Insuficiência mitral pode matar? Existe tratamento?
Sim, insuficiência mitral avançada pode levar à morte, mas existe tratamento.
O tratamento varia um pouco, de acordo com a causa e gravidade da insuficiência, além das características do paciente. Podemos dividir o tratamento em:
- Medicamentoso
- Cirurgia aberta
- Procedimentos menos invasivos - percutâneos.
Para os casos de insuficiência mitral leve e paciente estável, pode ser indicado tanto tratamento medicamentoso, com IECA (inibidores de enzima conversora de angiotensina) e betabloqueadores, quanto a cirurgia para correção ou troca de válvula, que resolveria completamente o problema. Embora as últimas diretrizes de tratamento descritas pela sociedade brasileira de cardiologia, reafirmem que não existem ainda resultados concretos de que haja melhora substancial na sobrevida do paciente operado, quando comparado aos pacientes acompanhados clinicamente.
Já os casos mais graves podem necessitar imediatamente de cirurgia cardíaca, entretanto, devido ao risco elevado da cirurgia e de a grande maioria desses casos ser de pacientes idosos e com outras doenças, grande parte está contraindicado, levando a manutenção de tratamento conservador, medicamentoso ou procedimentos percutâneos, como o cateterismo.
Assim, pacientes idosos com insuficiência mitral avançada e que apresentam um risco elevado para serem submetidos ao procedimento cirúrgico convencional são tratados com uma forma de cirurgia menos traumática (MitraClip).
Tratamento cirúrgico
Na cirurgia percutânea com MitraClip, por exemplo, são colocados pequenos grampos com apenas 5 milímetros de espessura na válvula mitral. Os grampos aproximam os folhetos da válvula, diminuindo ou eliminando o vazamento de sangue de volta para o átrio.
Esse procedimento cirúrgico tem como objetivo corrigir o defeito da válvula mitral em casos de processos degenerativos dos folhetos ou de dilatação ou retração dos músculos que controlam a abertura e o fechamento dos folhetos.
A implantação dos grampos ou clipes é feita por cateterismo. O procedimento é realizado pela introdução de um pequeno tubo em uma veia pela virilha, através da qual é possível chegar ao coração e realizar a cirurgia nem a necessidade de abrir o peito do paciente.
A cirurgia de implantação de grampos pode melhorar os sintomas de falta de ar, a capacidade de realizar atividade física, o funcionamento do coração e a qualidade de vida de um modo geral, reduzindo inclusive o risco de morte.
O/A cardiologista e o/a cirurgião/ã cardiovascular são os especialistas responsáveis pelo tratamento da insuficiência mitral.
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