolítica

Algumas pessoas com anemia hemolítica podem não apresentar sintomas. Quando presentes, podem incluir cansaço, falta de ar, palidez, icterícia (peles e olhos amarelados), desconforto e sensação de barriga inchada.

Anemia falciforme

A anemia falciforme tem causas hereditárias. Pessoas com esse tipo de anemia têm os glóbulos vermelhos em forma de foice. Essa alteração na forma da hemácia prejudica o transporte do oxigênio, gerando complicações.

Sintomas de anemia falciforme

Dentre os sinais e sintomas da anemia falciforme, estão crises de dor, dor nas articulações, palidez, cansaço, icterícia (pele e olhos amarelados), atraso no crescimento e feridas nas pernas.

Anemia microcítica

A anemia microcítica caracteriza-se pela diminuição da quantidade de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos. Pode ocorrer em casos de inflamações crônicas, outros tipos de anemia (ferropriva, sideroblástica), carência de ferro, talassemia, intoxicação por alumínio, falta de zinco.

Sintomas de anemia microcítica

Pessoas com esse tipo de anemia podem apresentar cansaço, palidez, diarreia, aumento dos batimentos cardíacos, fraqueza, dor de cabeça e tontura.

Anemia sideroblástica

Esse tipo de anemia ocorre devido a um acúmulo de ferro em certas células da medula óssea, que é responsável pela produção das células do sangue. Como resultado, a produção de hemoglobina fica prejudicada e já não é suficiente.

Saiba mais em: O que é anemia sideroblástica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia sideroblástica

Os sinais e sintomas da anemia sideroblástica podem incluir fraqueza, aumento da frequência cardíaca, palidez, dificuldade para respirar.

Anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi também tem causas hereditárias e caracteriza-se pela diminuição da quantidade de células sanguíneas (hemácias, glóbulos brancos e plaquetas). Crianças com esse tipo de anemia nascem com malformações na medula, no sistema urinário e apresentam atraso no desenvolvimento.

Sintomas de anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi pode causar palidez, cansaço, aumento da frequência cardíaca, dores de cabeça, dores musculares, falta de ar, facilidade em desenvolver infecções, tendência a apresentar sangramentos e hematomas.

Anemia perniciosa

A anemia perniciosa ocorre devido à incapacidade de absorver a vitamina B12 proveniente da alimentação. Essa vitamina está presente em ovos, carne vermelha, aves e peixes. A falta de vitamina B12 provoca uma redução do número de glóbulos vermelhos do sangue.

Veja também: O que é anemia perniciosa e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia perniciosa

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia incluem dificuldade de raciocínio, dificuldade de memória, formigamento nas mãos e nos pés, alterações no equilíbrio, fraqueza, aumento da frequência cardíaca, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dores musculares, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos frequentes e palidez.

Anemia aplástica

Essa anemia afeta a medula óssea e o sangue, sendo também chamada de aplasia medular. A anemia aplástica pode ter origem em fatores hereditários ou ser causada pelo contato com materiais tóxicos, quimioterapia ou ainda determinadas doenças.

Sintomas de anemia aplástica

A anemia aplástica pode causar palidez, cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos recorrentes e hematomas.

Anemia aplásica

A anemia aplásica é um tipo grave e raro de anemia, de causas hereditárias, que se caracteriza pela diminuição da produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. Pessoas com anemia aplásica desenvolvem anticorpos que atacam as células jovens da medula óssea, causando destruição das mesmas.

Sintomas de anemia aplásica

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia podem incluir facilidade em apresentar hematomas e sangramentos, cansaço, predisposição para ter infecções, perda de apetite, emagrecimento, palidez e aumento da frequência cardíaca.

Anemia megaloblástica

Na anemia megaloblástica, os glóbulos vermelhos têm um tamanho maior que o normal. Pode ser causada por falta de vitamina B12, folato ou cobre e uso de certos medicamentos.

A anemia megaloblástica pode causar cansaço, palidez, diarreia, taquicardia e fraqueza.

O tratamento das anemias depende do tipo de anemia e pode ser feito através da alimentação, uso de medicamentos e transfusão de sangue, nos casos mais graves.

Dor no umbigo: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no umbigo pode ser sinal de apendicite, prisão de ventre, hérnia e de outras doenças e condições como a gravidez. Normalmente está relacionada a processos inflamatórios e infecciosos.

