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Sangramento após a curetagem é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Um sangramento leve após a curetagem pode ser normal e durar alguns dias. Sangramento intenso não é considerado normal após a curetagem.

É importante observar se a quantidade de sangue está diminuindo com o passar do tempo e se o sangue apresenta alteração de cheiro.

Se o sangramento for abundante, com coágulos e tiver um mau cheiro forte (diferente da menstruação) e ainda se a mulher estiver com cólicas fortes ou febre, ela deve procurar o atendimento de emergência.

As complicações da curetagem uterina são raras, mas podem acontecer. Dentre elas, pode haver perfuração do útero, traumas na região do colo do útero, infecção ou adesão intra uterina.  

A mulher que nos dias após o procedimento apresentar cólicas que não melhoram com analgésicos, febre ou sangramento intenso deve procurar o serviço de urgência de ginecologia para reavaliação do procedimento.

É normal a menstruação atrasar depois de uma curetagem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É normal a menstruação atrasar depois de uma curetagem

Em geral, a menstruação ocorre entre 4 e 6 semanas após o procedimento.

A curetagem é um procedimento cirúrgico de raspagem da camada interna do útero por diversas razões, entre elas, abortamento.

Até alguns dias após o procedimento, a mulher pode apresentar sangramento discreto.

Se o sangramento for de grande quantidade ou se a menstruação não ocorrer até seis semanas após a curetagem, procure o/a ginecologista para uma avaliação.

Um contraceptivo de marca diferente tem o mesmo efeito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Os contraceptivos em pílula apresentam o mesmo efeito mesmo sendo de marcas diferentes.

Quando o contraceptivo apresenta o mesmo composto e muda apenas o nome comercial (marca), geralmente ele possui a mesma dosagem de cada componente (progestágeno e/ou estrógeno), sendo assim, a quantidade de medicação na corrente sanguínea não será alterada. Porém, há contraceptivos de marcas diferentes que não possuem dosagens iguais.

O que deve ser levado em consideração ao trocar de marca é não haver um intervalo entre as cartelas, ou seja, o primeiro comprimido da cartela nova deve ser iniciado no dia seguinte ao término da antiga cartela.

Não é recomendado fazer trocas de marcas de contraceptivos com frequência. A dosagem de cada anticoncepcional pode alterar minimamente e impactar o ciclo menstrual e a adaptação à medicação.  Por isso, uma mudança de marca ocasionalmente não há prejuízos, mas a mudança mensal ou constante pode provocar desequilíbrios hormonais.

Quando a troca é entre tipos diferentes de métodos contraceptivos, como por exemplo passar da pílula para a injeção, DIU ou implante o cuidado deve ser maior e as recomendações são diferentes.

O/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família podem orientar a decisão de qual tipo de anticoncepcional é mais adequado em seu caso, bem como avaliar as possíveis contra indicações de cada método.

Como se trata escabiose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A escabiose é tratada com medicamentos tópicos que devem ser passados na pele do corpo todo, tendo cuidado com a região dos olhos. O mais usado é a Permetrina que deve ser aplicada no corpo todo, de preferência à noite antes de dormir e retirada no banho pela manhã. O tratamento deve ser feito por 2 ou 3 noites seguidas e repetido 1 ou 2 semanas após.

Outra opção é o tratamento oral dose única com Ivermectina que também precisa ser repetido após 7 a 15 dias.

A repetição do tratamento entre uma a duas semanas após é fundamental para acabar com os parasitas do segundo ciclo que eclodem dos ovos colocados pelas fêmeas.

A escabiose é uma doença caracterizada por uma coceira muito intensa que provoca escoriações na pele e até infecção. Em alguns casos, é indicado o uso de anti histamínicos para aliviar a coceira e, quando houver infecção, deve-se avaliar o uso de antibióticos.

Durante o tratamento, as roupas de cama, toalhas e vestimentas devem ser trocadas e lavadas todos os dias para evitar a permanência do patógeno. Outras pessoas da casa que tiverem com a escabiose também devem ser tratadas ao mesmo tempo para evitar a re-infestação.

