Os principais sintomas de um ouvido inflamado ou infeccionado são: dor intensa, diminuição da audição, inchaço do canal auditivo, febre, agitação, perda de apetite, tontura e vertigem. Se ocorrer perfuração do tímpano, pode haver secreção no ouvido de odor desagradável.
Em crianças e bebês, uma inflamação ou infecção no ouvido pode causar também irritabilidade, choro fácil, apatia, falta de apetite, vômitos, diarreia, obstrução e corrimento nasal.
A diminuição da audição ocorre principalmente devido ao inchaço e consequente fechamento do canal auditivo. Também é comum a sensação de ouvido tapado ou de pressão no ouvido.
As inflamações e infecções no ouvido, conhecidas como otites, são as principais causas de dor de ouvido. De acordo com a localização, a otite pode ser média (interna) ou externa.
Na otite média, a produção de muco é maior, com acúmulo de líquido no ouvido. O tímpano fica inchado e avermelhado. As mucosas do nariz também ficam inchadas.
No caso da otite serosa, que caracteriza-se pelo acúmulo de líquido por trás do tímpano, pode haver evolução para otite crônica, o que pode prejudicar a audição a longo prazo. Eventualmente pode ser necessário realizar cirurgias que auxiliem no tratamento da otite serosa.
Uma otite serosa sem tratamento pode levar à surdez definitiva se não for devidamente tratada.
Uma das complicações mais comuns do ouvido inflamado, dependendo da localização da inflamação, é a perfuração do tímpano. Nesses casos, ocorre saída de secreção clara, com pus ou sangue, pelo ouvido. Quando isso acontece, costuma haver uma melhora instantânea da dor e da audição.
O ouvido pode ficar inflamado ou infeccionado após gripes, infecções de garganta e doenças respiratórias, já que a garganta, as vias respiratórias e os ouvidos estão interligados.
O acúmulo de água no ouvido também pode causar infecções e deixar o ouvido inflamado.
As inflamações na parte mais externa do ouvido (otite externa) também podem ser causadas por traumatismos provocados por cotonete ou outros objetos.
Na otite externa, a inflamação ou infecção acomete a pele do canal auditivo. A maioria dos casos é causada por bactérias. Já a otite média está mais associada a infecções das vias aéreas superiores e pode levar a complicações.
Pessoas que têm alergias, psoríase, dermatite seborreica ou eczema apresentam mais chances de desenvolver otite externa, bem como aquelas que produzem pouca cera no ouvido ou têm a pele mais fina.
O uso de tampões ou aparelhos auditivos também pode causar infecções bacterianas nos ouvidos, principalmente se não forem devidamente limpos ou secos.
Qual é o tratamento para ouvido inflamado?O tratamento do ouvido inflamado é feito com remédios analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos de infecção causada por bactérias, podem ser utilizados antibióticos. A medicação pode ser de uso tópico (gotas ou pomadas) ou administrada por via oral, conforme o tipo de otite.
Procure o médico de família, ou clínico geral ou o pediatra em casos de sintomas sugestivos de otite. Em casos de complicações pode ser necessário a avaliação de um otorrinolaringologista.
Em geral, a foliculite resolve-se espontaneamente sem necessidade de um tratamento específico. Porém, algumas medidas podem aliviar a dor e o incômodo como aplicar compressas mornas no local da inflamação, além de evitar depilação e raspagem dos pelos.
Caso a foliculite fique persistente ou se agrave, pode ser indicado o uso de pomadas contendo antibiótico ou drenagem para eliminação do pus. Em alguns casos, também podem ser usados medicamentos antibióticos por via oral, além de corticoidees orais ou em pomada.
Na maioria dos casos, a foliculite é leve e cura-se espontaneamente. O tratamento é necessário nos casos mais graves e persistentes, ou ainda quando a foliculite torna-se recorrente. O tratamento nesses casos depende do tipo e da gravidade da infeção.
Se a foliculite evoluir e formar furúnculos, pode ser necessário realizar uma drenagem cirúrgica para eliminar o pus, diminuir a dor e acelerar a cura da infecção.