Quando a dor é leve e temporária pode indicar um mal-estar passageiro. Entretanto, se a dor for intensa e frequente pode trazer sérias complicações. Por este motivo, é importante que você não se automedique e procure um médico para avaliação da dor.

1. Apendicite

A apendicite consiste na infecção e inflamação do apêndice. Costuma se manifestar através de uma dor abdominal que pode ter início ao redor do umbigo e depois passar para a região inferior direita do abdômen. Inicialmente a dor é leve e se torna intensa com o passar das horas.

Algumas pessoas podem apresentar somente dor abdominal, entretanto outras podem apresentar dor juntamente com os seguintes sintomas:

  • Náuseas e vômitos: estes sintomas podem ocorrer juntos ou pessoa pode apresentar apenas um deles. Ocorre porque o processo inflamatório e infeccioso do apêndice provoca redução dos movimentos peristálticos (movimentos involuntários de contração do sistema digestivo que possibilitam a deglutição);
  • Perda de apetite: a infecção do apêndice produz alterações gastrointestinais que levam à perda de apetite;
  • Febre: ocorre devido à tentativa do organismo de preservar a sua integridade perante o quadro de infecção e inflamação do apêndice;
  • Gases intestinais: acontecem pela perda dos movimentos intestinais;
  • Má digestão: é um sintoma que ocorre em consequência da diminuição dos movimentos peristálticos;
  • Diarreia ou prisão de ventre: estes dois sintomas ocorrem pelo comprometimento do funcionamento do sistema digestivo em função da infecção do apêndice;
  • Mal-estar geral: acontece nos processos infecciosos como consequência da febre e do comprometimento do sistema gastrointestinal.
O que devo fazer?

Neste caso, você deve buscar o mais rapidamente possível um serviço de emergência para avaliação dos sintomas e indicação do tratamento adequado que consiste em com cirurgia e uso de antibióticos. Pode ser necessário efetuar ultrassonografia abdominal ou tomografia de abdome.

Quando a cirurgia é feita precocemente a recuperação é tranquila e os riscos de complicações são menores. A demora para iniciar o tratamento adequado pode trazer sérios riscos à saúde, por este motivo não protele a ida à emergência

Ruptura do apêndice

Nos casos em que a apendicite permanece sem tratamento, o apêndice pode sofrer ruptura e trazer consequências graves à saúde, inclusive com risco de morte. Um apêndice infectado pode apresentar ruptura em menos de 36 horas após o surgimento dos sintomas.

A inflamação e a infecção podem se espalhar pelo abdome ou as bactérias podem migrar para corrente sanguínea e provocar a infecção generalizada.

A ruptura de apêndice é tratada com uso de antibiótico e várias cirurgias podem ser necessárias. Por este motivo é importante buscar rapidamente um serviço de emergência quando os sintomas de apendicite, especialmente a dor em volta do umbigo ou na região inferior direita do abdome, se iniciam.

2. Prisão de ventre

A prisão de ventre está entre as causas mais comuns de dor no umbigo. Nestes casos, a dor se manifesta em volta do umbigo, é intermitente (dor que vai e volta) e pode ser intensa.

O acúmulo de fezes ou gases distende o intestino, que pode pressionar algum nervo que passa pela região do umbigo, causando dor.

O que devo fazer?

O uso de medicamentos laxantes é indicado tratamento da prisão de ventre e somente devem ser administrados após avaliação e orientação médica.

Para evitar que a prisão de ventre ocorre é necessário adotar uma alimentação rica em fibras e ingerir em torno de 2 litros de água por dia.

Uma vez que a dor no umbigo pode ter diversas causas, sendo algumas delas graves, é importante procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação se a dor continuar ou vier acompanhada de outros sinais e sintomas.

3. Hérnia umbilical

A hérnia é o extravasamento de uma parte de um órgão (geralmente o intestino) através de uma região mais enfraquecida da parede abdominal ou do tecido gorduroso do abdômen. Isso pode ocorrer na região do umbigo (hérnia umbilical), causando dor.

A dor provocada pela hérnia umbilical é localizada na região do umbigo e pode ser persistente e se tornar bastante intensa. Geralmente se agrava ao tossir, se curvar para frente, carregar peso ou fazer exercícios. Em alguns casos, a dor no umbigo pode surgir ao urinar.

O que devo fazer?

