Perguntar
Fechar

Últimas Questões

Quem faz hemodiálise pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem faz hemodiálise pode engravidar. Contudo, a gravidez de mulheres que fazem hemodiálise é considerada de alto risco e deverá seguir um acompanhamento rígido durante o pré-natal, parto e pós parto.

A hemodiálise na gestação aumenta os riscos de aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascimento, pré-eclâmpsia e hipertensão grave.

Devido a essas complicações, a mulher que faz hemodiálise e engravida precisa ter cuidados adicionais, além de uma equipe especializada para realizar o acompanhamento.

As possíveis complicações para a gestante e para o bebê devem-se ao fato da hemodiálise causar mudanças severas no volume de sangue. Essas alterações geram variações acentuadas na pressão arterial que podem diminuir o fluxo sanguíneo na placenta, além de reduzir abruptamente a concentração de ureia, prejudicando o feto.

O tempo de duração das sessões de hemodiálise na gravidez pode variar. Nesses casos, a hemodiálise costuma durar de 5 a 6 horas, com uma frequência de 3 a 4 vezes por semana.

Geralmente, quanto maior for o tempo que a gestante é submetida à hemodiálise, mais longa será a gravidez e menor será o risco de complicações. Como resultado, as chances de nascimentos prematuros diminuem, o peso ao nascimento será maior, assim como a esperança de vida do bebê.

Saiba mais em:

Para que serve a hemodiálise?

Como é feita a hemodiálise?

Teratoma tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Teratoma tem cura, porém, como se trata de um tumor, o tratamento e a cura dependem do tipo de teratoma, se benigno ou maligno, além da localização (ovário, cóccix, sistema nervoso) e do grau de evolução do tumor.

Tratamento dos teratomas Teratomas benignos

Os teratomas benignos, também conhecidos como cistos dermoides, geralmente são tratados através de remoção cirúrgica apenas.

Assim como normalmente acontece com a grande maioria dos tumores benignos, o paciente fica completamente curado com a retirada do teratoma e ele não volta a crescer.

Teratomas malignos

Já os teratomas malignos geralmente são tratados com cirurgia e quimioterapia. O tratamento cirúrgico pode retirar apenas o tumor e parte do órgão afetado ou, dependendo do estágio do teratoma e comprometimento do órgão, pode ser necessário e mais seguro a remoção de todo o órgão.

A retirada do órgão pode ocorrer, por exemplo, nos casos de teratomas malignos que afetam apenas um dos testículos ou ovários. Nestes casos, a quimioterapia geralmente não é necessária.

Veja também o artigo: Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?

Se o teratoma maligno voltar a surgir (recidivas), o tratamento pode incluir quimioterapia, ou mais raramente, a radioterapia.

Leia também: O que é teratoma?

A especialidade médica responsável pelo tratamento dos teratomas varia de acordo com a localização do tumor. Porém, nos casos de tumores malignos, o tratamento deve ser acompanhado por um/a médico/a oncologista.

Para que serve a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise serve para filtrar o sangue quando os rins não estão funcionando adequadamente ou estão em falência. O objetivo da hemodiálise é remover as impurezas da circulação sanguínea e devolver o sangue para o corpo com as propriedades adequadas para o seu bom funcionamento.

Os rins sãos os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, jogando fora os fluidos que não são mais necessários para o organismo, como toxinas, ureia, água e sal, e restabelecendo o equilíbrio com outros fluidos corporais.

Quando os rins não conseguem mais desempenhar essa função, há necessidade de um aparelho externo capaz de filtrar o sangue e devolvê-lo de forma purificada para o organismo.

Durante a hemodiálise, o sangue do paciente sai do corpo e passa por um aparelho chamado dialisador, que é uma espécie de rim artificial. Nele, o sangue é purificado e as toxinas são removidas da circulação. Depois, o sangue filtrado é transportado de volta para o corpo do paciente através de um cateter.