Caso a foliculite provoque coceira intensa, a aplicação de água morna ajuda a aliviar o desconforto. Também podem ser prescritos medicamentos específicos para acalmar o prurido.
O que é foliculite?Foliculite é uma infecção bacteriana superficial do folículo capilar ou piloso. Por isso, em qualquer região do corpo que contenha pelo, a foliculite pode acontecer, apesar de ser mais frequente em regiões submetidas à depilação ou raspagem frequente como barba, axilas, virilha e coxas.
Quais os sinais e sintomas da foliculite?A foliculite caracteriza-se pela formação de pequenas espinhas com a extremidade branca ao redor de um pelo. A infecção pode ser superficial ou profunda.
A foliculite superficial atinge somente a porção superior do pelo e se manifesta pela formação de espinhas vermelhas pequenas que podem ou não conter pus. O local fica avermelhado, dolorido e mais quente. Também pode haver coceira e aumento da sensibilidade no local.
A foliculite profunda atinge camadas mais profundas da pele e pode levar à formação de furúnculos. Nesses casos, as lesões são semelhantes a grandes espinhas elevadas, com pus amarelo no centro. Atinge uma área maior de pele, que fica vermelha e dolorida. Também pode haver coceira e a dor pode ser intensa.
A foliculite profunda pode deixar cicatrizes e provocar a destruição permanente do pelo ou cabelo.
O diagnóstico e tratamento da foliculite é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral ou dermatologista.
Saiba mais em: O que é um furúnculo e como se forma?
Quando o resultado do papanicolau diz que existe inflamação com reparo típico, isso quer dizer que o processo inflamatório está sendo resolvido pelo corpo. Isso porque geralmente a fase final do processo inflamatório é o reparo. Quando o reparo é típico, quer dizer que ele é normal - as alterações celulares são benignas. Por isso, não existe motivo para se preocupar quando o resultado do papanicolau é esse.
A inflamação identificada no papanicolau pode ser causada por vários fatores, tais como:
- Agentes físicos - como relações sexuais, traumas e outros agentes mecânicos;
- Agentes químicos, como medicamentos;
- Acidez vaginal;
- Alterações em decorrência do uso do DIU;
- Alergias.
Caso tenha mais dúvidas sobre o resultado do seu exame, converse com seu ginecologista. Ele é o profissional capaz de dizer o que precisa ser feito em cada caso.
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Referência:
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos cervicais / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância, Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Inca, 2012.
Prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir líquidos liberados durante a ejaculação. Os principais sintomas da prostatite são a dor e a dificuldade para urinar. Porém, a prostatite pode ser aguda ou crônica e cada uma delas apresenta um conjunto de sintomas diferentes.
Os sintomas da prostatite aguda são intensos e geralmente se manifestam de forma súbita. Por outro lado, na prostatite crônica os sintomas podem ser leves, intermitentes (vão e voltam) e surgir subitamente ou aos poucos, ao longo de semanas ou meses.
Quais são os sintomas da prostatite?Sintomas de prostatite agudaNa prostatite aguda, o paciente pode ter:
- Febre;
- Calafrios;
- Dor ao urinar;
- Urina concentrada e turva;
- Dor muscular;
- Dor na região genital.
Na prostatite crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma, enquanto outros podem ter:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Dificuldade para começar a urinar;
- Jato de urina mais fraco que o normal ou com interrupções;
- Aumento do número de micções, inclusive durante a noite;
- Sensação de que a bexiga não esvazia completamente depois da micção;
- Dor ou desconforto na porção inferior da coluna lombar, na região entre o ânus e o saco escrotal, na parte inferior do abdômen ou nas virilhas;
- Urgência para urinar;
- Dor ou leve desconforto ao ejacular ou após a ejaculação;
- Diminuição do volume de urina;
- Dor na região genital ou no pênis;
- Febre baixa.
Na maioria das vezes, a prostatite aguda é causada por bactérias. A infecção pode ter início quando bactérias que estão na urina ou no intestino chegam à próstata. Quando o tratamento com antibióticos não é suficiente para eliminar todas as bactérias e a infecção torna-se recorrente ou difícil de tratar, a prostatite é considerada crônica.