O/a clínico/a geral, médico/a de família ou dermatologista podem diagnosticar a doença e indicar o tratamento e a dose correta em cada situação.

A laqueadura atrasa a menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A laqueadura não atrasa a menstruação. Não há nenhuma prova científica que a cirurgia de laqueadura faz atrasar a menstruação.

As mulheres que realizaram laqueadura continuam menstruando normalmente. Algumas mulheres podem apresentar irregularidades no ciclo menstrual com redução do fluxo menstrual, diminuição na duração dos dias de menstruação e redução das cólicas menstruais.

Há uma porcentagem muito pequena da chance de engravidar após a laqueadura. Caso a sua menstruação está demorando muito após realizar o procedimento, você precisa consultar o/a médico/a que realizou a cirurgia ou algum/a ginecologista.

Leia também: Mulher sem trompas pode engravidar?

Quais as vantagens e desvantagens da laqueadura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A laqueadura é uma cirurgia que interrompe a ligação entre as tubas uterinas e o útero, evitando o encontro do óvulo com o espermatozoide e a consequente fecundação. Por isso, a laqueadura é um procedimento de contracepção permanente, seguro e altamente eficaz. Cada mulher tem uma percepção de seu corpo e uma vivência de sua sexualidade. Dessa forma, as vantagens e desvantagens podem ser relativas e pessoal.

Vantagens:

  • Contracepção eficaz e permanente;
  • Ausência do uso de hormônios;
  • Acessível: a cirurgia é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde;
  • Redução ou ausência de efeitos colaterais;
  • Manutenção do desejo sexual e da libido;
  • Procedimento simples com baixo risco de complicações.

Desvantagens:

  • Não proteção contra DST (doenças sexualmente transmissíveis): por ser um método que evita a gravidez, muitas mulheres deixam de usar preservativo nas relações sexuais, o que aumenta a chance de contrair doenças sexualmente transmissíveis;
  • Complicações relacionadas à cirurgia ou à anestesia: embora o risco é bem reduzido, pode ocorrer infecção no local da cirurgia ou sangramento interno;  
  • Arrependimento: algumas mulheres podem arrepender da decisão, pois desejariam engravidar novamente, isso principalmente quando o procedimento é feito antes dos 30 anos;
  • Possibilidade de gravidez ectópica.

Para tomar a decisão definitiva é importante a mulher ponderar sobre o planejamento familiar que deseja para a sua vida, se for o caso, conversar com o/a parceiro/a e ter apoio de uma equipe multidisciplinar com ginecologista, assistente social e psicologia.

Corrimento no pênis: o que pode ser e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Corrimento no pênis pode ser uma infecção ou inflamação do canal urinário, uma condição chamada uretrite, que caracteriza-se por uma secreção ou corrimento amarelado, abundante e com mau cheiro e às vezes acompanhada de dor ao urinar.

A contaminação pode ocorrer através de relação sexual anal ou vaginal sem preservativo, mesmo que seja entre parceiros fixos. Os agentes principais da uretrite são: Neisseria gonorrhoeae (gonorreia) e Chlamydia trachomatis. As duas são doenças sexualmente transmissível.

O tratamento é feito com medicamentos antibióticos específicos, de acordo com o tipo de bactéria que provocou a infecção. É importante lembrar que o tratamento deve ser feito pelos dois parceiros, pois pode haver reinfecção se um dos parceiros ficar sem tratar.

Esses sintomas podem ser avaliados pelo/a clínico/a geral, medico/a de família ou urologista que poderão indicar o tratamento mais adequado em cada caso.

Também pode lhe interessar:

Tomei um remédio que corta o efeito do anticoncepcional. Quanto tempo depois ele volta a fazer efeito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se tomou um remédio que pode cortar ou diminuir o efeito do anticoncepcional, como antibiótico ou anticonvulsivante, o anticoncepcional pode demorar até uma semana para voltar a fazer efeito.