O tempo médio de duração de uma sessão de hemodiálise é de 4 horas. Contudo, o tempo do procedimento pode variar conforme o peso e a idade da pessoa, ou ainda em determinadas condições, como gravidez, por exemplo. Em geral, as sessões são feitas 3 vezes por semana.

Veja também: Quem faz hemodiálise pode engravidar?

Com a hemodiálise, uma pessoa que apresenta insuficiência renal grave pode ter uma qualidade de vida adequada capaz de preservar suas funções vitais. Apesar de não curar a falência dos rins, o tratamento prolonga a vida e melhora o bem-estar do paciente.

O médico especialista responsável pela hemodiálise é o nefrologista.

Saiba mais em:

Como é feita a hemodiálise?

Como é feita a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise é feita com um aparelho externo que filtra o sangue e devolve-o purificado de volta para o corpo. O procedimento é indicado quando há falência ou insuficiência renal e serve para retirar as toxinas e as impurezas do sangue, um papel normalmente executado pelos rins.

Durante a hemodiálise, o sangue sai do corpo através de um cateter que é introduzido numa veia e passa por um tipo de rim artificial chamado dialisador. Esse aparelho irá remover do sangue água, toxinas e impurezas para que depois o mesmo sangue, agora filtrado, seja devolvido ao organismo.

Aparelho de hemodiálise

As sessões de hemodiálise têm um tempo de duração médio de 4 horas. Porém, fatores como idade, peso, tamanho e gravidez podem prolongar o tempo do procedimento. Em média, pacientes com insuficiência renal são submetidos à hemodiálise 3 vezes por semana.

Como é o preparo para a hemodiálise?

Em algumas situações de emergência, a hemodiálise pode ser indicada de forma imediata. Em outras, ela pode ser uma indicação programada em que o paciente já sofre de uma condição crônica e poderá se preparar para o início do procedimento.

Nas situações em que há possibilidade de preparação antecipada, o paciente será submetido ao procedimento de criação de um acesso vascular. Esse acesso será a via em que a máquina de diálise será conectada, permitindo a saída de sangue do organismo e a volta do sangue filtrado.

Além disso, uma mudança na dieta deve ser feita antes do início da hemodiálise para que o indivíduo tenha tempo suficiente para uma adaptação.

Apesar de não curar a insuficiência renal, a hemodiálise preserva as funções vitais, aumentando o tempo de vida e melhorando o bem-estar dos pacientes.

Para que serve a hemodiálise?

A hemodiálise é usada para filtrar o sangue em casos de mau funcionamento ou falência renal. A hemodiálise serve para retirar as impurezas do sangue e devolvê-lo purificado de volta ao corpo.

Os rins têm a função de filtrar o sangue, retirando da circulação sanguínea toxinas, ureia, água e sal. Quando esses órgãos deixam de funcionar adequadamente, é necessário fazer hemodiálise.

Faço hemodiálise. Que cuidados devo ter?

Quem faz hemodiálise deve ser ter cuidado com o peso corporal, manter cuidados com o acesso vascular através do qual é feita a hemodiálise e monitorar frequentemente o sangue.

É muito importante manter o peso sob controle, uma vez que os rins já não são capazes de remover o excesso de fluidos corporais, podendo trazer complicações.

Para avaliar os resultados da hemodiálise e prevenir complicações, a pessoa também deve fazer exames de sangue regularmente.

Os cuidados com o acesso vascular onde é feita a hemodiálise incluem:

  • Lavar o local com água e sabão antes da hemodiálise. A limpeza deve ser feita suavemente, evitando-se esfregar a pele;
  • Verificar sinais de infecção, como vermelhidão e febre;
  • Evitar dormir sobre o braço em que está o acesso vascular;
  • Evitar usar roupas apertadas;
  • Evitar levantar objetos com mais de 5 Kg;
  • Não medir a pressão arterial ou tirar sangue no braço em que está o acesso vascular.