Além das infecções bacterianas, a próstata também pode ficar inflamada em casos de imunidade baixa, distúrbios do sistema nervoso e lesões na próstata ou na área ao redor. A prostatite também pode ter causa desconhecida.
Os fatores de risco para desenvolver prostatite incluem infecção urinária recente, episódio anterior de prostatite, uso de cateter, realização de cistoscopia (exame do interior da bexiga), infecções sexualmente transmissíveis e lesões causadas ao andar de bicicleta ou a cavalo.
Prostatite tem cura? Qual é o tratamento?Prostatite tem cura. Contudo, a prostatite bacteriana crônica pode ser difícil de tratar e, mesmo após o tratamento, o risco da infecção voltar a aparecer é alto. O tratamento da prostatite é feito com medicamentos antibióticos, analgésicos e laxantes.
Os antibióticos normalmente são usados durante 4 semanas e são específicos para a bactéria que causou a infecção. Os analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou outros de ação mais forte, servem para controlar a dor e a febre. Já os laxantes são usados para amolecer as fezes e aliviar a dor causada pela passagem do bolo fecal pelo intestino.
Os casos de prostatite aguda normalmente são curados com o tratamento adequado com antibióticos. Porém, é muito importante seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas e para que a prostatite não se torne crônica.
O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da prostatite.
Até pode, apesar que o ideal seria você tomar apenas um que servisse para os dois problemas, mas como deve estar tomando um e agora vai começar o outro o jeito é tomar pá dois mesmo. Importante: desde que você tenha receita dos remédios, jamais tome antibióticos ou qualquer outro medicamento sem receita médica.
DIP é a abreviação de Doença Inflamatória Pélvica. Trata-se de uma infecção dos órgãos reprodutores da mulher. Em geral, a DIP ocorre após a propagação de micro-organismos (sobretudo bactérias) oriundos da vagina, uretra ou colo do útero, que podem se disseminar para as trompas e para os ovários.
A doença inflamatória pélvica pode ser causada por muitos tipos de bactérias. Contudo, as principais causas da DIP são as infecções por gonorreia ou clamídia, que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Em casos menos comuns, a DIP pode ser causada por bactérias que penetram no aparelho reprodutor através de irritações provocadas no colo do útero, que serve de barreira natural contra esses micro-organismos. A doença inflamatória pélvica nesses casos pode ser consequência de parto ou aborto.
Quais são os sintomas da DIP?Os sintomas da DIP podem variar de mulher para mulher, mas a dor abdominal no baixo ventre ou na pelve está sempre presente. Outros sinais e sintomas podem incluir febre, dor ao urinar ou defecar, dor na região inferior das costas, corrimento vaginal com odor desagradável, dor durante a relação sexual, sangramento vaginal (principalmente durante ou após relação sexual) náuseas e vômitos.
Quais os fatores de risco da DIP?Existem diversos fatores que podem aumentar o risco de DIP, tais como:
- Vida sexual ativa antes dos 25 anos de idade;
- Ter vários parceiros sexuais;
- Relações sexuais desprotegidas;
- Realização frequente de ducha vaginal;
- História prévia de DIP ou infecção sexualmente transmissível;
O tratamento da doença inflamatória pélvica inclui repouso, uso de medicamentos analgésicos e antibióticos e retirada do DIU (se for o caso, pois acelera a cura da DIP). Se houver abscesso nas trompas, no ovário ou na pelve, pode ser necessário realizar a drenagem do mesmo.
O tratamento com antibióticos dura no mínimo 14 dias. Mesmo após o final do tratamento, é necessário realizar um acompanhamento para avaliar a presença de sintomas e bactérias durante um período de 4 a 6 semanas.
No início do tratamento da doença inflamatória pélvica, a administração dos medicamentos é feita através de injeções intramusculares ou endovenosas. Assim que a mulher apresentar uma melhora dos sintomas (ausência de febre e diminuição da dor), os medicamentos podem passar a ser administrados por via oral.
A cura clínica da DIP, ou seja, a erradicação completa dos sintomas ocorre em cerca de 90% dos casos. Já as taxas de cura microbiológica, ou seja, a eliminação das bactérias ou dos outros micro-organismos infecciosos que causam DIP, podem chegar a 100%.
