Os cuidados com a pressão alta na gravidez devem ser bem rigorosos devido à alta prevalência de complicações na nossa população, entretanto variam conforme o caso e os riscos que a hipertensão arterial pode trazer àquela gestação.
Podemos citar entre os principais tipos de tratamentos e medidas:
- Reduzir o ritmo das atividades diárias;
- Incluir mais horários de repouso no dia;
- Controlar a alimentação, diminuindo a ingestão de sal e gorduras;
- Praticar atividades físicas leves, de baixo impacto, como hidroginástica;
- Afastar-se do trabalho, se for muito estressante;
- Uso de medicamentos anti-hipertensivos, nos casos mais complicados;
- Internação hospitalar para repouso e monitoramento da pressão arterial, nos casos refratários ou de difícil controle.
A hipertensão arterial na gravidez ocorre quando os níveis pressóricos apresentam valores iguais ou maiores a 140 x 90 mmHg ("14 por 9"), podendo ser classificada de 4 formas:
- Pré-eclâmpsia (hipertensão específica da gravidez): Quando a pressão alta surge após 20 semanas de gestação e a grávida apresenta perda de proteínas pela urina;
- Hipertensão crônica: Quando é identificada antes da gravidez ou antes da 20ª semana de gestação;
- Pré-eclâmpsia com hipertensão crônica: A gestante já era hipertensa e começou a perder proteínas na urina depois da 20ª semana de gravidez;
- Hipertensão gestacional: Quando a pressão alta se manifesta em qualquer período da gravidez, mas sem os agravantes da pré-eclâmpsia.
A pressão alta durante a gravidez pode trazer sérias complicações para a gestação, interferindo no crescimento fetal, no funcionamento dos rins da mulher, acidente vascular cerebral, hemorragias, entre outros.
Se a hipertensão não for detectada e tratada corretamente, pode evoluir para eclâmpsia e provocar convulsão na gestante, podendo causar a morte da mãe e/ou do bebê.
A hipertensão arterial não controlada, está entre as três principais causas de morte nas gestantes no Brasil, com índices bem acima dos valores aceitáveis mundialmente, por isso precisamos reforçar a importância de um pré-natal ainda mais rigoroso para esses casos, com tratamento e orientações adequadas.
Portanto, grávidas hipertensas devem ser acompanhadas de perto pelo médico obstetra, sendo considerada uma gravidez de risco, cuidando da correta adesão das medicações e mudanças de hábito de vida, visando uma gravidez saudável.
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O Buscoduo é mais seguro e pode ser usado sem medo na gestação, o uso de dipirona na gestação tem uma contra-indicação relativa e não absoluta (pode ser usado, mas com indicação precisa).
Exatamente, oito meses de gestação compreende as semanas 32 até 36. De acordo com o ministério da saúde, os cálculos das semanas de uma gestação são feitos a partir da data da última menstruação, com mais 7 dias completa a primeira semana, depois a cada 4 semanas completa o mês, e assim por diante.
Como calcular a idade gestacional em semanas?A idade gestacional em semanas é dividida da seguinte maneira:
1 mês - 1 a 4 semanas;
2 meses - 5 a 9 semanas;
3 meses - 10 a 13 semanas;
4 meses - 14 a 18 semanas;
5 meses - 19 a 22 semanas;
6 meses - 23 a 27 semanas;
7 meses - 28 a 31 semanas;
8 meses - 32 a 36 semanas;
9 meses - 37 a 43 semanas.
Para maiores esclarecimentos nesse assunto, converse com seu médico ginecologista/obstetra, ele pode auxiliar inclusive nas informações sobre a licença maternidade. Pode orientar quanto ao melhor momento para o afastamento e as formas para adquirir seus direitos, de acordo com cada caso.
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Corrimentos são muitos comuns na gestação, porém o ideal é que seu médico examine você e possa dizer exatamente se é algo para se preocupar ou não.