Portanto, enquanto estiver tomando esse remédio deverá utilizar um outro método anticoncepcional não hormonal, como preservativo, para não correr o risco de engravidar. 

No entanto, é importante lembrar que são poucos os medicamentos que cortam o efeito do anticoncepcional, principalmente se for a pílula de uso contínuo. Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.   

Antibióticos cortam o efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O único antibiótico que de fato corta o efeito do anticoncepcional é a rifampicina utilizada no tratamento da tuberculose, hanseníase e meningite, seja o anticoncepcional injetável, em pílula ou adesivo.

Outros tipos de antibióticos, não demonstraram comprovação científica em limitar a eficácia do anticoncepcional.

Se a mulher precisar tomar qualquer tipo de antibiótico, ela deve informar ao/a médico/a de que usa anticoncepcional, para que o médico possa avaliar a associação de algum método de barreira com o anticoncepcional que ela já está tomando.​

Topiramato tira o efeito do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Topiramato não tira completamente o efeito do anticoncepcional oral, mas pode diminuir a sua eficácia contraceptiva.

O topiramato pode reduzir a concentração do anticoncepcional na corrente sanguínea e, por consequência, diminuir a eficácia e a proteção da anticoncepção. Por isso, a depender da dosagem de topiramato utilizada, o/a médico/a deve considerar o uso de outro método contraceptivo (não hormonal) adicional.

O uso de topiramato combinado com anticoncepcionais orais pode aumentar o sangramento de escape. Isso não é um indicativo de baixa eficiência do anticoncepcional.

A mulher deve informar o/a médico/a que lhe receitou o topiramato que ela utiliza contraceptivos orais e informá-lo também se apresentar qualquer alteração em seus padrões menstruais.

O anticoncepcional anel vaginal é seguro? Como deve ser utilizado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O ​anticoncepcional anel vaginal é bastante seguro, com uma eficácia igual à da pílula e com a vantagem de possuir uma carga hormonal mais baixa, já que é absorvido diretamente pela vagina.

O anel vaginal é introduzido no fundo da vagina pela própria mulher no 5º dia após ter vindo a menstruação, sendo acomodado no colo do útero, onde deve permanecer por 3 semanas. Durante esse período, o anel libera hormônios (etonogestrel e etinilestradiol) que inibem a ovulação, como acontece com a pílula. Após as 3 semanas, a mulher retira o anel e dá uma semana de pausa, em que haverá a menstruação. No 5º dia após o inicio da menstruação, a mulher coloca um novo anel.

Algumas vantagens do anel vaginal:

  • Eficácia em torno de 99,8%;
  • Possui uma carga hormonal menor que a da pílula anticoncepcional, o que reduz os efeitos colaterais;
  • Por ser mensal, há menos chances de esquecimento;
  • Não atrapalha a relação sexual.

É importante lembrar que o anel vaginal é indicado como método de anticoncepção. O preservativo deve ser usado em todas as relações sexuais para evitar doenças sexualmente transmissíveis.

Saiba mais em: Anel vaginal: 9 Dúvidas frequentes

Colpite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colpite tem cura. O tratamento depende do tipo de agente causador da colpite.

Geralmente, é feito com cremes ou pomadas vaginais que contém antibióticos, usadas durante uma semana a duas semanas, sem interrupção.

É recomendado que a mulher não tenha relações sexuais durante o tratamento, uma vez que o atrito do pênis com o colo do útero pode agravar o problema.

Em alguns casos, o tratamento inclui uso de antibióticos orais que deve ser tomado pela mulher e também pelo parceiro, pois sendo uma doença sexualmente transmissível, se não tratar as duas pessoas, a mulher pode ter outras infecções mesmo depois de terminar o tratamento.

Em outras situações que a mulher não apresente sintomas, o médico pode considerar não tratar com medicação, pois há chance de auto resolução.

É importante usar a medicação prescrita pelo médico pois cada tipo de colpite tem um tratamento diferente.

Para saber mais sobre colpite, você pode ler:

O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?

O que é colpite e o que pode causar?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.