É preciso se dirigir ao hospital para avaliação por um cirurgião geral. Há casos nos quais a hérnia regride sozinha e há casos que é necessário tratamento cirúrgico, porém mesmo em casos de regressão espontânea da hérnia é necessária a avaliação cirúrgica.

4. Gravidez

A dor ou desconforto no umbigo pode ocorrer em qualquer período da gestação e se torna mais intensa nos seus últimos meses.

É causada pela distensão de um ligamento do abdômen. O estiramento é decorrente do crescimento do útero e chega a separar em dois o músculo reto abdominal, podendo levar ao desenvolvimento de hérnia umbilical. Esse enfraquecimento da parede abdominal pode causar dor na região do umbigo.

O que devo fazer?

Se a dor for leve ou suportável, orienta-se observar, pois a tendência é que ela desapareça sem que sejam necessárias intervenções. Caso a dor se torne mais forte, é possível fazer uso de medicamentos analgésicos somente sob orientação médica.

Outros sintomas como inchaço, vermelhidão, secreção no umbigo ou dor muito intensa podem indicar infecção e precisam da avaliação médica o quanto antes.

5. Endometriose umbilical

A endometriose umbilical provoca dor e sangramento no umbigo. A dor ocorre durante a menstruação e por este motivo é chamada de dor cíclica.

Isso ocorre devido à presença de tecido da parede interna do útero (endométrio) na região do umbigo, o que causa dor e sangramento durante a menstruação. Além disso, pode-se observar a presença de um nódulo azulado ou acastanhado no umbigo.

O que devo fazer?

Nestes casos, é preciso efetuar avaliação médica, pois o tratamento é efetuado por meio de cirurgia.

6. Gastroenterite

A gastroenterite é a inflamação do revestimento do estômago e dos intestinos. É caracterizada por dor em volta do umbigo, normalmente em cólicas, que se espalha pela região abdominal e diarreia.

Além da dor e da diarreia, pode ocorrer:

  • Perda de apetite;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre (duração média de 3 a 7 dias);
  • Mal-estar;
  • Dor muscular;
  • Prostração (sensação de fraqueza e cansaço).
O que devo fazer?

O tratamento da gastroenterite depende da sua causa. É importante fazer repouso, hidratar-se e ingerir alimentos leves. Antidiarreicos e antibióticos podem ser utilizados no tratamento.

A hidratação deve ser efetuada por meio da ingestão de bastante água, água de coco ou soro caseiro. Evite café, refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas.

A alimentação deve incluir pequenas quantidades de alimentos de fácil digestão como arroz, macarrão, sopa de frango, hortaliças e frutas sem casca. Maçã, banana e goiaba são as mais indicadas. Leite e derivados, frituras e alimentos gordurosos devem ser evitados.

Medicamentos antidiarreicos e/ou antibióticos devem sem administrados conforme orientação médica.

7. Pancreatite

A pancreatite consiste na inflamação do pâncreas e, geralmente, ocorre devido a presença de cálculos biliares ou ao consumo excessivo de álcool.

É caracterizada por uma dor súbita, intensa e persistente na região acima do umbigo e que pode irradiar para as costas. Quando provocada pelo consumo excessivo de álcool a dor se desenvolve ao longo de alguns dias.

A tosse, respiração profunda e movimentos súbitos podem acentuar a dor. A posição sentada pode reduzi-la. É comum que a dor venha acompanhada de náuseas e vômitos.

O que devo fazer?

O melhor a fazer é dirigir-se à um pronto-socorro. Estes casos exigem avaliação médica para definir o melhor tratamento que pode ser feito com hidratação na veia, restrição alimentar e medicamentos (analgésicos e/ou antibióticos).

Nas situações mais graves e em pessoas que apresentam complicações, como perfuração, pode ser indicado tratamento cirúrgico.

8. Doenças intestinais inflamatórias

Nas doenças intestinais inflamatórias ocorre a inflamação do intestino que se caracteriza principalmente por dor abdominal e diarreia recorrentes. Os dois principais tipos de doenças intestinais inflamatórias são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

De forma geral, a doença de Crohn pode afetar qualquer parte do sistema digestivo, enquanto a colite ulcerativa acomete quase sempre apenas o intestino grosso.

A dor de intensidade variada, nestas duas doenças, ocorre com maior frequência na região inferior do umbigo e pode vir acompanhada de diarreia. Por vezes, a diarreia pode conter sangue.

O que devo fazer?

