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Quais os sintomas de problemas no pâncreas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de problemas no pâncreas geralmente se iniciam com dores abdominais, que podem ser por todo o abdômen, ou a dor ser referida na parte superior do abdômen e em "barra", como um "cinturão apertando", com ou sem irradiação para as costas.

Outros sintomas descritos são:

  • Náuseas, vômitos;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Icterícia (coloração amarelada dos olhos e da pele);
  • Falta de apetite;
  • Fraqueza, dores musculares;
  • Perda de peso;
  • Diabete mellitus;
  • Anemia.

Todos os sintomas vão variar conforme a causa da doença e a gravidade do caso. As principais causas de problemas no pâncreas incluem:

  • Pancreatite aguda ou crônica;
  • Tumor;
  • Diabetes descompensado;
  • Presença de cálculos ou cistos no sistema digestivo.
Sintomas de pancreatite

Na pancreatite aguda, os sintomas geralmente se iniciam de forma súbita, durante pouco tempo, com dores abdominais intensas, em região superior do abdômen. Eles podem ser acompanhadas de vômitos e febre.

No caso de evoluir para pancreatite crônica, os sintomas podem vir de forma mais gradativa, ou intermitente. Eles são as dores abdominais, mal-estar, náuseas e emagrecimento. Ela pode destruir lentamente o pâncreas

As causas podem estar relacionadas com presença de cálculos na vesícula (pancreatite aguda), alcoolismo (pancreatite crônica) e excesso de gordura corporal, entre outras, ou seja, pessoas obesas estão mais propensas a desenvolver a pancreatite.

Em cerca de 15 a 20% dos casos de pancreatite, a doença se apresenta de uma forma muito grave, com altas taxas de mortalidade, sobretudo quando vem acompanhada de alguma infecção.

Tratamento para pancreatite

O tratamento para a pancreatite é feito com medicamentos para aliviar a dor e facilitar a digestão, dieta e mudanças de hábitos.

A dieta deve ser controlada, com baixo teor de gorduras, em pequenas quantidades e várias vezes ao dia.

Nos casos mais graves, deve ficar em dieta zero, internação hospitalar, com nutrição por via endovenosa apenas, até que haja uma melhora do quadro pancreático.

A bebida deve ser evitada e está totalmente contraindicado o tabagismo, pois esses hábitos pioram consideravelmente qualquer quadro de pancreatite.

Dependendo da causa e da gravidade da pancreatite, pode ser indicada ainda, cirurgia ou endoscopia.

Sintomas de diabetes tipo 1 e 2

Os sintomas de ambos os tipos de diabetes incluem entre outros, a poliúria (urina muito), polifagia (sente muita fome) e polidipsia (sente muita sede). E esses sintomas são decorrentes da incapacidade do pâncreas em produzir insulina, hormônio que retira o açúcar do sangue para dentro da célula, resultando em hiperglicemia.

O sistema imunológico do paciente com diabetes tipo 1 ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, causando baixa ou nenhuma produção deste hormônio (insulina). É mais comum em crianças e adolescentes.

Já o diabetes tipo 2 é caracterizado pela má utilização ou produção inadequada da insulina. É o tipo mais comum de diabetes e está mais relacionado à má alimentação e ao excesso de peso, embora também seja necessário algum grau de predisposição genética. É mais frequente em pessoas acima de 40 anos.

As causas dos diabetes tipo 1 e 2 estão relacionadas com maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade, sobrepeso, estresse diário e hereditariedade.

Tratamento para diabetes

O tratamento do diabetes tipo 1 é feito com injeções de insulina, dieta adequada e exercícios físicos.

O tratamento do diabetes tipo 2 é feito com medicamentos sob a forma de comprimidos. A medicação melhora a resposta das células à insulina, estimula a produção de insulina pelo pâncreas, reduz a absorção de açúcar pelo intestino e aumentam a eliminação de glicose pela urina.

Também podem ser usados medicamentos injetáveis para favorecer a produção de insulina e auxiliar a perda de peso. À medida que o tempo passa, a pessoa pode precisar de insulina.

Além dos medicamentos, o tratamento do diabetes tipo 2 também inclui a prática regular de exercícios físicos e dieta adequada.