Para maiores informações, consulte um médico nefrologista.

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da trombose venosa profunda (TVP) dependem do tamanho do trombo e do grau de obstrução da veia acometida. Como se tratam de veias profundas, mais afastadas da pele, é perfeitamente possível a pessoa ter trombose e não apresentar sintomas. Contudo, uma perna que de repente começa a doer e fica mais inchada que a outra é sempre um sinal que deve levantar suspeita de TVP.

Quando o trombo é grande o suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo na veia, os sinais e sintomas da trombose venosa profunda podem incluir:

  • Inchaço;
  • Dor local. No caso de trombose na perna, a dor ocorre quando a pessoa está em pé, andando ou em repouso. Também é comum haver dor durante a palpação do trajeto da veia acometida;
  • Sensação de peso na perna afetada;
  • Aumento da temperatura local;
  • Dilatação das veias superficiais;
  • Vermelhidão do membro acometido;
  • Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo;
  • Palidez ou escurecimento da pele;
  • Endurecimento do tecido subcutâneo.

Na fase inicial, as principais complicações da TVP são a embolia pulmonar (caso o trombo chegue ao pulmão), com elevada taxa de mortalidade, e a gangrena, que pode levar à amputação do membro.

Numa fase posterior, a trombose venosa profunda pode causar síndrome pós-flebítica, que caracteriza-se por dermatite pigmentada (inflamação e hemorragia dos capilares superficiais da pele), lipodermoesclerose (fibrose e endurecimento da pele), inchaço durante a tarde, varizes nas pernas e ferida aberta ou cicatrizada.

O que é trombose venosa profunda?

A TVP é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) que diminui ou interrompe a circulação sanguínea. A trombose venosa profunda, como o próprio nome sugere, ocorre em veias profundas, principalmente na perna.

Quais os fatores de risco da trombose venosa profunda?

Os principais fatores de risco para desenvolver TVP são: idade avançada, tabagismo, permanecer na posição sentada durante várias horas, gestação, pós-parto, estar acamado(a), cirurgias, imobilização por fratura, uso de pílula anticoncepcional, terapia hormonal, obesidade, varizes nos membros inferiores, câncer, traumatismos e estados de coagulação excessiva do sangue.

Como é feito o diagnóstico da trombose venosa profunda?

O diagnóstico da TVP geralmente é feito através de ultrassonografia com doppler das veias dos membros inferiores. Outros exames também podem ser usados, como a angiorressonância magnética ou a angiotomografia computadorizada.

Qual é o tratamento para trombose venosa profunda?

O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito através de repouso e elevação do membro afetado, deambulação com uso de meia elástica apropriada, uso de medicamentos anticoagulantes orais, fibrinólise (destruição do coágulo sanguíneo) e, raramente, cirurgia.

A grande maioria dos casos de TVP são tratados sem necessidade de internamento, exceto em casos muito específicos de trombose venosa profunda.

Em geral, o uso de anticoagulante (normalmente varfarina ou heparina) é mantido durante pelo menos 6 meses, bem como o acompanhamento médico especializado e regular. O controle da localização do trombo e da evolução do quadro é feito através de ultrassonografias periódicas.

O principal objetivo do tratamento da TVP é diminuir o risco de embolia pulmonar e gangrena. Por isso, o tratamento precoce é muito importante para prevenir complicações que podem ser fatais.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico clínico geral, médico de família ou angiologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Para saber mais, você pode ler:

Quais os sintomas de trombose na perna?