Algumas mudanças que acontecem no corpo durante a gravidez podem ser visíveis logo nas primeiras semanas de gestação, como mamas inchadas e escurecimento dos mamilos. À medida que a gravidez avança, outras alterações vão surgindo no corpo da gestante.
Veja 11 mudanças que ocorrem no seu corpo durante a gravidez:
- Seios doloridos e inchados: Logo no início da gravidez, as mamas ficam mais sensíveis e inchadas devido às alterações hormonais;
- Escurecimento dos mamilos e aréola: O escurecimento dessas áreas serve para deixar pele mais resistente;
- Inchaço: Durante a gravidez o corpo retém mais líquido e por isso fica mais inchado; além disso, conforme a barriga cresce, o útero começa a pressionar a veia cava, que traz o sangue do corpo para o coração, provocando inchaço em pernas e pés;
- Aparecimento de estrias: Podem surgir no abdômen, seios, coxas, nádegas, quadris, braços e costas; o aparecimento de estrias na gravidez está relacionado com fatores genéticos e ganho de peso durante a gestação;
- Aumento ou queda de cabelo: As alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez podem provocar queda ou aumento da quantidade de cabelos;
- Ganho de peso: Em geral, as mulheres engordam de 9 a 12 Kg durante a gestação; o ideal é que esse ganho de peso não seja maior que 10 Kg;
- Gengiva inchada: Na boca, além de aumento da salivação, ocorre inchaço da gengiva, que pode sangrar;
- Obstrução e sangramento nasal: Como os vasos sanguíneos estão mais dilatados, o nariz pode ficar entupido e sangrar;
- Alteração na curvatura do globo ocular: Essa mudança pode alterar o grau das lentes ou dos óculos, caso a gestante já tenha problemas de visão;
- Aparecimento de espinhas e manchas escuras no rosto: Pode ocorrer aumento da oleosidade da pele, com consequente aparecimento da acne; já as manchas no rosto, também conhecidas como melasmas, podem regredir até um ano depois do parto, embora em alguns casos as áreas com mais pigmentação não desaparecem por completo;
- Alterações no órgão genital: A vulva e o períneo (região entre o ânus e a vagina) costumam ficar mais escuros, a acidez vaginal sofre alteração e há um aumento da lubrificação.
Após a gravidez, grande parte das mudanças que ocorrem no corpo da gestante desaparece espontaneamente ou pode ser revertida com um tratamento adequado.
Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra durante o pré-natal.
Está sentindo provavelmente dor de estômago, muito comum na gravidez, deve procurar um médico para uma avaliação.
O aumento do hormônio progesterona relaxa a musculatura esofágica, o que contribui para sintomas de refluxo gastroesofágico, como a azia e sensação de queimação na região do estômago e do esôfago.
Gases e cólicas na gravidezOutras possíveis causas de dor na barriga, ou seja, dor abdominal na gravidez são a presença de gases ou cólicas intestinais, esses sintomas também ocorrem por causa da ação da progesterona, que também contribui para o relaxamento da musculatura lisa do intestino.
Esse processo faz com que o trânsito intestinal ocorra mais devagar, o que pode levar ao acúmulo de gases intestinais e fezes, os gases quando em excesso provocam dor e levam ao aparecimento de cólicas.
O crescimento do útero a medida que a gravidez avança também contribui para as dores abdominais, já que pode haver uma certa compressão sobre outras estruturas abdominais. O próprio trato gastrointestinal, que se encontra sob a ação da progesterona, pode por conta dessa compressão também ficar ainda mais lento, favorecendo ainda mais os sintomas relatados.
Dor no pé da barrigaA pressão do útero sobre os ligamentos pélvicos provoca o estiramento dos ligamentos e musculatura pélvica e perineal, em algumas mulheres esse processo também pode ser causa de uma dor aguda na região pélvica, no "pé da barriga".
Sim, se a dor ocorrer eventualmente sem grandes repercussões no dia a dia da gestante é normal, já que as diferentes mudanças que ocorrem no organismo da mulher podem levar a ocorrência de dores abdominais e pélvicas em qualquer fase da gestação.