Sem tratamento, a doença inflamatória pélvica pode causar cicatrizes nas trompas e em outros órgãos da pelve, abscessos (coleções de pus) nas trompas e nos ovários, gravidez ectópica (gestação fora do útero), infertilidade e dor pélvica crônica.
Na presença de sinais e sintomas de DIP, é importante procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada.
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A Benzetacil é apenas uma das opções de tratamento de infecção de garganta entre outras que existem. Outros antibióticos comumente utilizados são: a amoxicilina, a azitromicina, a claritromicina, eritromicina, clindamicina ou a cefalexina.
A escolha irá depender da bactéria causadora da faringite bacteriana, na maioria dos casos, os estreptococos beta-hemolítico do grupo A, e também da gravidade da infecção.
Vantagens e desvantagens do tratamento oralOs antibióticos orais usados no tratamento das faringites bacterianas possuem a vantagem de serem facilmente tomados, não requerem a aplicação de uma injeção que costuma ser demasiadamente dolorosa e não apresentam riscos secundários a esse método de administração medicamentosa.
Por outro lado, geralmente o tratamento com medicamentos via oral dura mais dias, cerca de 5 a 10 dias, enquanto que com a injeção de penicilina benzatina (Benzetacil) a aplicação é de uma única injeção, uma única vez.
No tratamento com antibioticoterapia via oral é essencial que o tempo de uso do medicamento seja respeitado, só assim é possível diminuir o risco de transmissão e a ocorrência de complicações, como a febre reumática.
Em relação a eficácia sabe-se que para o tratamento da faringite estreptocócica tanto o tratamento com a injeção dose única de penicilina benzatina, quanto o uso de amoxicilina por 10 dias são igualmente eficazes.
A escolha do tratamento deve levar em conta a custo-efetividade, a segurança do método e a facilidade de adesão.
Alergia a penicilinaPara pessoas que apresentam alergia a penicilina está recomendado o tratamento com antibióticos do grupo das cefalosporinas (cefalexina e cefadroxil) ou com a eritromicina ou claritromicina.
Para mais esclarecimentos sobre o tratamento da faringite bacteriana, converse com o seu médico de família ou clínico geral.
Nos casos menos severos, a miocardite pode não manifestar sinais e sintomas e geralmente cura-se espontaneamente. Os sintomas nesses casos podem ser semelhantes aos de uma gripe. Contudo, se o quadro for grave, pode haver
- Dor no peito, falta de ar, respiração ofegante;
- Alteração no ritmo dos batimentos cardíacos;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Inchaço nos membros inferiores e nas articulações;
- Palidez, mãos e pés frios (sinal de má circulação);
- Cansaço, aumento do fígado;
- Desmaios (geralmente relacionados a ritmos cardíacos irregulares);
- Pouca produção de urina, dor de cabeça e garganta;
- Dores musculares e articulares;
- Erupções cutâneas, febre e diarreia.
O diagnóstico da miocardite é feito por meio de exames de sangue, eletrocardiograma, raio-x, ressonância magnética e ecocardiograma.
O eletrocardiograma serve para identificar ritmos cardíacos anormais e a condução dos impulsos elétricos do coração. O raio-x de tórax e a ressonância magnética fornecem imagens sobre a forma e o tamanho do coração, bem como a presença de edema pulmonar.
O ecocardiograma identifica aumentos de tamanho do coração, alterações nas funções cardíacas, anomalias ou lesões nas válvulas cardíacas e ainda a presença de líquido ao redor do coração.
Uma biópsia cardíaca é a maneira mais precisa de confirmar o diagnóstico da miocardite, mas raramente está indicada. Além disso, uma biópsia cardíaca pode não revelar o diagnóstico se o agente infeccioso não estiver presente no pequeno pedaço de tecido cardíaco que é removido para ser analisado, além de ser um procedimento de risco.
Qual é o tratamento para miocardite?O tratamento da miocardite incide sobre a causa da doença, controle dos sintomas e prevenção de complicações. O tratamento inclui medicamentos que melhoram a função cardíaca, bem como outras medidas preconizadas para o tratamento da insuficiência cardíaca. Ritmos cardíacos anormais podem exigir o uso de medicamentos que ajudam a controlar o ritmo cardíaco.