Sintomas de câncer de pâncreas

No início, o câncer pancreático praticamente não manifesta sintomas, dificultando um diagnóstico precoce. Quando estão presentes, os sintomas podem se manifestar com dores abdominais, perda de peso, icterícia, fraqueza, diarreia, tontura, anemia e Diabetes tipo II.

Dentre as principais causas do câncer de pâncreas estão:

  • Tabagismo contínuo (pode aumentar em 3 vezes o risco de desenvolver câncer de pâncreas)
  • Consumo excessivo de gordura ou bebidas alcoólicas
  • Exposição prolongada a produtos químicos como pesticidas e solventes
  • Pancreatite crônica
  • Diabetes mellitus.
Tratamento do câncer de pâncreas

O tratamento do câncer de pâncreas pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e cuidados paliativos.

O tratamento cirúrgico tem como objetivo ressecar o tumor. Já a radioterapia e a quimioterapia podem ser administradas de forma isolada ou associada a cirurgia. Esses dois tratamentos servem para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas.

Quando o câncer de pâncreas já se alastrou para outros órgãos do corpo (metástase), o tratamento é paliativo e serve apenas aliviar os sintomas.

Se estiver com alguns dos sintomas apresentados, consulte um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família. Dependendo do diagnóstico, ele poderá lhe encaminhar para um serviço especializado, seja gastroenterologista, oncologista ou endocrinologista.

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O que é tuberculose ganglionar e quais são os sinais e sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Tuberculose ganglionar é um tipo de tuberculose que acomete os gânglios linfáticos, também chamados de linfonodos, que são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo. A tuberculose ganglionar é a forma mais comum de tuberculose extrapulmonar em pessoas infectados pelo vírus HIV.

A tuberculose ganglionar acomete com mais frequência os gânglios do pescoço, da região da clavícula, do tórax, das axilas e virilha. A doença geralmente é um sinal de imunodeficiência relacionada à AIDS, sendo comum nesses casos o acometimento de várias cadeias ganglionares.

Os sintomas da tuberculose ganglionar caracterizam-se por febre, emagrecimento e aumento progressivo dos gânglios linfáticos.

Normalmente observa-se o aparecimento de um nódulo de crescimento lento e indolor em apenas um lado do pescoço. Porém, pacientes HIV positivos podem apresentar acometimento dos linfonodos em ambos os lados do corpo. 

À medida que a doença avança, a pele que recobre o linfonodo pode ficar avermelhada e lustrosa. Também pode ocorrer fistulização do gânglio, com saída de secreção e inflamação da pele adjacente. Pessoas infectadas com o vírus HIV também podem apresentar lesões pulmonares.

O diagnóstico da tuberculose ganglionar é feito através da análise de material ganglionar, coletado por meio de agulha ou biópsia. O tratamento consiste na administração de um conjunto de medicamentos antibióticos tomados por via oral.

Consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral na presença dos sintomas de tuberculose ganglionar.

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Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A tosse seca geralmente tem origem alérgica, mas pode também ser sintoma de outras doenças. Geralmente, a tosse seca provocada por doença vem acompanhada de mais sintomas, como febre, falta de ar, emagrecimento, coriza, espirros, entre outros.

Algumas doenças que podem provocam tosse seca são: asma, bronquite, rinite, sinusite, tuberculose (se a tosse for persistente e durar mais de 4 semanas), DPOC, doença do refluxo gastroesofágico e câncer de pulmão (quando a tosse nunca melhora e vem acompanhada de sintomas como emagrecimento e falta de ar).

Vale lembrar ainda que o tabagismo também é um importante desencadeador de tosse.

A tosse é um reflexo natural do organismo, sendo um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, responsável pela remoção de excesso de secreção, corpos estranhos e micro-organismos infecciosos das vias aéreas.

O que fazer para amenizar a tosse seca?

Algumas medidas que podem ser feitas em casa e ajudam a aliviar o incômodo provocado pela tosse seca, nos casos menos graves, são:

⇒ Beber água constantemente: Os líquidos em geral, de preferência água, são os melhores remédios caseiros para tosse, pois facilitam a movimentação do muco.

⇒ Consumir mel: As evidências científicas cada vez mais apontam os benefícios do mel nos casos de tosse.