Quais os sintomas da trombose venosa profunda (TVP)? O que, como é diagnosticada e como é o tratamento?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP), principalmente dos membros inferiores. Dentre eles destacam-se:

  • Idade avançada;
  • Imobilidade ou mobilidade reduzida;
  • História prévia de trombose venosa profunda;
  • Casos de trombose venosa profunda na família;
  • Presença de varizes;
  • Obesidade;
  • Lesões na medula espinhal;
  • Traumatismos graves;
  • Uso de hormônios;
  • Gravidez;
  • Cirurgias;
  • Viagens prolongadas;
  • Câncer;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Doenças e condições congênitas e adquiridas (trombofilias).
Idade

Pessoas com mais de 40 anos têm mais trombose venosa profunda quando comparadas com pessoas mais novas. O risco aumenta depois dos 60 anos de idade.

Imobilidade ou mobilidade reduzida

Indivíduos com pouca ou nenhuma mobilidade apresentam mais risco de desenvolver trombose. Quanto maior o tempo de imobilidade, maior o risco de TVP.

Caso anterior de trombose venosa profunda

Quando expostas a situações de risco, como uma cirurgia, pessoas que já tiveram trombose têm muito mais chances de terem novamente TVP quando comparadas com pessoas que nunca tiveram.

Casos de trombose venosa profunda na família

Indivíduos com história de trombose venosa profunda na família possuem mais chances de desenvolver trombose. Quanto mais pessoas na família com história de TVP, maior é o risco.

Varizes

Apesar de ser um fator de risco, a presença de varizes sem outros fatores associados não representa um risco elevado de trombose venosa profunda.

Sintomas de trombose venosa profunda na perna Obesidade

Pessoas com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 possuem mais chances de ter trombose. O risco é maior em homens com circunferência abdominal superior a 102 cm e mulheres com mais de 88 cm de circunferência abdominal.

Lesão na medula espinhal

O risco de trombose nesses casos é maior sobretudo nos primeiros 3 meses após a lesão, devido à falta de mobilidade desse período.

Traumas

Por razões parecidas às da cirurgia, traumatismos grandes também são importantes fatores de risco para a trombose venosa profunda, tanto pelo impacto nos vasos sanguíneos como pelo tempo que a pessoa fica imobilizada na cama após o acidente.

Pílula anticoncepcional ou hormônios

O uso de estrógenos pode aumentar em até 4 vezes as chances da mulher ter trombose. O risco é maior no 1º ano de uso do medicamento, principalmente se houver outros fatores de risco associados, como imobilidade e cirurgias.

Gravidez

Alterações hormonais elevam a capacidade de coagulação das grávidas, aumentando as chances de formação de coágulos. Além disso, à medida que o útero cresce, a veia cava vai sendo comprimida, o que dificulta o escoamento do sangue proveniente das veias dos membros inferiores.

Sabe-se que as gestantes possuem 5 vezes mais chances de desenvolverem tromboses do que mulheres que não estão grávidas da mesma idade.

Cirurgias

Pacientes submetidos a cirurgias na região pélvica e membros inferiores apresentam alto risco de formação de trombos nos membros inferiores. O efeito dos anestésicos, a própria manipulação dos vasos sanguíneos e tecidos subjacentes durante o ato cirúrgico e o prolongado tempo sem se levantar no pós-operatório tornam as cirurgias um evento com elevado risco de trombose venosa profunda.

Quando andamos, o impacto dos pés no chão e a contração dos músculos, principalmente da panturrilha, ajudam a empurrar o sangue nas veias das pernas para cima, em direção ao coração. Permanecer deitado por muito tempo favorece a estagnação do sangue nos membros inferiores, principalmente para quem sofre de insuficiência venosa.

Permanecer sentado em viagens longas

Longas viagens, geralmente acima de 8 horas, podem facilitar o surgimento de trombose venosa profunda, principalmente em indivíduos com outros fatores de risco, como obesidade, varizes, tabagismo, gravidez, entre outros.

Já notou como os seus pés ficam inchados e o sapato fica mais difícil de calçar após uma longa viagem de avião? Permanecer sentado por muitas horas, com as pernas dobradas, dificulta o retorno do sangue para o coração, favorecendo a estagnação e, consequentemente, a formação de trombos.