Geralmente, as dores decorrentes do crescimento fetal ou mudanças fisiológicas da gravidez aliviam facilmente com a mudança de postura, ou relaxamento da gestante, e com o decorrer do tempo resolvem-se espontaneamente.
No entanto, dores demasiado persistentes, fortes e intensas, ou que vem acompanhadas de outros sintomas, como sangramento ou febre devem ser avaliadas por um médico.
É possível acontecer a gravidez somente com o líquido lubrificante.
Isso porque, já está comprovada a presença de espermatozoides viáveis para fecundação no líquido pré-ejaculatório (lubrificante) de alguns homens, embora não seja comum, pode acontecer, o que permite engravidar nessa situação.
Outra questão, é que nem sempre o homem tem o controle ou consegue determinar exatamente o momento da ejaculação, o que aumentaria esse risco.
Quando o casal opta por se proteger apenas com a interrupção "antes da ejaculação", chamamos esse método contraceptivo de coito interrompido. O coito interrompido, se caracteriza pela ejaculação fora da vagina, ou seja, durante a relação só aconteceria o contato com o líquido lubrificante do pênis.
Entretanto, pelos motivos apresentados, pode acontecer a gravidez sempre que o único método de prevenção seja o coito interrompido. O ideal é que a mulher se proteja com métodos mais efetivos, como a camisinha. Assim, passa a se proteger quanto ao risco de gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.
Proteções que o coito interrompido não é capaz de oferecer.
Estima-se que essa forma de contracepção seja uma das formas com maior índice de falhas, alcançando 20% ou mais, o que representa que, a cada 5 mulheres que opta por esse método, uma acaba por engravidar.
Para mais esclarecimentos e definição de boas opções para contracepção, fale com seu médico da família ou ginecologista.
Leia também: A prática do coito interrompido tem riscos para a saúde?
Sim. É normal ter dor lombar durante a gravidez.
Durante a gravidez, a mulher passa por várias alterações:
- Hormonais;
- Aumento da sobrecarga muscular e nas articulações;
- Maior elasticidade nas articulações;
- Retenção de líquidos;
- Agravamento da lordose fisiológica.
Essas alterações podem ocasionar a dor lombar constante que a grávida sente. A dor pode variar de intensidade de acordo com as atividades realizadas pela gestante tanto no trabalho quanto nas atividades físicas.
A dor lombar na gravidez pode ser aliviada com a realização de alongamentos, relaxamento, acupuntura, fisioterapia ou uso de analgésico. Evitar pegar ou carregar cargas pesadas, usar sapatos confortáveis, usar travesseiro ou almofada entre os joelhos ao deitar e aplicar compressa morna na região também são outras medidas que trazem conforto.
Converse com o/a médico/a durante as consultas de pré-natal, principalmente quando a dor lombar for de moderada a intensa, pois ele/ela poderá indicar um tratamento personalizado para o seu caso.
Faça o que seu médico disse para fazer, siga a receita do seu médico, pode tomar esses remédios na gravidez. Tanto a cefalexina quanto o paracetamol são medicamentos seguros para serem tomados durante a gravidez, portanto, pode realizar o tratamento conforme as orientações médicas sem preocupação.
A cefalexina é um antibiótico usado para o tratamento de infecção urinária e outras infecções. Na classificação utilizada de risco de uso de medicamentos na gravidez a cefalexina é de categoria B, isso significa que foram feitos teste em animais que não mostraram riscos do uso do medicamento, embora não tenham sido feito testes em humanos.
Remédios da categoria B são possíveis de serem usados durante a gravidez, contudo apenas sob prescrição e orientação médica.
O paracetamol é um analgésico e antitérmico também de categoria B na gravidez, portanto, também pode ser utilizado sem grandes riscos desde que sob supervisão médica.
Quais são as categorias de risco de uso de medicamentos na gestação?De modo a orientar melhor a prescrição de medicamentos durante a gravidez a agência americana Food and Drug Administration (FDA) criou uma classificação para os fármacos, quanto aos seus efeitos durante a gestação. São cinco categorias A,B,C,D e X.