Em caso de formação de coágulo sanguíneo em uma câmara cardíaca, são usados medicamentos anticoagulantes.
Podem ser indicados ainda antibióticos para combater infecções bacterianas, medicamentos anti-inflamatórios para reduzir o inchaço no coração, imunoglobulina intravenosa (medicamento feito com anticorpos) para controlar o processo inflamatório, diuréticos para remover o excesso de água do corpo.
Além de recomendações gerais como ingestão de dieta com pouco sal e evitar esforço físico.
Nos casos mais graves de miocardite, em que há complicações como trombose ou fortes alterações no ritmo cardíaco, o tratamento é hospitalar, podendo ser necessário implantar um marcapasso no coração se o ritmo permanecer anormal.
A miocardite causada por infecções virais tende a desaparecer espontaneamente em poucas semanas e não causa complicações. Por outro lado, em alguns casos a inflamação pode persistir por mais tempo, principalmente se a infecção não for causada por vírus.
O processo inflamatório persistente pode gerar danos permanentes no músculo cardíaco, com necessidade de uso de medicação durante um tempo prolongado ou até de transplante de coração, nos casos extremos, quando o miocárdio está muito fraco para funcionar e incapaz de bombear adequadamente o sangue.
O que é miocardite?A miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco, chamado miocárdio. Trata-se de um distúrbio pouco frequente, quase sempre causado por uma infecção que afeta o coração.
Quando há uma infecção no corpo, o sistema imunológico produz células específicas para combater a doença. Se a infecção afeta o coração, as células e substâncias que combatem a doença entram no órgão.
No entanto, esse processo pode levar a um processo inflamatório no coração, ocasionando mudanças estruturais, o coração pode tornar-se incapaz de bombear adequadamente o sangue para o resto do corpo.
Uma vez que o miocárdio está fraco, ele aumenta de volume. Trata-se de uma resposta do músculo cardíaco para poder suportar a pressão dentro do coração.
Miocardite tem cura?Miocardite tem cura. Em geral, a pessoa fica curada quando a infecção é completamente erradicada. Porém, a melhora clínica pode variar, dependendo da causa da infecção e do estado de saúde geral do indivíduo.
Algumas pessoas com miocardite podem se recuperar completamente. Outras podem sofrer de insuficiência cardíaca permanente. As complicações da miocardite podem incluir cardiomiopatia, insuficiência cardíaca e pericardite.
Quais as causas de miocardite?Muitos casos de miocardite são causados por vírus que atingem o coração, como influenza, coxsackie, parvovírus, citomegalovírus, adenovírus, entre outros. Também pode ser causada por infecções bacterianas, como doença de Lyme, infecção por estreptococos, micoplasma e clamídia .
Outras causas de miocardite podem incluir:
- Reações alérgicas a certas medicações, como medicamentos quimioterápicos;
- Exposição a produtos químicos ambientais, como metais pesados;
- Infecções por fungos ou parasitas;
- Radiação;
- Distúrbios autoimunes que causam inflamação em todo o corpo;
Às vezes, a causa exata da miocardite pode não ser descoberta.
O médico cardiologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da miocardite.
Uretrite é uma inflamação ou infecção da uretra, que é o canal que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo. A maioria dos casos de uretrite é causada por infecções pelas bactérias clamídia, gonococo (uretrite gonocócica) e E. coli. A infecção na uretra também pode ter como causas vírus, fungos e protozoários.
A uretrite também pode ocorrer devido a hábitos de higiene inadequados, traumatismos, cirurgias, introdução de objetos na uretra e uso de cateter por tempo prolongado.
Também é possível que a inflamação seja provocada por irritação da uretra causada pelo preservativo ou pelo espermicida presente no mesmo, uso de cremes, produtos de higiene e outras substâncias irritantes.
Em casos mais raros, pode estar relacionada com tumores ou condiloma (verrugas genitais) dentro da uretra.
A infecção é muito mais comum nas mulheres. Isso acontece devido à proximidade da uretra com o ânus, o que favorece a entrada de bactérias que habitam o intestino, como a E. coli. Essa bactéria é responsável por cerca de 80% das infecções urinárias.