O controle do estresse e uma alimentação equilibrada são importantes para melhorar os sintomas destas doenças. O tratamento adequado das doenças intestinais inflamatórias inclui o uso de medicamentos e, às vezes, cirurgia.

9. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é caracterizada por desconforto ou dor abdominal recorrente que diminui após as evacuações. O hábito intestinal pode alternar entre diarreia e prisão de ventre.

A dor é predominante na região abaixo do umbigo, mas pode se espalhar por toda a região abdominal e se apresenta constante ou em cólicas.

O que devo fazer?

É importante estabelecer uma alimentação equilibrada e evitar alimentos que produzem gases ou provoquem diarreia. Nos casos de prisão de ventre, se recomenda dieta rica em fibras.

Uma avaliação médica é necessária para que o tratamento medicamentoso seja adequado aos sintomas.

10. Diverticulite

Diverticulite é a inflamação e/ou infecção de um ou mais divertículos (bolsas em formato de balão que se formam no intestino grosso).

A dor é localizada na região inferior do umbigo do lado esquerdo e é associada à febre e sensibilidade da região abdominal.

O que devo fazer?

A avaliação médica é imprescindível para um diagnóstico seguro. Pessoas com sintomas leves de diverticulite são tratadas com repouso, dieta líquida e às vezes, com o uso de antibióticos.

Àquelas que apresentam sintomas severos precisam de hospitalização para administração de antibióticos na veia. Nestes casos, existe a possibilidade de realização de procedimento cirúrgico.

11. Colecistite

A colecistite é uma inflamação da vesícula biliar que ocorre, normalmente, pela obstrução de um duto biliar. Pode ser aguda ou crônica.

A colecistite aguda tem início súbito com dor grave na região acima do umbigo que se espalha por todo o abdome superior e dura mais do que 6 horas. Na colecistite crônica ocorrem crises de dor que acontecem quando o duto é bloqueado temporariamente.

O que devo fazer?

Você deve buscar um hospital, pois o tratamento da colecistite é cirúrgico e consiste na retirada da vesícula biliar.

12. Isquemia intestinal

A isquemia intestinal (isquemia mesentérica aguda) é um bloqueio súbito da circulação sanguínea para uma determinada parte do intestino. Esta interrupção do fluxo de sangue pode provocar morte do tecido intestinal (gangrena) e perfuração.

A dor abdominal grave nos casos de isquemia intestinal surge abruptamente e se torna mais grave quando ocorre a necrose da parte do intestino que não recebe o fluxo sanguíneo.

O que devo fazer?

É urgente buscar atendimento em emergência hospitalar, pois o tratamento deve ser imediato e feito através de angiografia ou cirurgia.

13. Inflamação do umbigo

A inflamação local no umbigo (cicatriz umbilical) pode ter como causa a colocação de um piercing, presença de corpo estranho, endometriose umbilical, foliculite (inflamação do folículo capilar) ou ainda devido à persistência do úraco, estrutura embrionária que liga o umbigo à bexiga.

O que devo fazer?

Você pode higienizar o umbigo com água e sabão neutro ou mesmo soro fisiológico. Procure um médico para adequada avaliação. O uso de anti-inflamatórios ou antibióticos pode ser indicado.

Outras condições de saúde que podem provocar dor no umbigo

A dor no umbigo pode indicar problemas em diversos locais da região abdominal, pois há nela uma variedade grande de órgãos: estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, rins, vias urinárias (ureteres) intestino delgado e grosso, útero, ovários, tubas uterinas.

  • Infecção de bexiga;
  • Úlcera gástrica;
  • Infecção gástrica.
Sintomas associados à dor no umbigo

Busque urgentemente atendimento médico se a dor no umbigo estiver associada a:

  • Dor intensa que o impede de ficar de pé normalmente. Você só encontra conforto ao curvar-se;
  • Inchaço abdominal;
  • Febre;
  • Pele amarelada;
  • Vômito com sangue ou persistente;
  • Dor ao urinar, micção frequente ou urgente;
  • Sangue nas fezes;
  • Dor ou pressão no peito;
  • Acidente, lesão ou trauma.

A dor no umbigo desaparece quando a sua causa específica é tratada. Algumas doenças que provocam dor no umbigo são graves, exigem intervenções rápidas e podem trazer complicações sérias à sua saúde.