Câncer

Existem tumores malignos que produzem substâncias que aumentam as chance do sangue coagular, favorecendo a formação de trombos.

Insuficiência cardíaca

Indivíduos com insuficiência cardíaca possuem um coração fraco, com dificuldade de bombear o sangue para todo o corpo, o que leva à estagnação do sangue nos membros inferiores e favorece a formação de coágulos.

Trombofilias

Doenças sanguíneas que desregulam o sistema de coagulação, criando um estado de hipercoagulabilidade e grande risco de formação de trombos. Contudo, apesar de serem um forte fator de risco para trombose, as trombofilias são patologias pouco comuns.

Entre as trombofilias mais frequentes, destacam-se:

  • Mutação do Fator V de Leiden;
  • Mutação do gene da protrombina;
  • Deficiência de proteína S;
  • Deficiência de proteína C;
  • Deficiência de antitrombina;
  • Disfibrinogenemia;
  • Anticorpo antifosfolipídeo.

Além dos citados anteriormente, há diversos outros fatores de risco para trombose venosa profunda, entre os quais estão:

  • Desidratação;
  • Tabagismo;
  • Síndrome nefrótica;
  • Uso de certos medicamentos (como tamoxifeno, eritropoietina, talidomida);
  • Policitemia vera;
  • Trombocitopenia essencial;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Uso de cateter venoso central na veia femoral.

Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo(a) e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Para saber mais você pose ler:

Quais os principais sintomas de trombose na perna?

Trombose venosa profunda tem cura? Qual o tratamento?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Trombose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Trombose tem cura e o tratamento é feito com medicamentos anticoagulantes, uso de meias elásticas e deambulação precoce. Na maioria dos casos, a pessoa retorna às suas atividades normais após 6 meses de tratamento.

O tratamento da trombose também pode incluir a destruição dos coágulos através de procedimentos cirúrgicos, o que garante uma cura rápida da trombose e previne sequelas graves. Porém, as cirurgias para tratar a trombose são raras, sendo indicadas apenas em quadros muito graves.

Sinais de trombose (lado esquerdo)

Os primeiros passos no tratamento da trombose são a indicação de repouso e a administração de anticoagulantes. Os principais objetivos são impedir que o coágulo de sangue (trombo) chegue ao pulmão e provoque uma embolia pulmonar, que pode ser fatal, e evitar a formação de novos coágulos.

No início do tratamento, os anticoagulantes são injetáveis, sendo depois substituídos por medicamentos administrados por via oral.

Nos casos em que o uso de anticoagulantes é contraindicado devido ao risco de hemorragias ou complicações de tratamentos cirúrgicos, a embolia pulmonar pode ser evitada através de um implante de filtro próximo ao pulmão.

Atualmente recomenda-se a deambulação precoce, ou seja, quanto mais rápido se começar a andar após o episódio de trombose, melhor a recuperação. Também está recomendada o uso de meia elástica que reduz o inchaço nas pernas e melhora a circulação sanguínea.

Quais são os sintomas da trombose?

Os principais sinais e sintomas da trombose incluem inchaço, dor e rigidez no membro afetado, bem como rigidez no trajeto do vaso sanguíneo acometido. Casos de trombose pulmonar evoluem com aumento dos batimentos cardíacos, falta de ar, febre, dor no peito e ansiedade.

Veja também: O que é embolia pulmonar e quais os sintomas?

Vale ressaltar que aproximadamente 20% dos casos de trombose venosa profunda estão associados a algum tipo de câncer. Os tipos de câncer com maior incidência de trombose são o de pâncreas, rim, ovário, pulmão e estômago. Outra causa frequente de trombose são as cirurgias ortopédicas.

Como prevenir a trombose?

Para reduzir o risco de trombose, recomenda-se praticar exercícios físicos regularmente, principalmente aqueles que trabalham as panturrilhas, como caminhar, correr e pedalar.