Categoria AEstes medicamentos são considerados seguros durante a gestação, porque foram feitos estudos com gestantes e não ficou demonstrado risco do seu uso durante a gestação.
Categoria BEstes medicamentos são seguros, mas devem ser usados somente sob orientação e supervisão médica, pois foram feitos estudos que não demonstraram riscos, mas a apenas em animais.
Categoria CEstes medicamentos devem ser usados apenas quando os benefícios superarem os possíveis riscos, isto porque são medicamentos que não foram estudados adequadamente em gestantes, ou foram estudados em animais e apresentaram riscos, mas os mesmos testes não foram feitos em gravidas.
Categoria DSão comumente contraindicados na gestação, já que foram feitos estudos e ficou claramente demonstrado risco para o feto, mas podem ser usados se de fatos os benefícios superarem os riscos.
Categoria XSão totalmente contraindicados na gestação, já que as pesquisas realizadas tanto em animais quanto em humanos mostraram alterações fetais.
Durante a gravidez evite tomar medicações sem orientação médica, procure o seu médico de família ou obstetra para mais esclarecimentos.
A dor na dobra entre a coxa e o corpo, na articulação do quadril e na região abaixo do pé da barriga é comum durante a gravidez. É a região da virilha. Apesar de ser comum, ela pode trazer desconforto e dificultar suas tarefas diárias, atrapalhar seu sono e sua vida sexual. Em uma parte das mulheres, ela pode persistir por algum tempo após o parto.
O mais comum é que a dor apareça e aumente à medida que as mudanças no corpo durante a gravidez são mais visíveis (como o aumento do peso, da mãe e do bebê). Mas ela pode ter outras causas que podem ser um sinal de alerta, principalmente quando aparece mais para o início da gravidez.
Veja quais são as possíveis causas da dor na virilha durante a gravidez:
Quando a dor na virilha aparece até a 26.ª semana de gravidezA dor na virilha durante os dois primeiros trimestres da gravidez pode ser causada por:
Infecção urináriaOs sintomas mais comuns na infecção urinária são urgência e dor para fazer xixi. Nos casos mais graves, a dor na virilha aparece e pode ser acompanhada de calafrios e febre. Procure um médico com urgência.
As infecções urinárias são comuns nas mulheres grávidas. Se não forem tratadas, podem trazer riscos para a gestação. Se sentir ardor ou dor para urinar, fale com seu médico.
Um exame de urina é suficiente para detectar a infecção. O tratamento é feito com antibióticos. Beber quantidade suficiente de água ajuda a evitar e a eliminar a infecção.
Pedras nos rinsSe a dor aparece quando você caminha e for parecida com uma câimbra, pode ser sinal de pedra no rim. Em alguns casos, ela pode ser mais intensa e continua. Normalmente aparece apenas em um dos lados do corpo.
Apesar de não ser um problema de saúde comum na gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre da gravidez (entre a 14.ª e a 26.ª semanas de gestação) as gestantes têm um risco maior de ter os sintomas de pedras no rim.
A dor aparece na região do quadril, abaixo das costelas e nas costas, e irradia para a virilha e para o pé da barriga. É importante falar com seu médico para confirmar se a causa da dor é pedra no rim. A pedra pode trazer problemas para seu rim e, em alguns casos, pode causar infecção urinária e trazer riscos para a gravidez.
Um exame de urina, além de uma ultrassonografia ou uma ressonância, são os exames que o médico pode pedir. Eles não são perigosos para o seu bebê.
A maior parte das pedras sai espontaneamente durante a gravidez. Beber bastante líquido ajuda nesse processo. Dê preferência à água.
Gravidez ectópicaQuando a dor é mais intensa e acompanhada de outros sintomas, procure um médico com urgência. Ela pode aparecer devido a uma gravidez ectópica.