Em caso de dor no umbigo ou dor abdominal persistente procure um médico ou busque diretamente o serviço de emergência. Não use analgésicos ou antibióticos sem orientação médica.

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Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Estou com coceira na vagina há uns 3 dias. O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A coceira na vagina pode ter várias causas. Dentre elas estão: infecção vaginal, vaginose, queda da imunidade, verruga genital, eczema, psoríase, IST (infecções sexualmente transmissíveis), líquen escleroso, alterações hormonais e alergia.

A candidíase, em geral, é uma infecção vaginal causada por fungos e provoca coceira, além de irritação e corrimento vaginal.

Alguns produtos podem provocar reação alérgica na vagina, como por exemplo: sabonete, absorvente, duchas vaginais, perfume, desodorante, shampoo, condicionador, lenço umedecido, calcinha de nylon, látex, detergentes e amaciantes de roupa.

Além da dermatite alérgica, outras doenças dermatológicas devem ser levadas em consideração no momento da avaliação da coceira vaginal, tais como a psoríase e o eczema. Nesses casos, além de coceira na vagina, a mulher poderá notar a presença de erupções e rachaduras na pele.

Vaginose

A vaginose está entre as principais causas de coceira na vagina e corrimento vaginal. Ocorre quando há um desequilíbrio no pH ou na flora vaginal, constituída por bactérias que habitam naturalmente a vagina.

A vaginose bacteriana é semelhante a uma infecção vaginal (vaginite) causada por fungos, como a candidíase. Porém, o seu corrimento é mais líquido, cinzento e geralmente apresenta cheiro forte. Outros sinais e sintomas da vaginose incluem ainda dor nas relações sexuais e ardência ao urinar.

Saiba mais em: Qual o tratamento para vaginose?

Infecção vaginal

As infecções vaginais (vaginites) são causadas sobretudo por fungos, como o Candida albicans, causador da candidíase.

As vaginites geralmente são causadas por um desequilíbrio no pH da vagina, o que pode estar associado a uso de antibióticos, relação sexual, estresse, diabetes e alimentação.

Leia também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

Além de coceira na vagina, a infecção vaginal provoca o aparecimento de um corrimento branco e grumoso, semelhante a requeijão, geralmente sem cheiro.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem causar coceira na vagina, sensação de formigamento, dor, queimação, presença de corrimento com cheiro e feridas. Dentre as IST mais comuns estão a clamídia, o herpes genital, a tricomoníase e a gonorreia.

Saiba mais em: Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Líquen escleroso

O líquen escleroso é uma doença que caracteriza-se pela coceira na vagina e pela presença de diversos pequenos pontos brancos na pele. A causa do líquen escleroso pode estar relacionada com alterações hormonais e distúrbios no sistema imunológico.

Alterações hormonais

As alterações hormonais da gravidez, pré-menopausa ou decorrentes do uso de anticoncepcional, podem provocar coceira na vagina. Outro sintoma que pode estar presente é a secura vaginal.

A mulher com coceira na vagina deve procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Quem tem dengue pode tomar dipirona e paracetamol?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quem está com dengue pode tomar tanto Dipirona quanto Paracetamol. Os medicamentos que não devem ser usados quando está com dengue são os medicamentos à base de ácido acetil salicílico, presentes no AAS ou Aspirina. Essas medicações aumentam a chance de provocar hemorragias e, por isso, devem ser evitadas durante a dengue.

Outros medicamentos que devem ser evitados em casos de dengue são os anti-inflamatórios, como Ibuprofeno, Nimesulida e Diclofenaco.

Contudo, o Paracetamol é uma medicação que usada cronicamente induz hemorragia (sangramento). Por ser tóxica ao fígado e pelo fígado ser o órgão responsável pela produção dos fatores de coagulação, o uso crônico do Paracetamol concomitante no momento da dengue pode agravar a hemorragia.

Mosquito Aedes aegypti Quais são os sintomas da dengue?

A dengue é uma infecção viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Na dengue clássica, os sintomas são semelhantes a um resfriado: febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, cansaço, manchas vermelhas pelo corpo, entre outros.

A dengue hemorrágica pode causar dores abdominais fortes e contínuas que não melhoram com Dipirona ou Paracetamol. A febre costuma cessar subitamente até o 5º dia da doença.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes na dengue hemorrágica incluem vômitos persistentes, agitação ou letargia, pulsação rápida e fraca, extremidades frias e arroxeadas, sangramentos espontâneos, queda da pressão arterial, aumento da transpiração, aumento da frequência cardíaca e da transpiração, entre outros.