⇒ Tomar chá de gengibre e mel: esprema meio limão em uma caneca de água fervida, adicione 1 a 2 colheres (chá) de mel e beba enquanto ainda estiver morno.

⇒ Fazer inalação com soro fisiológico, chá ou óleo essencial de eucalipto, ajuda a umidificar as vias aéreas. Contudo, deve-se evitar o eucalipto em casos de bronquite ou asma.

⇒ Beber chás de tomilho, eucalipto, hortelã ou gengibre com limão;

⇒ Evitar contato com agentes irritantes como fumaça, cigarro e perfumes

⇒ Dormir com a cabeça mais elevada, usando mais travesseiros;

⇒ Deixar os ambientes da casa bem ventilados.

No caso de tosse persistente ou acompanhada de outros sintomas como febre, falta de ar e prostração procure um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre tosse, você pode ler:

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Tosse persistente: o que fazer?

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Tosse com catarro: o que fazer?

Referência

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Quais são os sintomas de alergia nas mãos e quais são as causas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas de alergia nas mãos são a coceira e a vermelhidão. Dependendo do tipo de alergia, pode haver ainda inchaço, descamação da pele, sensação de queimação e aparecimento de bolhas.

A dermatite de contato e a urticária são os principais tipos de alergia que afetam as mãos. A dermatite de contato é uma reação inflamatória na pele causada por agentes irritantes ou alérgicos. Já a urticária manifesta-se através de lesões vermelhas e inchadas que coçam muito.

A dermatite ou eczema de contato pode ser de dois tipos:

⇒ Dermatite irritativa: Causada por produtos como sabonete, sabão, detergente, solventes, entre outras substâncias químicas. As lesões ocorrem no local que entrou em contato com a substância, logo após o contato.

⇒ Dermatite alérgica: Surge após exposições repetidas a algum produto ou substância, podendo demorar anos para se manifestar. Geralmente é provocada pelo contato com produtos usados diariamente e frequentemente, como perfume, hidratante, esmalte, medicamentos de uso tópico, entre outros. As lesões podem ocorrer em áreas que não estiveram em contato direto com a substância.

Os sinais e sintomas da dermatite de contato incluem erupções que coçam, deixam a pele vermelha e causam bolhas, inchaço, descamação e sensação de queimação.

Já em relação a urticária, essa doença causa lesões avermelhadas na pele que coçam muito, essas lesões podem ser levemente inchadas, como vergões. A urticária pode acometer qualquer área do corpo, geralmente aparece em surtos.

A urticária pode ter diversas causas: medicamentos, picada de insetos, alimentos, frio, sol, calor, pressão sobre a pele, hepatite A ou B, citomegalovírus, fungos, parasitas, além de doenças como tumores e sarcoidose.

Para tratar a alergia na mão, é necessário em primeiro lugar identificar o agente irritante e afastar-se dele. O tratamento pode incluir ainda o uso de medicamentos antialérgicos, pomadas de corticoide e em casos mais graves imunossupressores.

Consulte um médico de família ou clínico geral caso apresente sintomas de alergia nas mãos. Em casos de maior gravidade pode ser necessário o acompanhamento por um dermatologista.

Saiba mais em:

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?

O que é dermatite de contato, qual o tratamento?

Suor noturno sem causa aparente. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Suor noturno excessivo, sem causa aparente, pode ter diversas causas. Se os suores noturnos surgirem isoladamente, sem sinais e sintomas associados, não devem ser motivo de preocupação, pois provavelmente não é nenhum problema de saúde.

Porém, se a transpiração for intensa ao ponto de encharcar o pijama e vier acompanhada de outros sintomas como febre, emagrecimento, cansaço, tosse, falta de ar, dor no peito, diarreia, coceira, gânglios linfáticos aumentados ou qualquer outra alteração, o suor noturno pode ter como causa situações mais graves, como:

  • Infecções;
  • Linfomas e outros tipos de câncer;
  • Pouco açúcar no sangue (hipoglicemia), principalmente em diabéticos;
  • Uso de medicamentos;
  • Apneia do sono;
  • Alterações hormonais.