Quais as causas da uretrite gonocócica e não gonocócica?As uretrites infecciosas, ou seja, causadas por bactérias, vírus, fungos e outros parasitas, dependendo do germe causar da doença, podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Nesses casos, são classificadas como gonocócica e não gonocócica.
A uretrite gonocócica é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. As uretrites não gonocócicas podem ser causadas por Clamídia, Candida, Trichomonas vaginalis, entre outros micro-organismos.
A prevenção dessas infecções, portanto, pode ser feita através do uso de preservativos.
Quais são os sintomas da uretrite?Os principais sintomas da uretrite, em homens e mulheres, incluem:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Aumento do número de micções;
- Vontade urgente de urinar;
- Corrimento saindo pela uretra;
- Presença de sangue na urina;
- Dor durante a relação sexual.
No homem, a uretrite pode casar ainda dor nos testículos, dor durante a ejaculação, presença de sangue no esperma, coceira, irritação ou inchaço na extremidade do pênis.
Na mulher, os sintomas da uretrite podem incluir dor na região inferior do abdômen (baixo ventre ou “pé da barriga”), febre, calafrios e dor pélvica.
Sem tratamento, a infecção que originou a uretrite pode chegar a outros órgãos, tais como testículos, epidídimo, próstata, bexiga e rins. Nas mulheres a infecção pode provocar doença inflamatória pélvica (DIP). Tanto no homem como na mulher, a uretrite de causa infecciosa não tratada pode levar à infertilidade.
Qual é o tratamento para uretrite?O tratamento da uretrite geralmente é feito com antibióticos, uma vez que a maioria dos casos é originado por infecções bacterianas. Os mais usados são a azitromicina® e a ceftriaxona®. Também podem ser indicados medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos, anti-inflamatórios e antissépticos da via urinária.
Se a uretrite for causada pelo protozoário Trichomonas, normalmente são indicados os antimicrobianos metronidazol® ou tinidazol®. Já as infecções causadas por vírus costumam ser tratadas com aciclovir® ou valaciclovir®.
Da mesma forma que o paciente que recebe o diagnóstico, é fundamental que o/a parceiro/a receba o tratamento para não voltar a transmitir a doença e prevenir recorrência da doença.
O/A médico/a urologista ou ginecologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a uretrite.
Leia também: Uretrite: Quais os sintomas e possíveis complicações?
Significa a presença de uma inflamação intensa, uma reação intensa do corpo, contra alguma agressão ao organismo.
O que é a inflamação?Inflamação, ou processo inflamatório, é uma resposta de defesa do organismo, contra uma agressão. Essa agressão pode ser um trauma, uma reação alérgica, uma infecção ou doenças crônicas reumatológicas ou autoimunes.
O que é inflamação intensa?Com o objetivo de unificar os termos e auxiliar no conhecimento de doenças, é muito comum na medicina, as classificações de doenças ou respostas do organismo.
Com o processo inflamatório não é diferente, ele pode ser classificado de acordo com a sua gravidade, em leve, moderada ou intensa. Na reação leve, é observada uma resposta inflamatória mais branda, sem muitos sintomas; na moderada, já é observado uma resposta mais evidente e quando descrito como reação inflamatória intensa, indica uma resposta exacerbada do organismo.
A inflamação pode ser classificada ainda de acordo com o tempo de início, sendo agudo ou crônico. Agudo, início abrupto, por exemplo após um acidente; e crônico, para os casos de instalação lenta e insidiosa, durando meses, como nas doenças reumáticas.
E todos esses fatores, auxiliam para a definição da causa e para a melhor opção de tratamento.
Quais são os sintomas de uma inflamação?Os sintomas típicos são:
- Vermelhidão (ou rubor),
- Calor local,
- Edema,
- Dor e
- Diminuição da sensibilidade (dependendo da localização).
Isso acontece porque, quando ocorre uma "agressão" ao organismo, o sistema de defesa aumenta o fluxo de sangue e a permeabilidade capilar naquele local, para que as células de defesa cheguem até lá com mais facilidade. Esse aumento de volume de sangue e células, gera os sinais de vermelhidão, calor e o edema local. Depois, dependendo do grau de reação inflamatória, e volume de líquidos na região, pode haver compressão das terminações nervosas, causando a dor e a redução da sensibilidade.