Qual é o tratamento para dengue?

Não existe um tratamento ou medicamento específico para a dengue clássica. O tratamento em geral é realizado com repouso, hidratação e medicamentos analgésicos e antitérmicos para aliviar a febre e a dor no corpo, como o Paracetamol e a Dipirona.

Na dengue hemorrágica, a pessoa deve ser observada com cuidado para que sejam identificados os primeiros sinais de choque. O período de maior risco é a transição da fase febril para a fase sem febre, o que geralmente acontece depois do 3º dia do início dos sintomas.

Assim que se verificarem os primeiros sinais de choque, a pessoa deve ser internada para corrigir rapidamente os líquidos perdidos e a acidose metabólica.

Na presença desses sintomas, é importante procurar um serviço de saúde. Não tome medicamentos sem prescrição médica.

Saiba mais em: Dengue pode virar hepatite, meningite ou pneumonia?

Sinto muita sede a toda hora. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sentir muita sede a toda hora é um sinal de que o seu corpo está precisando de mais água constantemente. A sede pode acontecer em diferentes situações como após exercícios físicos intensos, diarreia, vômitos e ingestão de álcool. Mas a sede excessiva também pode ser sintoma de desidratação ou de diabetes descompensado, ou ainda de outros problemas de saúde.

Os principais sinais e sintomas do diabetes são a perda de peso e o aumento da sede, da fome e do número de micções. Nesses casos, a pessoa bebe água várias vezes e a sede não passa, é constante. Pode acontecer de a urina ficar tão clara quanto a água, mas, mesmo assim, a pessoa continuar a sentir muita sede.

Um detalhe importante é que a desidratação pode ser notada pela cor da urina. Se você estiver com muita sede e a sua urina estiver bem amarela, significa que o seu corpo está de fato precisando de mais água. Urina clara é sinal de que o corpo está bem hidratado. Por outro lado, quanto mais amarela ou escura for a urina, maior é a desidratação e a necessidade de beber água.

É normal sentir muita sede em diferentes situações como em dias muito quentes, após praticar exercício físico, comer doces ou alimentos mais salgados, ou ainda depois de vomitar, ou ter tido episódios de diarreia. A sede nesses casos está relacionada com a desidratação causada pelo exercício, vômitos ou diarreia.

Já o sal e o açúcar em excesso deixam a pessoa sedenta, porque o corpo precisa de água para equilibrar as concentrações de sal e açúcar no organismo.

O abuso no consumo de álcool também pode provocar muita sede no dia seguinte, principalmente se a ingestão de bebidas alcoólicas não for intercalada com água. A sede excessiva que muitas vezes acompanha a ressaca ocorre por causa da perda de água pela urina. O álcool bloqueia a ação do hormônio antidiurético, levando a pessoa a urinar com mais frequência e, consequentemente, a perder água e desidratar.

O mesmo pode acontecer se o indivíduo estiver tomando algum medicamento diurético, como a hidroclorotiazida ou a furosemida. Ao urinar mais, maior é a perda de água pelo corpo e maior é a necessidade de ingestão de água. Logo, é normal que a pessoa sinta mais sede.

Consulte um médico clínico geral ou médico de família se você sentir uma sede constante que não passa depois de beber água.

Saiba mais em:

Quais os Sintomas para Suspeitar de Diabetes?

Tenho a boca seca constantemente. O que pode ser?

O que é refluxo e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago. O refluxo é o resultado do mau funcionamento da válvula que fica entre o esôfago e o estômago, a qual não se fecha adequadamente, permitindo que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago.

Dentre os sintomas do refluxo gastroesofágico, a principal manifestação é a azia. A azia se caracteriza pela sensação de "queimação" no meio do peito e no pescoço. Em geral, esse sintoma surge após as refeições e tende a piorar se a pessoa se deitar ou se inclinar para frente.

Refluxo gastroesofágico

Os sintomas do refluxo gastroesofágico podem incluir além da azia:

  • Rouquidão pela manhã;
  • Dificuldade para engolir;
  • Sensação de aperto na garganta, como se tivesse com comida entalada;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Mau hálito;
  • Gengivite (inflamação da gengiva);
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Vômitos com sangue.

Em alguns casos a doença pode complicar com a formação de úlceras, estreitamento do esôfago e alterações na mucosa do esôfago, o que eleva o risco de desenvolver um tumor nesse local.