Nesse caso, sangramento vaginal é o outro sinal que acompanha a dor em um dos lados da barriga, que pode irradiar para a virilha e para o pé da barriga. Normalmente acontece entre 6 e 8 semanas de gestação.
Alguns fatores que aumentam o risco dessa complicação são:
- Gravidez ectópica anterior
- Cirurgias ginecológicas
- Infecções e inflamações
- Uso de DIU
Ele se apresenta com sangramento vaginal, dor abdominal e / ou nas costas e contrações uterinas. É mais frequente entre a 24.ª e a 26.ª semana de gestação, embora o descolamento prematuro da placenta possa ocorrer a qualquer momento. Se tiver esses sintomas, procure seu médico com urgência.
Quando a dor na virilha aparece a partir da 27.ª semana de gravidezO mais comum no terceiro trimestre de gravidez é que a dor na virilha seja resultado das alterações no corpo da mulher, principalmente devido ao aumento do peso da mãe e do bebê. Por isso, podem começar um pouco antes da 27.ª semana, principalmente se você está grávida de gêmeos.
É frequente que a dor na virilha com essa causa apareça no trimestre final da gestação. Nesse caso, ela pode piorar ao andar, ao abrir as pernas, no fim do dia e depois de algum esforço físico. Ela pode aumentar quando a gestação já está a termo (entre a 37.ª e a 40.ª semanas), quando o peso do bebê e o da mãe atingem seu valor máximo.
A crença de que o certo é descansar durante a gravidez leva muitas mulheres a diminuir ou parar de praticar qualquer atividade física. Manter a atividade física ajuda a diminuir a intensidade da dor na virilha que aparece nesse período. Também ajuda a diminuir a dor no período pós-parto. Por isso, só pare de se exercitar se o seu médico pedir repouso devido a alguma condição especial.
Os exercícios mais indicados são:
- Caminhadas em locais mais planos e com sapatos confortáveis
- Hidroginástica
- Ioga
- Treinamento aeróbico e de força supervisionado (principalmente os exercícios que trabalham o fortalecimento da região da virilha)
Eles ajudam a evitar outros problemas que podem surgir durante e depois da gravidez, como a incontinência urinária (não conseguir segurar o xixi), a depressão, excesso de peso e diabetes. É indicado que sejam realizados diariamente ou ao menos uma vez por semana.
Artrose ou bursite de quadril (desgaste ou inflamação da articulação entre a bacia e a coxa) também podem ser mais comuns no período final da gravidez. Fisioterapia e o uso de um tipo de cinta elástica abaixo da barriga podem ser benéficos.
Outras causas de dor na virilha durante a gravidezA dor na virilha pode ter outras causas, como:
- Apendicite (inflamação / infecção do apêndice, que causa dor no lado direito da barriga e virilha)
- Íngua (é o aumento dos gânglios linfáticos, que acontece devido a alguma infecção)
- inflamação dos intestinos (colites e doença de Crohn são exemplos)
Não têm um período certo da gestação em que há maior risco de apendicite, íngua e inflamação nos intestinos.
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Referências:
Líška D, Záhumenský J. Benefits of exercise in the prenatal and postnatal period. Czech Gynaecology. 2020; 85(4): 288-292
UpToDate. Kidney stones in adults: Kidney stones during pregnancy
UpToDate. Evaluation of acute pelvic pain in the adolescent female
Depende. Segundo estudos e o próprio fabricante do antibiótico norfloxacino®, a medicação deve ser evitada na gravidez, porque sua categoria de risco é de classe C, o que significa que a segurança do uso de norfloxacino® em grávidas não foi estabelecida e, consequentemente, os benefícios do tratamento devem ser avaliados com muita cautela, por elevado risco de efeitos colaterais para mãe e bebê.
O norfloxacino® foi detectado no sangue do cordão umbilical e no líquido amniótico, sendo assim, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista, especialmente se o uso for dentro do primeiro trimestre.