Após o controle desse processo, o organismo se recompõe, sem deixar sequelas, na grande maioria das vezes.
A reação inflamatória que ocorre em tecidos internos, como no colo do útero, por exemplo, é avaliada de outras formas pelo médico especialista, o ginecologista e o patologista, quando analisa a lâmina de preventivo enviada.
Qual é o tratamento para uma reação inflamatória?O tratamento para cada tipo de reação inflamatória, vai depender da localização, do grau de inflamação e da provável causa para esse processo.
Algumas vezes a reação tem cura espontânea, outras é necessário tomar medicamentos anti-inflamatórios, associados ou não a antibióticos.
Portanto, recomendamos que leve o resultado do exame onde descreve essa alteração, para o médico que o solicitou, o qual saberá dar seguimento ao seu tratamento e orientações.
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Pela sua descrição as características são de um nódulo inflamatório (abcesso que se resolveu é o mais provável), como o material não foi secretado ele permaneceu na forma de um cisto ou nódulo, o ideal é você ir ao médico, porque mesmo sendo benigno (maior probabilidade) ele pode voltar a incomodar.
Sim, balanite provoca coceira no pênis, sendo esse um dos seus principais sintomas. A balanite é uma inflamação da glande (“cabeça do pênis"). Quando a inflamação atinge também a pele que recobre a glande (prepúcio), é chamada balanopostite. Ambas podem causar coceira, além de dor, inchaço, vermelhidão, descamação, aumento da temperatura, irritação e feridas no local.
Em casos de infecção, a balanite pode provocar o aparecimento de bolhas com pus e secreção peniana com odor desagradável. A presença de febre não é comum.
Outros sinais e sintomas da balanite e da balanopostite incluem ainda impotência, dificuldade ou dor para urinar e dificuldade para controlar o jato de urina devido ao estreitamento do canal urinário.
Quais as causas da balanite?A principal causa da balanite é a infecção pelo fungo Candida albicans. Contudo, infecções por vírus, (HPV), bactérias (streptococcus, gonorreia, clamídia) e protozoários (tricomoníase) também podem causar balanite.
Dentre os fatores que favorecem o desenvolvimento da balanite estão a falta de higiene, a aplicação de produtos irritantes no local (sabonete, medicamento, lubrificante) e a presença de fimose (incapacidade de retrair o prepúcio e expor a glande).
Por isso, a balanite e a balanopostite são mais comuns em homens que não fizeram a cirurgia da fimose e/ou hábitos de higiene inadequados.
A falta de arejamento do local, a irritação provocada pela urina e pela secreção branca e pastosa entre a glande e o prepúcio (esmegma), a umidade e o clima quente são fatores que favorecem o desenvolvimento de infecções no pênis, sobretudo aquelas causadas por fungos e bactérias.
O diabetes, quando não controlado, pode baixar a imunidade e aumentar a predisposição para desenvolver balanite e balanopostite, sendo também um fator de risco.
Outro fator que contribui para o aparecimento da balanite é a presença de condições ou doenças que causam inchaço, como insuficiência cardíaca, obesidade mórbida, cirrose hepática e alergias.
Também existem casos de balanopostites crônicas, provocadas por inflamações autoimunes, como a balanopostite xerótica obliterante. Nesses casos, pode haver estreitamento da pele que recobre a glande (prepúcio).
Qual é o tratamento para balanite?O tratamento da balanite é feito através de higiene adequada, cuidados locais (controlar a umidade, suspender a utilização de certos produtos) e uso de medicamentos orais ou aplicados no local da inflamação. Se a infecção por causada por fungos, são utilizados apenas antifúngicos. Se houver uma infecção bacteriana associada, também são usados antibióticos.
Em casos de balanopostites de repetição, pode ser indicada a cirurgia de fimose, mesmo quando é possível retrair a pele que recobre a glande.
Quando a balanite é provocada pelo uso de produtos irritantes, é preciso identificá-lo e suspender o seu uso.
O médico urologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a balanite e a balanopostite.