O refluxo gastroesofágico é uma doença crônica que necessita de um tratamento prolongado para prevenir novos episódios ou lesões no esôfago, como a esofagite (inflamação do esôfago).

Em quadros mais graves de esofagite, pode haver necessidade de um monitoramento mais frequente, com tratamento medicamentoso ou cirurgia. É importante ressaltar que, se não for devidamente tratado, o refluxo pode causar esofagite erosiva, com risco elevado de progredir para câncer de esôfago.

Contudo, na maioria dos casos, o refluxo é uma condição benigna, que pode ser facilmente controlada com o tratamento adequado.

O que é refluxo laringofaríngeo e quais são os sintomas?

O refluxo laringofaríngeo ocorre durante o refluxo gastroesofágico, quando a secreção ácida do estômago chega até à garganta ou ao nariz. Os sintomas do refluxo laringofaríngeo são:

  • Garganta irritada;
  • Queimação e secura na garganta;
  • Rouquidão e tosse, principalmente pela manhã.
Quais os sintomas do refluxo em bebês?

O refluxo gastroesofágico em bebês é bastante comum e faz parte do desenvolvimento gástrico infantil. Ocorre devido à imaturidade do sistema digestivo e geralmente desaparece quando o bebê completa 1 ano de idade.

No entanto, se o refluxo do bebê não melhorar depois dos 6 meses de vida, passa a ser considerado uma doença e se caracteriza por sintomas como:

  • Dificuldade em ganhar peso ou perda de peso;
  • Interrupção do crescimento;
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Apneias (interrupções da respiração).
O que causa refluxo gastroesofágico?

O consumo de alimentos ou bebidas que agridem a parede do esôfago ou estômago, como produtos derivados do tomate, sucos cítricos ou ácidos (limão, abacaxi, kiwi, laranja, morango), bebidas com cafeína (café, chá preto, chá mate) e bebidas alcoólicas.

O tabagismo, o uso de certos medicamentos (nitratos, estrógenos, pílula anticoncepcional, entre outros) e o próprio conteúdo gástrico ácido também podem agredir as mucosas e provocar o refluxo.

Se a pessoa for portadora de uma hérnia de hiato (extravasamento de uma parte do estômago para a cavidade torácica), o esfíncter ("válvula") que fica entre o esôfago e o estômago pode sofrer uma disfunção, causando refluxo. Devido a isso, a presença simultânea de hérnia de hiato e refluxo é muito comum.

O refluxo gastroesofágico também pode ter como causa o aumento da pressão dentro do abdômen, que ocorre com o uso de roupas apertadas, em casos de gestação, obesidade, tosse, prisão de ventre e exercícios físicos súbitos e intensos.

Qual é o tratamento para refluxo gastroesofágico?

O tratamento para refluxo gastroesofágico é feito com medicamentos que controlam a secreção de ácido pelo estômago (inibidores da bomba de prótons) e cuidados gerais para diminuir a passagem de conteúdo gástrico para o esôfago. A cirurgia é uma opção menos frequente, mas quando indicada é realizada por via laparoscopia.

Medidas gerais extremamente úteis e portanto, estão incluídas no tratamento do refluxo, são elas:

  • Se alimentar mais vezes e em menor quantidade;
  • Acompanhamento com nutricionista para orientações alimentares específicas;
  • Evitar bebidas com gás, bebidas alcoólicas ou com cafeína;
  • Esperar pelo menos duas horas para se deitar após alimentação;
  • Não fumar;
  • Manter o peso adequado;
  • Evitar roupas apertadas;
  • Evitar atividades que aumentem a pressão abdominal, especialmente após comer;
  • Elevar a cabeceira da cama pelo menos 15 centímetros.

A presença dos sintomas de refluxo, seja gastroesofágico ou laringofaríngeo, mais de uma vez por semana, sinaliza um problema, portanto é recomendado procurar o quanto antes uma consulta com médico/a gastroenterologista para avaliação do caso.

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O que é síndrome de burnout e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Síndrome de burnout é um estresse excessivo e crônico provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho. O nome "burnout" vem do inglês e significa literalmente "queimar até o fim". Trata-se, portanto, de um esgotamento físico e mental decorrente de uma vida profissional desgastante e sobrecarregada.