Embora seja um antibiótico amplamente utilizado para tratamento de infecção urinária com bons resultados, possui contraindicações e precauções que precisam ser avaliados. Dentre as principais precauções podemos citar a gestação, epilepsia e miastenia gravis.
Na gestante, como citado acima, o uso de norfloxacino® pode resultar em malformação fetal, devido a passagem da substância pela placenta, sendo uma contraindicação relativa. Os riscos e benefícios precisam ser avaliados pelo médico ginecologista assistente.
No caso de pessoas portadoras de epilepsia ou que já apresentaram crises convulsivas, o antibiótico aumenta o risco de nova crise. Por isso o mais recomendado é que dentro do possível, seja avaliado a possibilidade de um antibiótico de outra família que não as quinolonas.
Para pacientes sabidamente portadores de miastenia gravis, o norfloxacino® deve ser evitada, pois reduz a atividade muscular, podendo ser fatal para portadores da doença. Sendo mais uma contraindicação relativa ao antibiótico, e dependendo da fase da doença, uma contraindicação absoluta.
Vale ressaltar que o período de maior risco, na ingesta de medicamentos durante a gravidez, são os três primeiros meses, porém todas as fases da gravidez podem ser afetadas pelo consumo de fármacos.
Converse sempre com seu médico ginecologista/obstetra, antes de fazer uso de qualquer medicação. Ele é o responsável pelas devidas orientações e acompanhamento da gestação.
O que são as categorias de risco na gravidez?As categorias de risco na gravidez, são classificações definidas para medir o risco potencial para a gestante e o feto, ao utilizar determinada medicação. Através de estudos clínicos, foram elaboradas as classificações de risco, que podem variar entre os países.
No Brasil seguimos basicamente a classificação determinada pela FDA (Food and Drug Administration), aonde utilizam as letras A, B, C, D e X.
Categoria de risco A significa que não há evidência de risco em mulheres, são as medicações liberadas para uso em gestante, com segurança.
Categoria de risco B significa que não existem estudos adequados em mulheres, e foram observados efeitos colaterais em animais, não sendo comprovados nas mulheres.
Categoria de risco C, como a medicação em questão, o norfloxacino, significa que não existem estudos adequados em mulheres, porém em estudos animais houveram alguns efeitos colaterais no feto. Entretanto, são da mesma maneira, medicações que se os benefícios forem superiores ao risco, podem ser feitas com acompanhamento médico. Cabe ao médico definir a relação de risco e benefício.
Categoria de risco D são aquelas que demostraram evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o alto risco, por exemplo em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras.
Categoria de risco X são medicamentos com malformações fetais comprovadamente, não devem ser utilizadas de maneira alguma.
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A maior probabilidade é que o bebê seja do seu namorado, devido ao período em que mantiveram relação. Entretanto, a única forma de confirmar a paternidade, é mesmo através do exame de DNA, que garante um resultado com 99,99% de certeza, e pode ser realizado mesmo sem pedido médico.
De qualquer forma, para estimar o dia mais provável da gravidez, podemos calcular o período fértil, que se faz contando 14 ou 15 dias após a data do primeiro dia da última menstruação.
No seu caso, o dia 15 de dezembro, então com mais 14 = 29 de dezembro. Com uma margem de segurança de mais três dias antes e três dias depois, o seu período fértil foi do dia 26 de dezembro até o dia 2 de janeiro, com o dia 29 sendo o mais fértil, ou seja, maior chance de engravidar, justamente a semana em que esteve com seu namorado, mantendo um método com alto índice de falhas, o coito interrompido.
Já as relações próximas à data da menstruação não oferecem grande risco, aliás é bastante raro a gravidez nessa fase do ciclo.
Portanto, de acordo com o seu relato, a maior probabilidade é da gravidez ter ocorrido com o seu namorado.
Vale ressaltar, que o cálculo para mulheres com ciclos irregulares é um pouco mais complicado, mas também é possível de ser feito, saiba mais no link: Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?
Para maiores esclarecimentos, procure seu médico ginecologista, com quem deverá fazer o acompanhamento de pré-natal.
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