Outras possíveis causas (não graves ou menos graves) para a sudorese noturna excessiva são:

  • Período menstrual;
  • Menopausa;
  • Consumo de bebidas alcoólicas ou uso de drogas;
  • Hiperidrose (condição que provoca suor excessivo);
  • Temperatura ambiente do quarto elevada;
  • Uso de pijamas ou cobertores muito quentes durante o inverno, mesmo em noites mais frias.

Leia também: Quais as causas da sudorese noturna?

No seu caso específico, como já fez diversos exames e não foi constatado nada, é provável que a bebida alcoólica esteja na origem do seu suor noturno, como você mesmo relatou, ou mesmo agravando os sintomas.

Porém outro fato é bastante importante e deve ser melhor avaliado, que é a presença dos nódulos que descreve; ande estão localizados; se houve aumento ou mudança de sua conformação, há quanto tempo apareceram? eles podem estar relacionado aos seus sintomas.

Portanto, devido a permanência dos seus sintomas e interferência nos seus hábitos de vida diários, sugiro consultar um médico endocrinologista para dar seguimento a sua investigação e orientações mais específicas.

Tenho acordado com a boca cheia de saliva. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Produção excessiva de saliva ao acordar é um distúrbio chamado hipersalivação matinal idiopática. O excesso de saliva pode ter muitas causas, como inflamações e infecções orais, refluxo gastroesofágico, doenças neurológicas (Parkinson, paralisia cerebral), pressão alta e uso de medicamentos.

Outras causas frequentes de hipersalivação incluem gravidez, doenças no fígado, úlceras orais, radioterapia e intoxicação por metais pesados, como mercúrio e chumbo.

A hipersalivação também pode ser causada por fraqueza ou falta de controle dos músculos faciais, da língua, boca ou garganta, o que dificulta a deglutição de saliva, ainda que a produção não seja excessiva. 

Dentre os medicamentos que podem aumentar a produção de saliva estão os tranquilizantes e os anticonvulsivantes.

A hipersalivação em geral pode ser controlada engolindo a saliva. Contudo, quando há algum distúrbio sensorial, o organismo não reconhece o excesso de saliva produzido. Já nos casos em que há perda ou falta de controle da musculatura, a pessoa não consegue deglutir a saliva.

Outras causas menos comuns para a hipersalivação são a macroglossia (língua aumentada) e cirurgias na cabeça e pescoço.

Para diagnosticar a causa da sua hipersalivação matinal e definir o tratamento adequado, é necessário agendar consulta com médico clinico geral, médico da família ou estomatologista.

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Olho inchado: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Olho inchado pode ter diversas causas, que vão desde problemas mais simples como cansaço, insônia, alergias, conjuntivites e uso de lentes de contato, até doenças graves como insuficiência renal e herpes ocular. O tratamento dos olhos inchados depende da sua causa base.

Veja abaixo algumas das causas mais comuns de olhos inchados:

  • Insônia: A insônia é uma situação comum na população atualmente, que causa edema nos olhos por cansaço extremo;
  • Alergia: Uma das principais causas de olhos inchados. Geralmente deixa os olhos vermelhos, causando sensação de coceira e irritação;
  • Conjuntivites: É uma inflamação da conjuntiva (camada transparente que recobre os olhos), causada por vírus, bactérias, fungos ou alergênios. Quando causada por bactéria costuma apresentar secreção purulenta, vermelhidão e prurido intenso;
  • Hordéolo: Conhecido popularmente como "terçol", é uma infecção bacteriana que acomete a pálpebra interna ou externa. Levando a formação de um nódulo doloroso e avermelhado, que deve ser tratado com limpeza adequada e colírios e ou pomadas a base de antibióticos.
  • Blefarite: Inflamação das pálpebras, geralmente na inserção dos cílios, tendem a cronicidade. Caracteriza-se por pálpebras inchadas e pouco dolorosas, podendo ser acompanhada por caspa, mudanças na pele da pálpebra e perda dos cílios;
  • Lesões oculares: Trauma na região ocular pode deixar o olho inchado;
  • Corpos estranhos/produtos irritantes (solventes de limpeza, maquiagem, hidratantes, shampoo, sabonete, cloro da piscina, pequenos insetos, entre outros): Podem deixar os olhos irritados e consequentemente inchados;
  • Uso de lentes de contato: Lentes mal higienizadas, usados por tempo prolongado, ou nadar com lentes de contato pode causar uma infecção no olho e deixar a pálpebra inchada. Lentes de contato vencidas, danificadas ou mesmo dormir e esquecer de retirar as lentes também pode provocar irritação nos olhos e deixá-lo inchado;
  • Desidratação: Quando falta água no organismo o corpo tende a armazenar mais água para compensar, levando à retenção de líquido no corpo, inclusive na região dos olhos;
  • Hipertensão arterial: Uma pressão arterial elevada aumenta também o fluxo de líquidos ao redor dos olhos, podendo causar inchaço;
  • Problemas na tireoide: Um dos sintomas do hipotireoidismo são os olhos inchados por retenção de líquido;
  • Insuficiência renal: Provoca retenção de líquidos devido à perda da capacidade dos rins em filtrar e eliminar líquidos corporais com a mesma eficiência. As pálpebras ficam inchadas e esse inchaço pode ocorrer em todo o rosto, sendo mais evidente ao acordar;
  • Herpes ocular: Causada pelo vírus herpes simples comum, provoca inflamação e, por vezes, cicatrizes na córnea. Os sintomas podem ser semelhantes aos da conjuntivite, embora possam surgir feridas dolorosas na pálpebra e visão embaçada, podendo levar a cegueira.