A síndrome de burnout ocorre principalmente em pessoas que se dedicam muito à vida profissional e depois se sentem frustradas por acharem que o seu trabalho não é devidamente reconhecido ou valorizado.

Essas pessoas podem ser divididas em dois grandes grupos:

O primeiro é formado por indivíduos muito competitivos, ambiciosos e que têm tendência para não delegar funções, acumulando para si todo o trabalho e responsabilidade.

O segundo é composto por pessoas inseguras que precisam de reconhecimento dos outros e têm dificuldade em dizer "não", sendo por isso capazes de abdicar das suas próprias necessidades em função do trabalho.

Quais são os sintomas de burnout?

Os sintomas da síndrome de burnout incluem exaustão física e emocional, ansiedade, desânimo acentuado, dificuldade de sentir prazer, dificuldade de raciocinar, irritabilidade, preocupação, alterações do sono, sentimentos de incapacidade ou inferioridade, falta de motivação e criatividade.

Com a evolução do quadro, podem surgir transtornos mentais como depressão, além de doenças físicas. Dentre os sinais e sintomas físicos da síndrome de burnout estão dor de cabeça, enxaqueca, transpiração, fadiga, pressão alta, alteração nos batimentos cardíacos, dores musculares, problemas gastrointestinais, entre outros.

O consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, medicamentos sem prescrição médica e drogas ilícitas como forma de alívio é frequente, o que só piora a condição física e mental da pessoa.

Qual é o tratamento para a síndrome de burnout?

O tratamento da síndrome de burnout é feito sobretudo com psicoterapia, podendo incluir também medicamentos e mudanças nas condições de trabalho. Quando a síndrome evolui para depressão, o tratamento inclui também o uso de medicamentos antidepressivos.

A psicoterapia auxilia a pessoa a refletir sobre as suas escolhas, atitudes, expectativas e estilo de vida. O maior objetivo do tratamento para burnout é quebrar o círculo vicioso de sobrecarga ou excesso de trabalho e frustração, que leva a mais trabalho para compensar a frustração.

O tratamento da síndrome de burnout inclui também descansar o corpo e a mente, além de manter um equilíbrio entre a vida profissional, familiar, pessoal e social. A prática de atividade física também pode ser indicada.

Como prevenir a síndrome de burnout?

Para prevenir a síndrome de burnout, recomenda-se descansar adequadamente, manter um equilíbrio entre trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas, além de mudar determinadas atitudes, expectativas e hábitos de vida.

O/a médico/a de família e o/a médico/a psiquiatra podem reconhecer, detectar e indicar o melhor tratamento para a síndrome de burnout.

Estou sentindo dormência nos membros. O que pode ser e qual médico procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dormência nos membros superiores ou inferiores pode ter diversas causas, desde alterações posturais e contraturas musculares a doenças como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral - "derrame"), doenças do sistema nervoso periférico ou diabetes.

A dormência nos membros pode ocorrer por comprometimento de um nervo, seja por compressão ou diminuição da irrigação, como também por problemas circulatórios.

Se for uma alteração na postura, a dormência é passageira. Porém, se ela persistir, pode indicar alguma doença.

Uma dormência no braço pode ser o resultado de uma compressão das raízes nervosas localizadas na coluna. Essa compressão pode ser causada por má posição na hora de dormir, tensão muscular, hérnia de disco, entre outras.

No entanto, uma dormência no braço, principalmente o esquerdo, acompanhada de dor ou aperto no peito, aperto na garganta, náuseas e suor, pode indicar um problema cardíaco, como um infarto. Nestes casos, a pessoa também deve procurar socorre médico urgente.

Usar calças ou cintos apertados pode comprimir um nervo localizado perto da cintura e causar dormência na coxa. Esta condição também é comum nas grávidas.

No caso da dormência no membro vir acompanhada de formigamento ou dormência num lado do corpo, diminuição de força no membro e dificuldade de fala, são sinais de comprometimento cerebral, sugerem AVC e a pessoa deve ir imediatamente a uma emergência.

A ingestão excessiva de bebidas alcoólicas também pode provocar formigamento ou dormência nos membros devido à falta de vitaminas.

Uma vez que as causas de uma dormência nos membros são bastante variadas e podem inclusive ser indícios de doenças graves, o mais indicado é consultar um médico/a, clínico geral, médico/a da família ou neurologista para iniciar essa investigação.

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Referência

Academia Brasileira de Neurologia