Em viagens e voos de longa duração, recomenda-se levantar e caminhar um pouco a cada duas horas. Se não for possível, os calcanhares devem ser movimentados, com movimentos de vai-e- vem, como se estivesse acelerando um carro.

Lembrando que os músculos da panturrilha são considerados o “segundo coração” do corpo, tamanha é a sua importância na circulação sanguínea, pois é um importante auxiliar do sangue no retorno ao coração.

Para prevenir a trombose, também recomenda-se o uso de meias elásticas prescritas por um médico, de preferência angiologista ou cirurgião vascular.

Também podem ser indicados medicamentos anticoagulantes para prevenir a formação de trombos.

O uso de pílula anticoncepcional é contraindicado para mulheres que já tiveram trombose, pois aumenta o risco de novos episódios. Essas mulheres também não devem fumar, pois o tabagismo aumenta as chances de trombose.

Quais as complicações da trombose?

Sem tratamento adequado, a trombose pode provocar complicações que podem ser fatais, como a embolia pulmonar. A complicação ocorre quando o coágulo se solta da parede do vaso sanguíneo e, através da circulação sanguínea, chega aos pulmões.

Outra consequência da trombose são as varizes, sobretudo se o problema for crônico.

O que é trombose?

A trombose caracteriza-se pela obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo. Ocorre sobretudo nos membros inferiores, sendo também uma causa frequente de acidente vascular cerebral (derrame).

O tratamento da trombose pode ser feito no hospital ou em casa, desde que o paciente siga as indicações dadas pelo médico angiologista ou cirurgião vascular. O médico irá orientar a melhor forma de tratamento.

Quais os principais sintomas de trombose na perna?

Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?

Varizes podem causar trombose?

Referência

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Como identificar uma crise de apendicite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A apendicite caracteriza-se pela dor abdominal aguda. A crise de apendicite é identificada quando há dor no abdômen, que se inicia ao redor do umbigo e depois fica localizada na região inferior direita do abdômen.

Além da dor, a crise de apendicite provoca ainda náuseas e vômito. Após o início desses sintomas, a pessoa apresenta febre.

A evolução de uma crise de apendicite pode ser de poucas horas ou levar até 1 dia para que os sintomas cheguem ao seu ponto máximo, sempre com agravamento progressivo da dor.

No início, a crise de apendicite normalmente se manifesta como uma dor abdominal leve e mal estar. Não costuma haver febre.

Dependendo da localização do apêndice (porção do intestino grosso que fica inflamada na apendicite), a dor pode aparecer também em outros locais do abdômen.

Imagem dos intestinos e apêndice vermiforme

Outros sintomas da apendicite incluem flatulência, indigestão, mudança do hábito intestinal, diarreia e mal estar geral.

Identificar a apendicite no início nem sempre é fácil, já que os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças.

A apendicite na mulher pode ser confundida com problemas no ovário, como inflamações, enquanto que nas crianças os sinais e sintomas podem ser semelhantes aos de uma infecção no intestino.

Veja também: Apendicite durante a gravidez é perigoso?

Quais os sintomas da apendicite em crianças?

Crianças com até 4 anos de idade podem apresentar como primeiro sintoma o vômito, acompanhado de uma ligeira dor abdominal. A criança pode referir no início apenas “dor na barriga”, sem uma localização específica no abdômen.

A crise de apendicite em crianças também pode provocar o amolecimento das fezes, além de febre e náuseas.

Casos de apendicite em bebês e crianças com até 2 anos são raros, mas podem acontecer. Nessas situações, o primeiro sinal costuma ser a distensão do abdômen (“barriga inchada”), que fica doloroso à palpação. A seguir, surgem os vômitos.

As complicações da apendicite em bebês e crianças pequenas são graves e ocorrem com alguma frequência, principalmente pela demora em diagnosticar o problema.

Como diagnosticar e tratar a apendicite?