O tratamento para olhos inchados sempre se inicia com higienização, sendo recomendado limpar os olhos apenas com soro fisiológico, seguido de colírio que dependerá do agente causador do edema, ou mesmo medicamentos orais.

Os antibióticos podem ser indicados em caso de infecções, conjuntivite ou herpes ocular, além de colírios antivirais e pomadas oculares anti-inflamatórias, dependendo da doença.

Casos mais leves de olho inchado podem ser tratados em casa.

Lembrando sempre de evitar esfregar os olhos para que a condição não piore ainda mais e suspender o uso de lentes de contato até que o inchaço seja tratado. Compressas frias também pode diminuir o edema das pálpebras.

Em caso de olho inchado, deve-se procurar preferencialmente um/a médico/a oftalmologista.

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Tenho a língua inchada: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
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A língua inchada pode ter muitas causas. O inchaço pode ser causado por alergiasfatores irritantes e traumas (álcool, queimaduras, mordidas), além de uma grande variedade de doenças que vão desde infecções na língua a câncer.

Dentre as alergias que podem deixar a língua inchada estão as alergias a picadas de insetos, medicamentos, alimentos ou ainda choque anafilático (reação alérgica grave).

O edema (inchaço) na língua também pode ser causado por fatores irritantes e traumas, como mordidas, queimaduras provocadas por bebidas ou alimentos quentes, aparelhos dentários, cigarro ou fumo e álcool.

A língua inchada também pode ser sinal de diversas doenças, como sífilis, Síndrome de Down, infecção pelo vírus Herpes simplex, hipotireoidismo, linfangioma (malformações dos vasos linfáticos, neurofibroma oral (tumor benigno), deficiência de vitamina B3, anemia perniciosa, distúrbio da glândula pituitária e câncer de língua.

Outras doenças que podem causar inchaço na língua incluem:

- Glossite: infecção na língua causada por bactérias, vírus ou fungos, que provoca inchaço e alteração da cor da língua;

- Síndrome de Melkersson-Rosenthal: doença neurológica rara cujos principais sintomas são inchaço em boca e face, paralisia facial e língua fissurada;

- Acromegalia: tipo de distúrbio hormonal;

- Síndrome de Beckwith Wiedemann: doença genética que provoca crescimento acima do normal, predisposição para tumores e malformações congênitas;

- Angioedema hereditário: doença genética grave que causa inchaço da garganta e outras áreas do corpo;

- Sarcoma: câncer de determinados tecidos do corpo, como ossos e músculos.

Como existem muitos fatores que podem deixar a língua inchada, alguns deles bastante graves, é importante verificar quando a língua começou a inchar, o tempo de duração do edema, se o inchaço vai e volta, se existe dor ou ainda outros sintomas.

Se o inchaço na língua não for devidamente tratado, ele pode provocar dificuldade para engolir e respirar, além de desconforto. 

Consulte o/a médico de família ou clínico/a geral para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

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