No serviço de urgência, o/a médico/a realiza o exame físico na pessoa e solicita alguns exames de sangue e/ou ultrassom abdominal.

Após conectar as informações da história pessoal, exame físico e resultados dos exames, o/a médico/a será capaz de efetuar o diagnóstico e em caso de confirmação da apendicite, encaminhará o/a paciente para a cirurgia.

O tratamento cirúrgico, em geral, é feito por laparoscopia. É a única forma de tratar a apendicite, já que nesses casos o apêndice inflamado precisa ser retirado.

Saiba mais em: Qual é o tempo de recuperação de uma cirurgia de apendicite?

A apendicite é uma das principais causas de dor abdominal aguda e uma das causas mais comuns de cirurgia abdominal de emergência.

Se você apresentar os sintomas citados acima, procure o serviço de urgência.

Também podem lhe interessar:

O que posso comer após cirurgia da apendicite?

Quem foi operada de apendicite tem dificuldade de engravidar?

Estou com dores do lado direito depois da cirurgia de apendicite. Apendicite pode voltar?

O que é apendicite supurada e quais os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Apendicite supurada é o rompimento do apêndice inflamado, uma complicação grave da apendicite, que pode levar inclusive, levar à morte, se não for tratada rapidamente.

A apendicite supurada ocorre quando a parede do apêndice supura, ou seja, "estoura", permitindo que o líquido do seu interior seja derramado dentro da cavidade abdominal. Este líquido é composto de pus, bactérias, fluidos inflamatórios, fezes ou fecalitos (restos de fezes endurecidos e secos).

Portanto é altamente inflamatório e por isso, o risco de infecção grave e morte nos casos de apendicite supurada.

Riscos de apendicite supurada 1. Peritonite

A peritonite é a infecção no peritôneo, a membrana que recobre e protege os órgãos de dentro a cavidade abdominal. Complicação grave de uma apendicite supurada ou qualquer outra doença infecciosa dentro da cavidade abdominal.

Neste caso, o paciente apresente dor na barriga intensa, a barriga se torna mais "rígida", febre alta, calafrios e até confusão mental.

O tratamento deve ser imediato, com cirurgia de urgência para lavar a cavidade abdominal além do antibiótico pela veia e cuidados gerais.

2. Infecção generalizada (Sepse)

A sepse é a evolução da infecção (peritonite, nesse caso), que chamamos de infecção generalizada, a situação mais grave. Mesmo nos casos que foram devidamente tratados, uma peritonite pode evoluir com sepse e risco elevado de morte.

O tratamento indicado é cirurgia, quando ainda preciso, antibióticos e medicamentos para manter os sinais vitais, além de monitorização contínua em UTI (unidade de tratamento intensivo) ou CTI (centro de tratamento intensivo).

3. Óbito

O óbito é sempre um risco, em situações de infecção grave e a apendicite supurada é uma delas.

Como evitar a apendicite supurada?

Para prevenir uma apendicite supurada, é preciso procurar um serviço de urgência assim que surgirem os primeiros sintomas sugestivos de uma apendicite.

Sintomas de apendicite supurada
  • Sintomas específicos (são típicos e ocorrem em quase todos os casos):

    • Dor no lado inferior direito do abdômen;
    • Náuseas;
    • Vômitos;
    • Perda de apetite;
  • Sintomas inespecíficos (podem ser confundidos com outras doenças e nem sempre estão presentes):
    • Dor na "boca" do estômago ou ao redor do umbigo;
    • Gases intestinais;
    • Indigestão;
    • Diarreia ou prisão de ventre;
    • Mal-estar geral.

O tratamento da apendicite é exclusivamente cirúrgico, com a retirada do apêndice inflamado.

Pode lhe interessar também:

Referências:

Douglas Smink and David I Soybel. Management of acute appendicitis in adults. UpToDate. Apr 17, 2020.

CBC - Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Vomitar sangue: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Vomitar sangue pode ter diversas causas. A presença de sangue no vômito se chama hematêmese e indica que o sangue pode ser proveniente do estômago, da boca, da garganta, do esófago ou da porção inicial do intestino delgado, não sendo, portanto, obrigatoriamente um sinal de gravidez.

Algumas das causas de sangue no vômito:

  • Vomitar com muita intensidade ou durante muito tempo pode ferir pequenos vasos sanguíneos da garganta ou do esôfago e produzir estrias de sangue no vômito. Pode ser essa a razão da pessoa vomitar sangue depois de beber álcool (bebidas alcoólicas) em excesso;
  • Sangramento de veias inchadas localizadas no estômago ou nas paredes da porção inferior do esôfago. Pode ter como causa lesões hepáticas graves;
  • Úlcera com hemorragia no estômago, na porção inicial do intestino delgado ou no esôfago;
  • Defeitos nos vasos sanguíneos do aparelho digestivo;
  • Esofagite ou gastrite (irritação, inchaço ou inflamação do revestimento do esôfago ou estômago);
  • Engolir sangue após uma hemorragia nasal;
  • Câncer no estômago ou no esôfago.
Vomitar sangue é normal?

Não, vomitar sangue não é normal. Se você está vomitando sangue, significa que algo está errado no seu sistema digestivo. O sangramento pode vir, principalmente do esôfago, estômago e do início do intestino delgado.

Se vomitar sangue, a pessoa deve procure o médico de família, clínico geral ou gastroenterologista para que as causas sejam conhecidas e tratadas.

Quando devo me preocupar?

Ao perceber qualquer quantidade de sangue no vômito, não hesite em buscar ajuda médica e permaneça atento aos seguintes sinais de alerta:

  • Vômito com sangue vermelho vivo: indica sangramento ativo e contínuo e consiste em uma emergência médica que necessita de cuidados imediatos,
  • Vômito com sangue semelhante à borra de café: significa que o sangramento diminuiu ou parou. O aspecto de borra de café acontece porque o sangue foi, em parte, digerido pelo ácido do estômago,
  • Suor (sudorese) intenso,
  • Pele pálida,
  • Batimento cardíacos acelerados,
  • Fraqueza e
  • Desmaio.

Se você sentir qualquer um deste sintomas, busque o mais rapidamente possível uma emergência hospitalar. Pode ser necessário realizar exames de sangue e uma endoscopia digestiva para identificar a causa e tratar o sangramento.

Para saber mais sobre vômito com sangue em mulheres grávidas e como parar de vomitar, leia:

Vomitar sangue durante a gravidez é normal?

O que fazer para para de vomitar?

Referência

  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
Existem anticoncepcionais mais indicados para adolescentes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A escolha de um anticoncepcional sempre envolve a ponderação de vários fatores como idade, fatores hereditários, financeiros, aderência ao tratamento, facilidade no método e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis

As adolescentes podem se beneficiar com os seguintes anticoncepcionais: 

  • Preservativo feminino ou masculino; 
  • Pílula anticoncepcional de uso contínuo; 
  • Injeção a cada 3 meses; 
  • Adesivo transdérmico; 
  • Anel vaginal. 

É recomendada uma consulta inicial com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral antes de iniciar o anticoncepcional para uma avaliação detalhada de todos esses fatores e ponderação de qual o melhor método anticoncepcional para a adolescente. 

Vale a pena lembrar que apenas o preservativo (camisinha) é capaz de prevenir doenças transmitidas pelo sexo além de evitar gravidez. Por isso, é indicado o uso da camisinha em toda relação sexual, mesmo que a adolescente escolha por outro método anticoncepcional. 

Com a cirurgia de fimose o pênis fica maior?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não, o tamanho é o mesmo, com a retirada da pele que prendia ele (o pênis) tem maior liberdade para expandir, mas não muda de tamanho.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?